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domingo, 29 de setembro de 2019

Usuários de TV por assinatura poderão receber informações sobre riscos de desastres naturais






A Defesa Civil tem um novo sistema de alerta de ocorrências: os usuários de TVs por assinatura de Niterói e de todo o Estado do Rio de Janeiro receberão as mensagens na televisão. Esse projeto reforça a plataforma de comunicação de alertas de ocorrências, como enchentes e deslizamentos, e é fruto de parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e Agência Nacional de Telecomunicações.

O envio dos alertas será feito pela Defesa Civil de Niterói, que fará a emissão do aviso através da plataforma cedida pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). Serão emitidos apenas alertas de risco alto ou muito alto, com 10 segundos de duração. Não é necessário se inscrever para o recebimento desse alerta, pois todos os assinantes de TV paga receberão as mensagens. Uma barra horizontal aparece no pé da imagem, com o alerta.

“O objetivo da Defesa Civil é que a população esteja com a maior segurança possível”, destaca o secretário de Defesa Civil e Geotecnia, tenente coronel Walace Medeiros. “Pretendemos fazer uso dessas mensagens sempre que for necessário, de acordo com os protocolos de emergência. Essa nova ferramenta nos equipara a defesas civis de países de primeiro mundo, que usam todos os meios de comunicação possíveis para antecipar cenários de risco. É mais uma iniciativa importante para tornar o nosso município cada vez mais resiliente e preparado para as ameaças relacionadas a eventos meteorológicos extremos”.

A previsão é que, em todo o país, cerca de 16 milhões de usuários recebam os alertas.

O novo sistema adotado pela Defesa Civil soma-se aos outros investimentos feitos pelo Município para melhoria e maior proteção da cidade e sua população. A Prefeitura trabalha na contenção das 56 áreas consideradas de mais alto risco pelo Plano de Gerenciamento e Prevenção de Riscos do Município. As obras fazem parte do programa Niterói Mais Resiliente, que vai investir R$ 424 milhões nos próximos dois anos nas áreas de gestão de riscos, fortalecimento da Defesa Civil, moradia e qualidade habitacional, política de resiliência e participação da sociedade e fiscalização.

“A Prefeitura vem, desde 2013, aprimorando os aspectos de proteção e defesa civil em Niterói. Além dos investimentos do Município em contenção de encostas, urbanização, manutenção de sirenes e sistemas de monitoramento, nosso trabalho está muito próximo da comunidade, pois acreditamos que o cidadão é o principal aliado no processo da Defesa Civil”, destaca Walace Medeiros.

Grupos de voluntários, capacitados pela Defesa Civil nos Nudecs (Núcleos de voluntários de Defesa Civil), também atuam nas comunidades onde há risco de deslizamentos, divulgando ações de prevenção onde residem, além de apoiarem as ações emergenciais em caso de chuvas intensas. Já o Grupo Executivo para o Crescimento Ordenado e Preservação das Áreas Verdes (Gecopav) realiza a fiscalização de áreas verdes e atua na prevenção de crescimento desordenado. Mais de 140 edificações irregulares foram demolidas e mais de 700 notificações foram emitidas nos últimos três anos.

O investimento da Prefeitura de Niterói também inclui o monitoramento meteorológico 24h, que permite a avaliação e adoção de estratégias da Defesa Civil, principalmente, no que tange aos eventos extremos de chuvas e ventos. Atualmente a cidade conta com 51 pluviômetros, que permitem o monitoramento em tempo real do volume de chuva que incide em cada região, possibilitando a tomada de ações de avaliação de risco e de eventuais evacuações de área com o uso do Sistema de Alerta e Alarme por Sirenes.

Estão instaladas na cidade 30 plataformas do Sistema de Alerta e Alarme por Sirenes, em 25 comunidades. Esses equipamentos, fruto de parceria com o governo estadual, possibilitaram estabelecer um protocolo de evacuação de residências em função do aumento do risco de deslizamento, com o propósito fundamental de preservar vidas. Em cada comunidade onde há sirene, as rotas de fuga seguras foram sinalizadas para facilitar o acesso dos moradores.


Fonte: Prefeitura de Niterói













PRO SUSTENTÁVEL: Santo Antônio, na Região Oceânica, terá mais de 13 quilômetros de rede de drenagem e pavimentação



COMENTÁRIO:

As obras de drenagem e pavimentação do Bairro Santo Antônio são uma antiga reivindicação dos moradores e o início das obras concluem uma longa etapa para viabilizar a obra.

Faço aqui um relato resumido da difícil trajetória para que a presente obra saísse do papel.

Ainda em 2013, o prefeito Rodrigo Neves determinou que eu liderasse os trabalhos de uma equipe da Prefeitura, que envolveu a minha equipe, a EMUSA e a Administração da Região Oceânica (ARO), chefiada pelo engenheiro Carlos Boechat, visando resolver o imbróglio que a obra se encontrava junto ao Governo Federal, que custeava o projeto. Iniciada em gestões anteriores, a obra foi interrompida, em 2011, devido a problemas técnicos, que só foram resolvidos na atual gestão.

Para isso, contratamos especialistas estrangeiros e brasileiros, e equacionamos os referidos problemas de projeto, incluindo novas intervenções para garantir a operacionalidade do sistema de drenagem. Para isso, foi incluído a galeria de contorno do bairro que foi implantada durante as obras da TransOceânica.

Depois, o projeto foi revisto para amplia-lo de forma a atender a toda a bacia de drenagem, de forma a dar ainda mais eficiência. Com a mudança de escopo da obra de macrodrenagem e, consequentemente, da pavimentação e drenagem superficial (microdrenagem), a Prefeitura passou a assumir toda a responsabilidade sobre o investimento da obra, que passou a compor o escopo do Programa Região Oceânica Sustentável - PRO Sustentável, financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF.

A seguir, definido o novo planejamento para as intervenções, o projeto passou pelo devido licenciamento ambiental e o longo processo de análise do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e finalmente liberado para a conclusão do processo licitatório, permitindo o início das obras, que ocorreu na semana passada, para o nosso orgulho e satisfação.

É importante ressaltar que, além de atender as necessidades de melhoria da infraestrutura do bairro, a obra permitirá benefícios também para o Sistema Lagunar de Piratininga e Itaipu. Com a implantação do sistema de drenagem, será possível verificar a adequação da conexão de cada imóvel na rede de esgoto e as águas pluviais na drenagem de cada rua. E a pavimentação das ruas, hoje inexistente na sua maioria, permitirá controlar a erosão das vias, o consequente assoreamento das vias e das lagoas.

Portanto, trata-se de mais uma importante medida para a melhoria da qualidade de vida e a qualidade ambiental da Região Oceânica de Niterói.

Agradecemos a compreensão dos moradores e suas lideranças, que acompanharam de perto todo esse esforço e que continuarão conosco durante a fase de obras, ajudando na intermediação com a comunidade para que os inevitáveis transtornos da obra sejam minimizados.

Vamos em frente!

Axel Grael
Coordenador Geral do PRO Sustentável

Secretário
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG
Prefeitura de Niterói




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Santo Antônio, na Região Oceânica, terá mais de 13 quilômetros de rede de drenagem e pavimentação





27/09/2019 – A reurbanização do bairro Santo Antônio, na Região Oceânica, já começou com a instalação do canteiro de obras. As melhorias de infraestrutura urbana, drenagem e pavimentação vão minimizar os problemas das enchentes históricas na região. Ao todo, 24 ruas e mais de 13 quilômetros de vias serão contempladas.

O prefeito Rodrigo Neves destaca que os ajustes que feitos nas contas públicas desde que assumiu a Prefeitura de Niterói, em 2013, têm permitido a realização de grandes obras estruturais na cidade.

“O que está acontecendo no Santo Antônio não é uma obra do acaso. Trabalhamos duro para devolver qualidade de vida à Região Oceânica. Tenho orgulho de ser o prefeito que tirou do papel o túnel Charitas-Cafubá, sem pedágio conforme prometido, e já ter urbanizado bairros como Fazendinha, Cafubá, Boa Vista, Bairro Peixoto, Piratininga. Muitas outras obras virão”, destacou.

Financiado pelo Projeto Região Oceânica (PRO-Sustentável), o investimento no Santo Antônio será de R$52,8 milhões – 33% a menos que o valor previsto no edital de licitação. O Consórcio Bairro Santo Antônio, vencedor da concorrência pública, estima finalizar as obras até dezembro de 2020, diminuindo o prazo inicial de 24 para 17 meses.

No projeto estão incluídas a implantação de rede de drenagem nas bacias 02 (entre a Estrada Francisco da Cruz Nunes, Condomínio Ubá III e Av. São Gualter) e 03 (entre a Estrada Francisco da Cruz Nunes, ruas Átila Nunes, Jornalista Sidney Correa e Av. Almirante Tamandaré). As intervenções começarão pela drenagem da bacia 02, que realizará o deságue das águas pluviais para a nova galeria da Av. Almirante Tamandaré, implantada com as obras da TransOceânica.

