Fomos surpreendidos pela notícia do naufrágio do navio veleiro Concordia, de bandeira canadense, semelhante aos que estiveram no Rio de Janeiro em janeiro e que participaram do evento Velas Sudamerica 2010.
O acidente aconteceu a cerca de 300 milhas do litoral fluminense, em condições ainda não bem esclarecidas. A notícia é que o Concordia teria enfrentado ventos fortes devido a uma frente fria que subia o litoral e virou. Surpreende-nos a notícia que o navio tenha "virado". Veremos o relato dos tripulantes e passageiros para saber mais sobre o ocorrido. Estes foram resgatados pela Marinha Brasileira e por outros navios que passavam nas imediações do naufrágio. Todos teriam conseguido evacuar a embarcação a tempo e estariam salvos.
O Concordia era uma embarcação utilizada para desenvolver programas educacionais, principalmente para jovens. Essa é uma atividade que cresce rapidamente na América do Norte e na Europa, onde muitas embarcações semelhantes oferecem programas nas férias de verão. As atividades a bordo costumam aproveitar que os jovens estão reunidos em um espaço restrito para focar a suas atenções nas atividades educativas, com ênfase nos trabalhos em equipe, em estudos ambientais, históricos, geográficos, etc.
O incidente com o Concordia deverá ser um forte golpe nessas organizações que promovem os cruzeiros educativos.
Não acredito que o chamado "sail training" esmoreça devido ao acidente com o Concordia. Como foi dito, esta atividade cresce muito nos países com maior tradição náutica. Como costuma ocorrer depois de eventos como esse, provavelmente os organizadores, as escolas e as associações sejam mais rigorosos no diz respeito aos equipamentos e comandos das embarcações. Concordo que é difícil acreditar que uma veleiro como o Concordia tenha simplesmente "virado" na costa do Brasil. Não foi súbito, pois todos os tripulantes se salvaram. Se o barco navegava de Recife para Montevidéu e se pegou uma frente fria com grandes ondas (que vem do quadrante S), como foi relatado, eu me pergunto por que o barco não correu com o tempo. É a ação mais segura, especialmente com uma tripulação jovem e inexperiente.
ResponderExcluirBV
Guilherme Pacheco
Oi Guilherme.
ResponderExcluirObrigado por comentar.
Você está certo. Não acredito que o incidente afete o forte movimento de afirmação do "Sail Training". Quanto ao ocorrido com o Concordia, acho que deverá se esclarecer melhor, agora que a tripulação chegou em terra.
Um abraço.
Axel Grael
Axel,
ResponderExcluirVocê tem razão, a minha hipótese sobre o acidente foi uma precipatação. De qualquer modo foi um acidente muito raro na costa brasileira. Mas, por outro lado, estamos testemunhando várias mudanças climáticas sérias. Há alguns exemplos: hoje se vê nuvens do tipo cumulus humilis a poucos quilômetros do litoral, na cidade do Rio (no subúrbio). Eram nuvens raras por aqui e agora são mais frequentes. Vê-se muito no interior do RJ e Minas, em regiões de fazendas, por exemplo.
Outro exemplo são as velejadas fora da barra aqui no Rio. Há dias surpreendentes, como na primeira regata fora da barra do Mundial de Star.
BV
Guilherme
Guilherme,
ResponderExcluirObrigado por participar do debate aqui no Blog. Quanto às suas observações sobre as questões climáticas, convido-o a dar uma olhada em outras postagens aqui no Blog. Em várias delas tenho abordado o tema.
Um abraço,
Axel Grael