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segunda-feira, 30 de julho de 2012
Torben usa a Baía de Guanabara para evitar os problemas de trânsito e vai a compromissos de bote
Maior medalhista brasileiro em Olimpíadas, o velejador Torben Grael possui preferência pela água não apenas no esporte, mas também como opção de transporte. Morador de Niterói (RJ), ele foi aos estúdios do SporTV, no Rio de Janeiro, na última terça-feira, de bote, atravessando a Baía de Guanabara. Após navegar por cerca de 15 minutos, atracou na Marina da Glória e, de lá, rumou por terra até a emissora, na Barra da Tijuca, em um trecho que inevitavelmente teria de fazer de carro.
Detentor de duas medalhas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), duas de bronze (Sydney-2000 e Seul-1988) e uma de prata (Los Angeles-1984) nas Olimpíadas, Torben revelou o sentimento de nostalgia em relação aos Jogos. Sua última participação foi em Atenas, na Grécia. Desde então, ficou fora de Pequim, em 2008, e deixou o esporte olímpico.
- É evento muito especial. Sempre estive envolvido com aquilo e gosto muito de esporte. Além da vela, gosto de assistir. Então, realmente dá um "apertozinho". Vai ter bastante coisa para assistir - disse o velejador ao "SporTV News".
Em Londres, o Brasil será representado por Robert Scheidt e Bruno Prada, que competem na classe star. As provas acontecem a partir do dia 29 de julho, na baía de Weymouth, costa sul da Inglaterra. Scheidt, possuidor de quatro medalhas, pode igualar o recorde de Torben se subir ao pódio.
- Eu acho que tem uma chance grande disso acontecer. Ele está numa fase ótima na star, é o primeiro do ranking, um dos favoritos nos Jogos - disse Torben.
Assista à entrevista de Torben Grael clicando aqui
Fonte: Redação SporTV
[Rodrigo Neves 13] Militantes vão as ruas apoiar candidato
Na caminhada do último sábado, contamos com a presença dos secretário da Secretaria estadual do Ambiente, Carlos Minc, do Jorge Bittar e de muitos militantes dos partidos que apoiam a nossa coligação que levará Rodrigo Neves à Prefeitura de Niterói.
Na ocasião, o secretário Carlos Minc, apresentou em primeira mão um projeto preparado pelo INEA para a recuperação ambiental do sistema lagunar de Piratininga e Itaipu.
Sou o candidato a vice-prefeito e trabalharei junto com Rodrigo Neves para construir as soluções e as parcerias necessárias para que Niterói resolva seus problemas sociais, urbanos e ambientais, conquistando a qualidade de vida que tanto prometeram aos moradores da cidade.
Niterói tem jeito. Mas, somente uma liderança compromissada com o bem estar da população, com a modernização, a transparência e a participação popular na gestão pública poderá fazer com que Niterói encontre o seu caminho para a sustentabilidade.
Agora é 13!!!
Axel Grael
domingo, 29 de julho de 2012
Lars Grael clama por democracia no esporte
Fim das dinastias, feudos e capitanias hereditárias no esporte JÁ!!!
Lars Grael
Mandato da diretoria
A Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que pretende limitar as reeleições de presidentes de confederações, federações esportivas e clubes. A proposta defende que presidentes possam se manter no cargo por mais um mandato só uma vez.
A ideia está contida em um substitutivo apresentada pelo deputado federal José Rocha - PR/BA a um projeto de lei que tramita na Câmara desde 2008. De acordo com o texto, a regra seria válida para todas as entidades de prática e administração esportiva beneficiadas com recursos públicos.
Depois de ser aprovada pela Comissão de Desporto da Câmara, o projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça. Se for aprovada lá, a proposta, por tramitar em caráter terminativo, segue agora para o Senado.
Algumas confederações (exemplo da Confederação Brasileira de Clubes) já contempla em seus Estatutos, mandato de 04 anos (Gestão Olímpica) com uma única reeleição, como também a forma democrática para o processo da eleição (todos os filiados e vinculados votam).
A proposta do Dep. Fed.José Rocha bate na mesma tecla aonde insisti quando fui Secretário Nacional dos Esportes (2001 e 2002). A insistência gerou a inserção da questão na Comissão Especial do Estatuto do Desporto (Câmara dos Deputados) no período de 2003 a 2005.
A bancada da bola e das confederações conseguiu sepultar o tema, e o referido Estatuto nunca foi a votação.
A proposta é a chave para a credibilidade do esporte no Brasil. Por coincidência, é a questão que finalizo minha entrevista no Blog do José Cruz ontem no site da UOL.
Lars Grael
Fonte: http://www.larsgrael.com.br/
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Rodrigo Neves e Axel Grael saúdam os atletas olímpicos em Londres
Rodrigo Neves manda mensagem para os atletas olímpicos em Londres e Axel Grael fala da importância do esporte em Niterói.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Assista ao clip da campanha de Rodrigo Neves para prefeito de Niterói
Sou candidato a vice-prefeito de Niterói na chapa com o meu amigo Rodrigo Neves. É a primeira vez que me candidato a um cargo eletivo. Decidi fazê-lo pois acredito na experiência, capacidade de trabalho, visão e honestidade do Rodrigo, qualidades indispensáveis para liderar a mudança que Niterói precisa.
Estarei ao lado de Rodrigo Neves na administração da cidade ajudando a:
- colocar Niterói no caminho da sustentabilidade,
- assumir a responsabilidade do Município na solução dos problemas de segurança e ordem pública,
- resgatar a história e o protagonismo da cidade no esporte,
- implantar o Parque Municipal Darcy Ribeiro
- resolver a situação caótica do trânsito e da saúde, fazendo uma reforma do sistema de transporte coletivo e trazendo investimentos para tirar as obras viárias do papel e implantar uma ampla rede de ciclovias.
- avançar para uma educação de qualidade, inclusiva e cidadã, fortalecendo as parcerias com a sociedade civil para a acupação do tempo ocioso dos alunos em atividades profissionalizantes, esportivas, culturais, etc.
- promover um saneamento mais eficiente que promova a despoluição da Enseada de Jurujuba, das Lagoas de Itaipu e Piratininga e dos nossos rios e
- reformar a gestão da Prefeitura, assumindo os princípios da moralidade, modernidade, transparência e participação.
Axel Grael
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Para prefeito de Niterói, vote Rodrigo Neves, 13!!!!
Em entrevista para José Cruz, Lars Grael analisa o esporte nacional
Lars indica prioridades para o desenvolvimento do esporte nacional
A vela brasileira, a mais premiada modalidade do país, com 16 conquistas, vai para a sua segunda olimpíada consecutiva sem a participação de um integrante da família Schmidt Grael.
“Este fenômeno já ocorreu em 2008 e sentimos um tremendo vazio”, resumiu Lars Grael, nesta entrevista, mas de olho nos Jogos Rio 2016, quando seus sobrinhos, Martine e Marco poderão estar na equipe brasileira.
Em vinte anos, entre os Jogos de 1984 e 2004, os irmãos Torben e Lars conquistaram sete medalhas olímpicas para o Brasil. Não há registro no país de participação familiar tão expressiva.
Torben, em parceria com Marcelo Ferreira, nas classes Soling e Star, é o mais premiado atleta do país, com cinco conquistas, sendo duas de ouro. Lars tem duas medalhas de bronze: Seul, 1988, com Clínio Freitas, e Atlanta, 1996, com Kiko Pellicano.
A entrevista
Fora das raias de competições, Lars participou da gestão do esporte. Foi secretário nacional no governo de Fernando Henrique Cardoso e Secretário Estadual da Juventude, Esporte e Lazer na gestão do paulista Geraldo Alckmin, até março de 2006.
Leia a opinião do velejador sobre a vela e o esporte brasileiro em geral:
Depois da histórica participação olímpica e mundial, qual a tua sensação de não ver um “Grael” na delegação brasileira?
Lars – Este fenômeno já ocorreu em 2008 e sentimos um tremendo vazio. Em 2008, Torben estava na campanha da Volvo Ocean Race. Eu fui o segundo colocado na eliminatória da classe Star (vencida pela dupla Robert Scheidt/Bruno Prada) e meus sobrinhos ainda não estavam no nível olímpico. Este ano tanto Martine quanto o Marco Grael estiveram próximos da classificação. Não era o momento. Tudo tem a sua hora. É a chegada de uma nova geração da família Schmidt/Grael.
Qual tua expectativa para a sobrinha Martine Soffiatti Grael, para 2016?
Lars – A melhor possível. Martine terá que decidir entre as classes 470 ou 49er FX. Importante manter a parceria com a excelente proeira Isabel Swan. Martine está madura, tem muita raça, índole competitiva e uma rara perseverança. Esperança da vela brasileira.
O desenvolvimento da vela indica boa renovação?
Lars – Aquém do ideal, mas a renovação existe. Nomes como Matheus Dellagnelo; Alexandre Tinoco; Patricia Freitas; Jorginho Zariff; Henrique Haddad e Martine Grael, vão mostrar a nova cara da vela brasileira. Nomes que vão se misturar à experiência de Robert Scheidt e outros expoentes da atual geração.
Entre Sydney 2000 e Londres 2012 a grande diferença é o aporte de recursos públicos. Qual a tua avaliação?
Lars: De Sidney para cá, tivemos vários avanços no esporte brasileiro.
O Esporte na Escola era para ser o alicerce do Esporte Brasileiro que sonha em ser potência olímpica e paralímpica. Sem este alicerce, tratamos apenas do imediatismo no esporte brasileiro.
Indique, por favor, cinco prioridades para o Brasil se tornar um país esportivamente desenvolvido.
- Educação Física e Esporte de qualidade e na quantidade necessária na Educação do Brasil. A compreensão desta questão e a decisão deveria vir da própria Presidente da República.
