quinta-feira, 24 de abril de 2014

Fiscalização no combate aos balões e vários foram apreendidos


Balões que sobrevoavam a baía foram apreendidos numa operação que contou com o apoio de um helicóptero. Foto Júlio Silva

Leonardo Sodré

Em Maricá, fábrica de artefatos é estourada pela polícia. Na Baía de Guanabara, seis balões foram destruídos e um barco é apreendido. Equipe vistoriou locais onde ocorre a prática

Operação da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) para reprimir baloeiros terminou ontem com seis balões destruídos e uma embarcação apreendida. A Polícia Militar Ambiental também estourou uma oficina de balões em Inoã, Maricá. No local, além de ter encontrado farto material para a confecção de balões, um homem foi preso. A operação foi comandada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da SEA, com apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos, e se repetirá no Dia das Mães.

Com auxílio de helicóptero, a equipe vistoriou locais onde ocorre a prática de soltar balões, com o objetivo de coibir a atividade e punir os criminosos. Na ação, seis balões foram destruídos por homens no helicóptero, sem qualquer avaria na aeronave. Os agentes também sobrevoaram a Baía de Guanabara na tentativa de identificar as embarcações de resgate de balões que caem no mar. Um barco com as características foi apreendido pela Capitania dos Portos por estar navegando de forma ilegal. Mas ninguém foi preso já que o grupo não tinha balões a bordo.

“A gente foi atrás também dos grupos de resgate de balões, que são grupos perigosos que não tem o menor pudor, invadem residências, quebram tudo. Embora esta embarcação não tenha sido flagrada com balão, ela tem todo os apetrechos de captura, de resgate, com esses leques de bambu sustentados por uma tubulação metálica que não permite que o balão caia no mar. Eles disseram que são pescadores, mas como o barco está com uma série de problemas na documentação a capitania fez a apreensão”, explicou o coronel da Cicca, José Maurício Padrone.

Tanto a soltura quanto a fabricação do balão, assim como o transporte, é considerado crime, com pena de detenção de até três anos e multa que pode chegar a R$ 10 mil por unidade encontrada. Devido ao mau tempo, a incidência de balões no céu da cidade ontem foi pequena. Com o objetivo de evitar grandes tragédias, a SEA fará operações contínuas até novembro. Para o Dia das Mães, o efetivo será ainda maior.

“Este final de semana inicia-se o período de soltura de balões, que vai de abril a novembro. É uma época de estiagem, com ar seco. Hoje, as condições do tempo não permitiram que muitos balões fossem soltos, choveu de madrugada e ficou com muitas nuvens. No dia das mães a operação será intensificada até mais, com mais homens, mais barcos, mais helicópteros, porque a gente sabe que muitos baloeiros estão com seus bolões guardados e podem ser soltos no Dia das Mães ou no próximo feriado. Nós vamos intensificar nossas operações na tentativa de coibir esta prática porque a população não aguenta mais isso”, disse Padrone.

Oficina de balões – A oficina de confecções de balões estourada funcionava na Avenida Cruzeiro. Segundo Padrone, as instalações eram usadas pelo grupo de baloeiros “Nossa Arte” para feitura e armazenamento de balões e outros artefatos. Foram encontrados no local um maçarico, cola, farta quantidade de papel, moldes, três botijões, buchas e uma enorme bancada onde eram produzidos os balões. Um homem de 26 anos foi preso.

Fonte: O Fluminense

---------------------------------------------------

Leia também:
Comando de Polícia Ambiental interdita fábrica de balões em Maricá
INEA FARÁ CAMPANHA DE FISCALIZAÇÃO CONTRA BALÕES
Criminosos soltam balões em plena situação crítica de incêndios
Muitos focos de queimadas em Niterói. Responsáveis pelos incêndios serão investigados
Crime ambiental: fiscalização aperta o cerco contra baloeiros
Crime ambiental: hoje de manhã, 20 balões sobre Niterói
Incêndio criminoso na Serra da Tiririca, em Itaipuaçu
Rio tem recorde de focos de queimada em 2014 devido à onda de calor



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contribua. Deixe aqui a sua crítica, comentário ou complementação ao conteúdo da mensagem postada no Blog do Axel Grael. Obrigado.