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sábado, 24 de janeiro de 2015

CRISE DA ÁGUA - Governo federal ajudará estados contra estiagem


Izabella prometeu ajuda, ‘sem limites’, para as obras contra a seca. Foto: Wilson Dias / ABR


Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que União vai financiar obras para garantir o abastecimento de água à população em áreas com seca

Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou nesta sexta-feira que o governo federal vai ajudar estados e municípios em regiões afetadas pela estiagem para garantir o abastecimento de água à população. O anúncio foi feito após uma região emergencial no Palácio do Planalto com os ministros Gilberto Occhi (Integração), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).
Segundo Izabella, o apoio aos governos estaduais e municipais incluirá a liberação de recursos para as obras. “Não vamos ter nenhum limite de esforços no que diz respeito a apoiar e viabilizar financeiramente as obras”. Segundo a ministra, a convocação da reunião de emergência foi motivada pela gravidade da estiagem que atinge vários estados do Sudeste e que ela chamou de “completamente atípica”. Izabella afirmou que é a pior estiagem na região em 84 anos.

Transposição no PAC
O governo federal incluiu nesta sexta no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) as obras para a transposição da água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, em São Paulo. O objetivo é reduzir os efeitos da estiagem que atinge o estado, que enfrenta racionamento e desabastecimento.
O projeto foi proposto pelo governo de São Paulo, e as obras serão coordenadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e custarão R$ 830,5 milhões. Os recursos serão financiados pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). A autorização para a transposição foi dada pela Agência Nacional de Águas (ANA) após aprovação dos governos de Minas Gerais e Rio de Janeiro, estados cortados pelo Paraíba do Sul.

Racionamento em 49 cidades
O governo de Minas Gerais confirmou ontem que já há no estado 49 cidades com racionamento de água. Além delas, 14 estão adotando rodízio de abastecimento por causa da longa estiagem. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o governador Fernando Pimentel, criticou seu antecessor, Alberto Pinto Coelho (PP), por não ter tomado medidas para evitar o racionamento. “Houve aí um adiamento das medidas que seriam necessárias do ano passado para cá”, afirmou ele.
Pimentel anunciou que está em estudo um projeto de criação de um novo sistema de abastecimento da Região Metropolitana. Ele viria reforçar o Sistema Paraopeba, que hoje opera com 30% da capacidade. “Temos que buscar construir outro sistema, não alternativo, mas complementar a esse”, disse Pimentel.

Chuva eleva nível de cinco reservatórios
Um forte temporal na madrugada desta sexta causou alagamentos e estragos em Santos, São Vicente e Cubatão, em São Paulo. Segundo a Base Aérea de Santos, das 19h de quinta-feira às 5h de ontem, choveu 133,6 milímetros, o equivalente ao esperado para 20 dias de janeiro. A chuva causou estragos em estradas e ruas , causando acidentes. Em Santos, foram registrados pelo menos dez deslizamentos nos morros da cidade.

Em Santos, o temporal da madrugada deixou ruas e estradas alagadas e causou deslizamentos. Chuva forte aumento nível de reservatórios. Foto:  A Tribuna de Santos


Num deles, uma mulher de 70 anos ficou presa em casa, que foi soterrada. Ela foi socorrida por bombeiros e retirada dos escombros sem ferimentos. Graças à chuva no estado, cinco dos seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo registraram ontem aumento no nível de seus reservatórios. Mas no principal deles, o Cantareira, houve queda, de 5,4% para 5,3%.
A precipitação na região dos reservatórios atingiu 0,6 milímetros. Desde o início de janeiro, choveu 64,9mm, enquanto a média histórica para o mês é de 271,1mm. No Sistema Rio Grande, que abastece Diadema, São Bernardo do Campo e Santo André, foram registrados 31,2 mm de chuva, e o nível subiu de 69,1% para 70,3%. No Alto Tietê, responsável pelo abastecimento da zona leste da capital e nove cidades, o aumento foi de 10,1% para 10,3%. No mês, choveu na região 54,9mm, quando a média do mês é 251,5mm

Fonte: O Dia







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