Em entrevista ao jornal Folha de Niterói, o prefeito da cidade avalia sua gestão e comenta sobre projetos já concluídos e planos futuros em sua administração
Após oito anos de governo Rodrigo Neves, com alto índice de aprovação, iniciou-se, no mês de janeiro deste ano, em Niterói, uma nova era com o prefeito Axel Grael. E já se foram seis meses de Axel sentado na cadeira mais importante do município, enfrentando, nesse tempo, o grande desafio de superar a pandemia, sem deixar de olhar para os demais anseios da população, além da responsabilidade de manter o “sarrafo em alta” pelo seu antecessor.
Em seu gabinete, que mostra o seu amor pelo verde com plantas diversas, Axel Grael, conhecido por suas ações ambientais, recebeu a equipe do jornal FOLHA DE NITERÓI em seu gabinete. O prefeito analisou os seus primeiros meses de mandato e respondeu às perguntas feitas pelo jornalista Alexandre Brasil.
FOLHA DE NITERÓI: Como ultrapassar o desafio de começar uma administração em meio a uma pandemia?
AXEL GRAEL: O grande desafio é trabalhar para que Niterói possa superar a pandemia o mais rápido possível, mas mantendo a qualidade do serviço entregue à população. Desde março do ano passado, Niterói vem fazendo um programa de auxílio social que nenhuma outra cidade fez. Ao longo desse período, atendemos 50 mil famílias e 3.500 empresas da cidade e protegemos 15 mil empregos. Agora, em julho, ultrapassamos R$ 1 bilhão de gastos com esses programas de apoio. Ao mesmo tempo, estamos investindo em ações para a retomada da economia. Investimos também na parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), com a criação do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados, através do qual a Prefeitura aportou R$ 25 milhões para que a UFF desenvolva projetos de soluções para prioridades elencadas no planejamento estratégico da cidade, o Niterói Que Queremos. A Prefeitura também está estruturando a sua política de trabalho, emprego e renda com a criação de uma coordenadoria para área, a implantação do SINE-RJ em Niterói e os projetos para criação do Fundo Municipal e do Conselho Deliberativo do Trabalho, Emprego e Renda. Além disso, contamos agora com o Observatório do Trabalho, com o objetivo de analisar, produzir e monitorar dados sobre emprego e renda para traçar políticas públicas capazes de alavancar a geração de empregos na cidade, em meio à pior crise econômica da história.
FN: Muitas das ações do governo como o PPA, o Planejamento Urbano, retorno às aulas presenciais e até mesmo a troca do nome da Moreira Cesar por Ator Paulo Gustavo, têm como base a consulta pública. Qual a importância que a participação popular tem em sua administração?
AG: Acredito firmemente que a construção de uma cidade melhor e mais justa precisa ser feita através de uma escuta permanente ao cidadão. Desde a construção do Plano Niterói Que Queremos, em 2013, contamos com a participação da sociedade na elaboração das políticas públicas. Escutar a sociedade é fundamental para criarmos um ambiente de gestão pública participativa e democrática, aumentando o nível de confiança e satisfação do cidadão com a gestão.
FN: Ao assumir a Prefeitura de Niterói, o senhor falava que um dos maiores desafios a enfrentar era manter o “sarrafo em alta”, se referindo ao legado deixado por Rodrigo Neves. Que ações o senhor destacaria nesses seis primeiros meses que mantêm a positividade na avaliação da administração municipal?
AG: Estamos conseguindo avançar no nosso calendário de vacinação e desenvolver ações para permitir a retomada da economia em Niterói, preparando a cidade para o cenário pós-pandemia. Enviamos para a Câmara o projeto da criação da Moeda Social Arariboia, criamos a plataforma Novos Negócios, estamos avançando com as orlas do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, lançamos o Portal de Serviços ao Cidadão, iniciamos as obras de expansão da rede cicloviária na Região Oceânica, entre outras ações relevantes nesses primeiros seis meses.
FN: As questões ambientais sempre fizeram parte de sua atuação pública. Como está Niterói neste setor. A cidade, inclusive, é a primeira do país a criar uma secretária específica para as questões climáticas. A Praia do Sossego concorre à bandeira azul. O que mais podemos esperar?
AG: A questão climática já vinha sendo um importante tema no planejamento da cidade, como por exemplo, é uma das fortes ênfases do Plano Diretor da cidade e a criação da Secretaria Municipal do Clima, a primeira do país, é outro passo importante no caminho da sustentabilidade. Como resultado do trabalho da SeClima, foram anunciados dois passos importantes: a Escola Municipal Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, de Itaipu, será a primeira escola do município Carbono Zero. O Hospital Pediátrico Getulinho será a primeira unidade de saúde neutra em carbono. Os trabalhos para isso começaram em abril. Outro passo no caminho da sustentabilidade é a ampliação da malha cicloviária da cidade. O primeiro lote de obras na Região Oceânica começou em janeiro e estamos trabalhando para lançar os demais editais para a ampliação da infraestrutura cicloviária da Região Oceânica, que terá mais de 60 km, fazendo que a cidade ultrapasse os 100 km de vias dedicadas à bicicleta. As obras do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis seguem avançando e a previsão é que as obras de infraestrutura verde estejam concluídas até o final de 2021. A expectativa é que todo o trabalho de implantação do POP esteja concluído em setembro de 2022.