De acordo com o presidente da Emusa, Reinaldo Pereira, foi necessário um estudo minucioso para definir as intervenções que responderiam de forma eficaz à complexidade que o bairro Santo Antônio representa, dada a quantidade de aterro que sofreu ao longo dos anos e ao fato de ficar localizado abaixo do nível do mar e da própria Lagoa de Piratininga.

“O bairro acaba recebendo uma grande quantidade de água que desce do maciço do Jacaré e não tem para onde escoar, causando os constantes alagamentos em qualquer dia de chuva. Nós contratamos, então, por concorrência pública, uma empresa internacional especializada neste tipo de intervenção, que fez um estudo de engenharia, de hidráulica e de procedimentos de macrodrenagem para definir a melhor intervenção”, explicou Reinaldo.

Administrador da Região Oceânica, Carlos Boechat lembra que durante muitos anos os moradores da região sofreram com a falta de perspectivas com relação a realização das obras no local:

"Não é uma intervenção fácil. Desde que estamos no governo, estamos estudando a melhor forma de realizar as obras dentro de todos os padrões e que realmente possam resolver os problemas do bairro. Não adiantaria fazermos medidas paliativas. Com essas intervenções, vamos resolver os problemas de alagamento no Santo Antonio”, afirmou Boechat.


Fonte: Prefeitura de Niterói




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Canoagem carimba o passaporte para Tóquio no Mundial





Ana Sátila disputará tanto na canoa quanto no caiaque. Pedro Gonçalves garantiu a vaga do K1 Masculino para o Brasil, o atleta precisa passar pela Seletiva Nacional para garantir sua ida para a terra do sol nascente

O Brasil volta pra casa do Mundial de Canoagem Slalom realizado em La Seu d’Urgell com vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Depois de quatro dias de provas, o saldo do evento foi garantido com duas finais conquistadas por Ana Sátila, 10º lugar na canoa e 9º no caiaque, além da disputa de dois barcos na semifinal do K1 Masculino.

No início da manhã deste domingo (29), Ana Sátila disputou a final do C1 Feminino, ela não fez uma boa descida e teve toques em cinco balizas o que a deixou com o tempo de 115.16s, com isso ficou na 10ª posição. Quem ficou com a medalha dourada na disputa foi a alemã Andrea Herzog, Jessica Fox da Austrália com a prata e Nadine Weratschinig da Austria com a de bronze.

Nesta madrugada também teve as provas do K1 Masculino, Pedro Gonçalves foi o barco brasileiro mais rápido na semifinal o seu tempo no percurso foi de 90.37s e ficou na 24º posição, Guilherme Rodrigues em 34º lugar com 102.13s. Os atletas não conseguiram passar para a final da categoria que teve no pódio o checo Jiri Prskavec em primeiro lugar, e os espanhóis David Llorente e Joan Crespo com o bronze.

Brasil conquista vagas olímpicas na Espanha

Ana Sátila obteve índice tanto na disputa do C1 quanto do K1 Feminino, ela precisava ficar pela canoa neste domingo (29) no ranking dos 11 países mais bem colocados ela ficou em 8º lugar. No último sábado (28) pelo caiaque garantiu a quarta posição entre as 18 primeiras nações que buscavam a vaga olímpica.

De acordo com as regras da Federação Internacional de Canoagem (sigla ICF em inglês), o mesmo atleta não pode ficar com duas cotas, ou seja, ele tem que passar uma das cotas para outra nação subsequente, no Mundial essa mesma situação de Ana aconteceu com mais quatro países, Austrália, Estados Unidos, Andorra é Nova Zelândia, que tiveram que optar por qual cota ficaria. No caso do Brasil, optou-se pela vaga da canoa e liberou a vaga do caiaque.

Sátila teve um índice muito superior em relação às outras atletas do Brasil tanto no K1 quanto no C1. O seu percentual de diferença é maior do que o estipulado na circular para a seletiva nacional e também nas credenciais para que um atleta buscasse uma vaga continental, sendo assim ela será a única atleta feminina da Canoagem Brasileira em Tóquio.

Como Ana Sátila será a única representante, ela pode competir nas duas categorias dos Jogos Olímpicos, sendo assim, ela pode disputar tanto no C1 quanto no K1. Caso o país tivesse mais uma atleta apta para a disputa e conquistado a vaga olímpica ela disputaria só em uma categoria.

“Essa regra também pode ser no gênero masculino. Se só ficarmos com a vaga no K1 o atleta poderá competir no C1 se quiser, caso o Brasil não garanta a vaga da canoa também”, comenta André Behs supervisor da modalidade.

O K1 Masculino também tem vaga garantida. Pedro Gonçalves ficou em 16º lugar, ou seja, dentro do ranking dos 18 países classificados para Tóquio. Ele obteve a vaga para o Brasil e agora participará da seletiva nacional que acontecerá no ano que vem no Rio de Janeiro, por ter garantido a vaga para o País. Ele tem uma boa vantagem a frente dos outros postulantes para ir aos Jogos, dos outros 100 pontos que pode conquistar, ele já tem agora uma vantagem de 25. As regras gerais podem ser acessadas aqui.

C1 Masculino vai buscar a vaga continental

Com três vagas das quatro vagas já garantidas para Tóquio, agora o foco é garantir mais um barco nos Jogos Olímpicos em 2020 pelo C1 Masculino nas vagas destinadas para os continentes. Será uma única vaga que terá uma boa briga entre Brasil, Argentina e Estados Unidos, os favoritos na disputa, o Canadá garantiu no Mundial sua vaga. O evento de seletiva pan-americana está previsto entre os dias 03 a 05 de abril de 2020 no Parque Radical de Deodoro no Rio de Janeiro.

Equipe Brasileira na Europa

Ana Sátila
Felipe Borges
Kauã Silva
Pedro Gonçalves
Charles Corrêa
Guilherme Rodrigues
Fábio Rodrigues
Marina Souza
Omira Estácia
João Vitor Machado – Canoagem Descida

Equipe Técnica

André Luis Behs
Cassio Ramon Petry
Ricardo Taques
Mathieu Desnos
Denis Terezani


Fonte: Confederação de Canoagem









QUEIMADAS: Niterói teve aumento abaixo do estado e dos municípios vizinhos



COMENTÁRIO:

Estamos vivendo tempos em que as queimadas na Amazônia nos assombram e causam reações contra o Brasil no mundo todo.

Condições climáticas e uma política em âmbito nacional que estimula as queimadas causou um incremento nas estatísticas de incêndios em vegetação no país.

Também merece registro, que os dados citados na matéria abaixo, refere-se a incêndios em áreas verdes. Há que se considerar que há alguns anos, a estrutura do órgão especializado em incêndios em vegetação no Corpo de Bombeiros do RJ, foi substituída pela vinculação dos efetivos especializados às áreas protegidas estaduais.

Com isso, é compreensível que o foco esteja mais voltado para os parques e outras unidades de conservação, do que em outras áreas, como encostas cobertas por vegetação herbácea, muito suscetível às queimadas.

Desde 2014, Niterói estruturou o programa Niterói Contra Queimadas e passou a combater incêndios em vegetação, um programa pioneiro no país. No mesmo ano, criou o programa Niterói Mais Verde, que estendeu as áreas protegidas da cidade a mais de 50% do território da cidade.

Como parte do Niterói Contra Queimadas, que tem a coordenação da Defesa Civil de Niterói e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade - SMARHS, fomamos mais de 200 voluntários.

Parte da atribuição dos voluntários é alertar quanto à ocorrência de focos de queimadas. Portanto, há que se considerar que, enquanto em Niterói há todo um esforço de mobilização contra incêndios em vegetação, com a orientação para que a população reporte a ocorrência de focos de incêndios, nas demais cidades é presumível que haja uma sub-notificação muito elevada, devido à falta dos mesmos mecanismos.

Mesmo assim, o índice de aumento de incêndios em vegetação de Niterói foi menor do que os municípios vizinhos e que a cidade conta com mais de 50% do seu território protegido, diferente de muito das cidades da Região Metropolitana.

Segundo a matéria abaixo, Niterói teve aumento de 36,11%, saltando de 144 registros entre janeiro e setembro do ano passado, para 196 no mesmo período deste ano. Nas áreas protegidas, Niterói havia apenas registrado 11 casos, subindo para 29 este ano. Em todo 2018, foram 187 casos de incêndio na cidade.

No entanto, São Gonçalo registrou um aumento de 99,07% na quantidade de incêndios registrados no município. A variação foi de 108 entre janeiro e setembro do ano passado para 215 no período deste ano, número superior ao total de 2018, 147 casos. Em áreas protegidas, subiu de quatro para 28 casos. Deve-se ponderar um agravante: São Gonçalo tem um grande déficit de áreas verdes protegidas.