- Promover a Olimpíada Escolar e Jogos Universitários com a mesma relevância que damos para a promoção dos grandes eventos internacionais.
- Valorização do Programa Forças no Esporte (Forças Armadas engajadas no suporte ao esporte olímpico).
- Apoio e engajamento dos clubes esportivos e da chamada rede “S” (SESI e SESC por exemplo).
- Legislação que vincula a transitoriedade, transparência e metas na gestão, para entidades que recebem recursos públicos diretos ou indiretos (Lei de Incentivo; Bolsa Atleta; Jogos da CEF).
Fonte: Blog do José Cruz
Lars e Torben Grael |
A vela brasileira, a mais premiada modalidade do país, com 16 conquistas, vai para a sua segunda olimpíada consecutiva sem a participação de um integrante da família Schmidt Grael.
“Este fenômeno já ocorreu em 2008 e sentimos um tremendo vazio”, resumiu Lars Grael, nesta entrevista, mas de olho nos Jogos Rio 2016, quando seus sobrinhos, Martine e Marco poderão estar na equipe brasileira.
Em vinte anos, entre os Jogos de 1984 e 2004, os irmãos Torben e Lars conquistaram sete medalhas olímpicas para o Brasil. Não há registro no país de participação familiar tão expressiva.
Torben, em parceria com Marcelo Ferreira, nas classes Soling e Star, é o mais premiado atleta do país, com cinco conquistas, sendo duas de ouro. Lars tem duas medalhas de bronze: Seul, 1988, com Clínio Freitas, e Atlanta, 1996, com Kiko Pellicano.
A entrevista
Fora das raias de competições, Lars participou da gestão do esporte. Foi secretário nacional no governo de Fernando Henrique Cardoso e Secretário Estadual da Juventude, Esporte e Lazer na gestão do paulista Geraldo Alckmin, até março de 2006.
Leia a opinião do velejador sobre a vela e o esporte brasileiro em geral:
Depois da histórica participação olímpica e mundial, qual a tua sensação de não ver um “Grael” na delegação brasileira?
Lars – Este fenômeno já ocorreu em 2008 e sentimos um tremendo vazio. Em 2008, Torben estava na campanha da Volvo Ocean Race. Eu fui o segundo colocado na eliminatória da classe Star (vencida pela dupla Robert Scheidt/Bruno Prada) e meus sobrinhos ainda não estavam no nível olímpico. Este ano tanto Martine quanto o Marco Grael estiveram próximos da classificação. Não era o momento. Tudo tem a sua hora. É a chegada de uma nova geração da família Schmidt/Grael.
Qual tua expectativa para a sobrinha Martine Soffiatti Grael, para 2016?
Lars – A melhor possível. Martine terá que decidir entre as classes 470 ou 49er FX. Importante manter a parceria com a excelente proeira Isabel Swan. Martine está madura, tem muita raça, índole competitiva e uma rara perseverança. Esperança da vela brasileira.
O desenvolvimento da vela indica boa renovação?
Lars – Aquém do ideal, mas a renovação existe. Nomes como Matheus Dellagnelo; Alexandre Tinoco; Patricia Freitas; Jorginho Zariff; Henrique Haddad e Martine Grael, vão mostrar a nova cara da vela brasileira. Nomes que vão se misturar à experiência de Robert Scheidt e outros expoentes da atual geração.
Entre Sydney 2000 e Londres 2012 a grande diferença é o aporte de recursos públicos. Qual a tua avaliação?
Lars: De Sidney para cá, tivemos vários avanços no esporte brasileiro.
- Leis – Agnelo/Piva; Bolsa Atleta; Lei de Incentivo do Esporte; Lei de Importação do Material Olímpico.
- Eventos: Jogos Sul-Americanos (2002); Pan-Americanos (2007); Mundiais Militares (2011) e os eventos vindouros (destaque para a Copa do Mundo FIFA e Jogos Olímpicos).
- Estrutura de Apoio Federal: Ministério (específico) do Esporte em 2003 e uma multiplicação de investimentos.
O Esporte na Escola era para ser o alicerce do Esporte Brasileiro que sonha em ser potência olímpica e paralímpica. Sem este alicerce, tratamos apenas do imediatismo no esporte brasileiro.
Indique, por favor, cinco prioridades para o Brasil se tornar um país esportivamente desenvolvido.
- Educação Física e Esporte de qualidade e na quantidade necessária na Educação do Brasil. A compreensão desta questão e a decisão deveria vir da própria Presidente da República.
- Promover a Olimpíada Escolar e Jogos Universitários com a mesma relevância que damos para a promoção dos grandes eventos internacionais.
- Valorização do Programa Forças no Esporte (Forças Armadas engajadas no suporte ao esporte olímpico).
- Apoio e engajamento dos clubes esportivos e da chamada rede “S” (SESI e SESC por exemplo).
- Legislação que vincula a transitoriedade, transparência e metas na gestão, para entidades que recebem recursos públicos diretos ou indiretos (Lei de Incentivo; Bolsa Atleta; Jogos da CEF).
Fonte: Blog do José Cruz
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Torben Grael vê futuro incerto para vela nacional
Torben Grael em entrevista coletiva em Ilhabela (SP). Divulgação. |
Não há pessoa com mais autoridade para falar sobre vela no Brasil do que Torben Grael. Maior medalhista olímpico do país, com cinco láureas, o atleta tornou a falar nesta quarta-feira da má situação na qual a modalidade se encontra.
Com a falta de novos talentos emergentes, o multicampeão vê apenas Robert Scheidt e Bruno Prada, da classe Star, como prováveis medalhistas em Londres-2012. Para o Rio-2016, o cenário pode ser ainda pior, já que a Star não constará no programa olímpico carioca.
- Para o futuro, acho que não há uma melhora. Sediaremos os Jogos no Brasil, mas não vejo uma melhora significativa. Nem no esporte em geral nem na vela - afirmou Torben em entrevista coletiva em Ilhabela (SP), onde participa do Rolex Ilhabela Sailing Week.
Um fator é decisivo para a situação, de acordo com Torben. Desde o começo de 2007, a entidade gestora da vela brasileira está sob intervenção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por conta de problemas financeiros.
Com a interferência do COB, nenhuma decisão pode ser tomada pela Confederação de Vela e Motor (CBVM) sem passar pelo crivo do órgão máximo do esporte olímpico no país.
- Essa é uma questão que precisa ser resolvida. O que não pode é a confederação continuar no estado que está, sob intervenção há anos. Existe uma dívida impagável e a confederação não pode celebrar contratos. Não há vontade política para que isso seja resolvido - disse Torben.
O imbróglio na confederação reflete diretamente na formação de novos talentos para a vela nacional. Presidente da CBVM na década de 1980 e porta-bandeira do Brasil nos Jogos de Los Angeles-1984, Eduardo Souza Ramos corrobora a tese de Torben:
- A vela é um esporte que não tem uma confederação operando há não sei quantos anos e até hoje não se organizou. Por isso, a vela anda na vontade de alguns atletas, no esforço de alguns clubes.
O repórter viaja a convite da organização da Rolex Ilhabela Sailing Week
Fonte: O Povo
CAÇULINHA DE LARS GRAEL ESTREIA EM OCEANO NA ROLEX ILHABELA SAILING WEEK
Lars e Sofia Grael em regata da Semana de Ilhabela. |
Ilhabela (SP) - O clã dos Grael segue revelando campeões na vela brasileira e a próxima tem tudo para ser Sofia, filha de Lars Grael e Renata Pellicano. A caçulinha estreia em oceano na Rolex Ilhabela Sailing Week a bordo do veloz Mitsubishi/Energisa na classe S40. Com apenas 12 anos, a garota pegou gosto pela modalidade e nem quer voltar ao Optmist, que é a categoria introdutória. No barco, Sofia recebe instruções preciosas do pai e dos tios, Torben e Andrea, e aproveita esta semana em Ilhabela para aprender. A função da pequena é caçar a vela balão. "Foi muito legal velejar pela primeira vez. Eu me diverti muito".
Sofia gostou bastante da experiência inicial em oceano e promete disputar mais edições da Rolex Ilhabela Sailing Week, evento que conta com 150 barcos e mais de 1.400 velejadores. "Eu prefiro velejar com mais gente. Não gosto de competir sozinha", define a garota. Na regata de estreia, disputada nesta segunda-feira (9), Sofia e sua equipe terminaram na terceira colocação a prova mais longa do calendário: 30,4 milhas (56 quilômetros) com largada na Praia da Armação e contornando a Ilha de Búzios, um real teste de resistência. Na terça-feira, seu barco ficou em quarto lugar nas duas regatas entre boias disputadas no norte da Ilha.
A atuação da tímida Sofia enchem de orgulho os pais, que evitam fazer cobranças. "Essa é uma oportunidade de velejar com a família. É uma experiência que ela vai carregar por toda a vida. Espero que goste e siga o caminho", conta a mãe de Sofia, Renata Pellicano. "Se quiser escolher outro esporte, ela terá total apoio da família", acrescenta.
O pai Lars apoia: "No barco de oceano ela se sente em casa. Tenho orgulho de passar para os filhos minha paixão pela vela e pelo mar. Ser campeã e se transformar em uma atleta de ponta é consequência, o importante é ter amor pelo que faz". O velejador sempre diz que Sofia é o maior presente que recebeu após o acidente em 1998, quando acabou perdendo a perna direita. O medalhista olímpico tem três filhos: Trine (23), Nicholas (15) e Sofia (12). Nicholas também veleja com a equipe do pai nas principais competições de oceano.
Na Rolex Ilhabela Sailing Week, Nicholas está a bordo do Maestrale, comandado por Adalberto Casaes, que está na classe ORC 650. "É bom para ganhar experiência e viver novas funções dentro de um barco. Depois deste treino nesta semana a gente pega o Nicholas e coloca de volta no S40, " completa Lars.
