Apesar de existirem organizações muito sólidas em defesa da conservação ambiental e que atuam com 100% do seu orçamento nesta causa, o Censo GIFE 2011-2012 apontou que apesar de quase metade dos associados investirem em meio ambiente, o volume corresponde a 7% do investimento social da Rede, totalizando R$ 158.992.668.
“Isso indica que o investimento nessa área é, em geral, secundário em relação a outras áreas (apenas 4% declaram ser essa a principal área de atuação). Além disso, muitas das ações nesse campo revelam-se pontuais e com baixo nível de investimento”, esclarece o secretário-geral adjunto do GIFE, Andre Degenszajn.
Porém, há uma explicação para esse resultado. “Nos últimos 10 anos a questão do meio ambiente saiu da pauta nacional. Se por um lado temos posicionamentos internacionais importantes em conferências como, por exemplo, de clima, internamente temos uma desvalorização da função.”, explica a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à natureza, Malu Nunes.
"... a pasta de meio ambiente tem o penúltimo menor orçamento da União".
Malu critica ainda que a pasta de meio ambiente tem o penúltimo menor orçamento da União. “Essa postura vai se desdobrando para as empresas e consequentemente para as associações e fundações. E esse é mais um motivo para a Fundação Grupo Boticário continuar investindo.”
Dentre os associados ao GIFE que atuam na área de meio ambiente, educação ambiental é a principal temática, com 79% dos respondentes, seguida da operação com lixo, reciclagem, tratamento de resíduos e saneamento, com 61%.
O Fundo Vale é outro exemplo de organização que apoia iniciativas estratégicas de conservação e uso sustentável dos recursos naturais. Em seu relatório de atividades de 2011, foi divulgado o investimento de cerca de R$30 milhões em projetos voltados à área ambiental.
“Os investimentos tradicionais de responsabilidade social corporativa sempre focaram nos temas sociais, como educação, saúde e cultura, especialmente no Brasil, com uma visão baseada em filantropia. Os primeiros investimentos que vieram para a área de meio ambiente nos país foram feitos por meio da cooperação internacional, com negociações via Governo. Só recentemente o tema tem ganhado maior adesão por parte das empresas, com um olhar socioambiental”, conclui a diretora de operações do Fundo Vale Mirela Sandrini. Segundo ela, neste contexto, a Vale foi pioneira ao criar um mecanismo para investir em sustentabilidade, há 3 anos, com ações que não são vinculadas à sua operação: o Fundo Vale”
Fonte: GIFE
O estado do Rio sediou recentemente a conferência Rio+20 para discutir iniciativas de desenvolvimento sustentável.
ResponderExcluirLamentavelmente as ações diárias da nossa sociedade andam na contramão do que foi debatido no fórum.
Na cidade de Niterói, por exemplo, o boom imobiliário dizimou áreas que deveriam ser preservadas, como vem acontecendo no bairro de Camboinhas.
O crescimento desordenado dos bairros, como no caso de São Francisco, também vai contra o pensamento sustentável.
Temos que alinhar nossas práticas com nosso discurso.
Falamos muito e fazemos pouco.