Blog do AXEL GRAEL: Roubos de rua a pedestres e veículos diminuem no início do ano em Niterói

Agentes do Niterói Presente em patrulhamento na orla de Icaraí: para conselho de segurança, programa foi fundamental na redução de crimes Foto: Marcelo Régua / Agência O Globo

Índices caíram em janeiro se comparados ao mesmo período de 2018

Leonardo Sodré

NITERÓI — O aumento constante dos índices de violência deu uma trégua em Niterói no primeiro mês deste ano em relação aos crimes que mais influenciam na sensação de segurança dos moradores. No comparativo com o mesmo período de 2018, as ocorrências de roubos de rua foram 24,7% menores: saíram de 432 casos para 325, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Por sua vez, os registros de roubo de veículos, considerados os mais confiáveis em razão da baixa notificação, foram 10% menores em janeiro, caindo de 176 ocorrências para 158 na soma do registros das cinco delegacias da cidade — 76ª DP (Centro), 77ª DP (Icaraí), 78ª DP (Fonseca), 79ª DP (Jurujuba) e 81ª DP (Itaipu).

Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Moacyr Chagas de Souza, a queda é reflexo da maior efetividade no policiamento de proximidade em Niterói:

— Os índices estão comprovando que o projeto Niterói Presente tem contribuído para essa diminuição. Há um acréscimo significativo de policiamento no Centro, em Icaraí e no Fonseca. Essa atuação, junto à dos agentes do 12º BPM em outros pontos estratégicos, tem feito a diferença. É obvio que não estamos num paraíso, mas sentimos que a integração das forças policiais tem influenciado positivamente.

Apesar da queda dos roubos de rua, os de carga — que registraram recorde histórico no ano passado, aumentando 167,7%, de 90 casos em 2017 para 241 em 2018 — seguem em crescimento. Em janeiro, foram registrados 27 crimes na cidade, 14 a mais que os 13 computados no mesmo período do ano passado.

VIZINHOS PROBLEMÁTICOS

Souza relaciona o constante aumento à atuação de quadrilhas oriundas de municípios vizinhos:

— Niterói não pode ser uma ilha de segurança se tem vizinhos com problemas graves nessa área. Temos equipamentos que estão sendo colocados à disposição (dos agentes de segurança), como portais que registram veículos roubados e o Cisp (Centro Integrado de Segurança Pública), que são importantes para combater os roubos de carga. Mas temos um problema grande em São Gonçalo, com falta de atendimento na área de segurança pública, o que se reflete aqui.

O índice de mortes decorrentes de ações de agentes do estado, os chamados autos de resistência, que também bateu recordes na área onde atuam os policiais do 12º BPM — que inclui Maricá — foi outro que seguiu em alta, saltando de quatro casos em janeiro de 2018 para 11 este ano. Em 2018, foram 75 mortes do tipo: índice mais alto da última década e 27% maior do que o do que em 2017 (59). Em janeiro, o total de homicídios em Niterói cresceu de sete para dez casos.

O comandante do 12ºBPM, tenente-coronel Sylvio Ricardo Ciuffo Guerra, que assumiu o posto em 15 de janeiro, diz que, apesar dos bons resultados, os números consolidados do mês não conseguiram refletir totalmente o planejamento que vem sendo implantado na cidade.

— Assumi com o objetivo de voltar com a sensação de segurança, que se faz com ostensividade, e de combater o tráfico de drogas, e a queda de roubos é resultado desse foco, que instituí como carro-chefe do comando — explica o oficial. — Mas, em janeiro, ainda não havia conseguido executar tudo o que eu queria. Por isso, o roubo de carga e os autos de resistência continuaram crescendo, mas os números de fevereiro que chegaram para mim já mostram redução.

Fonte: O Globo Niterói

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