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domingo, 30 de setembro de 2018

Algas invasoras começam a ser retiradas da Lagoa de Piratininga



COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

Nos últimos dias, equipes do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), da Administração Regional da Região Oceânica e da Clin, sob a liderança do coordenador do Sistema Lagunar de Piratininga e Itaipu, Luciano Paes, trabalharam para retirar quantidades de algas do gênero Ulva das águas da Lagoa de Piratininga.

A maior concentração das algas ocorreu na região do Tibau, nas proximidades do túnel construído pelo governo estadual (antiga SERLA), para promover troca de águas entre a lagoa e o mar.

Provavelmente, as algas chegaram à lagoa através do túnel, favorecidas pela ação de ressacas recentes.

Como o ambiente e as condições de salinidade das águas da lagoa não são as ideais para esta alga, as mesmas acabam morrendo, colocando em risco a oferta de oxigênio nas águas (oxigênio dissolvido - OD). Por isso, a preocupação de retirar biomassa da mesma do ambiente lagunar.

Veja, a seguir, fotos do trabalho de retirada das algas.


Retirada das algas nas águas da Lagoa de Piratininga. Foto Axel Grael

O vereador Leandro Portugal - PV (à direita) apresentou-se como voluntário para ajudar nos trabalhos. Foto Luciano Paes

Trabalho junto a um dos focos da alga. Foto Axel Grael

Ao fundo, equipes de pescadores, mobilizados pela Prefeitura, colaboram na retirada das algas. Foto Axel Grael

Pescadores descarregam na margem quantidades de algas que serão removidas pela CLIN. Foto Luciano Paes

Quantidades de algas já em processo de senescência. Foto Axel Grael

Aspecto da Ulva sp. Foto de Axel Grael

A ocorrência de floração (blooms) ou o crescimento anormal de espécies de algas planctônicas ou macroalgas como a Ulva sp. é mais comum em ambientes em desequilíbrio como é o caso da Lagoa de Piratininga, que sofre os efeitos do processo de urbanização do seu entorno e as consequências de décadas de falta de saneamento que aportaram grandes quantidades de nutrientes, causando a eutrofização da lagoa.

Por este motivo, a Prefeitura de Niterói desenvolve o PRO-Sustentável, com recursos captados junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF. Os recursos são aplicados em infraestrutura (incluindo drenagem e melhorias no saneamento), a implantação do Parque Orla de Piratininga, a renaturalização do Rio Jacaré e outras ações que contribuirão para a despoluição do Sistema Lagunar.

Nos próximos dias, técnicos da Prefeitura de Niterói manterão o trabalho de acompanhamento das algas e novas rotinas de monitoramento da lagoa permitirão compreender melhor o fenômeno e avaliar a sua extensão.

Axel Grael
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói



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Algas invasoras começam a ser retiradas da Lagoa de Piratininga

Os vegetais marinhos do tipo Ulva surgirão em diversas partes da Lagoa de Piratinga há cerca de um mês - Paulo Oberlander / Divulgação


Por Leonardo Sodré

Espécie conhecida como alface-do-mar surgiu há um mês
NITERÓI — A prefeitura agendou para ontem o iniciou da remoção das algas do tipo ulva, também conhecidas como alface-do-mar, que começaram a aparecer há cerca de um mês na Lagoa de Piratininga. Depois da tentativa frustrada de recolhê-las na última segunda-feira, devido à falta de materiais, o município organizou um mutirão com pescadores e esperava terminar o trabalho ontem mesmo, embora as espécies invasoras tenham ocupado um extenso trecho do espelho-d’água.
A aparição das algas, segundo a prefeitura, provavelmente ocorreu durante os recentes períodos de ressaca, chegando à lagoa pela comporta que a conecta ao mar, instalada próximo à Ilha do Tibau.

O fenômeno está sendo acompanhado pela equipe contratada em julho para realizar os Estudos de Monitoramento do Sistema Lagunar de Piratininga e Itaipu, por meio do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina — Cooperação Andina de Fomento (CAF), com empréstimo no valor de US$ 100 milhões. O programa prevê diversos projetos de recuperação ambiental e melhoria da infraestrutura na Região Oceânica.

O ativista ambiental Paulo Oberlander, que pratica stand up paddle diariamente na lagoa, foi um dos primeiros a perceber as algas. Foi ele quem mobilizou a equipe de gestão lagunar:

— Em pontos mais rasos, onde tem areia, as algas se fixam, e a cada dia há mais delas; estão mais verde, não parecem estar morrendo.

De acordo com a prefeitura, os estudos que estão sendo realizados pela gestão do sistema lagunar na Região Oceânica servirão para traçar ações prioritárias para a despoluição e recuperação ambiental das duas lagoas, evitando fenômenos como o atual.




