| Fotos da edição do evento do ano passado. |
Nos dias 29 e 30 de novembro, o Iate Clube do Rio de Janeiro será sede da quarta edição da Rio Women’s Cup, campeonato da classe Snipe exclusivamente feminino. Criada em 2022 com o objetivo de estimular a presença feminina numa das classes mais tradicionais da vela, a competição deste ano será fundamental para definir a velejadora que vai ocupar o primeiro lugar do ranking carioca.
“O ranking da classe premia a assiduidade e também o desempenho nas regatas. Esse ano, pela primeira vez, duas mulheres disputam a liderança, e isso é resultado dos esforços para trazer mais mulheres para a classe”, afirma Roberto Adler, velejador responsável pelo ranking e um dos criadores da Rio Women’s Cup. Uma das velejadoras que disputa a liderança do ranking deste ano é Sophia Osthoff, de apenas 16 anos. Sophia acredita que ter duas mulheres disputando a liderança do ranking mostra o alto nível técnico das atletas e o quanto o campo competitivo está se renovando.
“Esse momento representa a força e a qualidade das duplas que têm surgido nos últimos anos, além de reforçar que a classe está cada vez mais diversa e aberta para novos perfis de velejadores. É um sinal da evolução natural do esporte e, sem dúvida, algo que inspira mais pessoas a se envolverem e competirem na classe Snipe”, reforça Sophia.
O Snipe é um barco para duas pessoas: o proeiro cuida da vela menor (buja) e realiza regulagens na parte da frente da embarcação e o timoneiro cuida da vela grande, e é o responsável pelo leme, definindo a direção do barco e as manobras. “Quando eu comecei a velejar de Snipe, em 2017, éramos somente duas velejadoras presentes nas regatas da classe, e velejávamos como proeiras. Depois que participei do mundial feminino de Snipe em 2021, como timoneira, decidi comprar meu barco. Tenho visto outras mulheres comprando Snipes e velejando como timoneiras e isso é fruto dos eventos femininos da classe pelo Brasil e pelo mundo”, explica Michelle Chevrand, criadora da Rio Women’s Cup.
Somente este ano, aconteceram o Troféu Marina Prada, em São Paulo; o Troféu da Vela Feminina, em Brasília; o Mundial Feminino de Snipe, no Japão; e o Hemisphere Cup, em Miami, uma regata que reuniu velejadoras do continente americano e Japão e que será realizada no Brasil no ano que vem.
A Rio Women’s Cup se consolidou no calendário carioca e algumas das velejadoras participaram de todas as edições até agora. É o caso da Renata Pellicano Grael. Esse ano, ela comprou com a irmã, Marcia MacDonald, um Snipe, batizado de "Pelli". “É muito bom ver que a participação de mulheres nas regatas de Snipe tem aumentado e com alto nível técnico. Eventos exclusivamente femininos ajudam a trazer cada vez mais meninas. E nas regatas abertas, muitas duplas mistas também ajudam a elevar o nível das mulheres”, reforça Renata.
A programação do evento inclui atividades que vão além das regatas, uma forma de gerar integração entre as competidoras e proporcionar encontros para futuras parcerias. No sábado, as velejadoras poderão relaxar depois das regatas na tenda de massagem, pelas mãos da fisioterapeuta Liliana Azevedo, que já cuidou da dupla de ouro Martine Grael e Kahena Kunze. No domingo, após as regatas, acontece a cerimônia de premiação regada a pizza, e serão sorteados brindes. A edição deste ano tem o patrocínio exclusivo da OceanPact.
Fonte: Divulgação

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