Opiniões e notícias: Niterói, políticas públicas, Projeto Grael, náutica, meio ambiente, sustentabilidade, temas globais e outros assuntos.
OUTRAS PÁGINAS DO BLOG
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Inauguração do Projeto Grael em Três Marias, MG.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Mudança nas correntes do Atlântico Norte está acelerando o derretimento das geleiras do Ártico
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Todos ao mar!!!
Projeto Grael faz parceria para ajudar a estudar a Baía de Guanabara
Uma nova forma de proteger os mananciais
Brasil na lista da pirataria
Projeto Grael capacita em Brasília
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 20/02/10.
Pré-Olímpica de Vela em Brasília
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 20/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todos os sábados.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Veleiro "Concordia", com estudantes a bordo, naufraga no litoral do Rio
O acidente aconteceu a cerca de 300 milhas do litoral fluminense, em condições ainda não bem esclarecidas. A notícia é que o Concordia teria enfrentado ventos fortes devido a uma frente fria que subia o litoral e virou. Surpreende-nos a notícia que o navio tenha "virado". Veremos o relato dos tripulantes e passageiros para saber mais sobre o ocorrido. Estes foram resgatados pela Marinha Brasileira e por outros navios que passavam nas imediações do naufrágio. Todos teriam conseguido evacuar a embarcação a tempo e estariam salvos.
O Concordia era uma embarcação utilizada para desenvolver programas educacionais, principalmente para jovens. Essa é uma atividade que cresce rapidamente na América do Norte e na Europa, onde muitas embarcações semelhantes oferecem programas nas férias de verão. As atividades a bordo costumam aproveitar que os jovens estão reunidos em um espaço restrito para focar a suas atenções nas atividades educativas, com ênfase nos trabalhos em equipe, em estudos ambientais, históricos, geográficos, etc.
O incidente com o Concordia deverá ser um forte golpe nessas organizações que promovem os cruzeiros educativos.
Canoagem esportiva brasileira valoriza as práticas tradicionais
Evaldo Malato, presidente da Fecampa, realiza pesquisa para compreender a modalidade como manifestação cultural
Canoagem Tradicional torna-se objeto de estudo científico no ParáEvaldo Malato, presidente da Fecampa, realiza pesquisa para compreender a modalidade como manifestação cultural
A Canoagem Tradicional, modalidade recém introduzida no quadro da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), antes mesmo de ser reconhecida como esporte pela entidade sempre foi uma atividade de forte cunho cultural e econômico em diversas comunidades ribeirinhas existentes no Brasil. Para tanto, o presidente da Federação de Canoagem do Pará (Fecampa) e supervisor da modalidade na CBCa, Evalto Malato, realiza um estudo científico com o intuito de compreender a Canoagem Tradicional como manifestação cultural no norte do país.
Esta pesquisa de pós-graduação, realizada na Universidade Castelo Branco, no Rio de Janeiro/RJ, tem como objetivo descrever o fenômeno da canoagem ribeirinha enquanto prática cultural no Pará e busca investigar a prática cotidiana dos ribeirinhos no uso de suas canoas. “Trata-se de um estudo que busca responder algumas questões sobre a importância da canoagem no norte do país e para compreendermos melhor este povo tivemos que realizar uma intensa pesquisa entre os moradores da região”, explicou Malato que registra todas as informações coletadas em suas diversas entrevistas com os ribeirinhos do Pará.
Os principais objetivos da pesquisa são: descobrir como é a utilização das canoas nas diversas comunidades ribeirinhas, conhecer os aspectos relativos à construção das canoas, sistematizar as técnicas centenárias de remadas e por fim estudar como se constitui a identidade cultural da Canoagem Tradicional do Pará a partir da percepção de seus próprios praticantes.
O estudo também investiga como a canoagem chegou ao Brasil e nas regiões do Pará e como esta se relaciona com o fenômeno sócio-cultural do esporte nas suas manifestações de exercício do direito às práticas esportivas.
