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sábado, 26 de junho de 2010

Aluno do Projeto Grael disputa Campeonato Europeu na Italia








Quando um grupo de representantes do Projeto Grael chegou a sua escola, em 2001, para convidar os estudantes para os cursos de vela, Samuel Gonçalves, hoje com 23 anos, não fazia ideia como o esporte poderia render na sua vida. Muito menos conquistar um terceiro lugar na categoria master do campeonato Europeu de Star (na cidade de Viareggio, Itália, de 5 a 15 de junho). Samuca foi para o Europeu a convite do starista Luis André Reis, de Brasília, medalista de prata na Classe Snipe nos Jogos Panamericanos de 1975. Na proa de Luis, Samuel correu ao lado dos maiores velejadores do mundo na classe considerada a Fórmula 1 da vela. E lá estavam também os nossos campeões Torben Grael e Marcelo Ferreira e Lars Grael, idealizadores do Projeto Grael. Samuel conta que em uma das regatas do Europeu ele e Luis ficaram entre os Top Ten. A felicidade foi tanta que o rapaz se jogou no mar para festejar o feito entre 132 barcos concorrentes. Parecia que tinha conquistado o título.

"Hoje, posso dizer com absoluta certeza que a minha vida é dividida em duas partes. Antes e depois de conhecer o Projeto Grael. Uma primeira oportunidade me foi dada naquele ano (2001), e a agarrei com as duas mãos, para não mais soltar. Me dediquei e, com a ajuda de grandes amigos, melhor, da família que constituí junto ao Projeto Grael, de Deus, do Clube Naval Charitas - que me acolheu - e o meu trabalho, estou colhendo alguns frutos", conta Samuel.

Fonte: Blog de Mariane Thamsten - http://oglobo.globo.com/blogs/demaremmar/

Mancha de óleo e de confusão




Diante do maior acidente ambiental da história que ocorre no Golfo do México e da falta de resultados do governo americano e da BP (empresa britânica dona da plataforma que explodiu e causou o desastre) em controlar o vazamento, donos de embarcações do sul dos EUA estão se mobilizando para ajudar a limpar o petróleo no mar.
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Ao longo da semana, uma flotilha de cerca de cem pequenas embarcações se uniu para evitar que o óleo atingisse Orange Beach, no Alabama, uma região cuja economia depende do turismo. A grande preocupação de todos é que o óleo atinja as áreas estuarinas e os pântanos litorâneos, pois as consequências ecológicas poderiam ser dramáticas. Como em certos casos isso já é visto como inevitável, alguns donos de embarcações feitas para navegar em águas rasas estão atuando como voluntários para resgatar animais atingidos e transportá-los rapidamente para os centros de triagem. Estaleiros da Flórida também estão adaptando modelos de embarcações comerciais para que se tornem verdadeiras “ambulâncias flutuantes” para atender aos animais nas próprias áreas impactadas pelo óleo. O cantor americano Jimmy Buffet, “bancou” a construção de algumas dessas embarcações, que foram cedidas a instituições de pesquisa. A primeira já foi entregue à Universidade do Sul do Mississippi.
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Não bastasse o drama do óleo, a região está sendo assolada também por uma fogueira de vaidades e pelas disputas pelas gordas verbas. As brigas têm dificultado que todos os recursos humanos e materiais disponíveis sejam mobilizados em defesa do meio ambiente. Há uma grande frustração, pois tanto o governo quanto a BP credenciaram apenas duas instituições para agir no salvamento da fauna e bloquearam a atuação dos voluntários e das instituições independentes. Também há dificuldades para aqueles que querem ajudar no recolhimento do óleo.
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É compreensível que as autoridades queiram manter um controle devido ao risco da atuação nas frentes de trabalho de pessoal despreparado, mas é incrível que isso aconteça no país que prima pela capacidade de planejamento, que se orgulha de ser a terra das oportunidades e que é considerado um exemplo de filantropia e de voluntariado.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 26 de junho de 2010.

Campeonato Mundial de Vela para Cegos


O Lago de Garda, na Itália, é o belo cenário para o Campeonato Mundial de Vela para Cegos, organizado pela Federação Internacional de Vela para Deficientes (IFDS). O evento, realizado em sistema de Match Race (disputado entre dois barcos de cada vez), conta com 13 tripulações representantes de sete países: Itália, Espanha, Grã Bretanha, Malta, São Marino, EUA e Finlândia.
Os velejadores que são classificados quanto ao nível de deficiência visual em B1 e B2 são divididos por este critério em duas chaves, formando sete tripulações na Divisão B1 e seis na B2.
Superando as suas deficiências e os ventos fracos, as tripulações têm demonstrado arrojo e competitividade, não faltando nem mesmo as tradicionais disputas pré-largada, típicas das regatas de Match Race. As regatas terminam amanhã.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 26 de junho de 2010.

