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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Moeda Arariboia impulsiona negócios, gera emprego e apoia famílias em vulnerabilidade





Programa vai injetar R$ 70 milhões por ano na economia da cidade

A última segunda-feira (13/12) foi um daqueles dias em que sentimos ainda mais orgulho de ser servidor público. Foi com muita expectativa que lançamos a Moeda Social Arariboia, um programa de transferência de renda permanente que vai injetar aproximadamente R$ 70 milhões por ano na economia da cidade. A iniciativa da Prefeitura de Niterói, que beneficiará diretamente 27 mil famílias em vulnerabilidade social, busca ampliar a geração de novos empregos e renda dos comerciantes, empreendedores e prestadores de serviços cadastrados. Os cartões serão entregues em janeiro, com previsão do primeiro pagamento para o mesmo mês.

Em 2020, com a pandemia, ainda no governo do prefeito Rodrigo Neves, criamos uma solução provisória e emergencial. O Renda Básica Temporária foi de extrema importância para garantir o sustento de milhares de famílias niteroienses em um momento de angústia e necessidade, em que o isolamento social era imprescindível. Agora, com a Retomada Econômica, mudamos a estratégia e entregamos a Niterói uma política pública com a importância e eficiência que uma moeda social pode ter. Este novo projeto vai beneficiar a rede local, trazendo um benefício mais consistente para toda comunidade. Trata-se de uma retomada inclusiva. Ninguém pode ficar para trás. Estamos trabalhando com o sonho de transformação, de justiça social, de sustentabilidade e de fazer, na nossa cidade, cada vez mais, um lugar de gente feliz.

A Moeda Social Arariboia faz parte do Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social de Niterói, instituído pela Lei Nº 3621, que tem como objetivos principais combater as desigualdades sociais, fomentar o desenvolvimento econômico e social das comunidades e estabelecer meios para atingir a erradicação da pobreza e a geração de emprego e renda para as camadas mais carentes do município, complementando a Política Municipal de Economia Popular Solidária. Até o momento, o programa integra 80 pessoas empregadas na viabilização e no credenciamento de comerciantes.



Foi com muita honra que, durante o lançamento da Moeda Social, recebemos na Sala Nelson Pereira dos Santos, o criador da Lei 10.835/04, que institui no país a Renda Básica de Cidadania. O economista, vereador de São Paulo e ex-senador Eduardo Suplicy destacou que a cidade de Niterói está caminhando na direção certa que coloca em prática o direito à renda para todas as pessoas.

“A cidade está dando exemplo para outras que precisam implantar e aplicar a lei. A maior vantagem de um programa como esse é dar dignidade e liberdade ao ser humano. O dia que as pessoas tiverem o direito a uma renda que satisfaça suas necessidades mínimas, elas não precisarão aceitar outras opções que lhes tirem a dignidade”, afirmou Suplicy.


Faço questão de parabenizar o secretário Elton Teixeira e toda a equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária por todo o trabalho a serviço da inclusão social, dignidade e cidadania dos niteroienses.

“Desde 2013, Niterói entrou em outro ciclo, olhando pelos que mais precisam e se tornando uma cidade mais inclusiva. Sabemos que a pobreza, no Brasil, triplicou em seis meses e esse programa vai ajudar e muito no desenvolvimento econômico e social do município. Serão 27 mil famílias beneficiadas, com alcance de mais de 63 mil pessoas que vivem na pobreza ou extrema pobreza. O programa, além de ser um auxílio às pessoas mais simples, também vai aquecer o comércio local, gerando emprego e renda. A moeda social é um programa permanente, que integra uma série de ações da prefeitura de combate à pobreza extrema”, explicou o secretário Elton Teixeira.

Com esse investimento feito pela Prefeitura de Niterói no programa, ganham as famílias que precisam de ajuda financeira e também os quase 2 mil comerciantes cadastrados em segmentos de alimentação, beleza, vestuário, mercearia, obras, transporte e outros. Uma das possibilidades na ampliação da renda dessas famílias que vão receber o benefício é, caso elas tenham algum serviço para oferecer, esse valor pago seja agregado à renda dela através do cartão que vai movimentar uma conta digital que dá direito à pessoa receber por seu trabalho na moeda também. Por exemplo, as vendas de bolos, doces, serviços de manicure e cabeleireiro poderão ser pagos e recebidos em Arariboia.


O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, foi um dos convidados para o lançamento da Moeda Social Arariboia. Na cidade vizinha, o Mumbuca já é uma experiência que deu certo.

“Hoje vocês estão construindo um marco que coloca a transferência de renda como um farol. O programa traz a saciedade da fome e uma esperança de futuro. Não podemos ver milhões de brasileiros desempregados e isso ser um número. Niterói está sendo disruptiva, como tem sempre sido, sempre dando um passo que dialoga para a transformação. A transferência de renda que o cartão Arariboia dá hoje à cidade de Niterói significa alimento, remédio, emprego, renda, vida social, pertencimento com o olhar de humanidade”, analisou o prefeito de Maricá.

Na tarde de segunda-feira, cinco pessoas receberam o cartão de forma simbólica. Kenny Arruda de Paula é uma das beneficiárias. Ela é moradora do Fonseca e referenciada no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do Cubango.

“Receber esse cartão é muito gratificante. É uma grande ajuda para quem não tem uma renda fixa como eu. Sou mãe, solteira e tenho dois filhos. Trabalho com cabelo, mas nem sempre tem serviço. Essa renda contribui com os gastos da casa porque eu sei que vai ser um dinheiro certo no final do mês para suprir as necessidades das crianças”.

A Moeda Social Arariboia também pretende gerar porta de saída para os beneficiários dos programas sociais. Com o avanço da vacinação e a reabertura dos setores produtivos da cidade, o programa de transferência de renda vai contemplar apenas os usuários do CadÚnico que estão na faixa de renda que caracteriza a vulnerabilidade social. O benefício vai oferecer um valor mensal médio de R$ 360,00 e pode chegar a R$ 540,00 para famílias compostas por seis integrantes.

Axel Grael
Prefeito de Niterói




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