A família Grael tem, além de Lars e Torben, outros nomes de destaque na vela como Martine Grael, que está em Ilhabela com o Atik da Marinha do Brasil na classe HPE e Marco, que tenta mais um título da Rolex Ilhabela Sailing Week, agora com o Mitsubishi/Energisa. No S40 também está a mãe deles e esposa de Torben, Andrea.
Apoio aos mirins - Além de Sofia, outros tripulantes mirins disputam a Rolex Ilhabela Sailing Week. A estratégia de colocar a garotada para velejar ao lado dos melhores é incentivada pela organização do campeonato. No Yacht Club de Ilhabela (YCI) é possível ver o corre corre dos jovens de até 15 anos devidamente uniformizados. Os mirins passam por várias funções a bordo e podem num futuro próximo competir pra valer.
"A nova geração da vela é formada no clube. Faz parte da nossa missão fomentar a vela de oceano e esse trabalho vem surtindo efeito. As equipes dão oportunidade aos garotos, que aprendem para toda a vida. Nesta edição temos 25 tripulantes mirins", destaca José Manuel Nolasco, diretor de vela do YCI.
Os comandantes apoiam a iniciativa. "É importante introduzir as crianças na vela. É um fomento para a nossa modalidade e oportunidade para ensinar um pouco do que sabemos para alguém", revela Rubens Bueno, do Pirajá, da RGS Cruiser.
Fonte: ZDL
quarta-feira, 11 de julho de 2012
UNESCO mobiliza sociedade para Criança Esperança 2012
Começa campanha Criança Esperança 2012, um programa da Rede Globo em parceria com a UNESCO! Marlova Jovchelovitch Noleto, coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil e responsável pelo programa na Organização, fala sobre impacto e resultados da maior mobilização social brasileira em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, gestão e fiscalização dos recursos doados, inscrição de projetos e doações.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Problemas ambientais nas baías de Guanabara e Sepetiba
Acabo de receber as fotos abaixo do meu amigo ambientalista Mário Moscatelli. As evidências mostradas por este combativo militante da causa ambiental comprovam que ainda temos um enorme caminho a percorrer.
Nas fotos acima, três dramas.
1) Assoreamento: é a consequência do nosso modelo de ocupação do solo na bacia hidrográfica da Baía de Guanabara. A urbanização desordenada, o desmatamento de encostas e a falta de um sistema adequado de micro e mesodrenagem permitem o carreamento de uma grande quantidade de sedimentos para os rios e, consequentemente, para a Baía de Guanabara. Em extensa área do norte da Baía já não se verifica mais uma coluna d'água mínima, como mostra a foto da foz do Sarapuí. Na maré baixa, extensos bancos de lama e de areia podem ser vistos.
2) Óleos e graxas: vazamentos acidentais (com periodicidades, recorrências e volumes diversificados) e quantidades provenientes de fontes não pontuais ainda são importantes aportes de óleos e graxas para a Baía de Guanabara. Dados não atualizados, publicados pela Feema na época do PDBG, estimavam a quantidade de hidrocarbonetos que chegavam à Baía de Guanabara em cerca de 8 toneladas/dia.
3) Aterros, invasão de manguezais, áreas brejosas e outros ecossistemas associados: estes importantes ecossistemas tem sido degradados e invadidos por ocupações e assentamentos urbanos irregulares e empreendimentos licenciados. O entorno da Baía de Guanabara e da Baía de Sepetiba são cada vez mais pressionados por empreendimentos portuários, industrias e de logística offshore. Estes novos usos cada vez mais conflitam com usos tradicionais destas baías. É tempo de se pensar em formas mais apropriadas de governança para estas áreas. Defendemos a criação de estruturas gestoras aos moldes das "bay authorities", como existem em muitas outras regiões portuárias, baías e estuários do mundo.
Assoreamento da Baía de Guanabara próximo à foz do Rio Sarapuí. Foto de Mário Moscatelli. |
Filme de óleo sobre o espelho d'água do Rio Iguaçu. Foto de Mário Moscatelli (04/07/2012, cerca de 10:00h) |
Aterro sobre área de apicum em Guaratiba, Baía de Sepetiba, RJ. Segundo Mário Moscatelli o empreendimento teria licença ambiental. Foto de Mário Moscatelli. |
1) Assoreamento: é a consequência do nosso modelo de ocupação do solo na bacia hidrográfica da Baía de Guanabara. A urbanização desordenada, o desmatamento de encostas e a falta de um sistema adequado de micro e mesodrenagem permitem o carreamento de uma grande quantidade de sedimentos para os rios e, consequentemente, para a Baía de Guanabara. Em extensa área do norte da Baía já não se verifica mais uma coluna d'água mínima, como mostra a foto da foz do Sarapuí. Na maré baixa, extensos bancos de lama e de areia podem ser vistos.
2) Óleos e graxas: vazamentos acidentais (com periodicidades, recorrências e volumes diversificados) e quantidades provenientes de fontes não pontuais ainda são importantes aportes de óleos e graxas para a Baía de Guanabara. Dados não atualizados, publicados pela Feema na época do PDBG, estimavam a quantidade de hidrocarbonetos que chegavam à Baía de Guanabara em cerca de 8 toneladas/dia.
3) Aterros, invasão de manguezais, áreas brejosas e outros ecossistemas associados: estes importantes ecossistemas tem sido degradados e invadidos por ocupações e assentamentos urbanos irregulares e empreendimentos licenciados. O entorno da Baía de Guanabara e da Baía de Sepetiba são cada vez mais pressionados por empreendimentos portuários, industrias e de logística offshore. Estes novos usos cada vez mais conflitam com usos tradicionais destas baías. É tempo de se pensar em formas mais apropriadas de governança para estas áreas. Defendemos a criação de estruturas gestoras aos moldes das "bay authorities", como existem em muitas outras regiões portuárias, baías e estuários do mundo.
Projeto Grael forma jovens e abre inscrições para doze cursos gratuitos
Encerramento do primeiro semestre será sexta-feira, com uma festa julina sustentável
O Projeto Grael, em Jurujuba - Niterói, fará uma festa de formatura sustentável para cerca de 300 jovens formandos nos doze cursos oferecidos pela instituição neste primeiro semestre. A comemoração está marcada para sexta-feira (13), às 14h. A formatura vai muito além da entrega de certificados. Sempre preocupados com o meio ambiente, professores do Projeto Grael farão uma festa julina sustentável para marcar a data. As bandeirinhas serão feitas de embalagens de barras de cereal.
Em uma bancada, os jovens se comprometerão em realizar ações de preservação do meio ambiente durante o período de férias. O jovem autor da iniciativa que ganhar mais adeptos ganhará um prêmio.
Para aproveitar a reunião festiva, o Projeto Grael vai estrear o novo site da instituição. O portal foi doado pela agência Genoa Publicidade. Em troca, os sóciodiretores da empresa – velejadores e apaixonados pelo mar – ganharão do Projeto um barco a vela em miniatura feito no Projeto Grael e autografado pelos velejadores e irmãos Axel, Torben e Lars Grael.
Matrículas – logo após a formatura do primeiro semestre, o Projeto Grael abre inscrições para dez cursos gratuitos, todos ligados à área náutica. A matrícula poderá ser feita a partir do dia 16 de julho. As oficinas são destinadas a crianças a partir de 9 anos e jovens de até 24 anos de idade matriculados (ou que tenham concluído o Ensino Médio) em escolas públicas.
O programa de cursos foi desenvolvido para cada faixa etária e é composto por Desenvolvimento Esportivo: natação, canoagem e vela; Iniciação Profissionalizante: fibra de vidro, capotaria, marcenaria, mecânica de motor diesel, mecânica de motor de popa, carpintaria, eletroeletrônica e refrigeração. O objetivo é preparar os jovens para atuarem na área náutica através dos cursos específicos ministrados no instituto; e Educação Complementar: Conhecendo a Baía de Guanabara, em parceria com a UFRJ. Neste curso, estão inseridas palestras sobre História, Biologia, Geografia e Oceanografia, além de visitas técnicas e pesquisa sobre condições da água da Baía de Guanabara.
Para fazer a matrícula, são necessários os seguintes documentos: comprovante de matrícula ou de conclusão do Ensino Médio em escola pública; atestado médico para práticas esportivas; cópia da carteira de identidade e CPF ou certidão de nascimento do aluno; cópia da carteira de identidade e CPF do responsável (para menores de 18 anos).
As inscrições devem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na sede do Projeto Grael, na Avenida Carlos Ermelindo Marins, 494 – Jurujuba, Niterói/RJ. Mais informações: (21) 2711-9875 ou secretaria@projetograel.org.br.
Projeto Grael lança novo site: mais interatividade e integração às redes sociais
O Projeto Grael – organização social criada pelos velejadores olímpicos Torben e Lars Grael e Marcelo Ferreira – lança, nesta sexta-feira (13), o novo site (www.projetograel.org.br). O lançamento será no mesmo dia da formatura das turmas do primeiro semestre, com uma festa julina, a partir das 14h. A criação do novo site foi uma doação da agência Genoa Propaganda. Como retribuição, o Projeto Grael vai presentear a empresa com uma minitatura (de cerca de 50cm de comprimento) de um barco a vela autografado pelos velejadores e irmãos Axel, Torben e Lars Grael.
Mais interativo e totalmente integrado às redes sociais, o novo site poderá ainda ser visualizado em qualquer navegador e sistema operacional, como computadores de mesa e equipamentos mobile.
O novo design permite uma navegabilidade com menos cliques e de fácil navegação. O menu, localizado no topo do site, permite que todo o conteúdo seja acessado com apenas um clique. O desenvolvimento do site teve como desafio torná-lo mais visível ao público, com um conteúdo que pode se propagar livremente pela web 2.0 e alcançar um maior número de pessoas.
