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domingo, 22 de junho de 2014

Perigo no ar: prática de soltar balões aumenta durante festas juninas e Copa do Mundo


Festas juninas e Copa do Mundo intensificam as operações do Batalhão de Polícia Florestal - Fernanda Dias / Agência O Globo


De acordo com a PM, Niterói e São Gonçalo são responsáveis por metade das apreensões de balões no estado

por Marco Moreira

NITERÓI - Festas juninas com Copa do Mundo representam sinal de alerta máximo para o Corpo de Bombeiros e o Batalhão Florestal da Polícia Militar. É justamente nestas épocas que se torna mais comum a soltura de balões, brincadeira antiga e aparentemente inocente, mas que pode causar incêndios, danificar redes elétricas e até mesmo derrubar aviões.

De acordo com a Polícia Militar, Niterói e São Gonçalo concentram 50% das apreensões de balões feitas este ano no estado. Desde abril, o Comando de Polícia Ambiental (CPAm) tem realizado operações regulares com o objetivo de coibir a prática criminosa. Nas ações, que contam com a participação de todas as sete Unidades de Polícia Ambiental (UPAm) do estado (uma delas baseada na Serra da Tiririca), também atua o Grupamento Aeromóvel (GAM), com o uso de aeronaves.

— Os resultados são expressivos. Nos últimos dois meses foram apreendidos no Rio, em 22 ocorrências, 38 balões e mais de 1530 materiais utilizados na fabricação e na soltura dos mesmos, além de 13 pessoas presas. Buscamos, por meio do trabalho de inteligência, diminuir ao máximo esta prática — afirma o tenente Diego Vasconcelos, assessor de comunicação do Comando de Polícia Ambiental.

Todos os anos, a PM aproveita datas específicas para tentar convencer a população a não soltar balões. O Dia de São Jorge e o Dia das Mães foram alvos de campanhas, assim como as festas juninas e a Copa do Mundo, que este ano apresenta o seguinte slogan: “Marque também um gol de placa. Não solte Balão”.

Mas poucas empresas contabilizam mais prejuízos com balões como as operadoras de energia. Na primeira semana de junho, a Ampla realizou no Sesi de São Gonçalo um simulado para mostrar possíveis situações de risco envolvendo a rede elétrica. E lá estava a “esfera voadora", ocupando lugar de destaque no ensaio.

— Os balões respondem por muitos acidentes, já que podem atingir a rede elétrica e também cair em florestas, residências e indústrias, além de oferecerem perigo à aviação. É importante lembrar dos riscos e alertar à população que entre em contato com a Ampla caso a rede elétrica seja afetada — aconselha Fábio Fonseca, responsável pela Área de Distribuição da Ampla.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais 9.065, de fevereiro de 1998, não somente soltar balões é "crime", como também fabricar, vender ou transportar. A pena prevista é de detenção de um a três anos ou multa. Qualquer denúncia sobre a soltura pode ser feita anonimamente pelo telefone 190 da Polícia Militar. Já a Ampla atende ocorrências na Central de Relacionamento, pelo 0800 28 00 120.

Fonte: O Globo Niterói



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