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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Alerta máximo contra incêndios


Fogo de grandes proporções em uma mata no Fonseca, na última quarta-feira, assustou a população e teve que ser controlado pelos bombeiros. Foto: Mariana Pimenta

Paula Valviesse

Altas temperaturas, falta de chuva e baixa umidade possibilitam chamas na vegetação. Prefeitura cria medidas para enfrentar problema

Sem chover há mais de vinte dias, as altas temperaturas e a baixa umidade do ar aumentam a possibilidade de incêndios florestais, e as notícias quanto a mudança do tempo não são otimistas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma massa de ar quente e seco, abrangendo toda região Sul e Sudeste e parte das regiões Nordeste e Centro-Oeste, impede a passagem e/ou chegada de frentes frias nessas regiões do País. Com isso, os índices de risco de incêndios estão no máximo.

Esse bloqueio atmosférico deve perdurar até a segunda quinzena do mês, já que, de acordo com o Inmet, o impedimento à passagem e chegada de frentes frias vem tornando essa massa de ar cada vez mais estável e sem condições de mudanças.

Para ajudar nesse período foi definido, em reunião realizada na última sexta-feira, coordenada pelo vice-prefeito, Axel Grael, junto com o Secretária de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Daniel Marques, e com participação do Ibama, Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, a realização de um curso intensivo de combate a incêndio para a Defesa Civil e o Patrulhamento Ambiental.

“Esses fatores, somados à intervenção irresponsável das pessoas, criam a possibilidade real de incêndios, o que gera terríveis consequências para as áreas verdes, fauna, e para a saúde da população, pela emissão de material particulado, entre outras mazelas”, diz Daniel Marques, que ressalta que mesmo com a eficiência dos bombeiros no combate aos incêndios, os focos espalhados tornam difícil a logística. Ele destaca que o apoio dos órgãos da Prefeitura é essencial nesse tipo de situação.

As secretarias de Meio Ambiente e de Ordem Pública também colocaram de sobreaviso todos os guardas do núcleo de patrulhamento. Além disso, o núcleo ainda recebeu instrumentos para vigilância e combate, como binóculos de longo alcance, enxadas, motosserras, bolsa costal, abafadores, entre outros.

Parques – Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que monitora os índices de incêndios em determinadas regiões e áreas de conservação, o Parque Estadual da Serra da Tiririca está sob risco iminente de ocorrência de incêndios florestais. O órgão também aponta que o alerta está no máximo em todas as regiões e em todas as unidades de conservação e de proteção integral, com exceção da Estação Ecológica de Guaxindiba.

Esse alerta está relacionado ao conjunto de fatores apontados pelo Corpo de Bombeiros como sendo uma regra geral para determinar a possibilidade de ocorrência de incêndios: altas temperaturas, baixa umidade do ar e baixa precipitação.

A corporação explica que, muitas vezes, não é possível evitar esse tipo de ocorrência, mas com o alerta estabelecido, é recomendado que a população evite ações que possam dar início a focos de incêndio, como acender fogueiras, queimar lixo no quintal, soltar balões e jogar cigarros na vegetação.

Dentro dessas ações, conforme a Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, queimar lixo doméstico em quintais, assim como soltar balões, são crimes com penas que variam entre dois a quatro anos e três anos de reclusão, respectivamente.
Ainda nesse contexto, de acordo com o Código Florestal, incendiar florestas é crime, e os infratores também estão sujeitos às sanções administrativas aplicadas pelo Inea, com previsão de multa, com base na Lei Estadual 3.467 de 14 de setembro de 2000.

Em casos de incêndios, como o que ocorreu na Avenida João Brasil, no Fonseca, na quarta-feira, o Corpo de Bombeiros é acionado. De acordo com a corporação, a cidade está preparada para atender aos chamados, mesmo em caso de eventos extremos, já que o Corpo de Bombeiros possui, inclusive, o mapeamento dos hidrantes instalados na cidade, o que agiliza o socorro. Controlado o fogo, as causas são apuradas em perícia realizada pela Polícia Civil.

Campanhas – Visando conscientizar a população de Niterói sobre os riscos causados pelos incêndios, a Secretaria de Meio Ambiente tem desenvolvido ações de mídia e redes sociais sobre as chamadas queimadas urbanas, que podem ser originadas de lixo, resíduos verdes, culto de velas e guimba de cigarros. Já o Inea mantém a campanha permanente “Queimada é Fogo – Vamos apagar essa ideia”.

Colmeias – O calor é muito propício à formação de ninhos de vespas e abelhas. A Guarda Municipal de Niterói, através do Núcleo de Patrulhamento Ambiental, é o órgão do município com competência para remoção de colmeias, ninhos e resgate de animais silvestres.

Para a remoção de colmeias de abelha, como a que assustou frequentadores da Praça César Tinoco há duas semanas, o núcleo conta com um apicultor conveniado, que, além de realizar a retirada, dá destinação aos insetos.

As denúncias podem ser feitas através do telefone 2613-6720, onde é aberto o processo, com requisição dos dados do comunicante, sendo feita posteriormente a análise do local e a remoção.

Fonte: O Fluminense

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