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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Ilha da Menina, em Itaipu, terá vegetação nativa recuperada




A notícia abaixo, do trabalhos iniciais dos profissionais que estão apoiando a Prefeitura de Niterói para o trabalho de recuperação da vegetação da Ilha da Menina, localizada em frente à Praia de Itaipu e que faz parte do arquipélago formado também pelas Ilhas da Mãe e do Pai.

Assim como verifica-se nas demais ilhas do arquipélago, além das Ilhas Cagarras, Ilha Redonda, Tijucas, Cotunduba, Ilha Rasa e outras ilhas nas proximidades da Baía de Guanabara, a vegetação original da Ilha da Menina era rica em palmeiras e abrigava uma variada avifauna marinha, que a utilizavam para abrigo e reprodução. A destruição da vegetação da Ilha da Menina impediu essa importante função ecológica, que precisa ser restaurada.

O projeto der recuperação da vegetação da ilha faz parte do "PROJETO DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DO MUNICÍPIO DE NITERÓI", desenvolvido com recursos obtidos em a partir de um edital do BNDES cujo contrato foi assinado em 2019, para investir cerca de R$ 3 milhões em reflorestamento de 203 hectares na cidade de Niterói, inclusive ilhas do nosso litoral.

Proteção e recuperação de florestas urbanas em Niterói

Niterói é reconhecida pelo seu destacado esforço de proteção e recuperação dos seus ecossistemas naturais e conta hoje com uma das maiores ações de reflorestamento em curso no país. No último dia 6 de abril, Niterói recebeu a certificação do Programa Tree Cities Of The World, administrado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Arbor Day Foundation nos EUA. Trata-se de um selo concedido a cidades que são destaque a nível mundial no plantio e cuidado de suas árvores. Em 2018, a FAO já havia incluído Niterói como um dos dois destaques na América Latina (Lima, no Peru, foi a outra) na proteção de florestas urbanas, publicando a experiência de nossa cidade no livro "Forests and Sustainable Cities: inspiring stories from around the world".

Em 2013, no início da gestão do prefeito Rodrigo Neves, a Prefeitura produziu o planejamento estratégico intitulado "Niterói que Queremos", com metas para a cidade até 2033. O documento prevê que até 2033, Niterói terá recuperado 507,22 hectares de áreas degradadas. Estamos trabalhando para superar a meta estabelecida.

Desde 2014, quando o então prefeito Rodrigo Neves assinou o Decreto 11.744 criando o Programa Niterói Mais Verde, a cidade passou a contar com mais da metade do seu território protegido por unidades de conservação. Após a criação de novas unidades, Niterói já tem 56% do seu território protegido, o que é uma oportunidade quase única para uma cidade inserida num contexto metropolitano. Através de várias iniciativas, da qual damos destaque para às obras de implantação do Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis, a Ilha da Boa Viagem e outros investimentos que somam mais de R$ 100 milhões. Com a implantação dessas unidades de conservação, a população de Niterói poderá usufruir de suas áreas verdes e se beneficiar das oportunidades trazidas pelo ecoturismo

Vamos em frente para fazer de Niterói uma referência de sustentabilidade urbana.

Axel Grael


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Ilha da Menina, em Itaipu, terá vegetação nativa recuperada


Técnicos fazem vistoria na Ilha da Menina Foto: Luciana Carneiro/Divulgação

Vista aérea da Ilha da Menina. A vegetação original foi inteiramente perdida para o fogo e agora há a predominância do capim-colonião, grande desafio a se superar para a recuperação.

Pesquisadores estudam usar técnica semelhante à que vem sendo empregada nas Ilhas Cagarras; local está tomado de capim-colonião

NITERÓI — A Ilha da Menina, também conhecida com Ilha da Filha ou Pitanga, em Itaipu, na Região Oceânica, terá seu ecossistema totalmente recuperado. A ilha é a menor e mais próxima da costa, no pequeno arquipélago de três ilhas junto à Enseada de Itaipu.

Para a restaurar a vegetação original da ilha, serão introduzidas espécies nativas resistentes à seca e adaptadas àquele ecossistema. Hoje, o local está tomado por capim-colonião, uma espécie invasora.



Na sexta-feira passada, dia 8, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), acompanhados de um pesquisador do Departamento de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), especialista em revegetação e restauração ecológica, fizeram uma vistoria técnica na Ilha da Menina. Eles foram lá investigar as formações vegetais, o tipo de solo, a fauna, a possível presença de água doce e a profundidade em relação à topografia, entre outros aspectos.

Depois da visita, os técnicos e o pesquisador vão apresentar um diagnóstico da ilha. O objetivo é estudar a melhor forma de reconstituir aquele ecossistema, as técnicas que serão empregadas e as espécies da flora que mais se adequarão ao solo para devolver a biodiversidade ao local.

O pesquisador da PUC Richieri Antonio Sartori explica que o primeiro passo deve ser a retirada do capim-colonião, que pode ter sido levado para a ilha pelo vento ou por pássaros.

— Fizemos esse reconhecimento para avaliar a profundidade do solo e se ele é saudável ou não. O local está tomado pelo capim-colonião, que é uma espécie invasora. Para eliminá-lo, vamos fazer um experimento plantando mudas que façam sombra. É um projeto que vai durar alguns anos. Tentaremos utilizar inicialmente espécies nativas para aumentar a biodiversidade. Antes de ser degradada, acredito que a área tinha,provavelmente, 60 espécies arbóreas — estima o especialista.

De acordo com a secretaria, os especialistas avaliam a possibilidade de utilizar a mesma técnica que está sendo empregada nas Ilhas Cagarras, na Zona Sul do Rio, onde vem sendo feito o plantio manual das espécies após a retirada do capim invasor. Em março de 2021, o Monumento Natural das Ilhas Cagarras foi classificado como um Hope Spot (Ponto de Esperança). A certificação é dada pela Mission Blue, aliança internacional para conservação marinha liderada pela pesquisadora americana Sylvia Earle.

Depois de vistoriar a Ilha da Menina, os técnicos farão visitas às ilhas do Pai e da Mãe, que compõem o arquipélago. A recuperação deste ecossistema faz parte do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social da prefeitura, que começou em 2019 e recebeu R$ 2,9 milhões em investimentos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o prefeito Axel Grael, a restauração do meio ambiente terá impacto direto na vida dos moradores da cidade.

— Passamos a ter parques e outras áreas protegidas em 56% do nosso território como. A arborização e as áreas verdes têm uma função fundamental na qualidade de vida do niteroiense — afirma o prefeito.

Fonte: O Globo  


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