Mais informações e o texto completo do estudo de Evalto Malato sobre o tema pode ser encontrado no link a seguir: http://www.cbca.org.br/arquivos/ckfinder/files/A%20CANOAGEM%20COMO%20MANIFESTAÇÃO%20ESPORTIVA.pdf
Divulgação da Federação Brasileira de Canoagem.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
ATENÇÃO IATE CLUBES E VELEJADORES DE NITERÓI
Matéria da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 13/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todo sábado.
Em Vancouver, manifestações contra os Jogos Olímpicos de Inverno
Veja mais informações no link abaixo:
http://online.wsj.com/article/SB10001424052748704124704575064011426595220.html?mod=WSJ_article_MoreIn
Terminou a lamentável edição da 33 America's Cup. Que a competição volte a ser o que sempre foi: uma bela regata
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BMWOracle faz 2 a 0, vence a 33ª Copa América, e mundo da Vela espera que a era dos meninos mimados e brigões tenha chegado ao fim.
Apesar de cruzar com a bandeira vermelha de protesto em cima, Bertarelli desiste de mais briga e admite derrota.
Boa tarde!! Foi mais fácil do que parecia.... Hoje até que o Alinghi mostrou alguma força mas deu Larry Ellison, Russell Coutts, James Spithill e companhia. Copa América - Acabou!! Depois de 3 anos de brigas, de incontáveis ações, cargas, apelações, sentenças, audiências e outras palavras mais afeitas ao mundo jurídico do que à nossa vidinha eólica, a 33ª Copa da escuna América chegou a um termo. E na água!!
Assim como em 1988, quando o mundo, perplexo, assistiu a outro “dog fight” (ou DoG Match, Deed of Gift Match, a disputa segundo as regras da escritura de doação que o último tripulante vivo da América fez em 1887) a coisa foi feia. Uma regata em barcos muito diferentes, com pouca emoção, apesar do inegável (e incrível) desenvolvimento tecnológico destas bestas-feras de transformar ar em movimento!
Hoje até que Netuno se compadeceu das milhões de almas bondosas que assistiam à regata por todo o planeta e no primeiro contravento, a despeito da péssima largada dos suíços novamente (não entraram no Box e tomaram uma penalidade), os caras velejaram bonito e chegaram a estar na frente, na moral. Uma pequena vitória do homem sobre a tecnologia... Ou seja, na base do capricho de Loïck Peyron (que tirou o patrão Bertarelli do leme e se tornou o primeiro francês da história a timonear em um match da copa mais antiga do esporte planetário) e principalmente do tático Brad Butterworth que viu a direita pagando, foi para lá e fez o cat suíço velejar 12 das 13 milhas da perna à frente dos americanos. Mas, no final, outro pequeno vacilo no layline e o Oracle (que deu a sorte da última rondada ser para a esquerda) passou 28 segundos à frente. Daí em diante foi o costumeiro show da maior asa já produzida no planeta (68m e mais lift que a de um A380 carregado): mais de 2km de liderança e velocidades de até 34 nós em 8 nós de vento... É mole??
Com isso os americanos, que detiveram por 132 anos a copa, vencem novamente. Desde 1992 os ianques não tinha o privilégio!! E Ernesto Bertarelli, que disse que Larry Ellison não queria ir para a água, porque lá perderia, teve que engolir suas palavras. Foi na água e não nas cortes de NY que o barco americano mostrou uma superioridade incrível neste match de projetistas geniais, idéias ousadas e bolsos sem fundo.
Dois matchs, 2 a 0, 10m e 5s de diferença na primeira, 5m e 26s de delta na segunda. A copa da escuna que tinha o nome de um país em 1851, volta para casa: a América!!!
Estamos ligados!! Volto com mais infos depois..
Fui...
Murillo Novaes
Faltam mudas!!!