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Niterói está em quarto lugar no ranking do ICMS verde



Árvore rara é encontrada na Serra da Tiririca, em Itacoatiara, em 2016 - Fábio Guimarães/3-5-2016 / Agência O Globo


Ações em benefício do meio ambiente resultaram no repasse à cidade de R$ 3,6 milhões de janeiro a agosto deste ano

NITERÓI — Depois de saltar do 13º para o 5º maior Índice Final de Conservação Ambiental (IFCA) do estado do Rio em anos anteriores, Niterói voltou a subir no ranking e, agora, ocupa o 4º lugar, ocupando a lista dos municípios que mais recebem recursos por suas ações ambientais. De acordo com os índices contabilizados para a análise, a extensão de área protegida foi o grande diferencial da cidade, que contabilizou o maior Índice Relativo de Área Protegida Municipal do ranking.

Em 2017, o município recebeu repasse de quase R$ 3,4 milhões referentes ao ICMS de conservação ecológica. De janeiro a agosto de 2018, esse valor já ultrapassou os R$ 3,6 milhões — quantia 66% superior a arrecadada no mesmo período de 2017 — resultado da adoção de políticas públicas voltadas para o meio ambiente. No município, a verba vem sendo destinada a programas de geração de emprego e de inclusão social, investimentos em infraestrutura, segurança pública e educação.

— É o resultado de uma política na agenda ambiental e da sustentabilidade. Quando investimos esses esforços, além de fazermos uma Niterói cada vez mais verde, conseguimos garantir repasses para a cidade investir também em outras áreas — aponta Eurico Toledo, secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Indicadores positivos

Os repasses são proporcionais às metas alcançadas em áreas como unidades de conservação, qualidade da água e gestão dos resíduos sólidos. Quanto melhores os indicadores, mais recursos as prefeituras recebem. A cada ano, os índices são recalculados, dando oportunidade para que os municípios que investiram em conservação ambiental aumentem sua participação no repasse de ICMS.

Na publicação do Diário Oficial do Estado com o IFCA relativo ao ICMS ecológico do estado no ano fiscal 2019, Niterói fica atrás apenas de Rio Claro, Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu, cidades com importantes mananciais.

De acordo com publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) para a alimentação e a agricultura existem, em média, 123,2 metros quadrados de áreas verdes para cada niteroiense; tratando-se, provavelmente, da maior proporção de zonas protegidas per capita em todas as regiões metropolitanas do Brasil.

Em outubro do ano passado, a Águas de Niterói, em parceria com a prefeitura, deu início à construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Sapê. A unidade será a nona da cidade, com capacidade para tratar 63 litros por segundo, atendendo até 30 mil pessoas nos bairros Sapê, Ititioca, Santa Bárbara e Caramujo e aproximando a cidade da universalização do esgotamento sanitário. Em novembro, foram entregues obras do novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), no Morro do Céu, com um projeto de modelo para descarte de resíduos.













sábado, 29 de setembro de 2018

Mapeamento a laser revela mais de 60 mil construções maias escondidas em florestas da Guatemala



Simulação de visão aérea da cidade maia de Naachtun ao entardecer; cada ponto amarelo representa uma construção — Foto: Luke Auld-Thomas e Marcello A. Canuto/PACUNAM


Por BBC

Mapeamento publicado na revista Science mostrou que cidades da civilização maia eram mais densas e sofisticadas do que se imaginava.

Um urbanismo denso, com edifícios sofisticados, malha viária eficiente e organização espacial planejada.

De acordo com novo e abrangente estudo arqueológico realizado na Guatemala, a civilização maia, uma das mais proeminentes culturas pré-colombianas do continente americano, experimentou um auge civilizatório com notório e complexo patamar de construção de cidades.

Os dados, publicados na edição de quinta-feira da revista Science, trazem um panorama até então inédito de uma coleção de resquícios arqueológicos cobertos por floresta tropical no norte da Guatemala, na América Central.

O estudo é resultado de um consórcio de 18 pesquisadores de instituições norte-americanas, europeias e guatemaltecas, em uma iniciativa denominada Patrimônio Cultural e Natural Maia (Pacunam).

Desde 2016 os cientistas vinham analisando uma área de 2,1 mil quilômetros quadrados na Reserva Biosfera Maia, no Departamento de Peten, na Guatemala. 


Mapeamento a laser identificou mais de 61.480 construções escondidas em meio à floresta — Foto: Luke Auld-Thomas e Francisco Estrada-Belli/PACUNAM

Para tanto, eles utilizaram mapas gerados por uma tecnologia chamada LiDAR (da sigla em inglês Light Detection and Ranging, ou seja, detecção e medição com luz). A técnica de mapeamento a laser revelou mais de 60 mil construções.

