Não há dúvida que a Rio 2016 é uma oportunidade histórica para o Rio de Janeiro e o seu sucesso é uma responsabilidade de toda a sociedade. E o fato de que a maior parte da verba ser de origem pública só aumenta a necessidade de um melhor acompanhamento dos investimentos por parte do cidadão. Pensando nessa demanda da sociedade, a Prefeitura do Rio lançou o site Transparência Olímpica (http://www.transparenciaolimpica.com.br/) para dar publicidade sobre todos os investimentos e as medidas preparatórias para os Jogos. As informações ainda não estão lá, mas confiamos que isso acontecerá em breve. Os legislativos nas três instâncias de poder também criaram comissões fiscalizadoras, assim como o Ministério Público. Além destes, os tribunais de contas, auditorias internas dos governos, etc., também cumprirão o seu papel fiscalizador. Do lado da sociedade civil, as ONGs que atuam na área social e esportiva no Rio de Janeiro já se uniram para fiscalizar o chamado “legado social”. A imprensa nacional e internacional também estará vigilante. Assim é em qualquer democracia madura: a sociedade participa das decisões e fiscaliza o governo. O importante é transformar esse ímpeto cidadão em uma efetiva prática de acompanhamento crítico, mas que seja também construtivo e não paralisante. Quem já atuou no setor público sabe das dificuldades que os entraves burocráticos impõem. Todas as regras têm a mesma finalidade, garantir a moralidade, mas acabam criando uma verdadeira gincana de infindas tarefas burocráticas que impedem os gestores públicos de trabalhar com celeridade. Como todo o controle, continuamos a ver as fraudes e irregularidades acontecerem na administração pública. Que a Rio 2016 traga também como legado uma administração pública mais renovada em seus métodos e regras, conseguindo ser ágil e transparente, vencendo o desafio de executar os investimentos necessários às Olimpíadas, sob o olhar vigilante do investidor principal: o contribuinte brasileiro.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 31/10/09
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