Visitantes de São Sebastião no Projeto Grael

Velejadores de São Sebastião confraternizam com a equipe do Projeto Grael.


As iniciativas de vela social crescem e ganham qualidade a cada dia no Brasil. O Projeto Grael recebeu uma delegação de velejadores ligados à Associação de Vela de São Sebastião (SP) e de dirigentes públicos da Divisão de Esportes Náuticos da Prefeitura daquele município. Liderados pela veterana da vela feminina, Sibylle Buckup Sulzbeck, a visita teve por objetivo conhecer a metodologia do Projeto Grael e avaliar a viabilidade de adaptá-lo ao litoral norte de São Paulo. Após a visita, a equipe de São Sebastião ofereceu um valioso relatório com os resultados da avaliação que fizeram do Projeto Grael.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 26 de junho de 2010.

Atletas em defesa do Menor Aprendiz


Em 2006, um grupo de atletas liderados pelo ex-jogador de futebol Raí, por Ana Moser (Vôlei), Joaquim Cruz (Atletismo), Paula (Basquete) e Lars Grael (Vela), conseguiu mobilizar outros 50 atletas para criar a ONG Atletas pela Cidadania. Dentre os associados, estão as estrelas do basquete Hortência, Oscar Schmidt e Pipoka, o piloto Rubens Barrichello, o técnico Dunga e seu assistente Jorginho, os ídolos Kaká, Leonardo, Rogério Ceni, Cafu, Daniel Alves, Ricardo Gomes, Zetti e Sócrates, o judoca Flávio Canto e Clodoaldo Silva, o nadador recordista em medalhas de ouro nas Paraolimpíadas.
A missão da organização Atletas pela Cidadania é de conscientizar, sensibilizar e mobilizar a sociedade no apoio às causas sociais - transformadoras e de interesse nacional - por meio de ações políticas e de comunicação. A prioridade atual dos atletas no momento é lutar pela inclusão dos jovens no mercado de trabalho. Para isso, é cobrado às empresas o cumprimento da Lei do Aprendiz. Em parceria com outras entidades, foi criado o Placar do Aprendiz, plataforma virtual pela qual é possível monitorar a contratação de aprendizes pelas empresas e informar a sociedade.
Ao clicar em www.placardoaprendiz.org.br, ficamos sabendo, por exemplo, que hoje há 183.170 aprendizes contratados, número que corresponde a 23% da meta estabelecida em 2008 pelo governo federal. Na ocasião, o presidente Lula anunciou que até o final de 2010 o Brasil teria 800 mil aprendizes contratados. Segundo o Ministério do Trabalho, o potencial de vagas de trabalho que as empresas poderiam estar oferecendo através da Lei do Jovem Aprendiz é de 1,2 milhões. Os atletas querem virar esse jogo, que o Brasil está perdendo de goleada.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 26 de junho de 2010.

Lançado o edital do Programa Petrobras Ambiental

Foi lançado nessa semana o edital do Programa Petrobras Ambiental 2010, que selecionará projetos que estejam alinhados com o tema “Água e clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”.

Os projetos deverão atender a uma das três linhas de atuação: gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos, recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce e fixação de carbono e emissões evitadas. Poderão participar organizações sem fins lucrativos com atuação no Terceiro Setor, tais como associações, fundações, organizações não-governamentais, Oscips e organizações sociais.

O edital aceitará projetos de todo o país, com um valor de patrocínio de até R$ 3,6 milhões. O prazo de execução mínimo é de 18 meses e máximo de 24 meses. O valor total disponível é de R$ 78 milhões. As inscrições podem ser feitas até as 24 horas do dia 19 de agosto.

Projeto Grael em campanha do Criança Esperança

Márcia Dias, do Projeto Grael, recebe o ator Rodrigo Lombardi e dá depoimento para o Programa Criança Esperança. (Foto de Luanna de Brito).

Criança Esperança: veja bastidores da campanha com Rodrigo Lombardi
Em Encontros, ator e beneficiado vão à casa de doador agradecer contribuição

Gratidão e alegria em doar marcam a segunda fase da campanha de 25 anos do Criança Esperança. Desde quinta, 24, está no ar o primeiro vídeo da série Encontros, estrelado pelo ator Rodrigo Lombardi, intérprete de Mauro em Passione. No filme, criado pela Central Globo de Comunicação, Lombardi acompanha o jovem Diego de Lima, um dos 4 milhões de beneficiados pelo Criança Esperança, em uma missão muito especial: agradecer a um doador, e mostrar a importância e o resultado de sua contribuição.

