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Os 28 barcos participantes enfrentaram um vento sul de aproximadamente 15 nós, durante cerca de três horas de prova. A largada foi dada às 12h15 com término da competição às 15 horas.
Terminou, nesta segunda (06), a 56ª Taça Cidade de Vitória de Vela. Os 48 velejadores representaram o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina e concorreram nas categorias Dingue, Laser 4.7 e Standart. O dia marcou também a etapa final do VIII Campeonato Sudeste de Dingue.
Os 28 barcos participantes enfrentaram um vento sul de aproximadamente 15 nós, durante cerca de três horas de prova. A largada foi dada às 12h15 com término da competição às 15 horas. A raia de prova da praia de Camburi foi considerada muito boa pelos participantes por não apresentar um trajeto viciado.
O campeão da 56ª Taça Cidade de Vitória de Vela foi Marlon Oliveira, que obteve 4 pontos contra 7 pontos de Willian Brown, que conquistou o segundo lugar.
O terceiro lugar ficou com Manoel Vicente, que chegou a 11 pontos. O campeão Marlon tem 18 anos e começou a velejar aos 11 anos com o apoio do Projeto Lars Grael, desenvolvido pela Prefeitura de Vitória.
Dingue
Já o VIII Campeonato Sudeste de Dingue teve como vencedores da categoria geral o catarinense Fábio Ramos e o capixaba Welton Farias. A dupla também conquistou o primeiro lugar da categoria sênior. Na categoria estreante conquistaram o primeiro lugar Antônio Carvalho e Tiago Songineto. Na etapa juvenil do campeonato as mulheres levaram a melhor: Julia Correia e Denise Cinelli (RJ) ficaram com o primeiro lugar. Entre os Master o primeiro lugar ficou com a dupla Arcélio Moreira (RJ) e Lucas Quínamo (ES).
Troféu
Os vencedores recebem um troféu fixo e um transitório que deverá ser devolvido ao Iate Clube no ano seguinte ao campeonato. O troféu da classe Dingue tem o nome do engenheiro que projetou o barco da categoria, Miguel Pomar, e foi produzido pelo artista plástico Penithencia, capixaba natural do município do Rio Novo do Sul. Na categoria Dingue quatro mulheres disputaram a competição. Outras duas mulheres capixabas competiram na categoria 4.7.
Dingue
A categoria Dingue apresenta um barco mais estável e comporta dois velejadores. Alcino Moreira, 45 anos, compete na categoria e tem como parceiro o sobrinho Luiz Otávio, com apenas 8 anos. No mar desde os 07 anos, o menino tem planos para o esporte:
"Quero ser como o Torben Grael. A gente tem umas técnicas para vencer, mas são segredos de família e eu não posso contar". A dupla conquistou o primeiro lugar da categoria e prepara-se agora para disputar outras etapas nacionais.
Laser
É uma classe olímpica, sendo a mais popular do mundo, com barcos muito velozes tripulados por um velejador. A competição deste final de semana envolve as categorias 4.7 e Standard.
4.7 - É uma classe transitória do Optimist para a Standard e conta com três competidores. Louise Ginaid (ES) conquistou o primeiro lugar da categoria Laser 4.7, enquanto Julieth Tesch (ES), também oriunda do Projeto Grael, ficou com o segundo lugar.
Standard - É uma categoria olímpica masculina. Os barcos são rápidos e contam com apenas um velejador. Cinco competidores disputaram o prêmio que foi para Marlon Oliveira (ES).
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COMENTÁRIO:
Reproduzimos acima, a íntegra do texto publicado no site Agora Tô On-Line. A matéria no entanto remete-nos a fazer as seguintes considerações:
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"É com elevado orgulho e muita saudades que vemos Marlon Oliveira e Juliétty Tesch, dois atletas que ainda muito jovens aprenderam a velejar no Projeto Grael de Vitória e que, oito anos depois da desativação do Projeto Grael, ainda figuram com destaque no cenário náutico capixaba.
O Projeto Grael de Vitória foi inaugurado em 1999 e operou com muito sucesso até que a Prefeitura da cidade, por incapacidade de reconhecer o potencial do programa, que era desenvolvido para o benefício exclusivo dos estudantes da rede pública, decidiu por interromper o apoio à atividade. Na época fomos frustrados pela justificativa apresentada: o Projeto Grael seria uma iniciativa elitista. Como poderíamos ser elitistas se servíamos exclusivamente ao público atendido pela rede de educação da própria Prefeitura? A afirmativa revelou a visão preconceituose e a evidente desinformação dos tomadores de decisão daquela ocasião.
Mas ficamos felizes de constatar na notícia acima, que bons resultados ficaram. A comovente persistência de Juliétty Tesch e Marlon Oliveira, que às duras penas ainda mantêm-se ativos no esporte, permite que o Projeto Grael ainda seja lembrado naqueles mares, desvendando o desperdício de oportunidade e o equívoco que foi praticado.
Ainda sonhamos com a possibilidade de voltar a atuar em Vitória. Quem sabe, a tênue fagulha que ainda resiste acesa, mantenha viva a esperança e volte a iluminar corações e mentes".
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Axel Grael
Presidente
Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael
Prezado Axel, meu nome é renato avelar, e sou velejador daqui de vitória, desde pequeno,começei com 8 anos, e estou com 41 anos, atualmente sou capitão de fotilha de oceano, presidente da federação( ainda não oficialmente pois está tudo enrolado ainda de problemas do passado, mas que serão resolvidos), e escrevo a revista da vela www.avelok.com ( the Yacht-Man), onde temos o seu link disponível aos leitores e onde vi a sua matéria,e postei o link com seus créditos.
ResponderExcluirO marlon é um garoto fora de série, um campeão da vida e do esporte, o admiro por demais, e por duas vezes paguei do meu proprio bolso viagens para ele competir fora, devido a total falta de apoio, este garoto se tiver o incentivo e apoio adequado se transformará num dos maiores velejadores que este país já viu, dado seu talento e obstinação.
Os fatos que envolvem o fim do projeto, e a politicagem que ocorria na vela aqui no passado nos levou a um estado de quase extinção.
Pretendo reverter este quadro caótico, onde no passado com total falta de transparência a vela e os projetos foram tratados como negócios particulares e sem comprometimento algum com resultado e continuidade, como o Marlon apareceram outras pessoas de talento , como o julio cesar marques que faz proa no nosso barco o Phantom of the opera e trabalhou em minha empresa por 4 anos, e que agora tem um futuro pela frente, e muitos outros, mas a maioria teve que parar pois não tinha mais alternativa.
Existe hoje um projeto chamado navegar, funcionando( ou talvez, pois ninguém sabe como esta coisa funciona) e pretendemos de alguma forma poder ter acesso a ele e fazê-lo valer, pois para se ter uma idéia nenhum velejador da cidade conhece o projeto e nem sabe como funciona, mas sabemos que com verba da secretaria dos esportes, lá estão os barcos e equipamentos do projeto grael, que foram retirados antes que os tratores jogassem , literalmente as instalaçoes do projeto dentro da água, pois como estava abandonado virou morada de mendigos, e ficou um jogo de empurra entre municipio, federação etc, o que para resolver , foi parar no fundo do mar.
Espero em breve podermos conversar , e falarmos de como reerguer este projeto em vitória.
Bons ventos de seu leitor e admirador
renato