FN: As questões ambientais sempre fizeram parte de sua atuação pública. Como está Niterói neste setor. A cidade, inclusive, é a primeira do país a criar uma secretária específica para as questões climáticas. A Praia do Sossego concorre à bandeira azul. O que mais podemos esperar?
AG: A questão climática já vinha sendo um importante tema no planejamento da cidade, como por exemplo, é uma das fortes ênfases do Plano Diretor da cidade e a criação da Secretaria Municipal do Clima, a primeira do país, é outro passo importante no caminho da sustentabilidade. Como resultado do trabalho da SeClima, foram anunciados dois passos importantes: a Escola Municipal Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, de Itaipu, será a primeira escola do município Carbono Zero. O Hospital Pediátrico Getulinho será a primeira unidade de saúde neutra em carbono. Os trabalhos para isso começaram em abril. Outro passo no caminho da sustentabilidade é a ampliação da malha cicloviária da cidade. O primeiro lote de obras na Região Oceânica começou em janeiro e estamos trabalhando para lançar os demais editais para a ampliação da infraestrutura cicloviária da Região Oceânica, que terá mais de 60 km, fazendo que a cidade ultrapasse os 100 km de vias dedicadas à bicicleta. As obras do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis seguem avançando e a previsão é que as obras de infraestrutura verde estejam concluídas até o final de 2021. A expectativa é que todo o trabalho de implantação do POP esteja concluído em setembro de 2022.
FN: Niterói se tornou uma cidade mais sustentável e mais verde. E o senhor está fortemente ligado a isso. Que projetos mais Niterói pode esperar nessa área?
AG: Queremos que Niterói se torne uma referência em sustentabilidade urbana. Em 2014, o prefeito Rodrigo Neves assinou o decreto que instituiu o programa Niterói Mais Verde, criou o Parque Natural Municipal de Niterói e ampliou a área protegida de Niterói a mais de 50% do território da cidade. A partir de então, a prioridade passou a ser a implantação destas unidades de conservação, provendo de infraestrutura, planejamento e medidas efetivas de proteção. A Prefeitura enviou para a Câmara Municipal mensagem executiva para a criação do Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador, que será o primeiro parque natural da Região Norte da cidade. Em maio deste ano, o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) foi uma das seis iniciativas municipais selecionadas no Brasil para participar do Programa de Aceleração de Unidades de Conservação Municipais.
FN: O staycation (turismo na própria cidade em que vive) vem ganhando força devido à pandemia e crise econômica que o país passa. O que Niterói vem fazendo para estimular esse setor, principalmente para os próprios niteroienses e para os moradores de cidades vizinhas?
AG: Niterói aposta no turismo como uma das principais atividades para a retomada pós-Covid. Estamos buscando recuperar espaços históricos, como a Ilha da Boa Viagem, investindo no turismo ecológico, fechamos parceria com a Unesco para fortalecer o Patrimônio Cultural e Natural do município. Lançamos recentemente o Niterói BikeTur, um circuito turístico de 11 quilômetros realizado através de totens com sinalização digital (QR Codes) em seis pontos da cidade: Caminho Niemeyer, Praça Juscelino Kubitschek e Praça da República, no Centro, Museu de Arte Contemporânea (MAC), na Boa Viagem, Museu de Arte Popular Janete Costa, no Ingá, e no Campo de São Bento, em Icaraí. Estamos trabalhando na criação do Circuito Turístico Cultural Paulo Gustavo, que vai incluir nove pontos da cidade que o ator frequentava e que foram cenários em seus filmes.
FN: Outro setor que tem tido uma atenção especial do seu governo é o econômico. Um dos projetos mais recentes é a Moeda Arariboia. Como funciona essa moeda e a quem ela vai atingir?
AG: Vamos substituir um programa de transferência de renda temporário (o Renda Básica Temporária) por um programa permanente, que terá início em outubro e beneficiará inicialmente 27 mil famílias em situação de maior vulnerabilidade. O benefício poderá chegar a R$ 540 por família, mais do que o atual repasse realizado pela Prefeitura e muito maior do que as demais iniciativas de auxílio social. Além de beneficiar diretamente quem recebe, o novo modelo trará muito mais resultados para a economia, principalmente nas comunidades. A Moeda Arariboia (em forma de cartão) deverá ser usada em estabelecimentos locais previamente cadastrados, sejam eles padarias, pequenos mercados, hortifrutis, pequenos produtores, entre outros. Desta forma, o programa incentivará a circulação de dinheiro, geração de emprego e renda nas localidades mais vulneráveis da cidade.
FN: Alguns pontos de Niterói sofrem muito com alagamentos. Quais são os planos da Prefeitura para tentar solucionar esse problema?
AG: Uma das ações que estão em andamento é a inspeção robótica para a avaliação de galerias pluviais de difícil acesso, e estudando possíveis soluções para os locais, caso necessário. O trabalho, coordenado pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos, utiliza robôs comandados por controle remoto. São diferentes tipos de equipamentos utilizados em rios e canais como robôs que flutuam, drones e câmeras. Assim, é possível mapear a extensão de grandes trechos de rios cobertos. Além disso, atualizamos aplicativo da Defesa Civil, o “Alerta DCNIT”, que conta com previsão do tempo, registros de chuva em tempo real, alertas de chuvas fortes, ressaca, ventos e condições do tempo para risco de fogo em vegetação.
Fonte: Folha de Niterói
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