Em Itaboraí, o aumento foi ainda mais expressivo, de 141,53%. Com poucos casos registrados de janeiro a setembro de 2018 (65), o município teve 157 incêndios em áreas verdes neste ano. Em 2018, foram 93 casos no total. Nas áreas protegidas, o salto foi de dois para 17 casos no comparativo de janeiro a setembro dos últimos dois anos.

Já Maricá apresentou 189 registros de incêndio em vegetação no período do ano passado contra 294 de janeiro a setembro nos últimos dois anos, uma variação de 55,55%. O número total de registro de 2018 (246) também já foi ultrapassado.

Niterói continuará a proteger e a recuperar os seus ecossistemas e seguirá em frente na missão de ser benchmark em políticas públicas para a sustentabilidade urbana.

Vamos em frente!

Axel Grael
Engenheiro florestal

Secretário
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG
Prefeitura de Niterói



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Queimadas aumentam 69% no Rio


Em Itaboraí, o aumento foi de 141,53% em 2019. Já São Gonçalo teve 99,07% de aumento na quantidade de incêndio entre janeiro e setembro. Em Maricá, a variação foi de 55,55%. Mauricio Gil / Arquivo


Carolina Ribeiro

Incêndio em áreas verdes ultrapassou a marca de 12 mil casos, segundo dados do Corpo de Bombeiros 

O número de queimadas em áreas verdes do Estado aumentou quase 69% no comparativo de janeiro a setembro deste ano com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros. Foram 12.569 incêndios controlados contra 7.455 no mesmo período do ano passado. Só em áreas protegidas, o número de ocorrências saltou de 473 em 2018 para 1.501 casos ( 217%).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os incêndios em vegetação ocorrem, com maior frequência, em períodos de seca, o que é mais comum entre os meses de maio e outubro. As regiões que possuem maior cobertura vegetal, como a Região Serrana, são as mais afetadas no Estado do Rio, no entanto, o número de ocorrências registradas em Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí aumentou de maneira exorbitante.

Totalizando áreas protegidas (AP) - parques, reservas, área de proteção ambiental, etc. - e áreas não protegidas (ANP), o que inclui terrenos baldios e vegetação em geral, a soma de incêndios registrados no Estado entre janeiro e o dia 15 de setembro deste ano (12.569) já ultrapassou o número de casos de todo o ano de 2018, 9.142 incêndios.





Em Niterói, os casos aumentaram 36,11%, saltando de 144 registros entre janeiro e setembro do ano passado para 196 no mesmo período deste ano. Nas áreas protegidas, Niterói havia apenas registrado 11 casos, subindo para 29 este ano. Em todo 2018, foram 187 casos de incêndio na cidade.

São Gonçalo registrou um aumento de 99,07% na quantidade de incêndios registrados no município. A variação foi de 108 entre janeiro e setembro do ano passado para 215 no período deste ano, número superior ao total de 2018, 147 casos. Em áreas protegidas, subiu de quatro para 28 casos.

Em Itaboraí, o aumento foi ainda mais expressivo, de 141,53%. Com poucos casos registrados de janeiro a setembro de 2018 (65), o município teve 157 incêndios em áreas verdes neste ano. Em 2018, foram 93 casos no total. Nas áreas protegidas, o salto foi de dois para 17 casos no comparativo de janeiro a setembro dos últimos dois anos.

Já Maricá apresentou 189 registros de incêndio em vegetação no período do ano passado contra 294 de janeiro a setembro nos últimos dois anos, uma variação de 55,55%. O número total de registro de 2018 (246) também já foi ultrapassado. Similar a Niterói, a cidade teve onze casos de incêndio em áreas protegidas no ano passado e 29 neste ano.

Causas e prevenção no combate às chamas

Questionado sobre o aumento exorbitante no número de casos, a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que a corporação não apura as causas das ocorrências, apenas atua no combate às chamas e no socorro a vítimas. A extensão da área queimada e as localidades de áreas protegidas não foram divulgados.

O Corpo de Bombeiros recomenda que, embora muitas vezes não seja possível evitar esse tipo de ocorrência (incêndio em vegetação), a população não deve - em todas as épocas do ano - acender fogueiras, queimar lixo no quintal, soltar balões, jogar pontas de cigarro em qualquer ambiente, principalmente nas estradas próximas à vegetação, e jogar garrafas de vidro em áreas florestais e em beira de estrada, que podem funcionar como lente de aumento para os raios solares, gerando calor.

Durante o treinamento dos agentes, ainda na formação básica, os militares do Corpo de Bombeiros recebem instruções teóricas e práticas sobre as especificidades e métodos de combate a fogo em vegetação. Além disso, o CBMERJ possui o Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que é realizado no 1º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente, no Alto da Boa Vista, com a duração de três meses e meio, e que visa especializar bombeiros de todo o estado para atuarem nas ocorrências de incêndios florestais.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) - responsável por proteger, conservar e recuperar áreas de proteção ambiental do Estado, entre outros - registrou 97 queimadas nas unidades e nas zonas de amortecimento de janeiro até julho deste ano, contra 65 casos no mesmo período do ano passado, um aumento de 49%. O aumento, conforme explicou o Inea, pode estar relacionado às condições climáticas notadas no início deste ano, com períodos de tempo seco nos meses de janeiro e fevereiro.

Em relação às áreas protegidas, o instituto ressalta que as principais causas de incêndios são a queima para limpeza (na agricultura e nas pastagens); balões; cigarros; queima de lixo; fogueiras em acampamentos, caças e pescarias predatórias; e raios. Os pontos mais suscetíveis aos incêndios são os trechos ocupados por vegetação herbácea, arbustiva e gramíneas, sobretudo próximas a assentamentos urbanos e agropastoris, em áreas rurais.

De acordo com o Inea, em suas unidades de conservação, foram registradas queimadas, na maioria dos casos, em pastagens e não em florestas. Os guarda-parques atuam na prevenção, educação ambiental e combate às queimadas, principalmente em pastagens, o que é imprescindível para evitar que as chamas se alastrem para as florestas.


Fonte: O Fluminense








NITERÓI CIDADE SEGURA E INTELIGENTE: câmeras a favor da segurança pública



A Rua Benjamin Constant, no Barreto, Zona Norte de Niterói, é um dos locais contemplados com os portais de segurança
Douglas Macedo


Foram 236 ocorrências encerradas em quatro meses de funcionamento

Com a ajuda dos Portais de Segurança, que já foram acionados quase 600 vezes, os índices de criminalidade apresentaram redução em Niterói. No mês de agosto, o número de roubo de veículos teve uma queda de 36,3%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 157 ocorrências do tipo em agosto de 2018, número que caiu para 100 no mês passado, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). O índice confirma a tendência de redução deste tipo de crime depois do início das operações do modelo de cercamento eletrônico que monitora as entradas, saídas e principais vias da cidade por um sistema de identificação inteligente através de mais de 500 câmeras. Diante dos resultados positivos, a Prefeitura de Niterói planeja ampliar o cerco em 25%.

Desde que entrou em operação, em maio deste ano, o Sistema de Cercamento eletrônico dos Portais de Segurança de Niterói, que funciona no Centro Integrado de segurança Pública (Cisp), teve o alarme acionado 585 vezes. Desse total, 236 ocorrências foram encerradas nesses primeiros meses de funcionamento. Além disso, 135 ocorrências foram abertas, ou seja, houve o alerta, porém, as equipes de campo não conseguiram a abordagem; 214 alertas diversos também foram emitidos, ou seja, veículos em análise, sob investigação por parte das forças de inteligência da Polícia Civil, Militar e Guarda Municipal. Através desse sistema, 21 veículos em situação de roubo/furto foram recuperados.

"Esse resultado reflete os investimentos da Prefeitura de Niterói na área de segurança pública. Atualmente, cerca de 60% do policiamento de Niterói é bancado pela prefeitura, por meio do Proeis e do Niterói Presente. Apostamos também muito na integração das forças de segurança, e em inteligência e tecnologia. Isso tem nos levado a essa redução significativa dos índices de criminalidade na cidade", disse o prefeito Rodrigo Neves.

O sistema é operado no Cisp por guardas-municipais treinados, além de policiais militares, e integrantes do Programa Niterói Presente. Toda vez que algo suspeito é identificado ou as câmeras visualizam qualquer tipo de ocorrência, os agentes acionam a força de segurança mais próxima do local. A ferramenta integra todas as forças de segurança estaduais, federais e municipais, além do Corpo de Bombeiros, NitTrans e Defesa Civil. Atualmente, o sistema conta com 522 câmeras.

O secretário municipal do Gabinete Integrado de Gestão de Segurança, Gilson Chagas, lembra que, apesar da segurança ser um papel do Estado, o município de Niterói investiu pesado nos últimos cinco anos ao disponibilizar ferramentas para ajudar as forças de segurança no combate à criminalidade. Já foram mais de R$ 100 milhões, e os investimentos continuarão, segundo ele.

O secretário municipal de Ordem Pública coronel Paulo Henrique de Moraes conta que, atualmente, 522 câmeras fazem o monitoramento da cidade. Mas, a ideia é ampliar ainda mais esse número.