É o mais amplo estudo já realizado até hoje na arqueologia mesoamericana. Como o mapeamento topográfico permite "ver" o que há por baixo da floresta, o material sugere "uma reavaliação da demografia, da agricultura e da política dos maias", conforme noticia a Science.

Sofisticação

"A mais surpreendente conclusão a que chegamos foi a magnitude e a densidade de algumas cidades maias. Ainda existem teorias que classificam as cidades maias como de baixa densidade. Estes dados claramente demonstram que tais teorias estão equivocadas", afirmou à BBC News Brasil o arqueólogo ítalo-guatemalteco Francisco Estrada-Belli, pesquisador da Universidade Tulane, dos Estados Unidos, e autor de, entre outros livros, The First Maya Civilization: Ritual and Power Before the Classic Period.

"Ressalto também que a escala e a onipresença das construções, bem como a manipulação realizada por eles na paisagem natural, são surpreendentes", comentou à reportagem o antropólogo norte-americano Marcello Canuto, professor de estudos latino-americanos da Universidade Tulane.

Maias praticavam agricultura de forma intensa e tinham complexo sistema de estradas — Foto: Luke Auld-Thomas e Francisco Estrada-Belli /PACUNAM

"Estas informações nos ajudam a entender como eram altos o nível de trabalho e a interdependência socioeconômica na sociedade maia."

Estrada-Belli acredita que tais informações podem contribuir para se valorizar melhor a cultura e a civilização dos maias - povo que viveu seu auge entre os anos de 250 e 950 e estava praticamente colapsado quando a América foi conquistada pelos europeus, a partir de 1492.

"O estudo fornece uma grande quantidade de dados sobre a forma de urbanismo e agricultura praticada pelos maias. Portanto, as teorias sobre esses elementos fundamentais agora podem ser reavaliadas a partir de uma base mais sólida", diz o arqueólogo.

O antropólogo Canuto complementa, lembrando que com tais dados à mão, agora se pode melhor realizar análises comparativas entre a civilização maia e outras culturas ancestrais ao redor do mundo.

O mapeamento a laser identificou mais de 61.480 construções antigas escondidas em meios às densas florestas tropicais do norte da Guatemala. Após extensa análise, os cientistas envolvidos no estudo puderam reconhecer edificações urbanas, estruturas rurais e redes de transporte.

No total, 12 áreas independentes - ou 12 conjuntos de resquícios arqueológicos - foram estudados, todos na mesma região.

Os dados permitem inferir que mais de 11 milhões de habitantes viveram na região entre os anos de 650 e 800, o chamado Período Clássico Tardio. Uma densidade populacional de 100 habitantes por quilômetro quadrado - para efeitos de comparação, a densidade demográfica do Estado de São Paulo, por exemplo, é de 166 pessoas por quilômetro quadrado.

Uma população de tal escala exigiria agricultura praticada de forma intensiva - o que, até então, não era algo apontado como existente na região. Conforme enfatizam os cientistas, esta seria a única maneira de sustentar tanta gente em uma área de tais dimensões.

As imagens confirmam a hipótese. Há indícios de que grande parte do solo da região tenha sido fortemente modificado, justamente pelas práticas agrícolas.

Os pesquisadores encontraram sinais de uma eficiente rede de estradas conectando as cidades e as vilas da região e, para surpresa, remanescentes de algumas fortalezas, provavelmente erigidas com o objetivo de guarnecer os centros urbanos - o que indica a existência de conflitos bélicos.

Declínio maia

Estrada-Belli ressalta que a descoberta das práticas de agricultura intensiva vão ao encontro a algumas teorias atuais sobre o colapso da civilização maia. "Refiro-me àquelas que partem da premissa de que os maias clássicos entraram em declínio devido à deterioração do meio ambiente, solos e lagos, causada .por eles próprios", comenta.

Conforme publicado em agosto na mesma Science, estudo realizado por cientistas da Universidade de Cambridge e da Universidade da Flórida aponta que um longo período de estiagem na América Central pode ter levado a civilização ao colapso. A teoria mostra que, por volta do ano 1000, houve uma mudança climática drástica por ali.

Na ocasião, o geoquímico Nicholas Evans, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, afirmou à BBC News Brasil que uma das causas admitidas para essa longa seca pode ter sido o desmatamento realizado pelos próprios maias.

"Existem várias teorias", afirmou ele, aventando também fenômenos como o El Niño e outras suscetibilidades naturais.

Sujar os sapatos

Na mesma edição da Science, um artigo assinado pela arqueóloga americana Anabel Ford, diretora do Centro de Pesquisas Mesoamericanas da Universidade da Califórnia, e pelo antropólogo e arqueólogo Sherman Horn, pesquisador da Universidade Tulane, comenta a descoberta dos cientistas do consórcio Pacunam.

