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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

TransOceânica: a nova cara da mobilidade de Niterói



Simulação. O projeto enviado à Caixa Econômica mostra as duas galerias do túnel saindo próximo à estação hidroviária de Charitas, ao lado do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba Divulgação / PMN.

Prefeitura entrega projeto básico da Transoceânica à Caixa Econômica Federal e planeja licitá-lo até junho

NITERÓI - Já está na Caixa Econômica Federal o projeto básico do principal programa de mobilidade da cidade nos últimos 20 anos: a Transoceânica. No mês que vem, o Instituto do Ambiente (Inea) realiza a audiência pública para discutir os impactos na região. A estimativa é que, com a perfuração do túnel que vai ligar Cafubá a Charitas, sejam retirados 27 mil caminhões de pedras. O material pode ser utilizado para realizar outro projeto antigo da cidade: o recife artificial em Piratininga.

A obra também mudará a rotina dos moradores dos dois bairros. O município mudou o traçado original do túnel para diminuir o número de casas que serão removidas. Pelo projeto, serão necessárias 25 desapropriações; a maioria no Morro do Preventório, em Charitas. Segundo o prefeito Rodrigo Neves (PT), ainda está em discussão para onde serão levadas as famílias afetadas:

- Se compararmos com outros grandes projetos de mobilidade que estão sendo implementados no Rio, o impacto é muito pequeno. Para efeito de comparação, só para a construção do teleférico do Complexo do Alemão foram removidas cerca de duas mil pessoas. Os moradores removidos terão toda a assistência do município.





A meta do município é licitar a obra neste primeiro semestre e iniciar a perfuração do túnel até o fim do ano. A intervenção começará pelo Cafubá, onde será instalado o canteiro da obra. O material retirado do túnel será transportado para uma pedreira em São Gonçalo pela Avenida Central, em Itaipu. Além da possível utilização das toneladas de pedra para a construção do recife artificial - que criaria uma onda prefeita na Praia de Piratininga e evitaria os impactos da ressaca que sempre afetam a orla do local - o material poderá também ser reaproveitado no programa de pavimentação da Região Oceânica.

Além do ganho de mobilidade - nas contas dos técnicos municipais, o percurso de ônibus levará 25 minutos de Charitas e até o Engenho do Mato -, haverá a otimização da linhas que vai afetar diretamente os custos do setor e, consequentemente, das passagens. O tempo de viagem hoje de quase uma hora é uma das variáveis das tarifas.

A maneira do niteroiense se locomover pela Região Oceânica também mudará. A Estrada Francisco da Cruz Nunes passará a ter só duas pistas para carro, mas em compensação a Avenida Raul de Oliveira Rodrigues - que liga o Cafubá a Piratininga - ganhará duas novas pistas. Os motoristas serão orientados a acessá-la para chegar a Camboinhas, Piratininga e região. Os retornos também mudarão. Hoje, o motorista pode fazer a manobra utilizando a via auxiliar da Francisco da Cruz Nunes. Com a Transoceânica, eles terão que fazê-la nas ruas internas.

- É uma medida que além de aumentar a fluidez na região, significará maior segurança, já que é comum acontecerem acidentes no local - explica a secretária de Urbanismo e Mobilidade, Verena Andreatta.

A urbanização também será impactada com o projeto: as fiações hoje suspensas serão aterradas. Uma ciclovia sairá da Praia de Itaipu e chegará ao túnel, margeando as lagoas de Itaipu e Piratininga. As rótulas do Cafubá, do Posto Monza e do Itaipu Multicenter receberão três das 13 estações previstas no percursos e se transformarão em praças.

O projeto, orçado em R$ 292 milhões, tem a previsão de conclusão no primeiro semestre de 2016. Na semana passada, o município oficializou o rompimento do contrato com a empresa Viaoceânica, que em 2012 ganhou a licitação para construir o túnel que seria pago com a cobrança de pedágio.

Fonte: O Globo

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Veja mais imagens da TransOceânica divulgadas pela Prefeitura de Niterói.

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