A doadora Márcia Dias recebe a dupla em sua casa, em Pendotiba, e conhece a história de Diego, que, após anos de aulas de teatro no Espaço Criança Esperança do Cantagalo, descobriu que a escrita é a sua vocação. Hoje, o rapaz tem quatro peças encenadas e um livro, ‘O Julgamento de Lampião’, publicado pela editora Multifoco.

- Estou superfeliz por representar todos os brasileiros que tiveram suas vidas transformadas pela arte, graças ao apoio do Criança Esperança - orgulha-se Diego.

Emocionada, Dona Márcia lembra que não apenas a cultura é beneficiada pelo programa. Ela revela que já testemunhou a importância das doações na ONG na qual trabalha, o Projeto Grael, voltada para a educação através do esporte. Doadora desde 2006, ela incentiva seus parentes e amigos a doarem também:- Eu falo uma coisa para vocês: contribuam, é verdade, existe. O Criança Esperança é isso mesmo, é ajudar os projetos sociais que estão aí e precisam de patrocínio.

Rodrigo Lombardi comemora a sua participação na campanha, que até o início das doações, no próximo mês, ainda terá outros dois filmes, estrelados por Matheus Solano e Gabriela Duarte.

- A gente está aqui para mostrar à dona Márcia que o dinheiro dela valeu a pena. Quero aproveitar para agradecer a Rede Globo pela honra de ter me escolhido para mostrar isso, não só para ela, mas para o Brasil inteiro - disse Lombardi.

Rodeado por crianças do Projeto Grael e com o livro escrito por Diego nas mãos, o ator reflete:
- O Criança Esperança dá cor para pessoas que antes só viam a vida em preto e branco. Se você abre uma porta para a arte, educação e esporte, você salva, porque abre janelas para uma nova vida. Contribua. Eu contribuo.

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FONTE: Do Blog de J Anselmo:

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lista dos brasileiros na próxima equipe do IPCC


O IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas acaba de divulgar a lista dos 831 especialistas selecionados para participar do V Relatório de Avaliação, que será publicada em 2014. Dentre eles, estão 25 brasileiros.
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A lista dos brasileiros que participarão da redação do AR5 em seus respectivos Grupos de Trabalho (WG) é apresentada a seguir:
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WG1 – Bases físicas:
José Marengo (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe)
Edmo Campos (Universidade de São Paulo – USP)
Ilana Wainer (USP)
Iracema Cavalcanti (Inpe)
Paulo Artaxo (USP)
Chou Sin Chan (Inpe)
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WG2 – Impactos, adaptação e vulnerabilidade:
Carlos Nobre (Inpe)
Carolina Dubeux (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ)
Fabio Scarano (Conservação Internacional)
Jean Ometto (Inpe)
Marcos Buckeridge (USP)
Maria Assunção Silva Dias (USP)
Ulisses Confalonieri (Fundação Instituto Oswaldo Cruz – Fiocruz)
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WG3 – Mitigação das mudanças climáticas:
Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ)
Marcos Gomes (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ)
Mercedes Maria da Cunha Bustamante (Universidade de Brasília – UnB)
Emílio La Rovere (UFRJ)
Haroldo de Oliveira Machado Filho (Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT)
Marcio de Almeida D’Agosto (UFRJ)
Maria Silvia Muylaert de Araújo (UFRJ)
Oswaldo dos Santos Lucon (USP)
Roberto Schaeffer (UFRJ)
Ronaldo Seroa da Motta (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea)
Suzana Kahn Ribeiro (UFRJ)
Thelma Krug (Inpe)

British Council abre inscrição da programa sobre Clima

Programa apóia ações juvenis em prol de soluções sustentáveis para mudanças climáticas.

O British Council, organização internacional do Reino Unido para oportunidades educacionais e relações culturais, está com inscrições abertas até 8 de julho de 2010 para o programa Climate Generation. O programa Climate Generation convida jovens ativistas, de 16 a 35 anos de idade, a fazer parte de sua rede internacional de Climate Champions, que reúne jovens de todo o mundo que compartilham o interesse pela busca de soluções sustentáveis para os impactos das mudanças climáticas.

Como Climate Champions, os participantes do programa têm acesso ao conhecimento necessário para promover o debate sobre o tema em suas comunidades e elaborar projetos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Também têm a oportunidade de solicitar apoio financeiro para seus projetos e candidatarem-se para participar de eventos nacionais e internacionais, como por exemplo, a conferência das Nações Unidas sobre o clima, COP16, que, em 2010, será realizada no México.

