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sábado, 9 de março de 2019

Como viviam os nossos avós sem os plásticos?



COMENTÁRIO:

O artigo abaixo traz de volta à memória, principalmente daqueles "mais vividos", sobre como era a vida há algumas décadas, em que o cotidiano não era tão dependente das embalagens plásticas, que acabaram se tornando um pesadelo nos dias atuais.

Eu me lembro na minha infância e juventude, na década de 1960 e 1970, na casa dos meus avós maternos, na Estrada Leopoldo Fróes, em São Francisco, Niterói, quando a família era abastecida pelo leiteiro que entregava o seu produto em garrafas de vidro retornáveis, o padeiro que trazia o pão de bicicleta num grande cesto de palha, o quitandeiro também vinha de bicicleta e trazia verduras, legumes, frutas e ovos, embalados em jornal, papel ou outras embalagens de papelão, muitas vezes também retornáveis. Tudo chegava fresco de produtores rurais das redondezas.

A quitanda era na Praia de São Francisco, no antigo prédio que ainda existe e onde funcionou até há alguns meses o restaurante Velho Armazém.

Também tínhamos a nossa logística reversa: havia o garrafeiro, que vinha bradando e aceitava doação de vidros e enchia a sua carroça que puxava com grande esforço.

O meu avô paterno, Romão Grael, que infelizmente eu não conheci pois faleceu antes de eu nascer, era dono de uma farmácia na cidade de Dois Córregos, SP. Na drogaria, que se chamava "DROGRAEL", os medicamentos, em grande parte fitoterápicos, eram oferecidos muitas vezes a granel, em embalagens simples e artesanais, etc.

Com a mudança dos costumes, com o avanço da industrialização, com a diversificação da economia, com a crescente influência do marketing dos produtos, com a busca pela praticidade numa vida cada vez mais corrida e, ainda, com a legislação cada vez mais exigente, as embalagens e os plásticos descartáveis inundaram o nosso cotidiano.

O avanço da tecnologia das embalagens, a sofisticação da logística de transporte e intricadas redes de distribuição e comercialização, viabilizou que produtos viajassem de um continente para outro e chegassem aos supermercados, cujas prateleiras mostram uma diversidade de produtos nunca vista. Mas, as embalagens - ferramentas estratégicas do consumismo - muitas vezes valem mais do que o próprio produto que contêm, possuem importância efêmera e uma vida longa como descarte na natureza. 

As embalagens descartáveis ganharam os mercados, aumentaram o lucro das empresas e oneraram serviços de coleta e destinação do lixo nas cidades. A ineficiência destes serviços, agravados pelo comportamento deseducado da população fizeram com que passassem a ser um grande problema de poluição em áreas urbanas, nos rios e mares, uma ameaça à fauna e, na forma de microplástico e nanoplásticos, já ameaça a segurança alimentar da população. O plástico é uma preocupação mundial e países já o combatem. 

Na Europa, sistemas de coleta seletiva, logística reversa, reciclagem, de valorização energética buscam dar um destino cada vez mais prudente e responsável para o lixo plástico e através da legislação, o ônus do sistema é repassado ou compartilhado com a indústria, através dos sistemas do tipo "ponto verde" e tantos outros.

No Brasil, aprovamos após mais de uma década de discussão, aprovamos a Política Nacional de Resíduos Sólidos e optamos pelo pior caminho: os acordos setoriais, que no ritmo atual serão efetivados "daqui a um século", se não formos soterrados pelas embalagens plásticas até lá.

Por falar em legislação, merece destaque um grande conflito entre legislações e políticas públicas. De um lado, a legislação ambiental que, com foco na qualidade e na saúde ambiental e os impactos do lixo, busca evitar a produção de descartáveis e regular o gerenciamento e o destino dos resíduos sólidos. 

Por outros lado, o setor da vigilância sanitária que, com foco na saúde pública, impõe cada vez mais o uso de embalagens. Hoje, os restaurantes não oferecem mais saleiros e açucareiros, mas "sachezinhos" com pequenas quantidades dos produtos e lixo a cada dose. O mesmo ocorre com os canudos, palitos de dente e até talheres que hoje são oferecidos em embalagens descartáveis individuais.

