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sábado, 7 de novembro de 2015

BIKES ‘ESQUECIDAS’ PASSAM A SER ALTERNATIVAS CONTRA AUMENTO DOS COMBUTÍVEIS




Texto: Aline Balbino
Foto: Ivanildo Parreto


É evidente que a crise afetou diversos setores da economia. O comércio em geral sentiu esse impacto negativo de forma direta. Com isso, as pessoas estão, aos poucos, aprendendo a economizar e a se reinventar. Exemplo disso são os ciclistas de Niterói. De janeiro a outubro desse ano, cresceu entre 25 e 30% a procura de pessoas tentando consertar bicicletas usadas, entretanto, a venda de bikes novas não registrou aumento. De acordo com Cláudio Santos, presidente da Federação de Ciclismo do Rio de Janeiro, a crise está mudando o hábito das pessoas fazendo com que elas tirem bicicletas usadas da garagem para a reforma.

De janeiro a outubro desse ano, cresceu entre 25 e 30% a procura de pessoas tentando consertar bicicletas usadas, entretanto, a venda de bikes novas não registrou aumento.



Reparos em bicicletas podem sair em média 20% do valor de compra de uma nova. Por exemplo, uma bicicleta boa para uso adulto custa em média R$ 300 em lojas do Centro de Niterói. Reparos básicos de marcha, freio e pneus, custam até R$ 50.

“As pessoas estão procurando por reparos, consertos. Estão tirando a bike velha da garagem e botando para a rua. Estamos numa época de economia. Então as pessoas estão optando por consertar suas bicicletas. Registramos um aumento de 25 a 30% de janeiro até outubro, quando a crise começou”, disse Cláudio Santos.

Kaiton Paschoal, 36 anos, trabalha consertando bicicletas na Amazonas Bike. Ele disse que tem dias que ele realiza tantos reparos que chega a perder a conta. Ele salientou que os problemas mais comuns nas “magrelas” são nos freios e marcha.

“Alguns reparos são baratos e fáceis, outros mais caros e complexos. Toda bicicleta pode ser consertada. Claro que algumas demandam mais cuidado e tempo”.

O dono do Cicle Barreto, Élvio Siqueira Barreto, 63 anos, além de especialista em conserto de bicicleta, ensina ciclistas a executarem serviços básicos.
“Tem reparo que as pessoas podem fazer em casa, nem precisa trazer aqui no cicle. Por exemplo, quando um pneu é danificado, eu vendo um produto para acertar. Dai o consumidor não precisa trazer a bicicleta e consertar aqui. O produto ainda fica mais barato ainda, custa R$ 5. Mas, nós observamos que cresceu mesmo a procura por pessoas querendo fazer reparos”, disse.

Vendas em baixa – Enquanto o conserto de bikes aponta para um crescimento gradativo, a venda está lenta. O dono da loja Bis Bikes, no Barreto, Zona Norte, João Augusto Gonçalves, informou que desde janeiro tem apresentado queda de 30% nas vendas.

“Já tivemos períodos melhores. Até acertos já foram mais procurados. Acho que a crise está fazendo as pessoas não comprarem mais”.

Fonte: A Tribuna








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