“O foco da agência foi criar um design que proporcione ao visitante uma experiência de imersão no Projeto Grael. A cada página, uma fotografia atraente e com boa definição é exibida no topo, criando uma exposição virtual que, além de trazer vida, estimula a navegação por todo o conteúdo”, explicou André Cantuária, sócio e diretor de criação da Genoa Propaganda.
Outro destaque do novo site é a galeria multimídia, também integrada às redes sociais. A galeria de imagens do portal está sincronizada com a biblioteca do Picasa. Dessa forma, é possível navegar pelos álbuns de fotografias do Picasa dentro do próprio site.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Joanna Dutra, do Projeto Grael, participa de debate no Canal Futura sobre formação de atletas
A formação do atleta olímpico no brasil está em debate nesta terça-feira
Na próxima terça-feira, o Sala de Notícias Debate recebe Bruno Voloch (jornalista esportivo), Bárbara Leôncio (velocista) e Joanna Dutra (Gerente Executiva Adjunta do Projeto Grael) para um bate-papo sobre a formação do atleta olímpico no Brasil.
Às vésperas das Olimpíadas de Londres e há 4 anos da Rio 2016, o programa investiga como está o desenvolvimento de adolescentes e jovens com potencial olímpico. Segundo pesquisa do Ibope, 30% das escolas públicas brasileiras não oferecem espaço para a prática de educação física. Refletindo sobre esses dados, como projetos inovadores e iniciativas do terceiro setor estão atuando para complementar políticas públicas desportivas?
Entenda o programa
O Sala de Notícias Debate é um espaço de reflexão de temas da atualidade, que valoriza os diferentes pontos de vista relativos aos assuntos abordados. O programa recebe todas as terças-feiras, ao vivo, no estúdio do Canal Futura, três convidados com formações diversas que analisam o tema da semana, respondem a perguntas e comentam as contribuições feitas pelo público por meio das redes sociais, chat online e mensagens SMS. Na semana anterior à exibição do Sala de Notícias Debate, o público pode contribuir para a discussão do tema postando, na página do programa no Facebook, informações e vídeos.
Sala de Notícias DebateResponda à enquete da semana na nossa home: Qual o melhor caminho para formar o atleta olímpico no Brasil?
Toda terça-feira, às 21h, ao vivo. Domingo às 21h, reprise.
Para assistir pela internet: www.futura.org.br/aovivo
Fonte: Canal Futura
domingo, 8 de julho de 2012
Aluno do PROJETO GRAEL ganha destaque em matéria do jornal O Fluminense
Espera por bons ventos
Destaque na vela, Gilcimar sonha com Rio-2016
Sinônimo de conquistas no cenário mundial, a vela de Niterói segue firme quando o assunto em questão é a renovação do esporte que tantas alegrias trouxe para a cidade. Nesta frente, o Projeto Grael trabalha há 14 anos com o objetivo de incluir jovens na sociedade por meio do esporte e das suas atividades correlatas.
Entre os mais de 12 mil jovens que já passaram pelos diferentes cursos do projeto, alguns se destacaram seja dentro ou fora da água, é o caso de Gilcimar Percilio de 17 anos e que está há três anos na iniciativa.
Durante esse período no projeto, Gilcimar revela que foi tomando gosto pela modalidade aos poucos.
“Cheguei aqui sem saber nada sobre vela, comecei pela natação depois fui para a vela, antes não tinha nenhuma pretensão com o esporte, mas fui aprendendo e tomando gosto pela coisa” revelou o jovem velejador.
Além do esporte, o jovem lembra que algumas mudanças aconteceram na sua vida por conta do esporte. “O meu modo de agir melhorou muito, me ajudou também na organização e o projeto me deu um foco que é a vela”, lembrou.
E se o assunto é a vela, Gilcimar Percilio lembra que os irmãos Torben e Lars Grael, idealizadores da iniciativa, estão sempre presentes na vida das crianças. O jovem destaca a importância de grandes referências esportivas na vida das crianças.
“Essa relação é diferente, primeiramente eles são grandes ídolos e, sempre que conversamos, eles dão dicas valiosas de como velejar”, comenta Gilcimar.
Componente da equipe Estrelas do Mar, o jovem que já coleciona bons resultados pelo Projeto Grael, vislumbra representar o Brasil nos Jogos do Rio, em 2016. “O meu desejo é buscar uma vaga para os Jogos do Rio”, disparou o atleta que sabe das dificuldades de um esporte como a vela.
“Sei que é difícil, mas vontade eu tenho, vamos ver mais para frente”, comentou.
E se vontade não falta, Gilcimar Percilio comenta a responsabilidade de um atleta, de defender as cores do Brasil nos Jogos do Rio. “Competir em casa é diferente, deve dar um peso na costas”, disse o atleta, que terá quatro anos para transformar um sonho em realidade.
Fonte: O Fluminense
Destaque na vela, Gilcimar sonha com Rio-2016
Sinônimo de conquistas no cenário mundial, a vela de Niterói segue firme quando o assunto em questão é a renovação do esporte que tantas alegrias trouxe para a cidade. Nesta frente, o Projeto Grael trabalha há 14 anos com o objetivo de incluir jovens na sociedade por meio do esporte e das suas atividades correlatas.
Entre os mais de 12 mil jovens que já passaram pelos diferentes cursos do projeto, alguns se destacaram seja dentro ou fora da água, é o caso de Gilcimar Percilio de 17 anos e que está há três anos na iniciativa.
Durante esse período no projeto, Gilcimar revela que foi tomando gosto pela modalidade aos poucos.
“Cheguei aqui sem saber nada sobre vela, comecei pela natação depois fui para a vela, antes não tinha nenhuma pretensão com o esporte, mas fui aprendendo e tomando gosto pela coisa” revelou o jovem velejador.
Além do esporte, o jovem lembra que algumas mudanças aconteceram na sua vida por conta do esporte. “O meu modo de agir melhorou muito, me ajudou também na organização e o projeto me deu um foco que é a vela”, lembrou.
E se o assunto é a vela, Gilcimar Percilio lembra que os irmãos Torben e Lars Grael, idealizadores da iniciativa, estão sempre presentes na vida das crianças. O jovem destaca a importância de grandes referências esportivas na vida das crianças.
“Essa relação é diferente, primeiramente eles são grandes ídolos e, sempre que conversamos, eles dão dicas valiosas de como velejar”, comenta Gilcimar.
Componente da equipe Estrelas do Mar, o jovem que já coleciona bons resultados pelo Projeto Grael, vislumbra representar o Brasil nos Jogos do Rio, em 2016. “O meu desejo é buscar uma vaga para os Jogos do Rio”, disparou o atleta que sabe das dificuldades de um esporte como a vela.
“Sei que é difícil, mas vontade eu tenho, vamos ver mais para frente”, comentou.
E se vontade não falta, Gilcimar Percilio comenta a responsabilidade de um atleta, de defender as cores do Brasil nos Jogos do Rio. “Competir em casa é diferente, deve dar um peso na costas”, disse o atleta, que terá quatro anos para transformar um sonho em realidade.
Fonte: O Fluminense
sábado, 7 de julho de 2012
Eletrosul lança edital para projetos sociais
Seguem até 31 de agosto as inscrições para o edital para Seleção de Projetos Sociais para Patrocínio da Eletrosul, que destinará até R$ 50 mil por projeto num total de R$ 1 milhão para a chamada de 2013. As categorias do edital engloba projetos das áreas de Educação Complementar, Educação para Qualificação Profissional, Geração de Trabalho e Renda e Conservação do Meio Ambiente.
Podem participar iniciativas que tenham como finalidade atuar nos municípios onde a empresa tem instalações, empreendimentos ou prospecção de negócios, nos estados de Mato Grosso Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina (lista disponível no site abaixo, item Anexo I).
As inscrições serão feitas exclusivamente pelo site da empresa: http://www.eletrosul.gov.br/ Patrocínios / Patrocínio Social 2012.
Fonte: Eletrosul, 5 julho de 2012
Podem participar iniciativas que tenham como finalidade atuar nos municípios onde a empresa tem instalações, empreendimentos ou prospecção de negócios, nos estados de Mato Grosso Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina (lista disponível no site abaixo, item Anexo I).
As inscrições serão feitas exclusivamente pelo site da empresa: http://www.eletrosul.gov.br/ Patrocínios / Patrocínio Social 2012.
Fonte: Eletrosul, 5 julho de 2012
Convocatória para apresentação de projetos para o Criança Esperança
O processo seletivo 2012 do programa Criança Esperança, um projeto da TV Globo em parceria com a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, está com inscrições abertas até 31 de julho. A iniciativa oferece apoio financeiro de R$ 30 mil a R$ 190 mil.
As organizações candidatas devem desenvolver projetos que contribuam direta ou indiretamente para a superação da pobreza e/ou vulnerabilidade e risco social vivenciadas por seus beneficiários. Os projetos devem ter como objetivo principal promover a inclusão social, o empoderamento e o desenvolvimento humano e social e a educação inclusiva de grupos vulneráveis por meio de ações de educação, cultura, comunicação e informação, esporte e meio ambiente.
São dez categorias temáticas para os projetos. As organizações devem trabalhar com público-alvo de crianças, adolescentes e/ou jovens de, pelo menos, um dos grupos: minorias raciais (afrodescendentes, quilombolas e indígenas); em situação de rua; vítimas de violência e/ou abuso sexual e/ou doméstico; com deficiência; integrantes do gênero feminino em situação de vulnerabilidade pessoal e social.
