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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

INEA faz consulta à população sobre a prática de esportes, prestação de serviços e outros uso de parques e reservas

Atividade náutica em parque do estado da Florida. Precisamos estimular o uso náutico dos parques aqui, sem que se chegue ao extremo que vemos na foto.

Ilha Grande: um enorme potencial náutico. É preciso ordenar para que o uso náutico seja feito com baixo impacto ambiental.


Ainda dá tempo de participar da consulta pública realizada pelo INEA sobre a minuta de um decreto estadual que vai regulamentar a prática esportiva e outros usos dos parques, reservas e outras áreas protegidas do Estado. O prazo esgota-se no dia 17/12/09.

O projeto é interessante e vem ao encontro de um importante conceito: os parques precisam ter visitantes; a população precisa interagir com as áreas protegidas. Ninguém valoriza o que não conhece. Os parques precisam de massa critica e isso só acontecerá se estes fizerem parte mais intensamente da vida das pessoas.

Tive o privilégio de já ter conhecido muitas dezenas de parques no Brasil e no exterior. Os parques americanos, por exemplo, estão fortemente introjetados na cultura do povo americano. Os parques recebem um número impressionante de visitantes e, por isso, geram cerca de 3% do PIB do país com a maior economia do mundo. E a contribuição dos parques para a economia não vem da bilheteria, da venda de ingressos. Vem dos livros publicados, do turismo nos parques e no seu entorno, vem do Zé Colméia, Wally Gator e outros personagens na televisão, vem da indústria que produz pisos, sinalização e equipamentos de segurança para as trilhas, equipamentos recreativos e material esportivo.

Mas, para os nossos parques que recebem um número irrisório de visitantes, o aprendizado está nas virtudes do planejamento das unidades americanas e de outros países, mas também nos erros e nos excessos. Eu já tive a frustrante experiência de enfrentar um engarrafamento no Parque Nacional das Montanhas Rochosas (Rocky Mountain National Park).

Para evitar que a experiência do visitante se deteriore a tal ponto, precisa-se de regras. E é isso que o INEA está fazendo ao propor a minuta de decreto.

Algumas das principais inovações e regras introduzidas são:
  1. Estimular e regulamentar a:
    I – visitação para lazer e recreação;
    II - esportes de aventura;
    III – esportes radicais;
    IV – turismo de aventura;
    V – ecoturismo; e
    VI – outras atividades compatíveis com os propósitos e objetivos dos parques estaduais, a
    critério do INEA.
  2. O estabelecimento de regras para as atividades comerciais e serviços dentro dos parques
  3. O Art. 23 veda a realização de eventos esportivos de natureza competitiva de qualquer
    modalidade no interior dos parques estaduais.
  4. Proibe a a prática de bicicross e de mountain bike na modalidade down hill

Vamos encaminhar sugestões ao INEA. Sentimos falta da previsão do uso náutico dos parques. Não podemos esquecer que temos unidades de conservação com grande potencial para o turismo náutico, como o Parque Estadual da Ilha Grande, a Juatinga, as APAs Tamoio, Cairuçu (gestão federal), etc.
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Leia, avalie, critique, opine, participe.
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PRAZO: até dia 17/12/09.

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