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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Começa restauração da restinga de Itacoatiara






Em Camboinhas, já foram plantadas cerca de 2,5 mil mudas

A Prefeitura de Niterói deu início esta semana à restauração da restinga que compõe o ecossistema de Itacoatiara, considerada uma das praias mais bonitas do Brasil. Voluntários trabalham na limpeza da restinga, com a retirada de lixo e posteriormente das plantas invasoras. Ao todo, serão recuperados 2,60 hectares. Simultaneamente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente mantém o trabalho de recuperação da restinga de Camboinhas, iniciado em 2021. Lá, já foram plantadas cerca de 2,5 mil mudas.

A fase de plantio das espécies nativas começará em breve. Além do trabalho de voluntários, uma empresa atuará próximo ao Costão e ao Clube Pampo. A contratação é necessária porque nessas áreas o trabalho de remoção de espécies invasoras, que adensam a restinga, é complexo e precisa de mão de obra e equipamentos especializados. O projeto tem como objetivo o reflorestamento de áreas essenciais para os ecossistemas em torno da Mata Atlântica no município.

Esse trabalho complexo de remoção exige tempo de execução e logística adequada para não afetar as espécies nativas consolidadas. Também permitirá resultados mais rápidos que se traduzirão em implantação, expansão e recomposição da restinga, garantindo o perfeito equilíbrio dos ecossistemas.

A recuperação das restingas conta com o conceito de Economia Circular, em que há o reaproveitamento de resíduos. As plantas invasoras passam por um processo de trituração e, após compostagem, são transformadas em adubo para o plantio de espécies originais da restinga. No ano passado, 150 metros cúbicos de espécies exóticas foram reaproveitados.

O projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social teve início em 2019, com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e tem duração de quatro anos. O objetivo do programa é recuperar um total de 203,1 hectares de diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica.

Lagoa de Itaipu, manguezais e ilhas – Além de Itacoatiara, o Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social também vai atuar nas ilhas Pai, Mãe e Menina, localizadas a cerca de 2 quilômetros da praia de Itaipu e que integram o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset).

Este ano, a meta é fazer o diagnóstico da vegetação das três ilhas e iniciar a restauração na Ilha Menina, que vai contar com a assessoria técnica do Departamento de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC).

O reflorestamento com espécies nativas também irá contemplar áreas no entorno da Lagoa de Itaipu e manguezais.

Reflorestamento no Parnit – Paralelamente à restauração das restingas, o projeto também contempla o reflorestamento do entorno e vales centrais do Parque da Cidade, sede do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit).

Desde agosto do ano passado, voluntários já lançaram aproximadamente 340 mil sementes de palmeira juçara e plantaram 350 mudas da espécie, numa área total de cerca de 40 hectares.



Um comentário:

  1. Projeto muito interessante e que tem grande importância em todo o ecossistema da região

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