Os acadêmicos, entretanto, fazem uma ressalva: essa "arqueologia de computador", baseada em estudos de imagens, não pode vir a substituir os métodos consagrados e tradicionais de pesquisa arqueológica. Para eles, os pesquisadores devem continuar de "botas no chão", revirando in loco em busca dos indícios históricos.

Fonte: G1








Pela primeira vez, O Grande Jogo Naval poderá ser acompanhado de perto pelo público



Luiz Henrique Alencar e alguns dos participantes do Grande Jogo Naval: evento terá show da banda Manguebeat - MARCELO THEOBALD / MARCELO THEOBALD

por Priscilla Aguiar Litwak

Competição, sábado e domingo, reunirá 500 escoteiros em Charitas, Niterói

NITEROI — Pela primeira vez, o Grande Jogo Naval, um dos mais importantes eventos de escoteiros do país, realizado desde 1935, será sediado em Niterói, na Praia de Charitas. Também é a primeira vez que a competição desenvolvida regionalmente pela União dos Escoteiros do Brasil poderá ser acompanhada pelo público. Quinhentos jovens de diversos estados contarão com o apoio de cem adultos voluntários, integrantes do quadro de escotistas, em disputas que serão realizadas amanhã, das 8h às 17h, e domingo, das 8h às 14h. A organização espera um público de 2,5 mil pessoas ao longo do fim de semana, que poderá assistir ainda ao show da banda Mangue Beach, sábado às 20h.

— Será uma oportunidade para as pessoas conhecerem um pouco do escotismo — diz Luiz Henrique Alencar, chefe do 104º RJ Grupo Escoteiros do Mar, organizador dos jogos.

Os grupos serão divididos por faixas etárias: 11 aos 14 anos (escoteiros e escoteiras); 15 aos 18 anos (seniores e guias) e 19 aos 21 anos (pioneiros e pioneiras). O jogo realizado com aproximadamente 20 embarcações é dividido em duas etapas: Embarcada e Conhecimentos. Na primeira, uma embarcação invasora tentará se apossar de riquezas locais e caberá à esquadra não só defendê-las, mas “afundar” o barco invasor, o que significa estourar bexigas cheias d’água. Na fase Conhecimentos, os jovens demonstrarão habilidades em atividades de remo, vela, pesca e natação, arte marinheira, semafórica, primeiros-socorros e cartografia.

— Ao fim das disputas haverá uma premiação com troféu e medalhas, mas o objetivo não é promover a competição e sim o trabalho em equipe — destaca Alencar.

O evento foi idealizado por Antonio Luis Rio Apa.


Fonte: O Globo Niterói










Nova frente de intervenções na Região Oceânica de Niterói



Previsão é de que, após o lançamento do edital, obras sejam iniciadas em 60 dias. Leonardo Simplício / Prefeitura de Niterói


Prefeitura lança, na próxima semana, edital para obras no Maravista e Serra Grande

A Prefeitura de Niterói lança, na próxima semana, o edital para a realização de obras nos bairros de Serra Grande e Maravista, na Região Oceânica da cidade. Com investimento de R$ 78 milhões, a intervenção contemplará 66 ruas e aproximadamente 26,65 km de extensão com rede de drenagem e pavimentação, que inclui padronização de calçadas e meios-fios. A previsão é de que, após o lançamento do edital, os trabalhos sejam iniciados em até 60 dias.

“Nos últimos cinco anos, a Região Oceânica recebeu o maior investimento em obras de drenagem e pavimentação de sua história: mais de R$ 100 milhões. São obras de infraestrutura que não aparecem, mas são importantes porque melhoram a qualidade de vida das pessoas”, explica o secretário de Obras, Vicente Temperini.




Os dois bairros passarão por uma revitalização completa, com implantação de rede de drenagem para escoamento da água da chuva, novo asfalto e pavimentação. Além das 66 ruas desses dois bairros, outras que já possuem drenagem terão também uma recuperação de sua pavimentação.

“Estamos dando continuidade ao compromisso de prover a Região Oceânica de Niterói de infraestrutura, drenagem e pavimentação. Esse será mais um passo para que a região mude seu patamar, que antes era de abandono total, para novos tempos”, comemora o administrador da Região Oceânica, Carlos Roberto Boechat.

Atualmente estão em andamento as obras de infraestrutura do Boa Vista e do Jacaré, na Região Oceânica. No Boa Vista, treze ruas estão sendo urbanizadas, totalizando mais de seis quilômetros de galerias de águas pluviais, terraplanagem e asfalto. O bairro tem cerca de 400 casas e a obra é uma antiga reivindicação dos moradores. Mais de 150 ruas nos bairros do Cafubá, Fazendinha, Bairro Peixoto, Piratininga, Camboinhas e Maralegre foram reurbanizadas desde 2013.