O Estado do Rio de Janeiro conta atualmente com iniciativas de plantio de árvores como nunca visto antes. São provenientes de obrigações estabelecidas nas licenças ambientais para fins de compensações ambientais das empresas, a implantação dos parques fluviais (áreas protegidas situadas ao longo de rios e canais), projetos governamentais de reflorestamento e mesmo iniciativas voluntárias de pessoas físicas e jurídicas. Além disso, cresce a nível nacional a pressão para obrigar os proprietários rurais a cumprir a legislação que obriga a recomposição das florestas nas Áreas de Preservação Permanente (APP) de suas propriedades. Em meio a este saudável ímpeto reflorestador, o Rio de Janeiro prometeu nos relatórios de candidatura olímpica aprovados pelo COI, que serão plantadas cerca de 24 milhões de árvores até 2016, o que equivale a cerca de 9.600 ha, ou o correspondente a quase três vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca. Os plantios são necessários, pois revitalizarão rios, protegerão encostas e mananciais, evitarão a erosão e o assoreamento, ajudarão a combater as mudanças climáticas ao fixar o carbono, formarão corredores que viabilizarão a sobrevivência da flora e da fauna e valorizará a especial paisagem do nosso estado. No entanto, nada tem sido feito para resolver um sério problema logístico para esses projetos: faltam mudas de espécies nativas próprias para o reflorestamento. Não existem hortos públicos ou estabelecimentos privados capazes de produzir estoques para atender a demanda. Os responsáveis pelos plantios passaram a buscar mudas em outros estados, mas também lá a produção também não é suficiente.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 13/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada no Jornal O Fluminense todos os sábados.
Matrículas abertas no Projeto Grael: aprenda a velejar e uma profissão náutica sem pagar nada
- Iniciação à vela,
- Atividades profissionalizantes (carpintaria, mecânica de motor Diesel e de motor de popa, fibra de vidro, elétrica/eletrônica, capotaria),
- Além de cursos na área de meio ambiente, meteorologia e oceanografia.
O Projeto Grael é aberto a alunos da rede pública (ou egressos), com idade entre 9 e 24 anos. Os interessados devem procurar o Projeto Grael na Avenida Carlos Ermelindo Marins, 494, Jurujuba, Niterói. Para mais informações, acesse: http://www.projetograel.org.br/
TODOS OS CURSOS NO PROJETO GRAEL SÃO DESTINADOS A ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA E SÃO GRATUITOS.
Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 13/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todos os sábados no Jornal O Fluminense!!!
Empresa Amiga do Projeto Grael
Neste ano, uma das muitas novidades é a programa “Empresa Amiga do Projeto Grael”. Através do programa, as empresas apresentam jovens estudantes da rede pública, que são filhos de seus funcionários ou são moradores das comunidades onde estas empresas estão inseridas. Caso esses candidatos sejam aprovados no processo seletivo para os cursos do Projeto Grael, a empresa arca com as despesas de transporte desses jovens. Dentre as empresas que estão aderindo, está o Estaleiro Aliança, uma das forças emergentes da indústria naval de Niterói.
Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 13/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada em O Fluminense todos os sábados.
Os males químicos do cotidiano doméstico
Fadiga permanente, dor nas articulações, disfunção mental ou dor de garganta. Segundo o site espanhol Ecotícias, esses seriam sintomas de uma doença conhecida como Síndrome Química ou Intolerância Química Múltipla. Trata-se de problemas à saúde causados pela exposição a produtos de limpeza, de higiene, de combate a insetos, tanto nos locais de trabalho, como escolas e residências. A doença ainda é pouco estudada e não tem reconhecimento oficial na maioria dos países, mas, nos EUA, estima-se que 16% da população sofre de intolerância a produtos químicos comuns. Na Espanha, um grupo de vítimas está se organizando para exigir proteção do governo e a proibição da comercialização dos produtos que causam a contaminação. Esse fato deve estimular a nossa reflexão. Em tempos de dengue e com bairros infestados por mosquitos, não é raro que condomínios e moradores decidam aplicar produtos químicos para combater as pragas. A prática é perigosa e é responsável por muitos casos de intoxicação. A aplicação dos inseticidas e outros produtos químicos deve ser evitada sempre, e quando feito, deve ter sempre a orientação de profissional habilitado.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 13/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todo sábado.