As organizações interessadas devem cadastrar seu projeto no site http://www.criancaesperanca.com.br/, na opção “Inscrição de projetos”. A via em PDF gerada com esse cadastro deve ser enviada com a documentação necessária para: Seleção Criança Esperança 2012/2013, UNESCO – Setor de Ciências Humanas e Sociais/Criança Esperança (SAUS Quadra 05 – Lote 06 – Bloco H – sala 910 CEP 70070-912 – Brasília (DF)). O edital completo pode ser acessado no link: http://migre.me/9M3YW.
Fonte: Rede Globo/Unesco, julho de 2012
As organizações candidatas devem desenvolver projetos que contribuam direta ou indiretamente para a superação da pobreza e/ou vulnerabilidade e risco social vivenciadas por seus beneficiários. Os projetos devem ter como objetivo principal promover a inclusão social, o empoderamento e o desenvolvimento humano e social e a educação inclusiva de grupos vulneráveis por meio de ações de educação, cultura, comunicação e informação, esporte e meio ambiente.
São dez categorias temáticas para os projetos. As organizações devem trabalhar com público-alvo de crianças, adolescentes e/ou jovens de, pelo menos, um dos grupos: minorias raciais (afrodescendentes, quilombolas e indígenas); em situação de rua; vítimas de violência e/ou abuso sexual e/ou doméstico; com deficiência; integrantes do gênero feminino em situação de vulnerabilidade pessoal e social.
As organizações interessadas devem cadastrar seu projeto no site http://www.criancaesperanca.com.br/, na opção “Inscrição de projetos”. A via em PDF gerada com esse cadastro deve ser enviada com a documentação necessária para: Seleção Criança Esperança 2012/2013, UNESCO – Setor de Ciências Humanas e Sociais/Criança Esperança (SAUS Quadra 05 – Lote 06 – Bloco H – sala 910 CEP 70070-912 – Brasília (DF)). O edital completo pode ser acessado no link: http://migre.me/9M3YW.
Fonte: Rede Globo/Unesco, julho de 2012
Rodrigo e Grael discutem com ambientalistas agenda ambiental para Niterói
O pré-candidato do PT à Prefeitura de Niterói, Rodrigo Neves, participou com o seu companheiro de chapa, Axel Grael, de um encontro com ambientalistas da cidade para discutir os pontos da agenda ambiental que constarão no plano de governo da candidatura. “A sustentabilidade, ao lado da modernidade, transparência e participação, é um dos princípios que vai nortear nosso projeto de governo”, explicou Rodrigo.
Os problemas de mobilidade urbana em Niterói foram debatidos pela ótica ambiental. “Resolver a mobilidade urbana em Niterói, além de grande anseio da população por conta dos engarrafamentos diários, vai também reduzir a poluição do ar. Outra grande estratégia é libertar a cidade da lógica do transporte individual. Os investimentos em obras viárias precisam agregar o transporte coletivo de qualidade, que garanta conforto, segurança e eficiência no atendimento à demanda”, afirmou Grael.
Investimentos no transporte hidroviário e em numa malha de ciclovias também são propostas de opções sustentáveis de deslocamento. O encontro versou ainda a implantação do Parque Municipal Darcy Ribeiro, os problemas de arborização da cidade, saneamento, poluição de rios e lagoas o e aproveitamento do lixo. Participaram do encontro o presidente do PV Niterói, Eurico Toledo, representantes da sociedade civil e professores da UFF.
Fonte: Folha de Niterói
Lars Grael participa de Ato Público no DF pela segurança do trabalhador
Estádio Nacional Mané Garrincha recebe ato público pelo trabalho seguro
Operários assistiram a vídeos e receberam cartilhas educativas para garantir que o ambiente de trabalho seja cada vez mais isento de acidentes
O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha ficou com parte das arquibancadas inferiores lotadas na manhã desta quarta-feira (4). Os quase 4 mil operários que trabalham na construção da Ecoarena participaram do Ato Público pelo Trabalho Seguro na Indústria da Construção, promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou da cerimônia ao lado do presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, o ministro João Oreste Dalazen.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, realizado pelo TST e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Brasília é a sexta cidade a receber o ato público, que tem o objetivo de alertar os trabalhadores sobre o risco das atividades diárias e incentivá-los a usar equipamentos de segurança. A programação contou com palestras, exibição de três vídeos educativos e distribuição de kits com cartilhas e de camisas da Seleção Brasileira.
O governador Agnelo Queiroz reforçou a importância do trabalhador nas grandes obras que o Distrito Federal terá até a Copa do Mundo de 2014, como as vias Expresso Norte e Oeste, a ampliação do metrô e a via Expresso Sul – que já está em construção.
“Este ato é para chamar a atenção de vocês para que possamos melhorar a condição de vida do trabalhador e construir muito mais, mas sempre com segurança, evitando os acidentes de trabalho”, ressaltou. “Os trabalhadores do nosso país construíram esta capital em quatro anos. E, agora, estamos repetindo outro ciclo, só comparado àquele do nosso presidente Juscelino Kubitschek”, destacou Agnelo Queiroz.
O presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, comparou a rotina de trabalho à Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil enfrentou o Uruguai na final, no Maracanã, e perdeu. “No esporte, como na vida e no trabalho, alegria e tristeza andam lado a lado”, realçou. “O excesso de confiança também é uma das causas mais comuns dos acidentes de trabalho, a exemplo da desatenção, do descuido, da desinformação e da imprudência. E, assim, um cenário de alegria pode converter-se em cenário de profunda tristeza.”
Segundo o ministro, em 2011, 2.796 pessoas morreram em acidentes de trabalho no país, uma média de sete pessoas por dia. Dalazen acrescentou, ainda, que esse número mais que dobrou em relação a 2001. O ministro lembrou a morte do operário José Afonso de Oliveira Rodrigues, no dia 11. “Vamos entregar essa obra sem mais nenhum acidente de trabalho grave. Isso depende de vocês mais do que tudo”, disse.
O deputado federal e ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol Romário também reforçou a importância da segurança no trabalho. “A segurança é hoje a coisa mais importante para um trabalhador. Trabalhem com segurança e cumpram sempre o seu dever”, aconselhou.
O velejador e medalhista olímpico Lars Grael, que perdeu uma perna durante um treino, recomendou os cuidados que cada um deve ter. “O uso de equipamentos de proteção individual, a conscientização, a segurança e a obediência a normas e regras”, reforçou.
Operários – O pedreiro João Soares da Silva, representante dos trabalhadores na área de responsabilidade social, recebeu um kit do governador Agnelo Queiroz e do presidente do TST, com uma camiseta oficial da Seleção Brasileira de Futebol assinada por Romário, Lars Grael e pelo ex-jogador de basquete Pipoka.
João conhece bem o Termo de Compromisso de Responsabilidade Social do Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra do estádio. O documento trata de regras de boa convivência e segurança dentro do canteiro de obras. “Todo trabalhador tem que ter a consciência de sua vida, principalmente um pai de família, porque a perda de uma vida significa muito aos seus familiares”, disse. “Se eu vejo um companheiro sem capacete, eu tenho de incentivá-lo a trabalhar de forma adequada. Se cada um faz a sua parte, todo mundo fica seguro”.
Fonte: SECOM/DF
Operários assistiram a vídeos e receberam cartilhas educativas para garantir que o ambiente de trabalho seja cada vez mais isento de acidentes
O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha ficou com parte das arquibancadas inferiores lotadas na manhã desta quarta-feira (4). Os quase 4 mil operários que trabalham na construção da Ecoarena participaram do Ato Público pelo Trabalho Seguro na Indústria da Construção, promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou da cerimônia ao lado do presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, o ministro João Oreste Dalazen.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, realizado pelo TST e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Brasília é a sexta cidade a receber o ato público, que tem o objetivo de alertar os trabalhadores sobre o risco das atividades diárias e incentivá-los a usar equipamentos de segurança. A programação contou com palestras, exibição de três vídeos educativos e distribuição de kits com cartilhas e de camisas da Seleção Brasileira.
O governador Agnelo Queiroz reforçou a importância do trabalhador nas grandes obras que o Distrito Federal terá até a Copa do Mundo de 2014, como as vias Expresso Norte e Oeste, a ampliação do metrô e a via Expresso Sul – que já está em construção.
“Este ato é para chamar a atenção de vocês para que possamos melhorar a condição de vida do trabalhador e construir muito mais, mas sempre com segurança, evitando os acidentes de trabalho”, ressaltou. “Os trabalhadores do nosso país construíram esta capital em quatro anos. E, agora, estamos repetindo outro ciclo, só comparado àquele do nosso presidente Juscelino Kubitschek”, destacou Agnelo Queiroz.
O presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, comparou a rotina de trabalho à Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil enfrentou o Uruguai na final, no Maracanã, e perdeu. “No esporte, como na vida e no trabalho, alegria e tristeza andam lado a lado”, realçou. “O excesso de confiança também é uma das causas mais comuns dos acidentes de trabalho, a exemplo da desatenção, do descuido, da desinformação e da imprudência. E, assim, um cenário de alegria pode converter-se em cenário de profunda tristeza.”
Segundo o ministro, em 2011, 2.796 pessoas morreram em acidentes de trabalho no país, uma média de sete pessoas por dia. Dalazen acrescentou, ainda, que esse número mais que dobrou em relação a 2001. O ministro lembrou a morte do operário José Afonso de Oliveira Rodrigues, no dia 11. “Vamos entregar essa obra sem mais nenhum acidente de trabalho grave. Isso depende de vocês mais do que tudo”, disse.
O deputado federal e ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol Romário também reforçou a importância da segurança no trabalho. “A segurança é hoje a coisa mais importante para um trabalhador. Trabalhem com segurança e cumpram sempre o seu dever”, aconselhou.
