Outra aposta importante é um grande investimento em unidades de armazenamento de energia, as chamadas "super baterias". Esta é uma tecnologia inovadora, ainda em desenvolvimento. A Espanha já conta com uma, com capacidade de armazenamento de 3 gigawatts, e pretende chegar a 20 gigawatts até 2030. A capacidade de estocagem de energia é importante diante da característica de intermitência das principais fontes de energias renováveis. Para isso, a Espanha disponibilizou 100 milhões de euros para quatro projetos de estocagem de energia.
Os críticos da iniciativa espanhola alegam que seria um risco abrir mão da produção de energia nuclear implantada uma vez que há uma grande corrida mundial pela geração de energia devido ao aumento da demanda no mundo devido à inteligência artificial e seus data centers. A Europa também faz um grande esforço para se livrar da dependência do gás russo, desde o início da Guerra na Ucrânia.
A resposta do governo espanhol é que o parque nuclear do país é composto por usinas antigas e que prorrogar a vida útil dessas usinas também demandaria investimentos e só aumentaria o custo de gerenciar o problema do lixo atômico. Afastam também a possibilidade de investir em novos reatores nucleares, pois as alternativas renováveis são mais eficientes numa análise de custo-benefício.
Axel GraelPrefeito de Niterói (2021-2024)
Doutorando em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU/UFF)
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