Desde 2014, Niterói estruturou o programa Niterói Mais Verde (Decreto 11.744/2014), com a finalidade de proteger e restaurar as áreas verdes da cidade. Foi criado o Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT) e o SIMAPA (Região Norte). Com a iniciativa, a cidade passou a contar com 56% do seu território rotegido por unidades de conservação, o que é um privilégio para um município localizado no coração da segunda maior região metropolitana do país.
Iniciou-se a implantação da infraestrutura dos parques, estruturou-se o programa Niterói Contra Queimadas que já reúne mais de 200 voluntários e ampliou-se muito o trabalho de reflorestamento e restauração de ecossistemas, com destaque para os projetos do Parque Orla de Piratininga e os trabalhos de reflorestamento do Morro da Boa Vista, bem como de outras encostas. Também cabe destaque, o programa Niterói Jovem EcoSocial, que envolve 400 jovens de comunidades que participam de ações de reflorestamento, bem como de cursos profissionalizantes.
As iniciativas de Niterói no tema das florestas urbanas já rendeu a inclusão da cidade numa publicação da FAO (órgão da ONU) e os parques já geram retorno econômico, como mostram alguns estudos, a partir da cadeia produtiva do turismo e do lazer e recreação.
Niterói continuará avançando para ser uma referência de sustentabilidade e justiça social.
Axel Grael
--------------------------------------------
Reflorestamento nos espaços verdes de Niterói
Raquel Morais
Ambientalistas, protetores ambientais e ecologistas se unem em espaços verdes de Niterói para fazerem reflorestamento. O plantio de novas mudas de árvores e flores acontece desde o ano passado mas nesse mês ganhou um reforço. Há 15 dias um grupo está trabalhando no Morro Santo Inácio e na travessia Tupinambá, ambos espaços do Parque Municipal Natural de Niterói (Parnit). O período de chuvas intercalados, típico do mês de outubro e novembro, é propício para o replantio.
O aposentado Ezequiel Vicente Gongora, 72 anos, é um dos niteroienses apaixonados pela natureza e faz parte da equipe de reflorestamento desses lugares. “Temos algumas áreas que precisam de atenção e é preciso capinar e plantar. Temos que preservar nossa natureza e participar de um reflorestamento é algo maravilhoso. Cada um deve fazer sua parte”, contou o também corredor de montanha que já participou de várias ações como essa. “Eu já plantei mais de 800 árvores na Serra da Tiririca. Me sinto muito bem”, completou.
No Morro do Santo Inácio o reflorestamento está sendo feito desde ano passado e na semana passada mais essa etapa está sendo concluída com plantação de Aroeira e Ingá. “Estamos dependendo de chuva para potencializar o nosso reflorestamento. As chuvas de regularidade são importantes já que são chuvas intercaladas entre as massas tropicais. O Santo Inácio é o ponto mais alto de Niterói e essa medida é para restaurar a vegetação através do plantio de mudas da Mata Atlântica. A biodiversidade é grande e são as mudas que apresentam melhor resposta ambiental”, contou o ambientalista Alex Figueiredo.
O especialista em meio ambiente explicou ainda que além de ajudar o clima o reflorestamento também é uma medida de proteção contra incêndio na floresta. “Esse é um trabalho de enriquecimento florestal e da nossa biodiversidade”, contou Alex.
Na semana passada a travessia Tupinambá também ganhou reposição de mudas de pitangueiras e árvores frutíferas da Mata Atlântica, em 1500 m², e que servem de alimentos para a fauna local. “Temos que cuidar da nossa cidade e das nossas florestas. Cada um deve fazer sua parte, plantando uma árvore. Isso é algo mais simples que pensamos. As sementes podem ser jogadas na terra e não no lixo”, exemplificou.
PREFEITURA DE NITERÓI
A Prefeitura de Niterói informou que 56% do território da cidade é composto por Unidades de Conservação e áreas ambientalmente protegidas. A cidade atua em várias frentes de preservação ambiental e trabalhos de reflorestamento. Com a pandemia, alguns projetos foram suspensos temporariamente para cumprir as medidas sanitárias e estão gradativamente retornando de acordo com os novos protocolos.
Em 2019 foi iniciado um programa de Restauração Ecológica e Inclusão Social com reflorestamento de mais de 2 milhões de metros quadrados no município, com financiamento do BNDES. O investimento total é de cerca de R$ 3 milhões. A previsão é que o plantio e manejo da vegetação da área ao final de três anos faça o reflorestamento do, equivalente a aproximadamente 200 campos de futebol o correspondente a 203,1 hectares de diferentes espécies de Mata Atlântica. Desde o início deste projeto mais de 300.000 sementes lançadas no Parnit, mais de 3000 mudas em Itacoatiara e quase 500 mudas plantadas no entorno da Duna Grande.
Fonte: A Tribuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua. Deixe aqui a sua crítica, comentário ou complementação ao conteúdo da mensagem postada no Blog do Axel Grael. Obrigado.