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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Ciclovia da Av. Marquês do Paraná já é a mais movimentada do Brasil com média diária de 4.775 passagens



Contador faz parte do sistema Contabike, que tem outros 11 equipamentos espalhados pela cidade


Se tem uma imagem de encher os olhos de qualquer um que acredita nas cidades acessíveis, essa é com certeza o trânsito de bicicleta. Foi-se o tempo que tratava-se de um cenário europeu, com a Av. Faria Lima, em São Paulo, sempre se destacando no noticiário nacional. Contudo, a ciclovia monitorada mais movimentada do nosso país está em outra cidade: Niterói (RJ), que galga há anos a posição de capital da bike com novas estruturas, políticas integradas, o maior bicicletário público da América Latina e agora a ciclovia mais movimentada.

Desde que foi instalado, em março passado, na Avenida Marquês do Paraná – que conecta o bairro de Icaraí com o Centro da cidade, sendo uma importante rota de acesso à região central, às barcas e ao bicicletário Arariboia – o contador de ciclista aferiu média diária de 4.775 ciclistas passando. A média por mês é de 122.500 passagens, com pico em 10 de abril marcando 5.530 ciclistas. Em comparação com a Avenida Brigadeiro Faria Lima, o fluxo é 26% maior, já que a avenida na capital paulista contabiliza média diária de 3.767 passagens e 105 mil no mês.

Fortaleza também está na frente de São Paulo; a capital cearense é outra que vem investindo na mobilidade por bicicleta e recentemente instalou 5 pontos de contagem nas avenidas Beira Mar, Bezerra de Menezes, Germano Franck, Oliveira Paiva e Dom Luis. A mais movimentada delas é a Av. Beira Mar, com média diária de 3.863 passagens. Mas diferentemente das contagens em Niterói e São Paulo, realizadas com contador fixo, em Fortaleza o sistema se dá por leitura de imagem e inteligência artificial.

O contador na Av. Marquês do Paraná faz parte do sistema Contabike, lançado em fevereiro deste ano pela Prefeitura de Niterói e que conta com outros 10 equipamentos espalhados pela cidade, em pontos também importantes como Avenida Amaral Peixoto e a Rua São Lourenço. Uma particularidade do contador na Ciclovia da Marquês do Paraná é que ele possui um totem que mostra em tempo real o número de ciclistas passantes.

“Niterói está na vanguarda das cidades brasileiras que investem em mobilidade ativa, e o CONTABIKE, maior rede de contadores automáticos de bicicleta do país, é um exemplo claro de como estamos trabalhando para transformar a experiência dos ciclistas e melhorar a qualidade de vida urbana”, comentou Helena Porto, atual Coordenadora do Programa Niterói de Bicicleta

Investimento a longo prazo

Há pelo menos uma década, Niterói vem fazendo investimentos consistentes na mobilidade por bicicleta. Hoje a cidade conta com cerca de 84 km de estruturas e a promessa é chegar aos 120 até o final de 2024. Também está em implantação o sistema de bikes compartilhadas Nit Bike, com 10 estações, que serão expandidas gradativamente. Quando totalmente implantado, o serviço terá 50 estações, 46 para adultos e quatro para crianças, em um raio de 5 km do Centro de Niterói, totalizando 600 bikes oferecidas gratuitamente no município.

Na cidade também está localizado o maior bicicletário público da América Latina, com quase 500 vagas horizontais e verticais, o Bicicletário Araribóia tem projeto de expansão e melhora na integração com usuários. O equipamento foi inaugurado em 2017, a partir de reivindicações da sociedade civil e fica ao lado da Estação das Barcas de Niterói.


As contagens de ciclistas integram uma série de ações para promover o uso da bike na cidade e, segundo o ex-coordenador do Programa Niterói de Bicicleta, Filipe Simões, a automação das contagens agora diárias dão ainda mais robustez para o suporte à políticas públicas de mobilidade.

“Demos prosseguimento aos dados históricos que vinham sendo coletados por contagens manuais mensais, mas agora conseguimos fazer análises mais aprofundadas como, por exemplo, o impacto de eventos climáticos e de outras incidências como uma eventual greve de transporte público e interdições no trânsito”, avalia Simões.

Impacto no comércio local

Proprietário da loja Amazonas Bike, Claudio Santos celebra os frutos do trabalho conjunto entre poder público e sociedade civil organizada, que refletem no número de ciclistas e no aumento significativo da venda de bikes, itens relacionados e serviços.

“Hoje são duas lojas na cidade, no centro e na Roberto Silveira. Quando você investe em ciclovia você também fomenta o mercado e gera emprego, hoje temos ao todo 43 funcionários e os planos são de ampliação para uma terceira loja aqui na região oceânica por conta da crescente demanda”, celebra Santos.

Fonte: Aliança Bike



2 comentários:

  1. Quando que Pendotiba e o Largo da Batalha serão integrados a essa maravilhosa rede cicloviária?

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  2. Chegaremos lá. É um desafio um pouco maior devido ao relevo e às características urbanas.

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