Um número crescente de cidades no mundo está adotando medidas efetivas de adaptação climática e as providências têm contado com o apoio da população, que tem sido consultada sobre as iniciativas. É o caso de Paris (França), Amsterdam (Países Baixos), Copenhague (Dinamarca), Melbourne (Austrália). No Brasil, Niterói foi a primeira cidade a criar uma Secretaria Municipal do Clima e é considerada um dos melhores exemplos de políticas climáticas locais.
Saiba mais em CIDADES NA TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE E RESILIÊNCIA CLIMÁTICA: conheça a experiência de Niterói e de outras cidades
As imagens abaixo foram divulgadas pela página CarFreeNews, no Instagram, e mostram como está hoje e como ficará, de acordo com o material de divulgação da Prefeitura:
Assim como ocorreu em outras cidades, a consulta à população londrina mostrou o apoio à medida de 2/3 dos 6 mil moradores que responderam favoravelmente à mudança.
Outras medidas
Apesar do acerto da medida a ser adotada, considerando as imagens divulgadas pela prefeitura londrina, e comparando com as iniciativas das outras cidades, principalmente Paris, que decidiu radicalizar no esverdeamento da sua área central, o projeto de Londres parece ter menos arborização e poderá ter efeito de adaptação climática menos eficiente.
A preocupação com o aumento da temperatura está presente também de outras formas na administração da cidade. Visitando o site da prefeitura (www.london.gov.uk/) encontramos uma pesquisa que está sendo desenvolvida pelo governo local. Veja aqui.
PARIS: SAEM OS CARROS E CHEGAM MAIS ÁREAS VERDES
Place de Catalogne. Photographer: Pierre Crom/Getty Images Europe |
Paris é vista como um grande exemplo de sustentabilidade urbana e políticas climáticas, tendo sido aderente ao planejamento climático desde 2007, quando surgiu o primeiro plano climático, que teve o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, incluindo uma meta de redução de 75% entre 2004 e 2050 e uma meta de curto prazo de 25% até 2020. Posteriormente, em 2012, o plano recebeu uma atualização até que em 2018, aprovou a Plano de Ação de Qualidade do Ar, Energia e Clima.
A cidade passou a enfrentar a supremacia do automóvel, fez uma grande aposta no transporte coletivo e no transporte ativo, investimentos que ganharam impulso durante a preparação para sediar os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Desde 2020, trezentas ruas já foram fechadas para o automóvel, abrindo espaço para pedestres, ciclistas e áreas verdes. A prefeita Anne Hidalgo defende a ideia de uma cidade "bioclimática", com "plantas emergindo do teto dos prédios e nas praças públicas". Dois episódios recentes chamaram ainda mais a atenção para a determinação da cidade de Paris de alcançar a resiliência climática:
O primeiro episódio foi a aprovação pelo Conselho de Paris, em novembro de 2024, do Plano Climático 2024-2030, com a preocupação com as previsões de um aumento da temperatura da cidade nos próximos anos, com o trânsito e a poluição. Com a inspiradora palavra de ordem: "Mais rápido, mais justo e mais local", o plano declara guerra aos automóveis principalmente na área central da cidade, substituirá 60 mil vagas de estacionamento por espaços verdes, para pedestres e ciclovias, e também anunciou a implantação de 300 hectares de florestas urbanas até 2030, sendo que 10% já estará implantado até 2026. O objetivo é reduzir a poluição e enfrentar as ilhas de calor e os efeitos das ondas de calor que tem afetado a cidade de uma forma crescente. Também será possível evitar alagamentos, por permitir melhores soluções de drenagem e a infiltração no solo dos canteiros e áreas verdes.
O segundo episódio, foi no domingo, 23 de março, quando os parisienses aprovaram, num referendo, um salto a frente ainda maior: com 66% dos votos, os eleitores decidiram retirar o acesso dos carros em mais 500 ruas. O objetivo é fazer de 5 a 8 ruas por bairros para pedestres e áreas verdes e a população local dos bairros será consultada novamente para definir quais ruas. A prioridade é para as ruas onde existem escolas para incentivas o deslocamento dos alunos a pé ou de bike. A ideia geral é que a requalificação do espaço público aconteça numa proporção de 2/3 de áreas de calçadas e pavimentadas para 1/3 de áreas plantadas. Cada rua terá um orçamento médio de 500 mil euros.
A expectativa é que as novas árvores e áreas verdes reduzam a poluição do ar em 4%, além dos benefícios para a poluição sonora. Mas, a grande aposta é na retirada da circulação dos automóveis. Desde a época do Plano Haussmann, que modernizou Paris no século XIX, a prioridade da arborização urbana era para o embelezamento das ruas. A orientação do novo plano é para que haja uma maior diversidade de espécies e árvores que resistam à seca a ao calor intenso, oferecendo boa sombra para o conforto térmico.