Fonte: O Fluminense









sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Medellin: como a cidade que já foi a mais violenta do mundo conquistou a paz




Infraestrutura e serviços públicos de qualidade nas favelas de Medellin. Fotos de Axel Grael


Entre os dias 17 e 19 de setembro de 2018, estive na cidade de Medellin, Colômbia, participando da Reunião Anual de Prefeitos da Rede de Cidades do BID e do Seminário: "Cidades Inclusivas - Aprendendo com Medellin", acompanhando o prefeito de Niterói Rodrigo Neves.

Prefeitos de cidades da América Latina reuniram-se com especialistas nos temas de segurança, recuperação urbana, mobilidade e outras políticas públicas, além de gestores públicos locais. Além disso, foram a campo para conhecer in loco a nova realidade de Medellin e de seu povo.

Um caso de sucesso no combate à violência

Medellin, capital do Departamento de Antioquia, é a segunda maior cidade da Colômbia e tornou-se conhecida na década de 1990 como a cidade mais violenta do mundo, terra do Cartel de Medellin, comandado pelo traficante Pablo Escobar. Em 1993, a taxa de homicídios na cidade alcançou quase 370/100 mil habitantes. Com uma ação policial eficiente, muitos investimentos em infraestrutura, políticas sociais, educação, saúde e outras iniciativas, em 2017 o nível de homicídios chegou a 23 homicídios/100 mil habitantes, índice este que corresponde ao de Niterói no mesmo ano.


Gráfico apresentado pelo atual prefeito de Medellin, Federico Gutiérrez Zuluagaem palestra de abertura do Reunião Anual de Prefeitos da Rede de Cidades do BID, mostrando o declínio da taxa de homicídios, dos inacreditáveis índices do início da década de 1990 até 2017. Foto do telão por Axel Grael.


No auge da violência, no final da década de 1980 e início da década de 1990, os narcotraficantes ofereciam elevadas recompensas em dinheiro por assassinatos de autoridades, policiais e outros alvos. Era a conhecida "tabela do crime". O número de sequestros foi o maior já visto no mundo, vitimando principalmente empresários. Segundo algumas fontes, o narcotráfico teria chegado a movimentar US$ 10 bilhões na Colômbia.

Saiba mais sobre o processo de pacificação de Medellin na matéria "Como Medellín virou a cidade-modelo que está vencendo o crime", da Revista Exame, 05 de outubro de 2017.

Os efeitos da derrocada do crime e da pacificação da cidade na economia e no cotidiano das pessoas é impressionante. Veja alguns dados apresentados nas palestras:





Algumas idéias apresentadas

Segundo o prefeito Federico Gutiérrez Zuluaga, parte do esforço de recuperação da paz em Medellin dependia do resgate da convivência entre as pessoas e, para isso, era fundamental a retomada da autoestima e a confiança mútua entre cidadãos (abalada pelos altos índices de violência), entre cidadãos e autoridades (abalado pela corrupção endêmica) etc.

Algumas das medidas tomadas foram as registradas nas fotos a seguir:


"Tienda de la confianza": produtos foram postos a venda diretamente aos cidadãos, sem vendedor, em pequenas caixas espalhadas pela cidade. O cidadão pode servir-se, deixa o dinheiro referente à compra e pode pegar o troco. Segundo foi informado, o índice de evasão de recursos é de apenas 3% ("97% de pagos").


Guardas não aplicam apenas multas por infrações de trânsito ou outras irregularidades, mas também as chamadas "cultas", que representam o reconhecimento e elogios por boas atitudes.


ANOTAÇÕES DAS VISITAS DE CAMPO

A visita a Medellin foi uma oportunidade especial, considerando que, por determinação do prefeito Rodrigo Neves, sou um dos coordenadores do Pacto Niterói Contra a Violência, um amplo programa destinado a reverter os problemas de violência, com ênfase nas ações preventivas.

Além deste programa, também sou responsável por programas de urbanização de comunidades e outras ações para as quais pude encontrar algumas boas ideias e inspirações e, eventualmente refletir sobre alguns erros praticados em Medellin que poderemos evitar em Niterói.

Veja nas fotos a seguir:


COMUNA 13

A vasta extensão das Comunas (favelas) de Medellin impressiona. Perde-se no horizonte.

Densidade e acessos precários.


INFRAESTRUTURA - MOBILIDADE, ACESSOS ÀS ÁREAS ALTAS

Sistema de VLT sobre rodas faz a conexão com o Metrocable (teleférico), facilitando o acesso entre a área central da cidade e as áreas altas das comunas. Foto Axel Grael

Teleféricos garantem o acesso às áreas mais altas das Comunas. Foto Revista Exame.

