domingo, 12 de maio de 2013

De portas abertas: Caminho Niemeyer, enfim, funciona



Caminho Niemeyer ganha biblioteca virtual. Gustavo Stephan / Gustavo Stephan
O Memorial Roberto Silveira será reinaugurado como Centro de Memória da História da Literatura Fluminense

Depois de um década de promessas, mais de cem milhões de reais investidos e muitos atrasos e críticas, o Caminho Niemeyer deixará de ser apenas um cartão-postal para abrir, quarta-feira, o primeiro dos seus três prédios construídos para o uso diário da população. O Memorial Roberto Silveira passará a abrigar o Centro de Memória da História da Literatura Fluminense, primeira biblioteca virtual da cidade dedicada exclusivamente a autores fluminenses. Em julho será a vez do Teatro Popular. E na metade do segundo semestre, o prédio onde seria a Fundação Oscar Niemeyer receberá a Escola de Humanidades, Arte e Cultura. O “elefante branco”, como chegou a ser apelidado pela população, enfim vai andar.

O primeiro passo foi dado pela Secretaria municipal de Educação, que assumiu o Memorial Roberto Silveira e transformou seu uso para uma biblioteca. Dez anos depois da inauguração oficial do espaço, pelo ex-prefeito Godofredo Pinto (PT), o Memorial terá 15 computadores com mais de 500 títulos de autores fluminenses para consulta pública. No local também já está instalado um auditório, onde poderão ser realizados encontros, palestras e seminários ligados à literatura e à poesia. O objetivo, segundo o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Waldeck Carneiro (PT), é fazer do centro de memória um ponto permanente de confluência dos diversos atores da cena cultural municipal.

— Enfim, entregamos à cidade um espaço público que tem que ser apropriado pela comunidade. Queremos fazer do Centro de Memória um espaço aberto, plural, de convivência entre alunos das redes pública e particular, acadêmicos e representantes da cultura fluminense — afirma Waldeck.

A abertura dos outros dois prédios está entre as principais metas deste ano. O Teatro Popular será administrado pela Fundação de Artes de Niterói, e caberá a ela a organização do calendário de atividades. Já a Escola de Humanidade, Arte e Cultura ficará a cargo da Secretaria de Educação.

Segundo o presidente do Grupo Executivo do Caminho Niemeyer, Marcos Gomes, a única indefinição é a utilização do Museu Oscar Niemeyer, que está anexado à escola.

— A ideia é transformar o local num museu de arquitetura e design, aproveitando o potencial do complexo para o tema. Hoje recebemos dezenas de visitantes interessados, exclusivamente, nessa área — disse, acrescentando, porém, que a implantação do museu não deve ser concluída este ano.

Desde o início do ano, o Caminho Niemeyer está aberto à visitação. Nele foi inaugurado um centro de atendimento ao turista e está sendo providenciada uma ligação entre o espaço e o Terminal Rodoviário João Goulart. No local, será construída uma praça.

Domingo passado, o GLOBO-Niterói flagrou uma caixa de incêndio sem mangueira e uma cozinha improvisada num dos prédios. Os problemas foram corrigidos pela administração no dia seguinte.


Fonte: O Globo Niterói

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