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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Baía de Chesapeake: publicado o "State of the Bay Report 2018"


Resumo da evolução histórica da qualidade ambiental da Baía de Chesapeake, conforme a metodologia do "State of the Bay Report", publicado anualmente pela Chesapeake Bay Foundation. 



COMENTÁRIO:

A Chesapeake Bay Fondation - CBF, uma das mais importantes organizações ambientalistas dos EUA, fundada em 1967 para promover a recuperação da Baía de Chesapeake, publica regularmente um documento chamado "State of the Bay Report", que indica a evolução da qualidade ambiental da baía, tendo como critério dados sobre poluição, ecossistemas e pesca.

No relatório, através de um texto curto e objetivo, com linguagem simples e didática, os especialistas da organização traduzem os dados técnicos que medem o nível de degradação ambiental dos ecossistemas da baía e os apresentam na forma de notas escolares, como os estudantes estão acostumados a conviver nas escolas dos EUA. Além da versão sintética, é disponibilizado uma base bibliográfica, com perfil mais técnico, contendo políticas, critérios, metas/desafios e estudos específicos que norteiam a ação da organização. São os chamados Chesapeake Clean Water Blueprint

Desta forma, a fundação produz algo que não temos na Baía de Guanabara: o monitoramento avaliativo das condições ambientais da Baía de Guanabara. Durante a Rio 2016, quando a imprensa mundial abriu fogo contra a poluição da Baía de Guanabara, os organizadores dos jogos e as autoridades ambientais do estado, cobrados sobre a promessa de recuperar 80% da Baía de Guanabara, sequer sabiam como rebater as críticas, pelo simples motivo que as condições na Baía não são monitorados e medidos de forma adequada. Não havia como demonstrar se a Baía estava melhorando ou piorando.

O "State of the Bay Report" é publicado desde 1998, ano em que a nota atribuída à aquela baía era "27" e já indicava um ganho ambiental sobre a nota retroativa "23", estabelecida para o ano de 1983, ano em que o primeiro Acordo da Baía de Chesapeake ("Chesapeake Bay Agreement 1983") marcou o início do processo de restauração dos ecossistemas da baía.

A relatório recém publicado, referente ao ano de 2018, apresentou um resultado frustrante de "33", o que representou uma queda de um ponto com relação à publicação anterior. O recuo foi atribuído às condições climáticas atípicas, com chuvas intensas que causaram o carreamento de mais poluentes para a baía, resultando num aumento de Nitrogênio, Fósforo e muito lixo.

Baía Nota 10

Em 2004, tive a oportunidade de coordenar um estudo para a adaptação da experiência do "State of the Bay Report" para a Baía de Guanabara. O trabalho foi desenvolvido através do Instituto Baía de Guanabara, contou com uma equipe multidisciplinar e chamou-se "Baía Nota 10".

Diferente do "State of the Bay...", o "Baía Nota 10" teve como metodologia olhar para o futuro, avaliar a Baía de Guanabara na perspectiva de toda a sua Bacia Hidrográfica, e acrescentava parâmetros urbanos e sociais. O grande objetivo do "Baía Nota 10" era promover um processo de mobilização de atores sociais em favor da Baía e gerar um processo participativo de avaliação da Baía.

O sonho de uma Baía de Guanabara limpa persiste...

Axel Grael




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2018 State of the Bay: A Stiff Reality Check




Rainfall in 2018 temporarily made the 64,000-square-mile Chesapeake watershed into a temperate rainforest (where rainfalls average more than 55 inches), except without the trees. Instead of the average 41-42 inches of rain, annual totals for the region ranged from 62 in Central Virginia and Pennsylvania to an amazing 80 inches on the west side of the Baltimore Beltway. Even more remarkable was the rainfall's consistency: above average levels in ten of twelve months.

But rainforest ecosystems don't have the population density or the acreage of asphalt and concrete of the Chesapeake region. Here, the extra 2-3 feet of rain constituted what CBF President Will Baker declared "a major assault on the Chesapeake ecosystem." The rain swept high loads of stormwater pollution into our streams and rivers, from the James in the south to the Susquehanna in the north.

The assault came just after Bay scientists concluded in late 2017 that the Chesapeake Clean Water Blueprint was clearly working. Pollution reductions were beginning to drive self-reinforcing positive feedback loops leading to restoration instead of destructive ecological cycles driven by pollution. Now, however, in its biennial State of the Bay Report for 2018, the Foundation has been forced to downgrade the score from 2016's optimistic C- to a much-less-than-satisfactory D+. Not pleasant but CBF follows what Bay data indicate.

So, what are the lessons for us here? A cynic might be tempted to say that our optimism a year ago was false, that all the 35-year Bay cleanup effort and expense have been wasted by forces beyond our control. But, a clear-eyed optimist will instead look closely at the important scientific signals and watch carefully as 2019 progresses. Here's what we know or suspect so far:

  • In August, experienced Bay scientists visited the large underwater grass bed at the Susquehanna's mouth, which bore the brunt of the high flow coming down the Chesapeake's mother river in July. While they saw some injury around the bed's edges, the interior water was clear and grasses grew thick, a solid indication of resiliency. Dr. Robert Orth of the Virginia Institute of Marine Science, the lead Bay scientist studying grasses, said that "preliminary information from some other parts of the Chesapeake offers similar results. Bay grasses appear to have rebounded enough to survive, and in some cases actually thrive in abnormal years like 2018." 
  • Recent studies by an experienced team of systems ecologists at the University of Maryland indicate an improving trend in deep-water dead zones over the long term. Evidence indicates that dead zones are lasting for a shorter time during the summer and, in general, getting smaller.Dr. Walter Boynton, a senior member of that team, attributes these changes to pollution reduction efforts. "This year's dead zone did last longer into the fall," he said, "but it never reached the elevated volume of previous high-flow years."
  • There were other positive effects, like—good news for swimmers—suppression of stinging jellyfish, which require saltier waters. Both Virginia and Maryland recorded reasonably good hatches of juvenile striped bass (rockfish).
  • But the unusually large volume of fresh water from rain produced negative effects, like low-salinity stress on softshell clams and slow oyster growth in the Bay's mainstem and its big rivers. Dr. Orth notes further that the heavy flow of low-salinity water along the Chesapeake's lower western shore, combined with turbidity from suspended sediment and high summertime temperatures, decimated eelgrass beds in late summer from Dameron's Marsh at the mouth of the Great Wicomico all the way down to Hampton Roads.

As to other effects, both specific and systemic, we will simply have to wait and watch closely.

At this point, it appears that progress on the Chesapeake Clean Water Blueprint has made a difference. The Bay ecosystem is showing its capacity to adjust, but 2018's rainfall has given us a reality gut check. The bay remains a system dangerously out of balance, and, as Will Baker noted, the recovery is at an early stage. Within the past ten years, we have now seen two with more than 60 inches of rain (the other was 2011), and the climate is growing warmer, which will bring more moisture.

There are steps we can take now to improve the Chesapeake's capacity to adjust to weather extremes. Building that kind of resilience is the heart and soul of the Clean Water Blueprint. The clear-eyed optimist has a resounding answer to the cynic: "We know it works. LET'S FINISH THE JOB!"


Fonte: Chesapeake Bay Foundation




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