O velejador e medalhista olímpico Lars Grael, que perdeu uma perna durante um treino, recomendou os cuidados que cada um deve ter. “O uso de equipamentos de proteção individual, a conscientização, a segurança e a obediência a normas e regras”, reforçou.
Operários – O pedreiro João Soares da Silva, representante dos trabalhadores na área de responsabilidade social, recebeu um kit do governador Agnelo Queiroz e do presidente do TST, com uma camiseta oficial da Seleção Brasileira de Futebol assinada por Romário, Lars Grael e pelo ex-jogador de basquete Pipoka.
João conhece bem o Termo de Compromisso de Responsabilidade Social do Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra do estádio. O documento trata de regras de boa convivência e segurança dentro do canteiro de obras. “Todo trabalhador tem que ter a consciência de sua vida, principalmente um pai de família, porque a perda de uma vida significa muito aos seus familiares”, disse. “Se eu vejo um companheiro sem capacete, eu tenho de incentivá-lo a trabalhar de forma adequada. Se cada um faz a sua parte, todo mundo fica seguro”.
Fonte: SECOM/DF
Axel Grael e Rodrigo Neves anunciam que a campanha majoritária para a Prefeitura será neutra em Carbono
No evento de lançamento da Campanha de Rodrigo Neves - PT (prefeito) e Axel Grael - PV (vice-prefeito), diante do governador Sérgio Cabral, do vice-governador Pezão, do secretário estadual do Ambiente Carlos Minc, do senador Lindbergh e muitas outras autoridades, Axel Grael anunciou que ele e Rodrigo Neves plantarão árvores para compensar as emissões de carbono da campanha majoritária para a Prefeitura de Niterói.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Projeto que cria santuário de baleias é derrubado
Defendida pelo Brasil, proposta é vetada na reunião anual da Comissão Internacional Baleeira. Organizações criticam falta de esforço diplomático.
Os 38 votos a favor da criação do Santuário Atlântico Sul foram insuficientes e o projeto para proteger as baleias na região entre a América do Sul e a África, que há 12 anos é apresentado pelo País, foi vetado ontem (2) na reunião anual da Comissão Internacional Baleeira (CIB), que ocorre nesta semana na Cidade do Panamá.
A aprovação da área de proteção dependia de 75% de votos favoráveis - com 21 países contrários e 2 abstenções, o índice ficou em 65%. Representantes de organizações ambientais criticam uma suposta falta de esforço diplomático frente ao lobby de países caçadores de baleias, liderado pelo Japão.
Para Leandra Gonçalves, do SOS Mata Atlântica, o santuário não sairá do papel enquanto não houver transparência na votação. "Foram 21 votos contra, mas apenas 3 países (Japão, Islândia e Noruega) realmente têm essa posição. O restante é de países menores, que têm seus votos comprados", acusa a ambientalista, coordenadora do Programa Costa Atlântica.
Segundo ela, o maior avanço para este ano havia sido jogar a votação para o início da discussão. Sem uma campanha forte da diplomacia brasileira antes da reunião, no entanto, não houve a adesão esperada. "Todos os anos, a maioria simples vota a favor. Mas, neste ano, se olharmos para o governo brasileiro, houve retrocesso. O País sempre mandou muitos representantes, mas durante as prévias faltou esforço para reforçar a campanha", afirmou Leandra.
A opinião é compartilhada por Truda Palazzo, diretor do escritório brasileiro do Centro de Conservação Cetácea, que acompanha a discussão no Panamá. "Está claro que o governo do Brasil não está fazendo a sua parte para conseguir esses votos faltantes. Muitos países do Caribe e África têm relações bilaterais fortes com o Brasil, mas não se consegue que o Itamaraty ou mesmo a Presidência eleve o nível das gestões para se conseguir esses votos", afirma Palazzo. "Como um dos idealizadores da proposta, em 1998, estou indignado com esse desleixo do País com o tema. Dá a impressão de que o compromisso do Brasil com o tema é meramente "diplomacia ornamental"."
O governo brasileiro nega ter diminuído os esforços para a criação do santuário e alega "questões burocráticas" para a baixa representatividade do País no evento - segundo o Ministério do Meio Ambiente, há apenas um técnico do órgão acompanhando as discussões na Cidade do Panamá.
Nova discussão - Nos próximos dias, outra resolução bastante aguardada deve entrar na pauta. Ela se refere à participação da Organização das Nações Unidas (ONU) na questão da caça científica promovida no Santuário de Baleias do Oceano Antártico. "Não acredito em novas votações para os próximos dias, mas essa é uma questão importante", afirma Leandra Gonçalves. "É preciso barrar a matança promovida pelo Japão, pois não é preciso matar para se fazer experiências científicas."
(O Estado de São Paulo)
Fonte: Jornal da Ciência
Brasil tem 680 mil pessoas morando em áreas de risco
Dados divulgados ontem (2) pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) indicam que existem atualmente no País pelo menos 680 mil pessoas morando em áreas consideradas de risco alto ou muito alto de deslizamento de terra ou inundações.
O levantamento faz parte do Programa de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais do Governo Federal, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, e implementado em parceria com instituições como o Serviço Geológico do Rio de Janeiro, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Ministério da Integração Nacional.
Esse número ainda deve aumentar, uma vez que a CPRM monitorou, até agora, cerca de 140 municípios, número que chegará, até o final do ano, a 286 municípios, saltando para 821 em todo País até 2014, quando o projeto será concluído.
O diretor do Serviço Geológico do Brasil, Thales Sampaio, disse que, apesar do levantamento ter sido feito pelo órgão em apenas 140 municípios, já foram encaminhados para o Cemaden dados relativos a cerca de 180 cidades , uma vez que foram utilizadas informações já existentes em poder de outras instituições e que foram digitalizadas e geoprocessadas pela CPRM.
"O estudo comprovou, principalmente, que ainda temos muita gente morando em áreas de risco alto e muito alto. São áreas susceptíveis a desastres naturais. 680 mil pessoas moram atualmente em municípios com áreas consideradas de risco alto ou muito alto - susceptíveis a desastres naturais", disse Sampaio.
Entre os municípios já analisados estão dois considerados críticos no Acre, 58 nos nove estados da Região Nordeste e o restante em todos os estados do Sudeste e Sul do País. "Embora tenhamos problemas em toda a parte, a situação mais critica é na Região Sudeste, em função da maior concentração populacional e da pressão da população, que leva à ocupação de encostas e morros que não deveriam estar ocupados por oferecem riscos de desabamento e deslizamentos de terra", disse.
Na avaliação do presidente da CPRM, o principal problema é a utilização inadequada do território. "Se você utiliza uma área que não é própria para ser usada como moradia e o Estado deixa você utilizar, essa área não tem saneamento básico, não tem segurança e, neste caso, a favelização é também uma decorrência da má utilização de áreas impróprias".
(Agência Brasil)
Fonte: Jornal da Ciência
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Ignacy Sachs: desenvolvimento sustentável só é possível com intervenção do Estado no mercado
O desenvolvimento ambiental não pode ser dissociado das questões sociais e econômicas. Mas para haver uma relação de equilíbrio entre essas vertentes, é preciso intervenção do Estado para conter o mercado, que de forma geral não se preocupa com os custos sociais e ambientais. Essa visão é defendida há mais de 40 anos pelo economista Ignacy Sachs que, aos 85 anos de idade, é considerado o criador do termo desenvolvimento sustentável.
Ele participou das três grandes conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente: Estocolmo 72, Rio92 e Rio+20, quando falou sobre o tema. Em entrevista à Agência Brasil, ele fez um balanço das últimas décadas e avaliou os possíveis avanços na área.
Fundador do Centro Internacional de Pesquisa sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, Ignacy Sachs se apresenta como ecossocioeconomista, pois entende que ecologia, sociologia e economia são conceitos integrados.
“Historicamente tivemos a economia política, depois simplificaram só para economia. Aí voltamos, nos últimos 40 anos, a uma visão bidimensional, de olhar a economia e a sociedade. Depois acrescentamos o segmento ambiental e formamos um tripé, passando a pensar em uma ecossocioeconomia.” A partir desse conceito científico, foi desenvolvido o termo ecodesenvolvimento, que se popularizou principalmente a partir da Rio92 e que evoluiu para desenvolvimento sustentável, mais usado atualmente. “É uma visão do desenvolvimento em que os objetivos são sempre os sociais, existe uma condicionalidade ambiental e, para que as coisas aconteçam, é preciso dar às propostas uma viabilidade econômica.” Para ele, o conceito se justifica pela maneira holística de avaliar a realidade. “Há duas maneiras de olhar o planeta. Uma consiste em considerar que o mundo é um bolo, que depois é cortado em visões unidimensionais: economia, sociologia e ecologia. Depois vêm aqueles que partem do conjunto e tentam pensar quais são as dimensões pertinentes para o problema.” Nascido na Polônia, em 1927, Ignacy Sachs veio para o Brasil aos 14 anos de idade, onde se formou em economia na Universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro. Em 1954, voltou à Polônia e depois foi para a Índia, onde cursou doutorado na Universidade de Nova Delhi. Mais tarde, sua ligação com o Brasil fez com que ele fundasse em 1985, na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, o Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo.
Embora reconheça que até hoje nenhum país adotou plenamente o conceito de desenvolvimento sustentável, ele é otimista quanto à inclusão do termo nas políticas públicas atuais. “Nesses 40 anos [desde Estocolmo 72] avançamos muito nessa ideia de abrir a cabeça dos que fazem a política sobre a necessidade de se contemplar conjuntamente essas três dimensões. É difícil hoje encontrar um dirigente que não reconheça a importância do social e do ambiental. A mensagem foi absorvida.” Porém, o economista reconhece que, se houve evolução na aceitação da teoria, faltaram avanços na prática. A devastação ambiental não parou desde as duas conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente. Pelo contrário, só aumentou.