"Já está em curso o processo de renovação de contrato com ampliação, onde iremos ativar mais alguns pontos. A ideia é que esse aumento seja de 25%".

O professor de Direito Penal e especialista de segurança pública Daniel Habib conta como a tecnologia tem facilitado as entidades de segurança.

"Com a posse das informações geradas pelos softwares, os profissionais que atuam na área da segurança ou gestão do trânsito conseguem cruzar as informações do banco de dados gerado com órgãos de trânsito, assim como com fontes de dados das secretarias de segurança. Graças à tecnologia, se há um carro roubado, é possível monitorá-lo. E se existe muito congestionamento, é possível estudar as causas, sempre visando à melhoria do fluxo e à segurança das pessoas".


Fonte: O Fluminense









Receita de Niterói para 2020 será de R$ 3,6 bilhões



COMENTÁRIO:

A responsabilidade pela elaboração do orçamento municipal e a gestão da sua aplicação é da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG.

Para desenvolver o Projeto de Lei de Orçamento Anual - PLOA, recebemos as demandas de todas os órgãos da administração municipal e fazemos com que estejam compatíveis com a arrecadação prevista para o exercício fiscal e as prioridades estabelecidas pelo prefeito Rodrigo Neves.

O PLOA será encaminhado amanhã, dia 30/09/2019, para apreciação do Legislativo Municipal.

Vamos em frente!

Axel Grael
Secretário
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG
Prefeitura de Niterói



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Receita de Niterói para 2020 será de R$ 3,6 bilhões



Praia de Jurujuba, em Niterói Foto: Fábio Guimarães / Agência O Globo


Segundo lei orçamentária que será enviada amanhã à Câmara, deste valor, R$ 1,2 bilhão é proveniente da arrecadação com royalties do petróleo

Leonardo Sodré

RIO — A Lei Orçamentária Anual (LOA) do município, que será enviada amanhã pela prefeitura de Niterói à Câmara dos Vereadores, prevê uma receita de R$ 3,6 bilhões para 2020, valor 12,2% maior do que os R$ 3,2 bilhões deste ano. Do total, R$ 1,2 bilhão é oriundo da arrecadação de royalties do petróleo.

A área da Segurança Pública, responsabilidade do governo estadual, é a que terá o maior acréscimo de investimentos: R$ 146,4 milhões — um aumento de 50,7%. A prefeitura planeja ampliar o Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis), incorporar 80 novos agentes ao efetivo da Guarda Municipal e levar o programa Niterói Presente para outras áreas da cidade.





O custeio de ações na área de Segurança em parceria com as forças estaduais tem aumentado em média 41% anualmente, desde 2014. Há cinco anos, o investimento do município em segurança era R$ 18,6 milhões, oito vezes menor que a estimativa para o ano que vem.

Segundo o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão, Axel Grael, parte dos investimentos vai para o Niterói Presente. Ele diz que a prefeitura ainda não decidiu os bairros que receberão o programa.

— O crescimento contínuo (do orçamento) se refere a investimentos nas ações do Pacto Niterói Contra a Violência, a maior parte com custeio de pagamentos a agentes de segurança. O Niterói Presente, por exemplo, tem um custo muito alto. Serão investidos R$ 70 milhões no ano que vem e haverá também a incorporação de novos guardas municipais, o que fará aumentar o orçamento da Secretaria municipal de Ordem Pública — diz Axel.

Educação e Saúde

A despesa prevista na LOA para a Educação é de R$ 500,3 milhões, 12,6% a mais do que este ano, quando foram aplicados no setor R$ 444,5 milhões. A prefeitura planeja concluir a obra da Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) do Vale Feliz, no Engenho do Mato, e reformar e climatizar outras escolas. Na Saúde, serão investidos R$ 622,3 milhões, um acréscimo de 9,8% em relação a este ano. Está prevista a implantação de um centro de imagens no Hospital Municipal Carlos Tortelly, no Bairro de Fátima, e de um programa para entrega, em casa, de medicamentos de distribuição obrigatória.

O percentual do Orçamento proveniente de arrecadação com royalties do petróleo — que este ano correspondeu a 31% do total — também será significativo em 2020: 33,2%. Em 2014, o percentual dessa receita no orçamento correspondia a apenas 7,1%. A cidade recebe, em média, 43% das receitas provenientes da exploração do Campo de Lula, na Bacia de Campos. Axel Grael diz que o município não usará a verba para pagamento de despesas fixas, como salários e contratos de prestação de serviços.

— O crescimento dos royalties no Orçamento em relação a este ano será de 20%. Mas é um percentual variável. Essa é uma projeção — explica o secretário, alertando que existem restrições legais para a aplicação desses recursos. — Temos como diretrizes na administração aplicar essa receita apenas em novos investimentos, em contenção de encostas, pavimentação e drenagem.

O aumento da arrecadação dos royalties levou o município a criar em março o Fundo de Estabilização e Receita (FER), espécie de poupança com recursos dos royalties. Nele, a administração municipal deposita 10% dos recursos referentes às participações especiais dos royalties, repassados ao município a cada três meses. Atualmente, o fundo conta com R$ 220 milhões. Até o fim de 2020, segundo estimativa da prefeitura, devem ser captados até R$ 400 milhões.












GERAÇÃO GRETA: como são os jovens que disseram basta à destruição do planeta



COMENTÁRIO:

Comecei como ambientalista no cada vez mais remoto final da década de 1970, quando ainda era estudante de engenharia florestal e comecei a liderar em Niterói campanhas em defesa da Baía de Guanabara, da recuperação das lagoas de Piratininga e Itaipu e da criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Eram os primórdios do movimento ambientalista no país e quase não se falava no assunto. O termo "sustentabilidade" nem existia. 

Fui o idealizador e um dos fundadores do Movimento de Resistência Ecológica - MORE, organização que marcou época no movimento ambientalista de Niterói e do estado do Rio de Janeiro e que formou uma geração de militantes ambientais, muito ainda ativos e influentes formadores de opinião sobre esses temas.

Já naquela época, na década de 1980, estava na nossa agenda a questão climática. Eu já escrevia no "Boletim do More" sobre a questão climática. Parecia que estávamos "pregando no deserto"... 

Apesar de toda dificuldade e reação do establishment, a temática do clima, ao longo do tempo ganhou força nos meios acadêmicos e diplomáticos, influenciando 

Geração Greta

Hoje, ao ver nascer um potente movimento de jovens pelo clima, vemos que aquelas vozes do passado 

O movimento mundial de jovens pelo clima, chamado internacionalmente de "Fridays for Future", liderado pela admirável adolescente sueca Greta Thunberg, é de nos encher de esperança e nos renova as forças para a luta pela sustentabilidade.

Eles têm toda a razão de 'puxar as orelhas' das atuais gerações de dirigentes globais, que têm avançado tão pouco na tão emergencial agenda climática, apesar das inúmeras reuniões promovidas pela ONU e pela diplomacia mundial (as COP´s), que apesar dos esforços dos ambientalistas, dos cientistas e outros setores engajados, sempre esbarram na ação irresponsável de certos bushs trumps da vida, além de grandes corporações, que alimentavam as inconsistentes teses negacionistas, que a cada dia, se veem mais limitadas aos seus próprios redutos. 

Para nos encher de vergonha e frustração, vemos esse pequeno clube ganhar a adesão extemporânea do nosso desastrado presidente. A cada nova declaração de Bolsonaro, pateticamente celebrada por uma minoria de seguidores da sua seita ecocida, o Brasil se isola e assume o triste papel de vilão planetário! Foi o que vi pessoalmente em um evento internacional sobre cidades e clima que participei recentemente na Alemanha.

A força do movimento "Fridays for Future" impressiona. A cada sexta-feira, adolescentes e jovens do mundo todo fazem "greve" e ocupam as ruas das suas cidades para exigir uma ação dos seus governantes para reverter as mudanças climáticas.

Na última sexta-feira, avaliações preliminares consideram que 7 milhões de jovens foram às ruas. Um número extraordinário! Corresponde a cerca de 1 pessoa nas ruas para cada 1.000 terráqueos! E, por enquanto, a mobilização alcança majoritariamente os estudantes...

A reação dos negacionistas, por falta de argumentos convincentes, concentram-se em propagar fake news, teses conspiratórias, além de infames provocações aludindo ao aspecto e à doença de Greta Thunberg, portadora da Síndrome de Asperger. Uma crueldade!

Greta. Obrigado por revigorar as esperanças!

Axel Grael




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Geração Greta: como são os jovens que disseram basta à destruição do planeta


Assista ao vídeo com a reportagem aqui.