Mais fiscalização contra a pesca predatória
NOVAS LANCHAS DA PATRULHA AMBIENTAL PARA FISCALIZAR ATIVIDADES PESQUEIRAS EM 17 ESTADOS
Ministério vai liberar 23 novas lanchas rápidas para o patrulhamento de atividades pesqueiras em 17 estados brasileiros.Ministério da Pesca vai entregar 23 lanchas para aumentar fiscalização da atividadeO ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, defendeu na quinta-feira (11) maior fiscalização no setor. “É importante ter regras que os pescadores respeitem e que os órgãos fiscalizem”, disse. Além disso, até o final deste ano, a pasta deve entregar 23 novas lanchas rápidas para o patrulhamento de atividades pesqueiras em 17 estados brasileiros.
Ano ano passado, cinco lanchas foram entregues no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Ceará e no Pará. O custo total soma R$ 23 milhões – pagos pelo próprio ministério – mas a operacionalização ficará a cargo de órgãos parceiros em cada estado. “Assumimos parte da responsabilidade”, ressaltou Gregolin.
Ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, ele cobrou que a fiscalização seja acompanhada de ações de fomento, para que os trabalhadores recebam maior impulso no desenvolvimento da pesca sustentável.
Gregolim citou como exemplo a produção da sardinha na Região Sudeste que, na década de 70, chegava a 220 mil toneladas anuais. Em 2000, a produção chegou a 17 mil toneladas e só começou a se recuperar depois que o período de proibição da pesca passou de quatro para seis meses. Em 2008, aproximadamente 100 mil toneladas foram pescadas.As áreas prioritárias para receber as lanchas de patrulhamento são a região amazônica e o Pantanal, onde há conflito entre a pesca artesanal e a pesca amadora. Gregolin não soube definir, entretanto, quando as lanchas serão entregues.
“Há um consenso de que a estrutura de fiscalização precisa ser aumentada, os pescadores pedem isso. Se não houver fiscalização, o peixe acaba. O peixe não é propriedade privada”, destacou, ao pedir que os governos estaduais implementem secretarias de pesca, como já existe no Pará. “É importante ter estrutura e ter condições de investir”, finalizou. (Fonte: Agência Brasil / Ambiente Brasil)
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Velas para o Haiti
Velejadores nos EUA desenvolveram uma criativa forma de ajudar os desabrigados do Haiti. A organização Shake a Leg (http://www.shakealeg.com/), da Flórida, que desenvolve projetos sociais e de vela para deficientes físicos, em conjunto com outras organizações, lançou uma campanha de doações de velas usadas, cabos e outros equipamentos náuticos que podem ser muito mais úteis para as vítimas do terremoto do Haiti que muitos velejadores imaginam. O material é enviado para Porto Príncipe para ajudar a formar abrigos para a população que hoje dorme ao relento. Os organizadores lembram que o período das chuvas no Haiti começa em duas semanas. Para os doadores, além de ajudar a população do Haiti, os doadores ainda se beneficiam com incentivos fiscais. No Haiti, o material é recebido por organizações que estão atuando no local, como a Fundação Clinton.
Mais informações também em:
http://www.sailsforsustenance.org/
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todo sábado.
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Um leitor da Coluna mandou o seguinte questionamento para o meu e-mail:
Axel,
Tenho medo que esta “doação” de velas velhas, transforme o Haiti no lixão internacional das velas incapacitadas para uso e altamente bio-desagradáveis! Já vi esta história antes com os pneumáticos. Não creio na máxima de que “cavalos dados, não se olham os dentes”.
MINHA RESPOSTA:
Entendo a comparação com os pneus, mas acho que a situação é bem diferente. Não se trata do descarte para um país pobre por simples motivo econômico ou por má-fé.
O objetivo é realmente de emergência humanitária. É para improvisar abrigo para a população que está dormindo ao relento. As velas são encaminhadas a organizações que estao atuando in loco, como a Clinton Foudation, Cruz Vermelha e outras. São centenas de milhares de sem-tetos.
Mesmo que tenham uso efêmero, as velas, que já são "biodesagradáveis" em algum lugar, terão ajudado no momento de caos.
Tenho lido relatórios de organizações que estao atuando lá e os relatos são impressionantes. Os poucos tetos remanescentes e considerados "estaveis" - não correm o risco de ruir - estão sendo utilizados prioritariamente para improvisar hospitais, serviços públicos e outras atividades estratégicas. O povo está dormindo ao relento.
