Torben Grael (à esquerda, de óculos escuros), em meio a uma manobra no Luna Rossa, barco da equipe Prada, no tempo em que a America's Cup ainda era disputada no mar e não nos tribunais.
Parece inacreditável, mas a 33a America’s Cup vai finalmente acontecer, em Valência, Espanha. A mais tradicional competição da vela internacional começa nesta segunda-feira (8). As regatas seguintes serão na quarta e sexta-feira, todas com transmissão ao vivo pela BandNews (das 7h às 9h, pelo horário de Brasília) e com flashes no canal aberto da Band (das 9h às 11h).
Será uma disputa entre o barco suíço que defende o título, o Alinghi, do Société Nautique de Genève, que enfrentará o desafiante BMW Oracle Racing, do Golden Gate Yacht Club, nos EUA. Há poucas semanas, parecia que estávamos diante do fim da competição, que é disputada desde 1851, diante enfadonha e insana disputa judicial entre os suíços e os americanos, que acabou afastando os demais participantes. A baixaria foi tão grande que, em vez dos tradicionais barcos monocasco, o que se verá será a disputa entre dois catamarãs high tech, porém, irreconhecíveis como barcos da America’s Cup.
Mesmo levando finalmente a disputa para onde sempre deveria ter estado - na água – a briga nos tribunais continua. Após o término da competição, a decisão ainda estará sub judice, pois os americanos reclamam agora de irregularidades na vela dos suíços. Não vejo a hora da America’s Cup voltar a ser o que era: uma disputa entre os melhores velejadores do mundo e não entre obscuros cartolas e escritórios de advocacia.
Conversando com Torben Grael sobre o assunto, ele me disse que acredita que isso só acontecerá quando for criada uma instância independente para gerir a competição, como existe na Volvo Ocean Race e outras competições importantes. Hoje, quem manda é a equipe que defende o troféu (a quem cabe estabelecer as regras para a próxima etapa) e os tribunais.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todos os sábados.
Será uma disputa entre o barco suíço que defende o título, o Alinghi, do Société Nautique de Genève, que enfrentará o desafiante BMW Oracle Racing, do Golden Gate Yacht Club, nos EUA. Há poucas semanas, parecia que estávamos diante do fim da competição, que é disputada desde 1851, diante enfadonha e insana disputa judicial entre os suíços e os americanos, que acabou afastando os demais participantes. A baixaria foi tão grande que, em vez dos tradicionais barcos monocasco, o que se verá será a disputa entre dois catamarãs high tech, porém, irreconhecíveis como barcos da America’s Cup.
Mesmo levando finalmente a disputa para onde sempre deveria ter estado - na água – a briga nos tribunais continua. Após o término da competição, a decisão ainda estará sub judice, pois os americanos reclamam agora de irregularidades na vela dos suíços. Não vejo a hora da America’s Cup voltar a ser o que era: uma disputa entre os melhores velejadores do mundo e não entre obscuros cartolas e escritórios de advocacia.
Conversando com Torben Grael sobre o assunto, ele me disse que acredita que isso só acontecerá quando for criada uma instância independente para gerir a competição, como existe na Volvo Ocean Race e outras competições importantes. Hoje, quem manda é a equipe que defende o troféu (a quem cabe estabelecer as regras para a próxima etapa) e os tribunais.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todos os sábados.
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