“Os governos não decidem tudo. Na verdade vivemos em uma economia em que os empresários têm muito a dizer. Não vivemos em uma economia pública, mas sim em uma economia público-privada, na qual as decisões, os projetos, os investimentos não estão em uma só mão. Temos uma multiplicidade de atores que têm interesses distintos, muitas vezes conflitivos”, destacou.
Por: Vladimir Platonow
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Talita Cavalcante e Lana Cristina
Fonte: Portal Amazônia
Ele participou das três grandes conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente: Estocolmo 72, Rio92 e Rio+20, quando falou sobre o tema. Em entrevista à Agência Brasil, ele fez um balanço das últimas décadas e avaliou os possíveis avanços na área.
Fundador do Centro Internacional de Pesquisa sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, Ignacy Sachs se apresenta como ecossocioeconomista, pois entende que ecologia, sociologia e economia são conceitos integrados.
“Historicamente tivemos a economia política, depois simplificaram só para economia. Aí voltamos, nos últimos 40 anos, a uma visão bidimensional, de olhar a economia e a sociedade. Depois acrescentamos o segmento ambiental e formamos um tripé, passando a pensar em uma ecossocioeconomia.” A partir desse conceito científico, foi desenvolvido o termo ecodesenvolvimento, que se popularizou principalmente a partir da Rio92 e que evoluiu para desenvolvimento sustentável, mais usado atualmente. “É uma visão do desenvolvimento em que os objetivos são sempre os sociais, existe uma condicionalidade ambiental e, para que as coisas aconteçam, é preciso dar às propostas uma viabilidade econômica.” Para ele, o conceito se justifica pela maneira holística de avaliar a realidade. “Há duas maneiras de olhar o planeta. Uma consiste em considerar que o mundo é um bolo, que depois é cortado em visões unidimensionais: economia, sociologia e ecologia. Depois vêm aqueles que partem do conjunto e tentam pensar quais são as dimensões pertinentes para o problema.” Nascido na Polônia, em 1927, Ignacy Sachs veio para o Brasil aos 14 anos de idade, onde se formou em economia na Universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro. Em 1954, voltou à Polônia e depois foi para a Índia, onde cursou doutorado na Universidade de Nova Delhi. Mais tarde, sua ligação com o Brasil fez com que ele fundasse em 1985, na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, o Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo.
Embora reconheça que até hoje nenhum país adotou plenamente o conceito de desenvolvimento sustentável, ele é otimista quanto à inclusão do termo nas políticas públicas atuais. “Nesses 40 anos [desde Estocolmo 72] avançamos muito nessa ideia de abrir a cabeça dos que fazem a política sobre a necessidade de se contemplar conjuntamente essas três dimensões. É difícil hoje encontrar um dirigente que não reconheça a importância do social e do ambiental. A mensagem foi absorvida.” Porém, o economista reconhece que, se houve evolução na aceitação da teoria, faltaram avanços na prática. A devastação ambiental não parou desde as duas conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente. Pelo contrário, só aumentou.
“Os governos não decidem tudo. Na verdade vivemos em uma economia em que os empresários têm muito a dizer. Não vivemos em uma economia pública, mas sim em uma economia público-privada, na qual as decisões, os projetos, os investimentos não estão em uma só mão. Temos uma multiplicidade de atores que têm interesses distintos, muitas vezes conflitivos”, destacou.
Por: Vladimir Platonow
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Talita Cavalcante e Lana Cristina
Fonte: Portal Amazônia
Ibama: falta de qualidade técnica de projetos é um dos principais entraves para licenciamento
A falta de qualidade técnica dos projetos de infraestrutura do país submetidos à análise do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é uma das principais justificativas para a demora na conclusão dos processos de licenciamento ambiental. Ao assumir o órgão há pouco mais de um mês, Volney Zanardi disse que, em muitos casos, as autorizações e licenças não esbarram em questões ambientais, mas na própria viabilidade desses projetos.
“Fala-se muito que ‘só falta a licença’ [para execução de obras], mas, muitas vezes, tem outras coisas por trás, como a realidade socioeconômica da região que não foi considerada. São políticas públicas que acabam precisando ser tratadas para que o projeto se torne viável”, disse Zanardi em entrevista exclusiva à Agência Brasil. “O que poderia ser negociado no processo de planejamento acaba sendo tratado no licenciamento”, explicou o engenheiro.
Semana passada, por exemplo, a Petrobras anunciou o adiamento da instalação de plantas – como a da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) – previstas inicialmente para 2014. A presidenta da estatal, Graça Foster, disse que as refinarias são essenciais, e serão construídas, mas explicou que a empresa vai avaliar a viabilidade de cada projeto, a disponibilidade de recursos, o alinhamento dos custos das novas refinarias e a disponibilidade de gás natural para plantas de fertilizantes e novas termelétricas.
No caso das obras de transposição do Rio São Francisco, vários pontos estão parados por problemas relacionados à gestão dos recursos hídricos, que é uma atribuição da Agência Nacional de Águas (ANA).
Zanardi explicou que poucos órgãos contam com núcleos especializados em meio ambiente em suas estruturas. A presença desses especialistas poderia, segundo ele, dar mais celeridade aos processos. “O licenciamento acaba sendo custoso e não otimizado. Às vezes [o órgão] tem a licença e não consegue cumprir, porque não tem pessoal qualificado para tratar da questão ambiental”, disse.
O presidente do Ibama também reconhece as limitações do órgão ambiental. A falta de organização e de padronização dos procedimentos de licença e autorizações e a qualificação de pessoal estão no topo da lista dessas limitações. “Com procedimentos mais claros, casa mais organizada e funcionários mais capacitadas, o processo de licenciamento tende a ser mais célere”, disse.
Na semana passada, o Ibama aprovou o Plano de Capacitação, no valor de R$ 2,7 milhões. Zanardi acredita que o projeto pode contar com mais recursos ao longo do ano, mas isso dependerá de captação, que ainda não foi iniciada. O desafio que o presidente recém empossado terá que enfrentar é estrutural. Como o plano de carreira para os servidores é pouco atrativo, os esforços em capacitação de pessoal podem continuar sofrendo rupturas com a eventual saída de servidores, em buscam melhores oportunidades.
“Temos dificuldade em reter o pessoal porque tem outras carreiras mais atrativas e isso diminui nossa capacidade de acelerar processo de qualificação no Ibama. Não é só hardware que precisamos, precisamos do software, que são nossos funcionários, mas temos um problema de estrutura da carreira”, disse Zanardi.
Por: Carolina Gonçalves
Fonte: Agência Brasil – EBC
Colaborou Isabela Vieira
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Portal Amazônia
domingo, 1 de julho de 2012
Ilhas do Pai, Mãe e Filha (Niterói) serão anexadas ao Parque da Tiririca
Secretário do Ambiente, Carlos Minc, planeja ações para recuperar litoral oceânico de Niterói
RIO — Um dos cenários mais bonitos do litoral de Niterói será transformado em área de proteção ambiental. As ilhas do Pai, Mãe e Filho, que ficam próximas da orla de Itaipu, serão anexadas ao Parque Estadual da Serra da Tiririca. A ampliação da unidade ambiental, que acontecerá por meio de decreto previsto para ser publicado no próximo semestre, foi anunciada pelo secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, que também planeja implantar uma reserva extrativista marinha na região. As medidas são uma esperança para a recuperação de ecossistemas da região e para a revitalização da atividade pesqueira. Nas últimas quatro semanas, O GLOBO-Niterói mostrou na série de reportgens “Pesca — Atividade em extinção” que o setor sofre com a degradação ambiental e a falta de infraestrutura.
Segundo Minc, o processo de ampliação do Parque Estadual da Serra da Tiririca está adiantado. Além da anexação das ilhas Pai, Mãe e Filho, serão integrados à unidade de preservação 80% da Reserva Municipal Darcy Ribeiro.
— Vamos realizar audiência pública sobre o tema, ouvir moradores e pescadores. Mas o processo está em fase adiantada. A anexação será da parte terrestre das ilhas. Queremos preservá-la e também estimular o turismo ecológico nas ilhas — afirma Minc.
O secretário explica que com a ampliação do parque e a criação da reserva extrativista marinha de Itaipu, a tendência é que os estoques pesqueiros sejam recompostos.
— A reserva extrativista será a segunda do estado. Estamos estudando a demarcação, mas acredito que seja algo em torno de quatro mil hectares, na área compreendida entre as ilhas e o continente. Com a reserva, ficam proibidas atividades econômicas que possam levar algum tipo de prejuízo ao ambiente. A pesca artesanal será permitida, e acredito que seja beneficiada com a criação de reservas, pois os estoques de peixe aumentam.
Novo ponto de descartes em operação
O novo ponto para descartes de sedimentos dragados da Baía de Guanabara no oceano já está operando. Fixado há três semanas, fica a cerca de 15 quilômetros da orla da Região Oceânica — 7,5 quilômetros e meio mais distante do que os anteriores — com profundidade de 50 metros. Minc explica que o novo ponto não oferece riscos para a atividade pesqueira.
— Os estudos realizados indicavam que a distância de dez quilômetros era segura, mas, atendendo ao pedido de pescadores e do Ministério Público, optamos por adotar um ponto mais distante. Nesse local, a 15 quilômetros, não existem pesqueiros ou parcel. Também está sendo feita uma avaliação ambiental integrada sobre as dragagens. Dependendo do que for concluído, o ponto pode ser novamente alterado.