Por isso, acho que doar velas é uma boa ideia.
Axel Grael
Eco-marujos
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todo sábado.
Vento a favor
EPA PODE TER ORÇAMENTO RECORDE
Mas a surpresa positiva ficou por parte do orçamento do EPA, o órgão ambiental federal dos EUA, cuja responsabilidade é principalmente de normatização. O valor apresentado ao Congresso é recorde: US$ 10 bilhões. Os recursos serão utilizados em programas de segurança climática, descontaminação de solos (SuperFund), de cidades mais verdes, de eficiência energética etc.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todo sábado.
Vento contra
Thom Dammrich, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Barcos (NMMA, na sigla em inglês), contestou Obama afirmando que a náutica é uma das últimas indústrias genuinamente americanas que ainda sobrevive, gerando 200 mil empregos e promovendo um impacto na economia dos EUA de cerca de 100 bilhões de dólares anuais. “Em geral, barcos são construídos por americanos de classe média para americanos de classe média. O presidente Obama poderia fazer uma visita a um estaleiro e celebrar conosco a indústria náutica dos EUA”, disse Dammrich.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todo sábado.
America's Cup: será que agora vai?
Será uma disputa entre o barco suíço que defende o título, o Alinghi, do Société Nautique de Genève, que enfrentará o desafiante BMW Oracle Racing, do Golden Gate Yacht Club, nos EUA. Há poucas semanas, parecia que estávamos diante do fim da competição, que é disputada desde 1851, diante enfadonha e insana disputa judicial entre os suíços e os americanos, que acabou afastando os demais participantes. A baixaria foi tão grande que, em vez dos tradicionais barcos monocasco, o que se verá será a disputa entre dois catamarãs high tech, porém, irreconhecíveis como barcos da America’s Cup.
Mesmo levando finalmente a disputa para onde sempre deveria ter estado - na água – a briga nos tribunais continua. Após o término da competição, a decisão ainda estará sub judice, pois os americanos reclamam agora de irregularidades na vela dos suíços. Não vejo a hora da America’s Cup voltar a ser o que era: uma disputa entre os melhores velejadores do mundo e não entre obscuros cartolas e escritórios de advocacia.
Conversando com Torben Grael sobre o assunto, ele me disse que acredita que isso só acontecerá quando for criada uma instância independente para gerir a competição, como existe na Volvo Ocean Race e outras competições importantes. Hoje, quem manda é a equipe que defende o troféu (a quem cabe estabelecer as regras para a próxima etapa) e os tribunais.
Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 06/02/10. A Coluna Rumo Náutico é publicada todos os sábados.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Primeiro orçamento apresentado pela gestão Obama ajuda a revelar os reais rumos do seu governo
Como acontece também no Brasil, o primeiro ano das administrações públicas são feitas com o orçamento deixado de herança pelo antecessor.
Enquanto verifica-se que no Brasil o orçamento ainda é um instrumento frouxo, em que o Executivo conta com vários subterfúgios para pratica-lo com uma excessiva e perigosa flexibilidade, nos EUA, esse fato tem um significado muito diferente, pois lá o orçamento é realmente uma determinação do Legislativo e que deve ser cumprido pelo Executivo. Apesar do poder de definir as prioridades ser do Congresso americano, o Executivo tem a responsabilidade de encaminhar a proposta orçamentária, que é o ponto de partida para o debate dos congressistas. Nessa proposta estão indicados e defendidas as prioridades do pais, na ótica do governo e é claro que influencia muito a decisão dos congressistas.
Hoje, os jornais estão repercutindo os cortes em alguns setores que o governo Obama fez na proposta orçamentária 2010/2011 que o seu governo encaminhou para o Congresso Nacional. Como exemplo, surpreendeu o corte feito no orçamento da NASA, que terá que adiar muitos dos seus programas científicos e exploratórios do espaço.
Por outro lado, além de surpreender no foco dos seus cortes, o presidente Obama, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2009, também surpreendeu por pedir um significativo aumento de verbas para alimentar os gastos militares nas frentes de guerras, principalmente no Afeganistão. Isso foi uma decepção, pois pensávamos que a ênfase belicista que era a triste marca do seu antecessor, o caricato cowboy texano George Bush.
