Jessica Watson (16 anos), chega triunfante ao porto de Sydney, na Australia, após dar a volta ao mundo solitária e sem parar.
A americana, Abby Sunderland (16 anos), quebra do mastro em meio a uma tempestade interrompeu a aventura.
Laura Dekker (14 anos), da Holanda. Ainda luta para tentar o récorde, mas apesar do apoio da família, a sua pretenção foi barrada pela Justiça do seu país.
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Que récorde é esse?
A febre do momento no mundo náutico é a aventura de adolescentes que têm se lançado ao mar atrás da conquista do título da mais jovem velejadora a dar a volta ao mundo em solitário e sem paradas. Como a Coluna relatou na semana passada, a perigosa aventura quase fez uma vítima, a americana Abby Sunderland, de 16 anos, cujo barco teve o mastro quebrado enquanto enfrentava os rigores dos mares do sul, onde os ventos são muito fortes, as ondas são enormes e o frio é intenso. A jovem foi resgatada, mas o risco que correu a bordo do barco “Wild Eyes” está gerando muito debate e deveria provocar a reflexão de pais e autoridades.
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Desafio, notoriedade, dinheiro?
Uma das fortes molas propulsoras dessas aventuras é o dinheiro que há por trás, em publicidade, no lançamento de livros, na venda de direitos para documentários, palestras etc.
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Na procura do sucesso midiático, a segurança dessas jovens tem sido negligenciado e candidatas ao recorde, cada vez mais jovens, anunciam o início da sua jornada. As autoridades holandesas responsáveis por assuntos de crianças e adolescentes decidiram se posicionar contra as pretenções de uma velejadoras teen do país. Obtiveram na justiça a proibição para que a velejadora Laura Dekker, de 14 anos, nascida na Nova Zelândia, mas residente na Holanda, iniciasse a sua viagem. Para isso, tiveram que enfrentar os próprios pais de Dekker, que apoiam a empreitada da filha.
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Circo
O interessante de tudo isso é verificar como a disputa tem sido acompanhada pelo público e pela mídia. Enquanto a velejadora australiana Jessica Watson, também com 16 anos, conseguia completar a sua volta ao mundo com sucesso, todas as atenções estavam para a fracassada americana Sunderland, que quase perdeu a vida. O bem sucedido feito de Watson repercutiu muito menos do que o fracasso da concorrente americana. Ao que parece, para o circo que se formou em torno das aventureiras teen, uma história dramática deve vender mais do que o sucesso.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 19/06/2010.
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