Inspirados pela adolescente sueca Greta Thunberg, os mais novos lideram hoje a luta contra o aquecimento global

G. AbrilE. CamhajiC. OquendoS. TorradoJ. OliveiraM. Centenera,

Numa tarde ensolarada do final do verão europeu, Roger Pallàs, um universitário catalão de 22 anos, cabelos loiros e corpo franzino, dirige sua van rumo à Costa Brava enquanto cantarola: “The people gonna rise like the waters, we’re gonna face this crisis now... [o povo vai se erguer como as águas, vamos enfrentar esta crise já]” —um dos hinos que ele e seus companheiros tentaram propagar nas greves pelo clima em Girona. Eles compartilharam a música no quilométrico grupo de WhatsApp, mas as pessoas têm dificuldade para aprender, afirma Roger, que pouco depois para o carro e pega Lucas Barrero, colega de classe e de batalhas climáticas, um andaluz de 22 anos e discurso sólido. Quando retomam o caminho em direção ao mar, Barrero fala do livro que acaba de publicar, El Mundo Que Nos Dejáis (o mundo que vocês deixam para nós, na tradução livre em português), que é na verdade um “manifesto” com o qual espera “sacudir um pouco as consciências”, diz ele. No livro, escreve coisas como esta: “Somos a primeira geração que sofrerá, ou melhor, que já sofre, os efeitos da crise ecológica e climática. No entanto, somos a última que pode fazer algo para deter este desastre”.

Depois, à medida que o Mediterrâneo vai aparecendo por trás dos pinheiros, a conversa caminha para para o veganismo (Roger, que cresceu em uma região amplamente dedicada à indústria suína, é vegano) e para a Lei de Mudança Climática proposta pelo Governo espanhol —“nasceu morta”, dispara Lucas. Falam também da ministra belga de Meio Ambiente, que sugeriu que as greves estudantis pelo clima que têm sacudido o mundo nos últimos meses não são um “movimento espontâneo”, e sim uma campanha orquestrada (ela garantiu ter informações do serviço secreto sobre o assunto). Foi forçada a renunciar. Barrero cita então uma informação-chave sobre as manifestações iniciadas pela adolescente sueca Greta Thunberg há um ano: elas são protagonizadas por crianças e jovens, é verdade, mas para cada um deles há, potencialmente, dois pais e quatro avós. Ou seja: cada milhão de estudantes aglutinaria até seis milhões de adultos por trás. O que o torna um movimento juvenil, mas de influência exponencial. E nisso está o bate-papo quando Roger vira, entra numa trilha e para às portas de uma escola de mergulho ao lado da praia de Sant Pere Pescador, onde trabalha o terceiro dos amigos que trouxeram para a Espanha o movimento de Greta. Do meio das roupas de mergulho surge Ander Congil, um basco de 22 anos e sorriso expansivo, e os três se abraçam porque, devido ao verão, já faz algum tempo que não se veem.


A semente de Girona
Ander Congil, Roger Pallàs e Lucas Barrero (da esquerda para a direita) na praia de Sant Pere Pescador, em Girona, na Catalunha. Têm 22 anos e foram os primeiros a organizar, em janeiro, uma greve pelo clima na Espanha, imitando Greta Thunberg. Barrero cresceu na serra de Aracena (Huelva), Congil em Tolosa (Gipuzkoa) e Pallàs em Folgueroles (Barcelona). Apaixonados pela natureza, conheceram-se como alunos do curso de Ciências Ambientais e Biologia da Universidade de Girona. “Quando vimos o movimento na Europa, dissemos: ‘Temos de pegar isso e trazer para cá, porque isso é muito forte”, recorda Pallàs. “Ficamos plantados em frente à Generalitat [Governo] de Girona, éramos três amigos, chegaram mais duas amigas, outras duas pessoas pararam... até que divulgamos nas redes e isto explodiu”, acrescenta Congil. “Nós, os jovens, é que temos saído às ruas porque somos os mais prejudicados”, explica Barrero. “Reivindicamos nosso futuro, senão seremos levados a um colapso.”

Sua paixão pela natureza os uniu: conheceram-se no curso de Ciências Ambientais e Biologia, que tem poucos alunos e é oferecido apenas pela Universidade de Girona (entre as públicas). Compartilharam apartamento, caminhadas pelos montes, viagens. Os três ficaram impressionados com o protesto daquela sueca e seu discurso “impactante” para os líderes mundiais em Katowice (Polônia) no final de 2018, durante a conferência da ONU sobre mudança climática: “As desculpas de vocês acabaram”, repreendeu-lhes Thunberg, “e o nosso tempo está acabando”.

E foi assim que, numa sexta-feira de janeiro, véspera do dia de São Canuto, um andaluz, um basco e um catalão decidiram sentar-se em frente ao edifício da Generalitat (Governo) de Girona com um cartaz que dizia: “Greve pelo clima”. A primeira na Espanha. Naquele dia, duas amigas se juntaram a eles e dois curiosos pararam para ver o que estava acontecendo. Em poucas semanas, gente de outras cidades estava ligando para eles e perguntando como se unir ao movimento Fridays for Future (“sextas-feiras pelo futuro”). Enquanto a onda verde ia colorindo o mundo, eles participaram de reuniões de coordenação regionais, nacionais e internacionais, encontraram-se com cientistas, viajaram para o Parlamento Europeu e conseguiram levar centenas de pessoas às ruas de Girona, às quais tentaram ensinar este hino: “The people gonna rise like the waters...”. Como resume Roger Pallàs, sentado nas dunas da praia enquanto o sol se esconde atrás das colinas e uma bruma púrpura se desenha sobre o mar escuro: “Houve um boom que não esperávamos. Isso nos deu muita força, e a partir daí não paramos mais”.

Talvez um movimento de massas nunca tenha se espalhado tão rápido antes. A ativista sueca fez seu primeiro protesto em 20 de agosto de 2018. Começou sozinha. Sete meses mais tarde, na primeira greve mundial pelo clima, em 15 de março, 1,4 milhão de pessoas saíram às ruas, segundo os organizadores. Mais de duas mil de cidades de 128 países se somaram, e Thunberg se consolidou como o símbolo de uma geração bastante internacional, costurada pelo inglês e pelas redes sociais e também, segundo a maioria de entrevistados para esta reportagem, pela frustração acumulada com a passividade dos adultos e dos líderes políticos diante de um planeta ameaçado. Greta aglutinou os mais jovens com uma mensagem e uma missão. Sua visão do mundo ultrapassou fronteiras. Viaja da Oceania às Américas. De Nova York a Tomelloso, em Castela-Mancha. Nas palavras de Hugo Abade, um universitário de 19 anos originário desta localidade agrícola manchega: “Quando vi Greta, senti esperança. Esperança porque somos muitas Gretas pelo mundo, movendo-nos com uma só voz e uma única demanda: deixar um planeta habitável”. Ele se integrou ao movimento em Madri, onde estuda. E neste verão setentrional, quando voltou para casa de férias, lançou pelo Instagram as sementes de uma mobilização neste município de 36.000 habitantes. Em agosto, centenas de crianças se concentraram em Tomelloso e pediram à administração municipal a declaração de “emergência climática”, uma reivindicação habitual do movimento.


'Fridays' Rurais
O efeito Greta não conhece fronteiras e passou das capitais para as áreas rurais. Na foto acima, membros da Juventude pelo Clima de Tomelloso, um município agrícola de 36.000 habitantes da província de Cidade Real, na comunidade autônoma de Castela-Mancha. Os jovens posam em um campo colhido perto da cidade manchega. Há poucas semanas, registraram na Prefeitura um pedido de declaração de emergência climática, uma das iniciativas promovidas por Greta Thunberg. “É inspirador que alguém tão jovem possa mover tantas pessoas no mundo”, diz Alicia Serna, de 20 anos. O grupo também está preparando uma lista de propostas concretas. Entre elas, recuperar o mercado municipal para poder comprar produtos locais. “Nas grandes áreas não podemos ter acesso a esses produtos que estão sendo cultivados a poucos quilômetros daqui”, reclama Hugo Abad, de 19 anos.


Adelaïde Charlier, uma belga de 19 anos, líder visível das greves em Bruxelas, marchou pela capital europeia com Thunberg e foi recebida, entre outros, pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Ela se sensibilizou com o primeiro vídeo de Thunberg que viu no Facebook, no qual a ativista exortava políticos, banqueiros e empresários do Fórum Econômico Mundial de Davos. “Nossa casa está em chamas. (…) Quero que entrem em pânico” —afirmava também que, segundo o IPCC, o painel científico da ONU que reúne mais de 700 especialistas em mudança climática, “restam menos de 12 anos para podermos corrigir nossos erros”. “É tão poderoso o que ela diz!”, diz por telefone a jovem belga. “Todas essas frases... Quando você as escuta em uma garota tão jovem, quer fazer a mesma coisa, unir-se a ela, e acredita que todo mundo deveria fazer isso. Acho que esse discurso mudou a mentalidade dos jovens. Já tínhamos consciência do problema, mas não víamos a urgência. É importante perceber que é uma crise, uma emergência. E a única forma de ser ouvidos e pressionar os adultos é por meio da greve.”

