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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Prefeitura do Rio lança projeto para enfrentar desafios causados por mudanças climáticas




Já são mais de R$ 4 bilhões investidos em ações na cidade

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RIO - A Prefeitura do Rio lançou, na manhã desta quinta-feira, o Projeto Rio Resiliente. O objetivo é aumentar a capacidade da cidade de se recuperar de catástrofes causadas pelas mudanças climáticas e diminuir os impactos aos moradores.

O Rio de Janeiro é a primeira cidade do hemisfério Sul a lançar o programa e já integra do bloco das ‘100 Resilient Cities’, idealizado pela fundação americana Rockfeller.

O ponto de partida do projeto foi a produção de um documento com extenso diagnóstico sobre o atual cenário de resiliência do município, com a identificação dos principais riscos relacionados com as alterações climáticas na cidade, como chuvas, ventos intensos, ondas de calor, elevação no nível do mar e dengue.

Durante o lançamento do projeto, o prefeito Eduardo Paes ressaltou que, apesar dos investimentos, a cidade continuar correndo riscos.

- Não estamos dizendo que o Rio está preparado para qualquer evento climático. Esse programa não significa que todos os problemas estão resolvidos. O que buscamos é minimizar impactos naturais. Se as mudanças climáticas provocarem chuvas ainda maiores que a série histórica, podemos ser impactados. Sempre há risco. Em qualquer cidade do mundo, não há uma solução definitiva para esses problemas. - afirmou o prefeito.

Um departamento de resiliência foi criado no Centro de Operações Rio (COR). De acordo com o Chefe do Comitê Gestor, Pedro Junqueira, quatro áreas serão focadas: mudanças climáticas, resiliência sócio-econômica, gestão e comportamento resiliente. Já são mais de R$ 4 bilhões investidos em ações de resiliência na cidade, como a obra do piscinão da Praça da Bandeira, o aumento na contenção de encostas e treinamento humano.

O processo de resiliência no Rio iniciou em 2010 com a criação do COR, que dispõe de todos os recursos necessários para realizar mapeamentos de riscos da cidade, como foram feitos nas comunidades do maciço da Tijuca.

— Até 2016, todas essas obras de contenção de encostas em áreas de risco da Tijuca estarão prontas.A prefeitura tem que permanentemente investir em prevenção, resiliência e adaptação das mudanças climáticas.

A Zona Oeste é considerada por Paes a área mais preocupante da cidade, pelo seu crescimento acelerado.

— A região da Baía de Sepetiba já é uma área muito alagada. A prefeitura tem se esforçado muito naquela região, porque está claro que quanto mais a cidade se expandir para o oeste, vamos estar aumentando os riscos de quem se mudar para lá.

O conceito de resiliência envolve tanto as esferas governamentais quanto a sociedade. Por isso, o prefeito ressalta que a participação dos cidadãos deve ser efetiva.

— Nós já temos um trabalho muito intenso com moradores em área de risco mapeadas. É importante que as pessoas acreditem nas sirenes quando tocam, por exemplo. Além disso, também há a questão de não jogar lixo nos rios e cuidar da cidade. Esse é o papel que a população deve ter — alertou.

Fonte: O Globo

 












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