Axel Grael
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Sadiq Khan said two-thirds of respondents backed the proposals to padestrianise Oxford Street. Photograph: Mayor of London/PA |
Gwyn Topham Transport correspondent
Sadiq Khan has said he will pedestrianise Oxford Street “as quickly as possible”, after two in three respondents to a public consultation backed plans to ban traffic from London’s central shopping area.
The mayor’s office said there was “overwhelming public and business support” for the proposals to regenerate the street, whose lustre is slowly returning as department stores muscle back among the sweet and souvenir shops of dubious repute.
More than 6,600 businesses, individuals and groups responded to the formal consultation on plans announced last year that included full pedestrianisation of a 0.7-mile strip west from Great Portland Street; improving the area; and allowing street cafes and outdoor events.
Khan said: “Oxford Street has suffered over many years, so urgent action is needed to give our nation’s high street a new lease of life.
“It’s clear that the vast majority of Londoners and major businesses back our exciting plans, so I’m pleased to confirm that we will now be moving ahead as quickly as possible.”
The Labour government has said it will approve a mayoral development corporation (MDC) to push through plans, after previous attempts to pedestrianise the street were knocked back by Westminster city council. An MDC could now be established in early 2026, including representation from the council, which even now under Labour control has opposed the scheme.
Cllr Adam Hug, the leader of the council, said: “While the mayor’s formal decision today was not the council’s preferred outcome, it is far from unexpected, and it is now important for Oxford Street’s future to move forward together.”
He added that since 2022 the street had “roared back to life after the pandemic” and said the council would work with Khan to see it “reimagined” in a way that worked for visitors, shoppers and residents.
Oxford Street is already largely restricted to general traffic but is a key route for London buses and taxis. Steve McNamara, the general secretary of the LTDA, which represents black-cab drivers, thought the plans would worsen congestion in the capital. “Putting this traffic down surrounding streets will cause chaos – we’re already Europe’s most congested city, maybe we’ll now get the world title,” he said.
Detailed traffic proposals to reroute buses and ban all traffic will be released and consulted on later this year.
Khan added: “We want to rejuvenate Oxford Street; establish it as a global leader for shopping, leisure and outdoor events with a world-class, accessible, pedestrianised avenue. This will help to attract more international visitors, and act as a magnet for new investment and job creation, driving growth and economic prosperity for decades to come.”
PARIS SUBSTITUIRÁ 60 MIL VAGAS DE ESTACIONAMENTO POR ÁRVORES ATÉ 2030 PARA COMBATER O CALOR EXTREMO The mayor’s office said there was “overwhelming public and business support” for the proposals to regenerate the street, whose lustre is slowly returning as department stores muscle back among the sweet and souvenir shops of dubious repute.
More than 6,600 businesses, individuals and groups responded to the formal consultation on plans announced last year that included full pedestrianisation of a 0.7-mile strip west from Great Portland Street; improving the area; and allowing street cafes and outdoor events.
Khan said: “Oxford Street has suffered over many years, so urgent action is needed to give our nation’s high street a new lease of life.
“It’s clear that the vast majority of Londoners and major businesses back our exciting plans, so I’m pleased to confirm that we will now be moving ahead as quickly as possible.”
The Labour government has said it will approve a mayoral development corporation (MDC) to push through plans, after previous attempts to pedestrianise the street were knocked back by Westminster city council. An MDC could now be established in early 2026, including representation from the council, which even now under Labour control has opposed the scheme.
Cllr Adam Hug, the leader of the council, said: “While the mayor’s formal decision today was not the council’s preferred outcome, it is far from unexpected, and it is now important for Oxford Street’s future to move forward together.”
He added that since 2022 the street had “roared back to life after the pandemic” and said the council would work with Khan to see it “reimagined” in a way that worked for visitors, shoppers and residents.
Oxford Street is already largely restricted to general traffic but is a key route for London buses and taxis. Steve McNamara, the general secretary of the LTDA, which represents black-cab drivers, thought the plans would worsen congestion in the capital. “Putting this traffic down surrounding streets will cause chaos – we’re already Europe’s most congested city, maybe we’ll now get the world title,” he said.
Detailed traffic proposals to reroute buses and ban all traffic will be released and consulted on later this year.
Khan added: “We want to rejuvenate Oxford Street; establish it as a global leader for shopping, leisure and outdoor events with a world-class, accessible, pedestrianised avenue. This will help to attract more international visitors, and act as a magnet for new investment and job creation, driving growth and economic prosperity for decades to come.”
Fonte: The Gardian
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