O movimento continua se espalhando. Neste verão europeu, 400 crianças do Fridays for Future originárias de 38 países se juntaram em Lausanne (Suíça) para tentar encontrar pontos em comum e coordenar ações iminentes, como a próxima greve mundial pelo clima, na sexta-feira. A declaração acertada no encontro de Lausanne pede que o aumento da temperatura global seja mantido “abaixo de 1,5 grau em relação aos níveis pré-industriais”. E lança um grito de alerta geracional: “O colapso da nossa sociedade e dos nossos ecossistemas está no horizonte e o tempo está se esgotando. O que acontecer nos próximos meses e anos determinará o aspecto da humanidade no futuro. Nossa extinção coletiva é uma consequência possível. (…) Nós nos reunimos em Lausanne porque nossos medos e objetivos comuns nos unem, e porque a hora de agir é agora”.

Kelmy Martinez, suíço de 21 anos e um dos organizadores da cúpula, acredita que há elementos comuns que definem sua geração: “Nossos pais cresceram em um mundo no qual tudo estava indo bem. Era o final da Guerra Fria, a economia crescia. Nós vimos outra face. O 11 de Setembro, os atentados de Madri e Londres, a crise econômica de 2008, a crise da dívida de 2011”, enumera. “Começamos a perguntar a nós mesmos: será que essa é a forma certa de viver e fazer negócios? E fomos percebendo que há uma crise humana e ambiental, que algo falha no sistema, porque isto não ocorre em um que funciona.” Sobre a garota sueca e o que significou sua aparição, ele afirma: “Greta chegou em um momento-chave. As pessoas estavam prontas para se unir e sair às ruas”.


Salto para o México
Clara Martínez, Camila González, Jorge Martínez e Valeria Cruz em um parque da Cidade do México. Pertencem ao movimento Fridays for Future deste país, um dos mais ativos da América Latina, com presença em 60 cidades.


Camila González, por exemplo, nunca tinha participado de uma marcha, mas decidiu aderir a este movimento, gerado a quase 10.000 quilômetros de sua casa na Cidade do México. Com 15 anos, estava farta de sentir que sua opinião não contava, e o fato de ter sido uma garota de sua idade que ergueu a voz a fez abrir os olhos, destaca. “Antes era mal visto que uma criança reclamasse de um adulto, mas os papéis estão se invertendo”, afirma González, que se tornou uma das participantes mais ativas do Fridays for Future no México. “Hoje, nossa geração tem voz e poder para melhorar as coisas.” E desta vez as garotas assumiram a liderança. Há três mulheres para cada homem na coordenação mexicana do movimento. “É uma revolução total”, diz Clara Martínez, de 22 anos, uma das organizadoras do protesto mundial de março. Tudo foi preparado em menos de um mês, em chats no WhatsApp, publicações no Instagram e chamadas de vídeo. “Meu coração batia muito rápido, não sabíamos o que esperar”, lembra Martínez, emocionada.

A representação mexicana se estabeleceu como a mais ativa da América Latina, com 220 atividades realizadas e presença em 60 cidades. Mas o México não é a Suécia e importar o Fridays for Future implica reconhecer uma realidade muito diferente neste país com 52 milhões de pobres, onde a corrupção permite abusos terríveis e a violência mata dezenas de milhares de pessoas por ano. Vinte e um ambientalistas foram assassinados em 2018, segundo o Centro Mexicano de Direito Ambiental. A América Latina é a região onde é mais letal defender o meio ambiente: nela ocorrem mais de 50% dos homicídios de ativistas ambientais no mundo, alerta a Global Witness.

O continente tem uma longa tradição de luta pela defesa do clima, dos ecossistemas, dos recursos naturais. De fato, antes que Greta fosse Greta, os mais novos também enfrentaram os adultos na Colômbia com o objetivo de preservar o pulmão do mundo: em 2017, 25 crianças e jovens entraram com uma ação coletiva de tutela para proteger a Amazônia. Encorajados pelo DeJusticia, um centro de estudos jurídicos e sociais, protagonizaram um caso visionário: processaram o Estado por não garantir seus direitos à vida e ao meio ambiente no futuro. Para surpresa de todos, no ano passado a Corte Suprema da Colômbia lhes deu a razão.


Pacto pela Amazônia
Da esquerda para a direita e de cima para baixo, Yurshell Rodríguez, de 24 anos, Aymara Cuevas, de 10, Laura Jiménez, de 23, e Pablo Cavanzo, de 14. Os quatro são parte de um grupo de 25 crianças e jovens colombianos que, diante do avanço do desmatamento da Amazônia, entraram em 2017 com uma ação legal coletiva contra o Estado exigindo que ele garanta seu direito futuro de desfrutar o meio ambiente. A Corte Suprema lhes deu a razão neste processo revolucionário, exigindo que o Governo construa “um pacto entre gerações” e alertando para o “prejuízo iminente e grave para todos os colombianos, para as gerações do presente e do futuro”, se não foram tomadas medidas para frear a destruição do pulmão do mundo. Após a vitória, os autores da ação se transformaram em símbolos de uma juventude ativa contra a passividade dos mais velhos. Pablo Cavanzo, um dos mais jovens, explica seus motivos: “Os mais velhos não estão abrindo os olhos. Nossa geração está brigando com os adultos para que tomem decisões razoáveis, pois quando estivermos em posição para mudar a situação, já será tarde demais. Estamos a tempo”.


Graças a eles, hoje a Amazônia colombiana é reconhecida como sujeito de direito; o Estado tem a obrigação de construir um “pacto entre gerações”, e o Governo é advertido de que o desmatamento provoca “um prejuízo iminente e grave para todos os colombianos, para as gerações do presente e do futuro, pois amplia incontrolavelmente a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera”.

Os 25 demandantes, em maior ou menor grau, tornaram-se símbolos da causa verde. A pequena Aymara Cuevas, de 10 anos, que vive em Itagüí, perto de Medellín, é hoje a voz do comitê ambiental de sua escola e se coloca na primeira fila das marchas de que participa com outras crianças. Yurshell Rodríguez, de 24 anos, nasceu no meio do Caribe, no arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina. Semanas atrás, alertou mais de mil empresários e acadêmicos em uma cúpula sobre sustentabilidade em Bogotá: “As previsões dizem que 17% da minha ilha estarão cobertos de água em 2070. Ou seja, as praias em que estive, e provavelmente minha cultura de raiz [o povo indígena de San Andrés], podem desaparecer. Não podemos permitir isso”. O furacão Greta chegou à Colômbia para unir forças, segundo Laura Jiménez, de 23 anos, outra das demandantes: “Quando Greta apareceu, percebemos que há muitas formas de mobilização. Eu, por exemplo, não gosto de estar na linha de frente, minha forma de me manifestar foi a ação de tutela. Na verdade, não importa se você não é um ambientalista puro. Não precisamos de 100 ativistas perfeitos, e sim que todos sejamos ativistas imperfeitos conscientes de que cada um, de sua posição, em sua casa, pode fazer algo”.

Thunberg conseguiu tornar o discurso sólido e homogêneo. Não importa o lugar do mundo, todos pedem igualmente que os cientistas sejam ouvidos, e ressaltam a situação de urgência: “Este não é um problema do futuro. Já estamos vivendo a emergência climática”, sustenta, por exemplo, a brasileira Nayara Almeida, de 21 anos, que ajudou a promover no Rio de Janeiro um grupo semelhante ao da ativista sueca. O grupo participou da greve mundial de 15 de março, quando os protestos se espalharam por 24 cidades do país. “Organizamos tudo em quatro dias, falando com amigos e conhecidos. Hoje, o movimento tem cerca de 2.000 jovens em 50 cidades”, conta Almeida. Nestes dias em que a Amazônia queima, os grupos do Fridays for Future de todo o planeta convocam manifestações em frente às Embaixadas brasileiras e a maré verde exibe sua capacidade de mobilização em tempo recorde.


As vozes do Brasil
DANIEL RAMALHO
Membros do movimento Fridays for Future do Rio. Da esquerda para a direita, Juliana de Araújo, de 23 anos, Nayara Almeida, de 21, Ana Gil, de 24, Tua Frank, de 26, e Manu Amaral, de 24. No Brasil, o movimento reúne 2.000 pessoas. E as retratadas explicam por que Greta foi fundamental na criação de um movimento global: “Sua mensagem tem muito poder. É a narrativa de toda a juventude do mundo”.


“Em 2050, o planeta será inabitável”, alerta um cartaz diante da embaixada brasileira em Buenos Aires. É sexta-feira, é claro, 23 de agosto, dia de protestos em cidades ao redor do mundo. Entre os manifestantes está Bruno Rodríguez, de 18 anos, estudante de Ciências Políticas e Direito. Veste uma camiseta dos Jovens pelo Clima, grupo ao qual pertence —e que ele representaria na Cúpula da Juventude para o Clima, realizada neste sábado na sede da ONU em Nova York. Dos cem participantes que receberam bolsas da ONU, 13 são latino-americanos, e Rodríguez é o único argentino. “A ideia é levar uma proposta como região para que se entenda o que acontece nos nossos países”, diz ele.