Pelo menos, uma decisão de Obama o mantém fiel aodiscurso e às suas promessas de campanha: o meio ambiente. O EPA - Environment Protection Agency (a agência ambiental federal americana) terá um orçamento recorde na história do país: US$ 10 bilhões. Um volume de recursos impressionante, principalmente se lembrarmos que o EPA, cujo foco está no controle da poluição, tem atribuições basicamente normativa, já que as açoes ambientais nos EUA são fortemente descentralizadas para os estados e para outras instâncias de política ambiental. A maior parte da intervenção direta do governo federal americano cabe a outras agências, como o Serviço Florestal, o Serviço de Parques, o Serviço de Vida Silvestre, e muitas outros órgãos públicos. Ainda assim, motivado pela agenda climática e da descontaminação de áreas industriais (o Superfund), o EPA mostra que terá uma importância primordial na política ambiental de Obama.
Veja abaixo, o release do EPA, indicando onde o disnheiro será investido:
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EPA’s Budget Proposal Seeks Efficiencies, Increased Environmental Protection
Budget proposal aligned with Administrator Jackson’s key priorities
WASHINGTON - The Obama Administration today proposed a budget of $10 billion for the U.S. Environmental Protection Agency (EPA). This budget heeds the president’s call to streamline and find efficiencies in the agency’s operations while supporting the seven priority areas EPA Administrator Lisa P. Jackson outlined to guide EPA’s work.
“To meet our environmental challenges and ensure fiscal responsibility, we’re proposing targeted investments in core priorities. This budget cuts spending while promoting clean air, land and water, growing the green economy and strengthening enforcement,” said Administrator Jackson. ”The president’s budget is focused on creating the conditions that help American families, communities and small businesses thrive. Clean air, clear water and green jobs are rebuilding the foundations for prosperity in communities across the country.”
Budget Highlights:
Cleaning up communities: This budget includes $1.3 billion to address Superfund sites that may be releasing harmful or toxic substances into the surrounding community. Cleaning up these sites improves communities’ health and allows for these properties to be used for economic development.
In addition, $215 million is provided to clean up abandoned or underused industrial and commercial sites that are available for alternative uses but where redevelopment may be complicated by the presence of environmental contaminants. Revitalizing these once productive properties, known as brownfields, helps communities by removing blight, satisfying the growing demand for land, and enabling economic development. EPA will focus its efforts on area-wide planning and cleanups, especially in under-served and economically disadvantaged communities.
This budget also offers $27 million for EPA’s new Healthy Communities Initiative. This initiative will address community water priorities; promote clean, green, and healthy schools; improve air toxics monitoring in at-risk communities; and encourage sustainability by helping to ensure that policies and spending at the national level do not adversely affect the environment and public health or disproportionally harm disadvantaged communities.
Improving Air Quality: In addition to the funding provided through the Healthy Communities Initiative, this budget includes $60 million to support state efforts to implement updated National Ambient Air Quality Standards (NAAQS). EPA proposed stricter air quality standards for smog and nitrogen dioxide (NO2) and will work with states to help them meet those standards in the years ahead.
Building Strong State and Tribal Partnerships: This budget includes $1.3 billion for state and tribal grants. State and local governments are working diligently to implement new and expanded requirements under the Clean Air Act and Clean Water Act. New and expanded requirements include implementation of updated NAAQS and addressing emerging water quality issues such as nutrient pollution. In addition to the $25 million for greenhouse gas permitting and $60 million to support state efforts to implement updated NAAQS, the $1.3 billion for state and tribal grants includes $45 million for states to enhance their water enforcement and permitting programs. In order to help tribes move forward with implementation of environmental programs, $30 million is budgeted for a new competitive Tribal Multi-media Implementation grant program. To further enhance tribal environmental management capabilities, this budget also includes an additional $9 million for Tribal General Assistance Program grants.
Taking Action on Climate Change: This budget contains more than $43 million for additional efforts to address climate change and work toward a clean energy future. EPA will implement the greenhouse gas reporting rule; provide technical assistance to ensure that any permitting under the Clean Air Act will be manageable; perform regulatory work for the largest stationary sources of greenhouse gas emissions; develop standards for mobile sources such as cars and trucks; and continue research of carbon capture and sequestration technologies.
