Ciclista pedala na ciclovia ‘off-road’ da Lagoa de Piratininga Guilherme Leporace |
Dirigindo uma mountain bike, o comerciante Gabriel Marques faz uma espécie de ziguezague para desviar do mar de buracos da ciclovia de terra batida da Lagoa de Piratininga, na Região Oceânica. Em meio ao trânsito de carros, cavalos e até bodes, ele faz piada quando perguntado pelo GLOBO-Niterói sobre as condições da via.
— Isso mais parece uma pista de rali, com o acréscimo de obstáculos indesejáveis como esgoto e lixo. Além do mais, o ciclista que circula por aqui não tem segurança alguma. Muitos motoristas acabam usando essa via como uma rota alternativa aos engarrafamentos da Avenida Sete e dirigem em alta velocidade — conta Marques.
As reclamações do ciclista são comuns na cidade, e é com base nelas que o vice-prefeito Axel Grael desenha o projeto de mobilidade urbana intitulado “Niterói de bicicleta”, apresentado, quarta-feira, no Museu de Arte Contemporânea (MAC). A intenção, de acordo com Grael, é dividir a cidade em quatro ciclovias, além de instalar tachões em ciclofaixas que têm sido desrespeitadas, como a da Estrada Fróes.
— Queremos dar uma alternativa para quem quer usar a bicicleta como meio de transporte. Então, nossa proposta é criar pistas nas Praias da Baía, na Zona Norte, na Região Oceânica e em Pendotiba — afirma Grael, que ainda rebate quem contesta o relevo da cidade como empecilho para as magrelas. — Dizem muito que a topografia de Niterói não favorece os ciclistas, mas isso não é verdade. É possível ir de Jurujuba ao Barreto em pista praticamente plana.
Junto a um grupo de trabalho que reúne ativistas e esportistas do ciclismo, o vice-prefeito diz que a prioridade é viabilizar o traçado que ligará a estação das barcas, na Praça Araribóia, a Jurujuba. O circuito integraria, sobretudo, os campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) no Centro e Ingá, por meio de pistas segregadas e ciclofaixas, que permitiriam que estudantes pudessem ir e voltar a bordo de duas rodas aos campus do Valonguinho, do Gragoatá, à Faculdade de Direito e ao Instituto de Artes e Comunicação Social (Iacs). Eles passariam por ruas como Presidente Pedreira e Andrade Neves, além da orla da Boa Viagem.
Haverá ainda, conforme o projeto, uma segunda via para interligar ciclovias das Praias da Baía à Zona Norte. O caminho — da Praça Araribóia, no Centro, ao Barreto pela Avenida Benjamin Constant — já foi elaborado pelo governo estadual e prevê a integração com o município de São Gonçalo. A pista de Niterói, que tem seu projeto básico de cerca de sete quilômetros pronto, já foi encaminhada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que poderá financiá-la.
— Conseguimos incluir essa pista no financiamento do BID, que era um investimento que a gestão anterior do município já havia até deixado de lado — diz Grael, sem garantir, porém, que a verba será repassada.
Outro traçado vai conectar o Largo da Batalha a Maria Paula, tendo como corredor central a Estrada Caetano Monteiro, além de vias paralelas. Por fim, a última ciclovia partiria do Cafubá até a Praia de Itaipu. O ponto inicial seria a saída do Túnel Charitas-Cafubá, uma das principais promessas da atual gestão. A via seria construída, em sua maior parte, nas faixas laterais da Estrada Francisco da Cruz Nunes.
Fonte: O Globo-Niterói
Qual seria o projeto para Icaraí,como por exemplo rua Gavião Peixoto?
ResponderExcluirE os skatistas? Posso dar 1 dezena de nomes para selecionar pelo menos um para ajudar nesse projeto. Eu só vejo ciclista nesse projeto. O skate não pode ficar esquecido. O skate também vai representar os outros veículos de rodas menores, como patins, patinete, waveboard, etc.
ResponderExcluirO governo tem construir logo essa ciclovia.Porque O transito do jeito que está, não dar para usar BICICLETAS nem querendo.Eu tenho medo.
ResponderExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirPedalo sempre por São Francisco e Charitas e dou uma esticada até a Fortaleza de santa Cruz. Não consigo entender por que a Prefeitura deixou de realizar juntamente com o programa "asfalto na sua porta", a demarcação ou mesmo a construção da ciclovia neste trecho tão pequeno - 2km -São Francisco/Charitas e ainda o deixou semi acabado, sem tachões e sinalização visual.
Continuo a esperar que Niterói vá de bike !!!