Esse encontro juvenil antecedeu o oficial, que começa nesta segunda-feira: a Cúpula de Ação Climática da ONU em Nova York, o encontro que motivou a odisseia atlântica de Greta. A adolescente, por coerência, evita o avião para reduzir sua pegada de carbono, de modo que, para chegar a Manhattan, navegou duas semanas em um veleiro. A revista The Economist aproveitou a travessia para publicar um artigo intitulado “O efeito Greta”, explicando como cresceu, desde sua ascensão midiática na Suécia, o flygskam —uma palavra que resume a “vergonha de voar” de avião e que, segundo o gráfico que ilustra o texto, provocou consideráveis reduções no número de viajantes aéreos em seu país.

Greve climática em Buenos Aires
MARIANA ELIANO
À esquerda, Julieta Itzcovich, de 17 anos, uma entre as dezenas de jovens que saem às ruas em Buenos Aires (Argentina) todas as sextas-feiras replicando as greves pelo clima iniciadas na Suécia há um ano. “Somos a geração que mais será afetada”, diz. “Se nada for feito, em 2030 vamos chegar a um ponto sem retorno”. À direita, Bruno Rodríguez, de 18 anos, cofundador da organização Juventudes pelo Clima de Buenos Aires e representante da Argentina na Cúpula da Juventude para o Clima, realizada neste sábado em Nova York.


O efeito Greta talvez explique em parte o resultado histórico dos Verdes nas últimas eleições europeias: as pesquisas de boca de urna indicaram que os ecologistas foram a primeira opção para os jovens na Alemanha, Áustria e França. Mas não foi só um lampejo geracional. Uma pesquisa pós-eleitoral do Parlamento Europeu apontou que “combater a mudança climática e proteger o meio ambiente” foi a principal motivação para ir votar em sete países: Dinamarca, Suécia, Holanda, Alemanha, Luxemburgo, Áustria e França. E em um ano esse assunto subiu do quinto para o segundo lugar entre as principais preocupações da população da União Europeia.

O conceito do Fridays for Future já não apenas uma questão juvenil. Ele se ampliou para todos os tipos de coletivos. Segundo Miriam Leirós, uma professora de 42 anos que lidera o Teachers for Future (“professores pelo futuro”) na Espanha, o movimento lhe deu “esperança e vergonha” em partes iguais: “Esperança porque você vê que as gerações não estão dormindo e são capazes de lutar. E vergonha porque os jovens é que tiveram de nos dar um puxão de orelha”.


Mudança e esperança em Madri
XIMENA Y SERGIO
Um grupo do movimento Fridays for Future de Madri, inspirado pelas greves das sextas-feiras pelo clima de Greta Thunberg. De pé, a partir da esquerda: Manuela Martín, de 16 anos, Matías Spatz, de 17, José Ferreras, de 23, e Koro López de Uralde, de 23. Sentados, Alejandro Martínez, de 25, Marta Macías, de 20, e Pablo Sallabera, de 23. Os sete posam no dia do protesto convocado no final de agosto em frente à Embaixada do Brasil em Madri para denunciar a queima descontrolada da Amazônia. Martín, a mais jovem, conta que é “relativamente nova” no movimento. “Entrei de cabeça assim que o conheci, considerei que era uma coisa muito necessária e estou me dedicando totalmente há quatro meses”, diz ela. Ferreras, representante de Madri, acrescenta: “O essencial é a esperança de que pode haver uma mudança. Somos muitas pessoas e isto está crescendo”. Macías reflete sobre seu impacto: “Graças à difusão do que fazemos, estamos colocando a questão da mudança climática, da emergência climática, na ordem do dia”.


Ao meio-dia de 23 de agosto, no centro de Madri, jovens ativistas preparam esse puxão de orelha a um passo da embaixada brasileira. Saúl Flores, poeta e estudante universitário, orienta um grupo de novatos na arte do die-in, algo como uma morte simulada que deixa o manifestante deitado na rua, obstruindo de forma pacífica o trabalho da polícia. Essa “morte” se tornou uma das marcas registradas do Extinction Rebellion (“rebelião da extinção”), outro movimento ambientalista nascido em Londres em 2018. Não é tão juvenil. E tem métodos mais contundentes: em abril, seus ativistas paralisaram o centro da capital britânica durante dias, e mais de 1.000 deles foram detidos. Em Madri, começaram a organizar oficinas de introdução à desobediência civil, nas quais, entre outras coisas, um participante brinca de deitar no chão enquanto outro, no papel de policial, tenta retirá-lo.


Manuela Martín, que com 16 anos é a mais jovem e tem a mesma idade da menina que deu início a tudo, resume esse sentimento geracional em uma palavra: “Raiva”.

Rebelião ou extinção!”, gritam em coro os convocados para a manifestação em frente à embaixada. Três adolescentes chegam, sentam-se e aprendem slogans com brilho nos olhos. Neles se percebe o romantismo das primeiras manifestações. “Não é fogo, é capitalismo!”, exclamam. Uma mulher foi com suas filhas, de 12 e 16 anos. “Greta é um modelo a seguir, uma pessoa muito valente”, dizem as meninas. E a mãe: “Sou fã absoluta. Mas tenho medo do que a superexposição na mídia possa provocar”.

No dia seguinte, no Centro Social Okupado La Ingovernable (“a ingovernável”), transformado em QG dos ativistas pelo clima, um grande grupo de membros do Fridays for Future de Madri se reúne em assembleia. Eles não permitem o acesso, mas no intervalo para o almoço (em tupperware) vários concordam em ser entrevistados em uma sala de aula presidida pelo grafite de um Mickey enorme com cara de quem consumiu LSD. Na mesa há gaspacho, salada de grão-de-bico, macarrão com legumes. Todos estão se esforçando para mudar seu estilo de vida.

Alejandro Martínez, de 25 anos, explica por que os mais jovens é que se rebelaram: “Até agora, as mensagens das gerações anteriores sempre foram de esperança. Mas a emergência climática é real. Segundo o IPCC, temos apenas 10 anos para evitar que a temperatura global suba acima de 1,5 grau. Crescemos com consciência do perigo e vendo como não se fazia nada a respeito”. Koro López de Uralde, de 23 anos, com experiência em ambientalismo desde o berço (é filha do líder do partido ecologista Equo e ex-diretor do Greenpeace na Espanha Juantxo López de Uralde), acrescenta: “Havia muita gente que estava preocupada com este assunto, mas não sabia como contribuir. Foi uma maneira de canalizar toda essa energia”. Manuela Martín, que com 16 anos é a mais jovem e tem a mesma idade da menina que deu início a tudo, resume esse sentimento geracional em uma palavra: “Raiva”.

O EL PAÍS faz parte do Covering Climate Now, uma iniciativa global de mais de 220 veículos de comunicação, enfocada em dar atenção à crise climática.

Fonte: El País




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sábado, 28 de setembro de 2019

Circuito urbano do ONU-habitat começa em Niterói nesta terça-feira



Inscrições abertas para o Seminário "Niterói Resiliente: Por uma gestão participativa e mais sustentável"! Entre 9h e 18h serão realizadas palestras, abertas a todos o público, sobre a experiência de Niterói em ações preventivas que contribuem para uma resposta mais rápida à população para casos de emergência.

O Secretário de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão, Axel Grael, convida a população de Niterói para esta troca de informações e experiências, que envolverá diversas autoridades do município.
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Evento: https://www.facebook.com/events/235795217353479/
Link para inscrição: http://twixar.me/nn71


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Circuito urbano do ONU-habitat começa em Niterói nesta terça-feira






Cidades Inovadoras e Inclusivas - Como a inovação pode aprimorar serviços e políticas urbanas de maneira inclusiva e sustentável?” Esse é o tema da edição 2019 do Circuito Urbano, uma iniciativa da ONU-Habitat, que será aberto em Niterói, na terça-feira (1/10), às 9h, no auditório do Caminho Niemeyer, pelo prefeito Rodrigo Neves, pelo secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Axel Grael, e pela oficial nacional da ONU Habitat para o Brasil, Rayne Ferretti Moraes. Ao todo, durante o mês de outubro, serão realizados 11 eventos, promovidos pela Prefeitura, com a chancela da organização.

As atividades do Circuito Urbano em Niterói começam na própria terça-feira, com o seminário “Niterói Resiliente - por uma gestão mais participativa e sustentável”, no auditório do Caminho Niemeyer (Rua Jornalista Rogério Coelho Neto - Centro). Uma série de palestras e discussões estão programadas para o evento, que é aberto ao público, das 9h às 17h. Durante a manhã, as autoridades presentes falarão sobre a experiência global de Niterói como cidade resiliente, inovadora e inclusiva. Esse bloco será encerrado com a apresentação do projeto “Arte na Rua”.