Fonte: O Globo Niterói
Unesco reconhece Paisagem Cultural Urbana do Rio como Patrimônio Mundial e inclui Jurujuba, em Niteroi
Paisagem do Rio ganha reconhecimento mundial e Jurujuba, em Niterói, também é beneficiada
Não é de hoje que a paisagem do Rio de Janeiro e da Baía de Guanabara causa fascinação. Alguns dos primeiros navegadores a chegar a estas terras registraram em palavras a emoção que sentiram ao adentrar a Baía de Guanabara:
“... tudo he graça ho que della se pode dizer”. Tomé de Souza, em carta a D. João III (1553).Tenho uma especial satisfação em comemorar mais este feito da cidade do Rio de Janeiro, que teve a sua "Paisagem Cultural Urbana" reconhecida como Patrimônio Mundial.
“É a mais fértil e viçosa terra que há no Brasil”. Pero de Magalhães Gandavo, em “Tratado da Terra do Brasil” (1572).
“É a mais airosa e amena baía que há em todo o Brasil”. Pe. José de Anchieta em uma de suas Cartas (1585).
“Esta terra é um paraíso terrestre”. Parny, em “Ouvres choisies”. (1773).
“Quem seria capaz de descrever as belezas que apresenta a baía do Rio de janeiro, esse porto que na opinião de um dos nossos almirantes mais instruídos, poderia conter todos os navios da Europa?”. August Saint-Hillaire, em “Voyage dans les provinces de Rio de janeiro et Minas Gerais” (1816).
Participei do esforço de criação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (também reconhecida pela UNESCO) e sei a importância internacional que tal reconhecimento confere e sei também quanto trabalho a proposta mereceu da equipe técnica que estve dedicada a esta conquista.
Outro fato positivo é que a proposta tem no seu cerne o Parque Nacional da Tijuca, um marco da história ambientalista do pais. O Parque, que já era considerado pela UNESCO como Reserva da Biosfera, ganha agora com o novo conceito mais um argumento para a sua proteção. O argumento poderá preveni-lo de algumas propostas recorrentes que volta e meio procuram permitir a ocupação imobiliária de áreas nas encostas do entorno do Parque.
Como velejador e como niteroiense, sinto-me um privilegiado pois temos o sorte de usufruir desta paisagem diariamente e de uma forma mais vantajosa que os próprios cariocas.
Também me senti especialmente beneficiado, pois a área delimitada inclui o lado de Niterói da Baía de Guanabara, em particular o promontório de Jurujuba, onde localiza-se a sede do Projeto Grael, conforme pode ser visto no mapa acima. Com isso, os proponentes da candidatura do Rio conseguiram algo muito importante: proteger o magnífico portal rochoso da entrada da Baía de Guanabara, que tanto impressionou tantos viajantes ao longo dos séculos.
A iniciativa de incluir Niterói é mais uma oportunidade para se desenvolver o turismo na cidade, que tem os melhores pontos de observação da paisagem protegida, como as históricas Fortaleza de Santa Cruz e Forte São Luiz (Forte do Pico).
Axel Grael
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Rio é Patrimônio como paisagem cultural urbana
Cidade é a primeira do mundo a receber o título da Unesco
RIO - O Rio de Janeiro se tornou, neste domingo, Patrimônio Mundial, como paisagem cultural urbana. A cidade foi a primeira do mundo a se candidatar nesta categoria. A candidatura, apresentada em português pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, que está sendo realizada em São Petersburgo, na Rússia.
A ministra e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na inclusão de mais um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial. Em seu discurso após a conquista, Ana de Hollanda disse que ela permitirá ao Brasil construir um novo mapa da herança cultural:
— Diante dessa novidade, e dos desafios que ela representa, gostaríamos de compartilhar nossa alegria com a comunidade internacional. Para nós, no Brasil, esta convenção representa muito para o futuro, mas em termos de paisagens é impossível avançar no estabelecimento de políticas culturais sem entender as relações entre seres humanos e seu ambiente. Essa conquista nos permitirá construir um novo mapa da herança cultural, rompendo com uma visão historicista e substituindo-a por um entendimento mais amplo do mundo.
Ana de Hollanda disse que, agora, o país terá um compromisso internacional com a Unesco.
— Nas apresentações que fizemos, foi lembrado, por exemplo, que a Floresta da Tijuca era antes um cafezal, mas que foi reflorestada. Ou seja, essa preocupação com a natureza é algo a que os próprios moradores da cidade dão grande importância. Só que agora, passamos a ter um compromisso internacional com a Unesco — afirmou a ministra, em entrevista à GloboNews.
Para o presidente do Iphan, preencheu-se uma lacuna na lista do patrimônio mundial:
— Essa conquista representa um reconhecimento muito importante. Se a gente observar que a lista do patrimônio mundial representa o país, então faltava o Rio de Janeiro dentro dessa lista. O Rio representa a imagem mais difundida do patrimônio brasileiro no mundo. Ou seja, foi preenchida uma lacuna da representação do Brasil para fora do país — disse Luiz Fernando de Almeida. — Mas isso coloca um grande desafio para todos nós, que é o de conseguir construir uma política pública que harmonize com as políticas que são de natureza setorial: política de habitação, de meio ambiente etc. Passaremos a pensar numa política transversal que consiga realmente responder aos desafios de fazer a gestão de um território.
Segundo o Iphan, a partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. São eles: o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico, a Praia de Copacabana, e a entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem o Forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a Enseada de Botafogo.
— Todos os locais mencionados na proposta de candidatura passarão a ser acompanhados pela Unesco e nós vamos apresentar relatórios dos trabalhos que vão sendo feitos. Eles cobram mesmo da gente, esse reconhecimento não é fácil. Mas o compromisso de manter isso é muito importante. E nós vamos honrar esse compromisso com a Unesco — explicou Ana de Hollanda.
A presidente da República, Dilma Rousseff, telefonou na manhã deste domingo ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e ao prefeito Eduardo Paes congratulando-se com a homenagem à cidade. Em nota, a presidente também parabenizou a população do Rio de Janeiro. Para Dilma Rousseff, o título chega "num momento em que o Rio de Janeiro mostra ter competência e capacidade de gestão para sediar importantes eventos nacionais e internacionais, como a Rio+20, realizada há poucos dias, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016."
Para o governador Sérgio Cabral, a novidade funcionará como uma espécie de selo de qualidade para a cidade.
- Esse diálogo da natureza com o urbano no Rio de Janeiro é único no planeta. E o Rio, desde 2007, vem colecionando conquistas: o Cristo Redentor como uma das 7 maravilhas contemporâneas do mundo, a conquista da Copa do Mundo, da Jornada Mundial da Juventude, dos Jogos Olímpicos e, agora, da Unesco. Acho que esse título agrega muito valor.
O prefeito Eduardo Paes acredita que o título vai ajudar evitar intervenções e destruição da paisagem da cidade.
- Hoje a Unesco fez o que todos nós brasileiros já sabíamos: tombou como patrimônio histórico essa paisagem cultural fantástica do Rio de Janeiro. O Rio é isso, um misto de natureza incrível, ação do homem incomparável, com todos os ícones que foram criados, com aquilo que o Rio tem de melhor, que é o povo carioca. Para ser carioca, basta amar o Rio. Isso gera um sentimento nacional que, agora, é mundial. Tem muita gente que ama essa cidade - declarou.
O secretário municipal de Turismo, Pedro Guimarães, afirmou que a escolha do Rio como Patrimônio Mundial na categoria paisagem cultural urbana foi um reconhecimento merecido:
— A cidade que é um orgulho para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa — afirmou.
O subsecretário municipal de Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design, Washington Fajardo, disse que a madrugada foi de muita ansiedade e destacou o ineditismo da conquista. - É a primeira vez que uma grande cidade, um grande território urbano, é condecorado com esse título. Antes, eram sítios menores, como o Vale do Loire ou a Sardenha. É um novo paradigma dentro da própria Unesco.
O Iphan trabalhou na candidatura do Rio, em parceria com o governo estadual, a prefeitura do Rio, a Fundação Roberto Marinho e a Associação de Empreendedores Amigos da Unesco. Em setembro de 2009, o Iphan entregou à Unesco o dossiê completo da candidatura, justificando seu valor universal pela interação da sua beleza natural com a intervenção humana.
O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco em 1992 e incorporado como uma nova tipologia de reconhecimento dos bens culturais, conforme a Convenção de 1972 que instituiu a Lista do Patrimônio Mundial.
Até o momento, os locais reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, sistemas agrícolas tradicionais, jardins históricos e outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo.
Brasil tem outros 18 bens culturais e naturais
Além da paisagem cultural do Rio, o Brasil tem com outros 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.
Os bens culturais são: Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Ouro Preto, Minas Gerais (1980); Centro Histórico de Olinda, Pernambuco (1982); Ruínas de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul (1983); Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas (1985); Centro Histórico de Salvador, Bahia (1985); Conjunto Urbanístico de Brasília, Distrito Federal (1987); Centro Histórico de São Luís, Maranhão (1997); Centro Histórico de Diamantina, Minas (1999); Centro Histórico de Goiás, Goiás (2001); Praça de São Francisco em São Cristovão, Sergipe (2010).
Já os bens naturais são: Parque Nacional do Iguaçu, Paraná (1986); Costa do Descobrimento, Bahia e Espírito Santo (1997); Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí (1998); Reserva Mata Atlântica, São Paulo e Paraná (1999); Parque Nacional do Jaú, Amazonas (2000); Pantanal Mato-grossense, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (2000); Reservas do Cerrado: Parque Nacional dos Veadeiros e das Emas, Goiás (2001); e Parque Nacional de Fernando de Noronha, Pernambuco (2001).
O comitê da Unesco é composto pelas delegações da Argélia, do Camboja, da Colômbia, Estônia, Etiópia, França, Alemanha, Índia, do Iraque, Japão, da Malásia, do Mali, México, Catar, da Rússia, do Senegal, da Sérvia, África do Sul, Suíça, Tailândia e dos Emirados Árabes Unidos.
Fonte: O Globo