Estação final do Metrocable (teleférico). Visitantes usufruem da vista. Foto Axel Grael

Vista da Estação final do Metrocable (teleférico). Foto Axel Grael


INFRAESTRUTURA - ACESSOS, VIAS INTERNAS E ESPAÇOS PARA A CULTURA E CONVÍVIO




VIADUTO MEIA ENCOSTA: Antes e depois...

Prefeitos e turistas conhecendo a nova infraestrutura da Comuna 13. Foto Axel Grael

Viadutos e grafitis. Foto Axel Grael

Atualmente, a Comuna 13 recebe 15.000 visitantes/mês. Foto Axel Grael.

Aspecto do "Viaducto" que garante o acesso de moradores e turistas. Foto Axel Grael

Viatucto: qualidade da urbanização. Foto Axel Grael

Amplos espaços, onde antes era encosta. Foto Axel Grael

Mobiliário urbano. Foto Axel Grael

Sistema de escadas rolantes para acesso às áreas mais altas. Axel Grael.

Cul-de-Sac: a partir deste ponto o acesso encosta acima é pelo sistema de escadas rolantes. Foto Axel Grael

Policiamento sempre presente. Foto Axel Grael

Comércios e fachadas residenciais acompanham as melhoria da infraestrutura das áreas públicas. Foto Axel Grael

Melhoria da qualidade urbana. Foto Axel Grael

Rua recentemente urbanizada. Foto Axel Grael

Como já dissemos, o caso de Medellin é emblemático e inspirador, mas há que se fazer algumas considerações político-gerenciais. As respostas sobre as perguntas sobre os "segredos" para o sucesso de Medellin trazem alguns esclarecimentos importantes para entender os caminhos adotados e para a reflexão quanto à replicabilidade em outras cidades:
  • O combate ao crime na Colômbia e, em particular, em Medellin, foi desenvolvido mediante um farto financiamento internacional e robusto apoio institucional dos EUA e outros países.
  • A cidade contou com uma forte mobilização da sociedade civil em favor das mudanças e dando lastro social às políticas públicas.
  • Ao longo das décadas de transformação, embora tenha havido uma sucessão de governantes com algumas diferenças ideológicas, foi garantida a continuidade das políticas públicas. As lideranças políticas vieram da sociedade civil e não das estruturas dos partidos políticos tradicionais, considerados comprometidos com o sistema corrupto que manteve o poder do crime por tanto tempo.
  • A cidade de Medellin contou com uma estratégia gerencial baseada em empresas públicas ou de capital misto para executar políticas públicas estratégicas, como para saneamento, mobilidade, etc. 
  • Adotaram um sistema de governança para as políticas estratégicas com a participação ativa do setor público, empresarial, da academia e sociedade civil

O Pacto Niterói Contra a Violência buscou inspiração nestas experiências da Colômbia, de Chicago e Nova York (EUA) e outras cidades. A violência e o crime são fenômenos complexos e não podem ser abordados de forma simplista e focado apenas na ação repressiva policial. Estamos confiantes que Niterói poderá apresentar um modelo inspirado em soluções bem sucedidas, mas adaptadas aos desafios impostos pela nossa realidade brasileira.

Axel Grael




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NITERÓI MAIS VERDE: Morro da Boa Vista conclui etapa do reflorestamento




A área, que recebe o principal investimento em reflorestamento na cidade, já tem cerca de 10 hectares plantados. Até 2020, serão 22,5 hectares recuperados no morro, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Área Escondida.
Foto: Divulgação


Foram concluídas o plantio de mais de 700 mudas de espécies nativas nesta sexta-feira

A Prefeitura de Niterói concluiu, nesta sexta-feira (28), o plantio de mais de 700 mudas de espécies nativas no Morro Boa Vista, no Centro de Niterói. Funcionários da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) trabalham, desde julho, na área voltada para a Rua São Lourenço, região atingida por um incêndio que destruiu 1.800 mudas no meio do ano. A área, que recebe o principal investimento em reflorestamento na cidade, já tem cerca de 10 hectares plantados. Até 2020, serão 22,5 hectares recuperados no morro, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Área Escondida.

“A ação de restauração da vegetação de uma área degradada requer muito trabalho, superação de dificuldades técnicas e logísticas e, acima de tudo, muita perseverança. Além de darmos continuidade ao reflorestamento, iniciado em 2017, dos demais pontos da APA da Área Escondida, estamos empenhados em repor as mudas destruídas recentemente pelo fogo”, detalhou o Secretário Executivo de Niterói, Axel Grael.

O reflorestamento no Morro Boa Vista foi dividido em cinco lotes. Todo o trabalho é fiscalizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, que tem direcionado para o local boa parte das compensações ambientais resultantes dos procedimentos de licenciamento e fiscalização ambiental.