À tarde, acontecem as palestras com a seguinte programação: Plano Municipal de Resiliência (Walace Medeiros – Secretário de Defesa Civil de Niterói), Novas Visões da Defesa Civil (Airton Bodstein – fundador e coordenador do programa de pós-graduação em Defesa e Segurança Civil da UFF), Manutenção Preventiva da Cidade (Luiz Fróes – presidente da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói – Clin), Ações Preventivas da Secretaria Municipal de Conservação (Dayse Monassa – Secretária de Conservação e Serviços Públicos de Niterói), Cidades Resilientes: ecologia urbana e mudança do clima (Eurico Toledo – Secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade de Niterói), Relacionamento com o Cidadão e Gestão Colaborativa (Fernando Stern – Coordenador de Comunicação Digital e Relacionamento com o Cidadão da Prefeitura de Niterói) e Georreferenciamento – Sigeo (Axel Grael – Secretário de de Planejamento, Orçamento e Gestão de Niterói).

Para participação nas palestras do seminário “Niterói Resiliente - por uma gestão mais participativa e sustentável”, é preciso inscrever-se. O link está disponível na página do Facebook www.facebook.com/events/235795217353479/, na descrição do evento.

Circuito Urbano – A programação do Circuito Urbano inclui, ainda: Conferência das Cidades (5/10), HackNit Itinerante (9/10), Negritude na Ciência (10/10), Conferência de Transparência e Controle Social (12/10), Ação para a Mobilidade no Bicicletário e Workshop Mobilize: Construindo a Cidade do Futuro (17/10), Feira de Ciências, Tecnologia e Inovação de Niterói (18 e 19/10), Workshop Niterói do Futuro: Compromisso com a Sustentabilidade Fiscal e o Futuro das Próximas Gerações (23/10), Apresentação Projeto Bicicleta Compartilhada (26/10) e I Fórum Intermunicipal de Tecnologia Assistiva (30 e 31/10).

Todos os 11 projetos submetidos pela Prefeitura de Niterói e aprovados pela ONU Habitat para integrar o Circuito Urbano têm uma ferramenta em comum: o COLAB, sistema pelo qual a população de Niterói pode participar da administração do município, registrando via redes sociais sua opinião ou sugestões sobre os vários aspectos da cidade. As informações colhidas por meio dessa participação popular, são encaminhadas para as áreas pertinentes para a tomada de providências ou, mesmo, elaboração e implantação de projetos.

ONU Habitat – O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos atua em prol do desenvolvimento urbano social, econômico e ambientalmente sustentável e promove a moradia adequada para todas e todos. Com participação ativa nas agendas globais, é responsável principalmente pelo ODS 11, que busca “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”.


Fonte: Prefeitura de Niterói









quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Niterói terá primeiro Centro de Imagens no Hospital Carlos Tortelly






O Hospital Municipal Carlos Tortelly (HMCT), no Centro de Niterói, terá um Centro de Diagnóstico Integrado (CDI), com aparelhos de radiologia digital, mamografia, tomografia, ultrassonografia e laboratório, que vai atender todos os pacientes da rede municipal de Saúde. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, acompanhado da secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, lançou o edital das obras nesta quarta-feira (25). Serão investidos mais de R$ 8 milhões, entre obras e equipamentos para o espaço. Além do CDI, o hospital vai ganhar novos leitos de UTI, enfermarias e reformas em outros ambientes. As obras começam em novembro e tem prazo de 10 meses de execução. Durante os trabalhos, o hospital funcionará normalmente.

Rodrigo Neves percorreu todos os setores do hospital e falou da importância dos investimentos que vêm sendo feitos na área da Saúde.

“Já investimos mais de R$ 200 milhões na Saúde durante nossa gestão”, destacou o prefeito. “Reabrimos o Getulinho, que é referência em pediatria, reformamos o Mario Monteiro, a Policlínica do Largo da Batalha e várias unidades da atenção básica, ampliamos o programa Médico de Família – chegando a quase 90% de cobertura na cidade -, e agora o Carlos Tortelly vai ser referência em exames de imagem para toda a cidade, com a estrutura que os niteroienses merecem”.

De acordo com a secretária Maria Célia, a obra contempla a implantação de um Centro Integrado totalmente moderno, com duas salas para radiologia digital, além de salas para mamografia, tomografia computadorizada, endoscopia, ecocardiografia e ultrassonografia e de espera. O local vai dispor ainda de laboratório de análises clínicas, podendo obter diagnósticos, como imunologia, bioquímica, hematologia e microscopia.

“Já adquirimos a maioria dos aparelhos que vai compor o nosso CDI e estamos licitando o tomógrafo que será o primeiro municipal e vai nos dar autonomia para qualificar ainda mais a nossa rede”, comemorou a secretária.

O CDI terá capacidade para atender toda a rede municipal. Poderão ser realizados, mensalmente, cerca de 1200 tomografias, 3.300 raios X, 640 ecocardiografias e 500 ultrassonografias, entre outros exames.

No mesmo período, o HMCT vai receber a reforma e ampliação de áreas destinadas a outros importantes serviços assistenciais. A unidade hospitalar ganhará 13 novos leitos de UTI, passando de sete para 20 leitos. Também será reformada toda a parte das enfermarias, que serão readequadas e ampliadas.

O diretor do hospital, Ubiratan Moreira Ramos, comemorou os avanços.

“Os novos leitos e reformas estruturais, além do Centro de Diagnósticos, serão importantíssimos para manter e qualificar o nosso trabalho diário, pois aumentam a capacidade de atendimento e, consequentemente, proporcionam melhores condições aos nossos usuários e profissionais de saúde”, enaltece o diretor.

Outros investimentos – Estão sendo construídos três novos consultórios, uma sala de classificação de risco, sala de assistência social e núcleo de apoio no hospital. Em 2014, a emergência do HMCT também passou por obras. Os espaços da unidade foram adequados à Rede de Urgência e Emergência, garantindo acolhimento aos pacientes, aumentando o fluxo dos atendimentos, além de melhores condições de trabalho aos profissionais.


Fonte: Prefeitura de Niterói










Hacknit: solucionar questões do dia a dia da cidade é desafio para equipes neste sábado


HackNit 2019: Niterói incentivando o desenvolvimento de tecnologias em favor da população e da gestão da cidade.

Muito trabalho dos grupos do HackNit 2019.

Parte da equipe da SEPLAG envolvida na organização do HackNit 2019


Dez equipes estão trabalhando firme para, no próximo sábado (28), apresentarem suas propostas tecnológicas para atender demandas da Prefeitura de Niterói na administração de uma cidade. Esse desafio foi lançado na HackNit, maratona tecnológica realizada pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão. No início da noite de sábado serão premiados os três melhores trabalhos. A final do HackNit acontece no Museu da Ciência e Criatividade, no Caminho Niemeyer, entre 14h e 19h.

Na edição deste ano, as soluções pedidas aos participantes foram nas áreas de: gestão do reparo do mobiliário urbano; redução da evasão escolar; gestão e preservação das unidades de conservação da cidade; compilação de dados para recriar as condições do ir e vir com segurança; sustentabilidade e mudança de paradigma; fiscalização de posturas; identificação de novas construções em área de risco e proteção ambiental; Â e acompanhamento de gestantes na rede pública municipal com o objetivo de reduzir a mortalidade fetal e infantil.

“Niterói já é reconhecida como uma das 12 cidades mais inteligentes do País, segundo o ranking Connected Smart Cities, da consultoria Urban Systems. No HackNit estamos discutindo temas muito atuais na busca de soluções tecnológicas inovadoras que possam ser aplicadas na administração pública com eficiência, trazendo resultados positivos para o município”, disse Grael.

Os integrantes das 10 equipes – selecionadas entre as 16 que participaram da primeira fase – tiveram cerca de um mês para formatarem suas propostas tecnológicas. Durante esse tempo, puderam participar de cursos na área da tecnologia e gestão, ministrados por parceiros da Prefeitura na realização do HackNit, como a IBM, HubNit, BCP Advogados e SEBRAE. Essas equipes reúnem programadores, profissionais ligados ao desenvolvimento de software, designers, empreendedores, professores e interessados por temas sensíveis à administração pública, e seus projetos aplicam técnicas de Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT) e Conectividade entre sistemas.

O HackNit foi criado em função das prioridades estabelecidas no Plano Estratégico Niterói Que Queremos, com o emprego da tecnologia na construção da cidade com Serviços Inteligentes para a Cidadania, em ações ligadas à promoção de conectividade, ao monitoramento do espaço urbano e ao aumento da eficiência dos serviços oferecidos, uma Smart City com redução das desigualdades sociais, melhoria da qualidade de vida e serviços públicos eficientes.

Dentro desse conceito já foram implantados em Niterói a plataforma digital que congrega diversos serviços digitais da cidade, o Sigeo, os Portais de Segurança com câmeras inteligentes para monitoramento de veículos, e os semáforos inteligentes com controle do fluxo de veículos de uma via, alterando o tempo de cada semáforo para dar mais fluidez ao tráfego.

Fonte: Prefeitura de Niterói