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domingo, 14 de abril de 2019

Transoceânica entrará em operação no dia 27



Ônibus vão começar a circular pela Transoceânica Foto: Divulgação/Bruno Eduardo Alves


Numa primeira fase, a via exclusiva receberá 43 ônibus que circularão pelo Túnel Charitas-Cafubá e serão divididos em três novas linhas

Lívia Neder

NITERÓI — Após quatro anos e meio desde a ordem de início para as obras, a Transoceânica vai começar no próximo dia 27 a operar com ônibus do sistema BHLS (Bus with High Level of Service). A migração dos ônibus municipais será feita de forma gradual para o corredor expresso, que contará com três novas linhas, seguindo até o Centro, via Túnel Charitas-Cafubá: Oceânica 1 (Piratininga x Centro), Oceânica 2 (Itaipu x Centro) e Oceânica 3 (Itaipu x Centro, via Engenho do Mato). A expectativa da prefeitura é que o tempo de viagem seja reduzido em até 30%.

Diferentemente do que ocorre no sistema BRT, no Rio, os coletivos não vão circular apenas no corredor expresso. Os ônibus terão portas dos dois lados para também trafegarem por ruas e avenidas que não contam com a via exclusiva. A Transoceânica tem 9,3 quilômetros de extensão, 13 estações em 12 bairros e liga a Região Oceânica à Zona Sul através do Túnel Charitas-Cafubá. 





Sem baldeação

As novas linhas Oceânicas — que vão passar por Icaraí, pela Avenida Roberto Silveira, na ida para o Centro; e pela Rua Gavião Peixoto, na volta — vão substituir as atuais 38 (Itaipu), 38B (Itaipu x Charitas), 39 (Piratininga) e 39B (Piratininga x Charitas) e contarão com 43 ônibus. Continuam em operação na Região Oceânica, sem passar pelo túnel Charitas-Cafubá, as seguintes linhas: 38A (Itaipu x Centro via Largo da Batalha), 39A (Piratininga x Centro via Largo da Batalha); 46 (Várzea das Moças x Centro via Largo da Batalha e Praia de Icaraí), 52 (Baldeador x Itaipu via Largo da Batalha) 54 (Sapê x Piratininga), 55A (Várzea X Piratininga). Apenas a linha 52A (Baldeador X Itaipu via túnel Charitas-Cafubá) sofrerá alteração. O novo trajeto será feito entre o Baldeador e Charitas.

De acordo com a prefeitura, não haverá necessidade de baldeação, já que até que os ônibus acessem a Transoceânica eles continuarão a fazer o itinerário atual, atendendo os passageiros nos pontos de embarque e desembarque já disponíveis.

O secretário municipal de Urbanismo, Renato Barandier, explica que nos três primeiros meses de operação serão feitos monitoramentos que vão definir o modelo de implantação da segunda fase, prevista para ser concluída até o fim do ano.

— Todas as linhas municipais que circulam pelo eixo da Transoceânica serão migradas para o corredor exclusivo. Não faz sentido fazer esse investimento e deixar outras linhas circulando pelo trânsito comum. Só que estamos dividindo (esse trabalho) em duas etapas. Nessa primeira fase, haverá a migração de metade da frota. Estamos combinando um processo de racionalização e, lá na frente, vamos reduzir em 30% a quantidade de ônibus que circulam no corredor. Isso não quer dizer redução da oferta, mas sim melhoria da eficiência — explica o secretário.

Barandier ressalta que a economia de tempo de viagem nesta primeira fase em trajetos como de Itaipu ao Centro pode ser de meia hora no horário de rush, sendo reduzido de uma hora e meia para uma hora.

Ainda segundo Barandier, na próxima terça-feira equipes da prefeitura vão começar a atuar na divulgação das novas linhas e na orientação da população:

— Vamos trabalhar com equipes vestindo coletes fluorescentes no Terminal João Goulart, nos pontos finais e pontos intermediários, de maior movimento, distribuindo uma cartilha explicativa já nesta semana. As equipes também vão atuar nas 13 estações, porém só quando estiver mais próximo do início da operação dos ônibus.

Ônibus elétricos

A previsão de início de operação da Transocênica com 50% da frota de ônibus elétricos foi adiada pela prefeitura porque as cotações para a compra dos veículos foram acima do previsto e a licitação terá que ser refeita, afirma o secretário de Planejamento, Axel Grael:

— A migração da frota de ônibus da cidade para propulsão elétrica faz parte do planejamento de sustentabilidade e de responsabilidade climática da cidade. O objetivo permanece. Caso não sejam adquiridos agora, poderão ser comprados no próximo ciclo de renovação da frota, lembrando que em Niterói a exigência é de renovação a cada seis anos.

Fonte: O Globo Niterói



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