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domingo, 20 de setembro de 2015

'Pimp my Boat' colore barcos de pescadores artesanais em Niterói


Movimento “Pimp my Boat” é usar o grafite como arma para ajudar os pescadores artesanais no entorno da Baia de Guanabara
Foto: Marcelo Feitosa

Raiana Collier

Evento colaborativo reuniu grafiteiros na vila de pescadores da Praia Grande

A Colônia de Pescadores e Amigos da Praia Grande, em Niterói, ganhou um presente nesse domingo (20). Durante o evento colaborativo “Pimp my Boat”, grafiteiros levaram tintas e sprays para a vila de pescadores que vivem de pesca artesanal e transformaram barcos em obras de arte à céu aberto. A iniciativa contou ainda com DJ, distribuição de brinquedos e palhaço para alegrar as crianças da comunidade.

O objetivo do movimento “Pimp my Boat” é usar o grafite como arma para tentar tirar os pescadores artesanais no entorno da Baia de Guanabara da invisibilidade, promover a autoestima e sensibilizar a sociedade para a causa. Depois de uma primeira edição, que levou o nome de “Churras Graffiti”, organizada pelos artistas Marcelo Melo e Daniel Black, a ação desse domingo foi organizada em articulação com os moradores e os grafiteiros.


Marcados com um “X”, os barcos ficaram dispostos na areia e foram escolhidos pelos artistas
Foto: Marcelo Feitosa


“A ideia é tornar isso aqui local de visitação, para o pessoal da cidade vir conhecer e trazer outra fonte de receita para os moradores. Inicialmente íamos fazer só nas casas, mas acabamos indo para os barcos também. Na festa de São Pedro estamos querendo fazer um grande evento”, adianta Rafaela Monteiro, uma das responsáveis pela ação.

Marcados com um “X”, os barcos ficaram dispostos na areia e foram escolhidos pelos artistas que foram chegando aos poucos. O sotaque carioca dos artistas que vieram de cidades próximas, como Rio de Janeiro e São Gonçalo, se misturou ao de quem veio de mais longe, como Belo Horizonte e até do Brooklyn, em Nova York. O americano Justin Phame, morador de Icaraí, entrou em fácil acordo com o dono de um dos barcos: bastou mostrar seus desenhos para um pescador. O coletivo Trapa Crew veio da Tijuca.

“Nós viemos no primeiro evento e os pescadores conversaram com a gente. Eles comentaram: você vê como a gente é sofrido aqui e não dá para ficar reformando os barcos. Então a gente queria fazer um projeto social e artístico na vila”, contaram os integrantes.

A terceira edição, ainda sem data definida, deve acontecer na Colônia de Pescadores Z-10, na Ilha do Governador.

Fonte: O Fluminense






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