São três medidas compensatórias (sendo duas de empreendimentos imobiliários e uma da Autopista Fluminense referente à obra de alargamento da Avenida do Contorno), uma medida compensatória do Inea, e a maior parte, aproximadamente 5 hectares, projeto realizado pela Clin, com mudas produzidas no viveiro da companhia.

"Nesta região degradada pelo fogo, estamos dando preferência a espécies de grande porte para cobrir os danos provocados pelo incêndio há dois meses. Ao todo, usamos cerca de 70 espécies, incluindo árvores frutíferas. Além de contribuir para a estabilização das encostas, o reflorestamento está recuperando duas nascentes", explica o engenheiro Florestal Luiz Vicente Peres, da Clin, que coordena o trabalho no Morro Boa Vista.

Mudas nativas – Para o reflorestamento do Morro Boa Vista estão sendo usadas espécies nativas, como ipês, aroeira, pau-brasil, pau-ferro, entre outras. Por meio de um trabalho conjunto da Clin com a Secretaria Municipal Meio Ambiente, e com parceria da UFF, está sendo desenvolvido um projeto piloto agroflorestal, que consiste no plantio de mudas nativas e também de mudas de árvores frutíferas, além de aipim e outras espécies que possam ser consumidas. Um dos objetivos com esta ação é que a população do entorno aceite melhor o reflorestamento da área e ajude na preservação.

Proteção de áreas verdes – O trabalho de proteção e recuperação de áreas verdes realizado por Niterói tem chamado a atenção no Brasil e no exterior. De acordo com publicação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), existem, em média, 123,2 metros quadrados de áreas verdes para cada niteroiense. Segundo a agência especializada da ONU, trata-se provavelmente da maior proporção de zonas protegidas per capita em todas as regiões metropolitanas do Brasil.


Fonte: O Fluminense












Niterói anuncia novo edital de R$ 20 milhões para audiovisual



Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, durante assinatura do decreto para criação do Museu do Cinema Brasileiro. Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói


A cerimônia é marcada também pela assinatura do decreto para a criação do Museu do Cinema Brasileiro

Niterói terá um novo edital de Fomento ao Audiovisual, com investimento de R$ 20 milhões. O lançamento será em novembro, com R$ 4 milhões da Prefeitura e R$ 16 milhões da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e do Ministério da Cultura. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27) pelo prefeito Rodrigo Neves, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), durante a cerimônia marcada também pela assinatura do decreto para a criação do Museu do Cinema Brasileiro.

“Apesar de todos os desafios no país e no Estado do Rio, Niterói segue num caminho de avanços, com investimentos em diversos setores, e colocando a cultura como parte fundamental do desenvolvimento econômico local.

A cidade tem uma vocação natural para o audiovisual e já é referência no segmento graças ao curso de Cinema da UFF (Universidade Federal Fluminense) e ao programa Niterói: Cidade do Audiovisual, que atraiu grandes produções e eventos estratégicos para filmarem aqui, oferecendo apoio financeiro, técnico e logístico. Agora iniciaremos novos investimentos, com o lançamento do novo edital e a criação do primeiro Museu do Cinema Brasileiro”, disse o prefeito Rodrigo Neves.

O futuro museu vai ocupar o prédio em formato de rolo de filme no Centro Petrobras de Cinema, em São Domingos. O prefeito aproveitou a oportunidade da assinatura do decreto para informar que o auditório multiuso do espaço, com obras já bem adiantadas, será batizado de Nelson Pereira dos Santos, em homenagem ao professor que criou o curso de Cinema da UFF há 50 anos.

Rodrigo Neves destacou ainda as iniciativas já realizadas pelo Município para se tornar referência no setor audiovisual, como a redução da alíquota de ISS, de 5% para 2% (Lei 3.360), beneficiando empresas do segmento, especialmente os exibidores locais; e a criação da Niterói Film Commission, para ampliar a competitividade de Niterói como destino de filmagem de produções nacionais e internacionais.

O evento, que também celebrou o primeiro ano do programa “Niterói Cidade do Audiovisual”, contou com a presença de representantes dos 39 projetos contemplados pelo edital lançado no ano passado, que tem investimentos que somam R$ 6 milhões para diferentes linhas de ação.

A seleção premiada conta com 4 longas-metragens; 10 curtas-metragens; 7 produtos para TV (entre obras seriadas e telefilmes); 4 mostras e festivais; 3 iniciativas de fomento a cineclubes; 4 projetos para projeção em espaços urbanos; 4 propostas para produção e difusão em novas mídias; e 3 projetos de pesquisas.

O premiado cineasta Eduardo Nunes, vencedor na categoria “Longa-Metragem”, com o filme “Cinco da Tarde”, falou sobre a importância do programa para incentivar o setor do cinema em Niterói e agradeceu a Prefeitura e a Ancine pela iniciativa.