Protecting America’s Waters: This budget broadens efforts to clean up America’s great waterbodies. It provides $63 million for efforts to protect and restore the Chesapeake Bay and $17 million for the Mississippi River Basin to respond to non-point source control recommendations of the Nutrients Innovation Task Group and implement recommendations outlined in the Gulf of Mexico Hypoxia Action Plan.
This budget also invests $3.3 billion to maintain and improve outdated water infrastructure and keep our wastewater and drinking water clean and safe. This is in addition to $6 billion in funding provided to states through the American Recovery and Reinvestment Act (ARRA).
Assuring the Safety of Chemicals: This budget calls for $56 million for chemical assessment and risk review to ensure that no unreasonable risks are posed by new or existing chemicals. This budget also invests $29 million (including $15 million in grants funding) in the continuing effort to eliminate childhood lead poisoning, and $6 million to support national efforts to mitigate exposure to high-risk legacy chemicals, such as mercury and asbestos.
Expanding the Conversation on Environmentalism and Working for Environmental Justice: This budget contains $8 million for environmental justice programs. It targets increased brownfields investments to under-served and economically disadvantaged neighborhoods, and proposes $9 million for community water priorities in the Healthy Communities Initiative, funds that will help under-served communities restore urban waterways and address water quality challenges. EPA is committed to identifying and addressing the health and environmental burdens faced by communities disproportionately impacted by pollution. This commitment is fulfilled through the agency’s efforts to give people a voice in decisions that impact their lives and to integrate environmental justice in EPA programs, policies and activities.
More information: http://www.epa.gov/budget
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Conservação Internacional, em Brasília, procura profissional
A Conservação Internacional, organização ambientalista sem fins lucrativos, está recrutando profissional de nível superior para ocupar a posição de Coordenador de Política Ambiental em Brasília-DF.
São responsabilidades do Cargo:
-Coordenar e apoiar todas as atividades associadas ao desenvolvimento de políticas inovadoras que contribuam para e fortaleçam a inserção dos serviços ecossistêmicos na agenda de desenvolvimento local, regional e nacional;
-Analisar, monitorar e elaborar position papers sobre o arcabouço legal e as políticas de desenvolvimento nas escalas regionais e nacional;
-Analisar a legislação ambiental federal, estadual e municipal para identificar oportunidades de aprimoramento e propor inovações em temas estratégicos como conservação de biodiversidade, áreas protegidas, direitos indígenas, pagamento para serviços ecossistêmicos, e mudança climática (adaptação e mitigação);
-Analisar orçamentos nacionais e monitorar investimentos do governo na área ambiental;
-Monitorar e apoiar a equipe técnica em foros internacionais sobre temas estratégicos, como conservação de biodiversidade, áreas protegidas, direitos indígenas, pagamento de serviços ecossistêmicos, e mudança climática (adaptação e mitigação);
-Coordenar e implementar programas de capacitação de autoridades nacionais e instituições parceiras para o fortalecimento da gestão ambiental.
-Apoiar o Diretor no planejamento, detalhamento e implantação de ações relacionadas com políticas de sustentabilidade ambiental nas regiões prioritárias de atuação do programa.
O perfil desejado inclui:
-Ser mestre ou doutor em Ciências Naturais, Jurídicas ou Sociais;
-Experiência anterior em política ambiental;
-Fluência oral e escrita em inglês;-Disponibilidade para viagens.
A organização oferece:
-Salário compatível com o cargo e funções;
-Plano de saúde subsidiado para o candidato e seus familiares;
-Plano subsidiado de Previdência Privada;
Local de Trabalho:Escritório da CI-Brasil em Brasília-DF
Enviar currículo para o e-mail rh@conservacao.org até 15 de Fevereiro de 2010, com pretensão salarial.
No campo ‘assunto’ (subject) informar Coordenador de Política Ambiental – Brasília-DF
OBS: Não serão analisadas as propostas recebidas sem pretensão salarial
Fonte: www.conservation.org.br