Para cumprir a meta de despoluição de 80% das águas da Baía de Guanabara até os Jogos Olímpicos de 2016, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), está agindo. As obras de implantação da Unidade de Tratamento (UTR) do rio Irajá, na zona norte, já estão em andamento. A previsão de término é entre agosto e setembro de 2013. A partir daí, as águas do rio, responsável por 12% da poluição que chega à Baía de Guanabara, receberão tratamento.
Atualmente, 36% do esgoto despejado na Baía de Guanabara são tratados, 24% a mais do que em 2006, e 64% chegam in natura. Para atingir o objetivo, serão construídas mais cinco Unidades de Tratamento: nos rios Pavuna, Sarapuí e Imboaçu, e nos canais do Mangue e do Cunha. O rio Irajá nasce no Morro do Juramento e passa por cinco bairros até desaguar na Baía de Guanabara.
- Essa obra atenderá não só a população local, como também aos compromissos assumidos no caderno olímpico. Estamos fazendo uma antecipação da qualidade da água da Baía de Guanabara para uma geração inteira que foi condenada a conviver com a sua poluição. Esta Unidade de Tratamento é adaptável e flutuante. Assim que as águas do rio Irajá estiverem tratadas, poderemos retirar os equipamentos e levá-los para outro local – explica o subsecretário de Projetos e Intervenções Especiais da SEA, Antônio da Hora.
De acordo com dados divulgados pela SEA, a Unidade de Tratamento removerá do rio Irajá 70% da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); 65% da Demanda Química de Oxigênio (DQO); 90% de sólidos em suspensão; 90% de turbidez e cor; e 98% de coliformes. Os investimentos de R$ 40 milhões para as obras foram obtidos através de uma medida de compensação ambiental.
- Fizemos um processo de renovação da licença ambiental da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) que, no último período de licenciamento, não conseguiu construir uma estação de tratamento de esgoto. Com isso foi possível viabilizar esse tratamento no rio Irajá. Acreditamos que esse investimento começará a dar resultados principalmente em uma zona muito crítica, que fica atrás do Aeroporto Internacional. O objetivo é ter um verdadeiro cinturão sanitário no entorno da Baía de Guanabara – ressalta a presidente do Inea, Marilene Ramos.
A colaboração da população neste processo de despoluição da Baía de Guanabara é fundamental para a presidente do Inea. Ela destacou que esta ajuda começa na simples ação de jogar o lixo em lugares adequados, sem jogá-lo nos rios. Marliene adiantou ainda que outros investimentos estão sendo captados para contemplar os moradores.
- A Unidade de Tratamento vai melhorar a qualidade de água na Baía de Guanabara. O principal objetivo é aumentar a pesca, reduzir o mau odor, possibilitar uma melhoria na qualidade de vida. Mas queremos ter a universalização da coleta e do tratamento de esgoto em toda a bacia contribuinte à Baía. Para isso estamos buscando investimentos para fazer o programa de saneamento ambiental dos municípios do entorno da Baía de Guanabara. A bacia do rio Irajá também está contemplada neste programa para que possamos conseguir uma rede de esgoto na porta de cada casa. Assim poderemos desativar todas essas estações de tratamento – conclui Marilene.
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