sábado, 30 de abril de 2011

Ao contrário do que pensam inimigos do Código Florestal, florestas podem ser uma oportunidade para o homem do campo

Assim como outros tipos de florestas brasileiras, a Caatinga pode ser manejada e gerar lucros para na propriedade rural. (Imagem obtida em TEAGRI

Manejo florestal reduz pobreza entre assentados na Caatinga

Agricultores familiares apoiados pelo Serviço Florestal conseguem renda de quase 2,5 salários mínimos por 30 dias de trabalho no ano quando inserem a atividade florestal no dia a dia.

O manejo florestal está ajudando assentados da reforma agrária em Pernambuco a melhorar as condições de vida. Agricultores familiares apoiados pelo Serviço Florestal Brasileiro têm obtido uma renda média de R$ 1.300 por família em 30 dias de trabalho por ano quando associam essa prática florestal às outras atividades econômicas.

"O uso sustentável dos recursos da Caatinga é uma fonte real de recursos para as famílias, ao mesmo tempo em que ajuda a conservar o único bioma exclusivamente brasileiro", afirma o chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal, Newton Barcellos.

Comunidades de 18 projetos de assentamentos do Incra e do Programa Nacional do Crédito Fundiário têm recebido assistência técnica para realizar todas as etapas do manejo. Isso inclui, por exemplo, planejar o uso da área destinada à atividade e saber selecionar as árvores e arbustos que serão utilizados para obter produtos florestais, principalmente a lenha.

O Serviço Florestal e a Associação Plantas do Nordeste, que realiza a assistência técnica, estão elaborando estudos detalhados comparativos da renda obtida com atividade agrícola, pecuária e florestal.

CONSERVAÇÃO - Em média, a área total para extração corresponde a 27% do assentamento, sendo o restante usado para agricultura, criação de pequenos animais e conservação da Caatinga.

A área separada pelas comunidades para o manejo é suficiente para viabilizar a realização do ciclo de corte de 15 anos e tornar o trabalho atrativo economicamente. Na atividade florestal sustentável no bioma Caatinga, somente 1/15 de todo o local voltado para o trabalho florestal, ou seja, em um talhão, pode ser usado a cada ano.

A principal vantagem para os assentados é a garantia de que, no ano seguinte, eles terão um outro talhão para trabalhar, e assim sucessivamente. Como a vegetação é extraída apenas de uma parte da área, quando o agricultor volta nela, as plantas já cresceram e se tornam fonte de renda novamente.

POTENCIAL - Já existem cerca de 5 mil hectares voltados ao manejo na Caatinga em Pernambuco, considerando a área manejada pelos agricultores dos 18 assentamentos apoiados pelo Serviço Florestal e de outros sete assistidos por outras instituições. Juntos, eles já respondem por 30% de toda área autorizada para o manejo no estado.

Existe potencial de expansão dessa atividade sustentável em assentamentos que têm cobertura florestal suficiente e onde a comunidade manifesta interesse. O Serviço Florestal trabalha para ampliar a assistência a agricultores familiares de mais um estado, o Piauí, e para incorporar mais projetos de assentamento, fortalecendo o manejo florestal comunitário e gerando renda.

Contato para a Imprensa
Divisão de Comunicação do Serviço Florestal Brasileiro
(61) 2028-7293/ 7277/ 7125
comunicacao@florestal.gov.br
Servico Florestal Brasileiro

Fontes: Serviço Florestal Brasileiro, Rema Atlântico e TEAGRI (imagem)

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