As fotos abaixo foram feitas por Andrea Grael no dia de hoje (domingo, 01 de abril). É a dura expressão de uma realidade que parece que se agrava a cada dia: o lixo flutuante na Baía de Guanabara.
O lixo nas fotos foi trazido pelo mar para uma pequena praia situada na Estrada Fróes, próximo ao Iate Clube Brasileiro. A praia tende a acumular o lixo devido ao efeito do muro de um aterro que o referido clube fez e viola radicalmente o traçado original da orla, avançando sobre o espelho d'água da Énseada de Jurujuba.
Andrea desempenha um trabalho árduo e solitário de manter a pequena praia limpa, num esforço que é como "enxugar gelo". Ainda assim ela não esmorece e mantém a sua luta pela limpeza da praia.
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| Lixo espalhado pela areia da praia. Em meio a uma grande quantidade de restos de vegetação, que podem ter chegado ao mar levado por enxurradas, nota-se uma grande quantidade de lixo plástico. Foto Andrea Grael. |
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| A maré concentra o lixo em faixas de sujeira. Foto Andrea Grael. |
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| Embalagens PET estão entre os grandes vilões. Foto de Andrea Grael. |
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| Repare a grande quantidade de pequenas embalagens e isopor. Muito isopor!!! Foto Andrea Grael. |
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| Mais lixo. Segundo Andrea, filmes plásticos (como sacolas, etc) são os mais difíceis de serem retirados pois entranham na areia e dificultam a coleta. Foto Andrea Grael. |
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| Parte do lixo já coletado por Andrea e preparado para o lixeiro. Os copos de guaraná estão entre as embalagens mais frequentes. É impressionante a quantidade que se vê nas águas da Baía. A empresa deveria se sentir obrigada a investir em educação de seus consumidores. Foto de Andrea Grael. |
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| Encontra-se de tudo!!! Foto de Andrea Grael. |
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| Aspecto da praia, vista do alto, com o problema crônico de acúmulo de lixo agravado pelo aterro do ICB. A foto é antiga e está aqui para ilustrar o problema. Veja que o problema é recorrente. Foto Axel Grael (setembro, 2006). |
A DIMENSÃO DO PROBLEMA
As fotos acima são aqui apresentadas como uma denúncia sobre o tamanho do problema na Baía de Guanabara. As autoridades têm implantado eco-barreiras na foz dos rios e prometido acabar com os lixões no entorno da Baía até 2014 ou 2016, mas isso trará a solução do problema?
A existência dos lixões ainda os dias de hoje é uma vergonha: representam o resquício de mazelas do século XIX em pleno século XXI. Resolver os lixões é um grande passo, mas será a solução?
Nas fotos abaixo, registradas pelo oceanógrafo Vinicius Palermo, do Projeto Grael, é possível ver que nem todo lixo vai parar nos aterros sanitários e até nos lixões. Uma parte expressiva é lançada pela população nos rios e em outros cantos da cidade. E isso ocorre mesmo em lugares servidos por coleta de lixo.
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| Lixo na foz do Canal de São Francisco. A bacia hidrográfica dste rio é atendida por serviço de coleta de lixo. Como justificar, então, tanto lixo jogado na clha do rio ou chegando até ele? Educação e fiscalização! Foto Vinicius Palermo. |
O importante é o engajamento de toda a sociedade para resolver o problema do lixo. O Projeto Grael tem feito a sua parte buscando conscientizar os seus alunos e a população sobre o problema e desenvolvendo o Projeto Águas Limpas, através do qual operamos uma embarcação especial com a finalidade de retirar o lixo flutuante na Enseada de Jurujuba. Para saber mais sobre o projeto, acesse Projeto Águas Limpas.
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| Barco do Projeto Águas Limpas carregado de lixo. Foto Projeto Grael. |
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| Alunos do Projeto Grael participam de gincana de limpeza de uma praia na Enseada de Jurujuba. Foto Fred Hoffmann. |
ENVOLVA-SE. FAÇA A SUA PARTE.
Faça a sua parte. Reflita sobre o problema, evite produtos com embalagens desnecessárias, pratique a separação do seu lixo e participe de iniciativas que promovam a reciclagem.
Se você mora em Niterói, uma boa forma de ajudar é participar ECOAMPLA, da iniciativa que o Projeto Grael promove junto com a empresa AMPLA. Veja aqui como participar.
Saiba mais sobre o problema, acessando Lixo Flutuante aqui no Blog do Axel Grael.
Infelizmente a cultura do Brasileiro é terrível. Tenho dado aulas quase que diariamente e fico cada vez mais decepcionado com a nossa Baía de Guanabara principalmente a enseada de Charitas. Semana passada , um dia após a chuva, fiquei impressionado com a quantidade de lixo que vinha do Rio para Charitas empurrada pelo vento NW e pela maré de enchente. Até fiquei envergonhado frente aos meus alunos que não quiseram fazer as aulas devido tamanha sujeira.
ResponderExcluirSempre quando fundeio o meu bote , ao levantar o ferro sempre vem no mínimo um saco plástico. Gostaria de inventar algo tipo uma garatéia e raspar todo o fundo possível da nossa enseada e tiraríamos toneladas e mais toneladas de sacos plásticos, garrafas pet, etc, etc, etc. LAMENTÁVEL. Cleber Rennó. (Professor de windsurf no Clube Naval Charitas)
Gostaria de agradecer a Axel pela publicação desse "grito", pois devo confessar que ontem , ao realizar essa coleta por cerca de tres horas, cheguei a ficar deprimida, com uma sensação de desesperança... Mas desesperança dá e passa! Se cada um não fizer o seu pouquinho, seja em divulgar, seja em ensinar um vizinho, seja em ensinar o proximo, seja catando lixo com as proprias maos, agente consegue mudar isso sim!
ResponderExcluirReparem que as fotos da praia foram feitas após a coleta, quando exauri de cansaço. O lixo coletado representava metade do todo...Obrigada, Axel!
Vendo o que ocorre com parte dos Clubes de Niteroi, mais próximos da entrada (saída), da Baia da Guanabara, é de se imaginar o que vem acontecendo com o "fundo da Baia", com as Ilhas do Governador e Paquetá principalmente. Os rios que desaguam na Baia da Guanabara são os maiores responsáveis pela poluição da área e, enquanto não houver, seja através de eclusas, ou outro projeto qualquer visando reter o lixo e os sedimentos, que descem pelos rios para dentro da Baia, não haverá solução para esta imensa desgraça. Não basta limpar e catar o lixo, mas EVITAR que tudo isto chegue dentro da Baia da Guanabara. Falta, na minha opinião é VONTADE POLÍTICA, é interesse em resolver, até lá o INFERNO continua, inclusive o assoreamento em toda a Baia da Guanabara (repetindo), a começar pelo fundo em direção a boca da barra. A exemplo, O índice de salinidade das águas ao redor da Ilha do Governador, aproxima-se de ZERO. Os vazamentos de óleo e derivados que ocorrem no transporte das Ilhas artificiais de bombeamento de navios para a REDUC, contaminam o espelho d'água e, sujam as pedras e as praias e, isto tambem contribui para diversificar as formas de poluição. Fala-se muito em soluções mas a realidade é outra, não se resolve é NADA.
ResponderExcluirEu fico impressionada com essa mania do povo brasileiro de jogar lixo em todo lugar.Eu ensinei meus filhos a jogar lixo na lixeira,algo tão simples que todos deviam fazer.Acho que nas escolas deviam falar bastante sobre isso.Pode ser que um dia nosso país seja limpo.
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