“É um orgulho poder participar e ainda ser contemplado num edital aqui em Niterói, lugar onde nasci, fui criado e moro. Trabalho há 20 anos com cinema e jamais tive a chance de realizar nada em Niterói. Agora, pela primeira vez, vou poder ir a um set de filmagem a pé. Esse é o início de um grande movimento, que coloca Niterói em um lugar diferenciado, atraindo a indústria audiovisual, com executores, realizadores e toda a sua cadeia”, comemorou Nunes.

A solenidade também contou com a presença do especialista em regulação da Ancine, Leonardo Lima, do professor de cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF) João Luiz Vieira, do presidente da Fundação de Arte de Niterói, André Diniz, do secretário executivo de Niterói, Axel Grael, da secretária de Planejamento Giovanna Victer e da subsecretária de Cultura Danielle Nigromonte. 

Fonte: O Fluminemse









ECOSOCIAL: Em Niterói, jovens de comunidades receberão R$ 500 para cuidar do meio ambiente



Sinalização na Travessia Tupinambá: programa contará com circuitos para manutenção de trilhas - Márcio Alves / Agência O Globo


Giovanni Mourão

A partir do ano que vem, programa EcoSocial vai capacitar pessoas de 16 a 24 anos para preservar áreas verdes

NITERÓI — Com o objetivo de dar oportunidades a jovens em situação de vulnerabilidade social e promover a sustentabilidade, a prefeitura começará, em maio de 2019, o programa Niterói Jovem EcoSocial. A iniciativa integra o pacto Niterói Contra A Violência e vai formar, anualmente, cerca de 500 pessoas entre 16 e 24 anos, que morem em comunidades e que estejam matriculadas na escola. A previsão é que as inscrições sejam iniciadas em abril.

Com uma remuneração mensal de R$ 500 e direito a auxílios para transporte e alimentação, os jovens selecionados vão passar por um curso de capacitação e, posteriormente, trabalhar em quatro diferentes frentes: reflorestamento; manutenção de recursos pluviais para evitar enchentes; ações preventivas a queimadas; e atividades visando à manutenção e à sinalização de trilhas da cidade.




Ainda este ano, será contratada uma empresa gerir o projeto, que terá como público-alvo jovens moradores de cinco comunidades niteroienses, ainda a serem definidas pela prefeitura.

Segundo o secretário-executivo Axel Grael, a ideia é fomentar a integração pela educação e pelo trabalho, promovendo políticas sustentáveis. Ele destaca que a iniciativa estimula o retorno à escola, o aumento da empregabilidade, integra a comunidade com as áreas de preservação da cidade, além de promover melhorias no saneamento e no apoio às ações da Defesa Civil.

— Vamos trabalhar com as associações de moradores para o engajamento dos jovens ao programa. No fim do curso, todos receberão certificados. A ideia é que seja um curso regular, ou seja, que continuemos a formar turmas ao longo dos próximos anos — explica Axel, acrescentando que poderá ser incluído ao programa um eixo que se destine ao conhecimento e ao desenvolvimento de energias renováveis: — Pretendemos, posteriormente, integrar uma comunidade extra, por meio de um projeto de gerenciamento de encostas e utilizando a tecnologia para a formação de um parque solar.

Etapas de capacitação

A seleção para o Niterói Jovem EcoSocial terá duas etapas: na primeira, em maio, todos os inscritos vão participar de uma capacitação que vai identificar os candidatos que se alinham à proposta de trabalho; em julho, uma seleção final escolherá os 500 jovens que vão participar do primeira turma do projeto.

Depois, em agosto, os jovens serão divididos em grupos para, então, botarem a mão na massa: inicialmente, os selecionados trabalharão com reflorestamento, visando à manutenção e ao plantio de aproximadamente 25 hectares em áreas de proteção ambiental. A região prioritária será a Zona Norte.

Na segunda etapa, os 500 jovens destinarão seus conhecimentos para monitoramento de recursos pluviais da cidade. Na terceira fase, serão realizadas atividades no apoio a ações preventivas a queimadas com a Defesa Civil. E no quarto e último foco do programa, os selecionados vão trabalhar no suporte da gestão do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), com circuitos para manutenção e sinalização de trilhas.

Cerca de 50% do território niteroiense é composto por áreas protegidas. A cidade é a primeira do Brasil a conseguir recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 3 milhões, para projetos de restauração ecológica de 203 hectares da Mata Atlântica.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que, em média, existam 123,2 metros quadrados de áreas verdes para cada niteroiense. Trata-se da maior proporção de zonas protegidas per capita entre as regiões metropolitanas do país.


Fonte: O Globo Niterói




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