Enfim, cresce no mundo a reação ao uso perdulário e irresponsável do plástico e uma profunda reflexão sobre o futuro do plástico é irreversível. O plástico estará sempre na nossa vida, na medicina, na indústria e outros usos nobres, mas precisamos acabar com o uso descartável e poluente.

Axel Grael





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¿Cómo vivían nuestros abuelos sin plástico?


Lady Working in 1950 s Corner Shop Lifestyle History Wales


Actualmente podríamos pensar que es imposible vivir sin plástico de un sólo uso. La realidad es que a mediados del siglo XX el plástico apenas existía y nuestros padres y abuelos vivían sin él, sin ningún problema.

La basura que genera el plástico de un sólo uso en su gran mayoría termina en el mar, dañando los ecosistemas marinos. Aunque no lo creas, es posible vivir sin plástico, nuestros abuelos lo hicieron.

Cómo reemplazar el plástico.

Cuando se nos plantea un problema, solemos buscar soluciones en el futuro. Actualmente se buscan soluciones al problema del plástico creando sustitutos, utilizando la tecnología y la creatividad.

¿Qué pasaría si buscáramos la solución en el pasado?

Nuestros padres y abuelos vivieron sin plástico, no necesitaban la tecnología, ni inventos como el plástico desechable. Ellos al igual que muchas personas actualmente han orientado su vida para vivir sin plástico. En nuestra sociedad actual es difícil pero es posible.


Mark Blackburn, del blog One Brown Planet, preguntó a su madre sobre como era su vida sin plástico y ella le contó sobre sus hábitos en 1950. Sabiduría popular que no deberíamos dejar que se perdiera.

¿Cómo se empaquetaban los alimentos?

Las verduras y alimentos frescos se cultivaban localmente y estaban disponibles en temporadas. También se encontraban frutas y verduras importadas durante la mayor parte del año, pero en menor medida que hoy en día.

Los vegetales que no estaban en temporada se compraban en latas y existía una variedad de alimentos secos. Estos alimentos se vendían en grandes recipientes o en bolsas de papel.




La leche se vendía en frascos de vidrio que el lechero recogía el día siguiente y reutilizaba. Así mismo con las botellas de cerveza y refrescos, si las devolvías a la tienda te daban dinero por ellas.

El carnicero vendía la carne envuelta en papel. Había menos variedad de bocadillos, dulces y postres, que se vendían en grandes recipientes o bolsas de papel. Las mermeladas y conservas se compraban en frascos de vidrio o se preparaban en casa.

En el lugar donde vivía la madre de Blackburn solo existía el pub y la tienda Fish & Chips. Todo lo que se vendía en el lugar se envolvía en papel anti grasa con periódico en el exterior.

Si llevabas el periódico a la tienda a final de cada semana recibías gratis una bolsa de patatas.

¿Se preparaban alimentos en casa?

La ropa y la comida se hacía mayoritariamente en casa. Se compraba muy poca ropa nueva y solo los zapatos necesarios una vez al año y si se rompían se arreglaban.

Las mermeladas y conservas se hacían con frutas de temporada y se almacenaban en frascos de vidrio reciclados.

Limpieza y productos de uso personal.

Los productos venían en botellas de vidrio o cajas de cartón. La laca para el cabello se vendía en una botella recargable.

¿Qué se hacía con la basura?

El papel se quemaba en la chimenea durante el invierno y para calentar la caldera de agua para el baño. Las botellas de vidrio se devolvían a cambio de dinero.

Las bolsas se reutilizaban para las compras de cada semana. Las sobras de alimentos se aprovechaban para hacer caldos y los huesos se daban a los perros.

Las latas se aplastaban y se llevaban al contenedor al no poder reciclarlas y el papel se usaba para envolver los sándwich y luego se quemaba.

Pregunta a tus padres y abuelos y cuéntanos en los comentarios más alternativas.


Fonte: Ecoinventos




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