Por Gustavo Nascimento / Estação Vida
“Com o Rio+ 20, temos que tratar questões ambientais de forma diferente do que vínhamos tratando. Temos que ter uma estrutura de governança diferente. A mudança climática é o carro-chefe dessa discussão.” Com essa afirmação a ministra do Meio Ambiente Isabella Teixeira refletiu um dos principais sentimentos do governo federal para 2011. A declaração foi feita durante o seminário “Contribuições para a integração da Política Nacional às Políticas Estaduais de Mudanças Climáticas e os Desafios para a construção dos Planos Setorias”, realizado terça-feira (15), em Brasília.
O seminário serviu para compartilhar informaçõese dialogar sobre as ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo federal e governos estaduais para a integração das políticas sobre mudanças climáticas, e também para o acompanhamento dos Planos Setoriais. O evento ainda contou com a participação de Carlos Nobre, representando o Ministério de Ciência e Tecnologia, representantes das Secretarias de Meio Ambiente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de representantes de empresas e indústrias.
Uma das principais discussões do evento foi como o governo e as empresas podem trabalhar em sintonia para reduzir as emissões e consequentemente como fazer a transição para uma nova economia mais sustentável.,. Uma demonstração é a Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável apresentada pelo Instituto Ethos,eque mostra a transição para uma nova economia, que integra as questões ambientais, sociais e éticas.
Outro ponto importante levantado no evento foi a prioridade com que o governo federal está tratando a agenda das Mudanças Climáticas, tanto que na manhã desta quarta-feira (16) o ministro Antonio Palocci assumiu o comando da política de mudanças climáticas para por fim as divergências e obter uma maior sintonia entre os ministérios.
O governo ainda ressaltou que haverá uma revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, para buscar sinergia com os planos estaduais. Ou seja,trabalhando metas nacionais e elaborando planos setoriais. Além de buscar fazer a regulamentaçãodo mercado nacional de emissões.
O Brasil está trabalhando para conseguir o maior peso possível para a Conferência de 2012, a Rio +20, que acontecerá em maio/junho do ano que vem. Um dos pontos levantados no Fórum de Mudanças Climáticasmostra que existe uma convergência entre grupos de empresas e o governo federal, que a agenda está ganhando velocidade e deverá dar alguns passos importantes em 2011 – que serão também preparatórios para a Rio +20, no ano que vem.
Sérgio Guimarães, coordenador do Departamento de Políticas Públicas do Instituto Centro de Vida (ICV) participou do evento e ressaltou a importância do nivelamento das informações entre governo federal e governos estaduais. “As mudanças climáticas afetam a todos de maneira geral e não respeitam fronteiras, por isso, tratar da questão como agenda global de governo é fundamental”, disse.
O seminário foi realizado pelo Instituto Ethos e Fórum Clima - Ação empresarial sobre as mudanças climáticas, com apoio do Fórum Amazônia Sustentável.
Fonte: EcoAgência Solidária
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