terça-feira, 28 de abril de 2015

Federação Internacional de Vela defende mudança no local das provas devido à poluição da Baía



Baía de Guanabara na berlinda: federação pede mudança no local de provas - Ivo Gonzalez / Agência O Globo (09/08/2014)


Brasileiros defendem realização de regatas na baía. Decisão sobre o caso será anunciada na próxima visita do COI, em agosto

por Marco Grillo

RIO — A realização de regatas na Baía de Guanabara durante as Olimpíadas ganhou um adversário de peso: a Federação Internacional de Vela (Isaf, na sigla em inglês). O projeto atual prevê cinco raias: três na baía e duas em mar aberto. Por causa da poluição, a entidade defende a criação de mais uma raia fora da baía e o descarte das raias internas.

O pedido ainda não foi formalizado ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Caso isso aconteça, uma reunião em maio, com técnicos das partes envolvidas — COI, federações, Comitê Rio 2016 e as esferas de governo — poderá formalizar o “plano B”. Em agosto, durante a próxima visita de inspeção do COI, a organização vai anunciar se a competição fica ou não na baía.

— Caso tenhamos que fazer as provas fora da baía para garantir uma regata justa, é isso que faremos — disse à “AP” o diretor de competições da Isaf, Alastair Fox.

Procurada, a Isaf não retornou para comentar o assunto. A Secretaria estadual do Ambiente disse que não se pronunciaria. Oficialmente, o Comitê Rio 2016 demonstra confiança e afirma que “as áreas de competição da baía estarão em boas condições”. Nos bastidores, no entanto, há incômodo com o atual estágio dos trabalhos de limpeza. As ecobarreiras e os ecobarcos, dois projetos para minimizar a presença do lixo flutuante, estão inoperantes. A secretaria já lançou uma licitação para construir 17 novaes ecobarreiras, ao custo de R$ 31 milhões. O resultado deverá ser conhecido no dia 22 de maio. Para o evento-teste da vela, em agosto, já se sabe que as estruturas prontas. Na sexta-feira, o secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, disse que, para o teste, a baía será tratada com biorremediação, uma tentativa de atenuar a poluição. Sobre os ecobarcos, que pararam de operar por falta de pagamento do governo do estado, ainda não há uma definição.

A pressão para tirar as provas da baía desagrada à Confederação Brasileira de Vela.

Fonte: O Globo



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