Para participar, os candidatos devem ter entre 16 e 35 anos e estar engajados ativamente em algum projeto para combater as alterações climáticas. Ainda deverão fazer o upload de um vídeo no Youtube, preencher um formulário de inscrição e anexar duas cartas de referência que recomendem seu compromisso e entusiasmo com a busca de soluções para as mudanças climáticas.

No Brasil, o programa Climate Generation é realizado em parceria com a Escola Parque, uma renomada instituição educacional, com forte compromisso com a responsabilidade socioambiental em todos os projetos em que atua.
Para mais informações sobre o projeto e como participar estão em http://www.britishcouncil.org/BR/brasil-climate-generation. O prazo para recebimento das inscrições é 08 de julho de 2010.

Fonte: RETS, 15 junho de 2010, in Newsletter da FICAS

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Atletas se unem pela cidadania e defendem Jovem Aprendiz


O grande assunto do momento é a realização de mais uma Copa do Mundo de futebol. Trata-se do evento esportivo que mais mobiliza as pessoas no mundo inteiro, mais até do que as Olimpíadas, porque futebol é o esporte mais popular do planeta. E isso faz do jogador desse esporte, principalmente aquele que chega a uma seleção nacional, um dos cidadãos mais influentes de seu país.

E, se o país é cinco vezes campeão mundial, imagine a influência que esse jogador pode ter sobre os corações e mentes de outros cidadãos, notadamente daqueles que ocupam cargos públicos.

E se ele se juntar a outros jogadores e atletas campeões, então. Será que não poderia contribuir para melhorar a vida das pessoas? Foi pensando assim que o ex-jogador Raí juntou-se com Ana Moser, Joaquim Cruz, Magic Paula, Lars Grael e outros 50 esportistas, ex-esportistas e pessoas da comunidade esportiva para fundar, em 2006, a ONG Atletas pela Cidadania.

A missão dessa organização é conscientizar, sensibilizar e mobilizar a sociedade no apoio às causas sociais, transformadoras e de interesse nacional, por meio de ações políticas e de comunicação. Além disso, ela procura articular parcerias com diversas organizações da sociedade civil a fim de contribuir com a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para o país. A diretoria é composta por Raí, Ana Moser, Magic Paula, Joaquim Cruz e Lars Grael. Entre os associados encontram-se as estrelas do basquete Hortência, Oscar Schimidt e Pipoka, o piloto Rubens Barrichello, o técnico Dunga, da seleção brasileira de futebol, e seu assistente Jorginho (ambos campeões em 1994), os ídolos Kaká, Leonardo, Rogério Ceni, Cafu, Daniel Alves, Ricardo Gomes, Zetti e Sócrates, o judoca Flávio Canto e Clodoaldo Silva, o nadador recordista em medalhas de ouro nas Paraolimpíadas.

A Atletas pela Cidadania é uma iniciativa inédita no mundo, porque põe o atleta como participante de um processo transformador, muito além da filtantropia. Atualmente, a ONG tem uma causa pela qual vem batalhando arduamente: fazer as empresas que atuam no Brasil cumprir a Lei do Aprendiz. A razão é simples: por meio do cumprimento dessa lei, milhões de jovens podem ter acesso a educação, qualificação profissional e oportunidade de trabalho decente. Em parceria com outras entidades, entre as quais o Instituto Ethos, a Atletas pela Cidadania criou o Placar do Aprendiz, plataforma virtual pela qual é possível monitorar a contratação de aprendizes pelas empresas e informar a sociedade. Ao clicar em http://www.placardoaprendiz.org.br/, ficamos sabendo, por exemplo, que hoje há 183.170 aprendizes contratados, número que corresponde a 23% da meta estabelecida em 2008 pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Na oportunidade, o presidente afirmou que o país teria 800 mil aprendizes contratados até o final de 2010. É importante ressaltar que essa cifra está bem abaixo do número de aprendizes que seriam contratados se as empresas cumprissem a cota mínima exigida por lei – 5% por estabelecimento, taxa calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional, excluídos os cargos de nível superior, de nível técnico, de gerência ou de confiança. Os cálculos do Ministério do Trabalho apontam um potencial de 1,2 milhão de jovens aprendizes.

A plataforma Placar do Aprendiz traz também orientações às empresas sobre como contratar aprendizes e tem até uma seção onde há links para entidades que oferecem jovens para contratação na condição de aprendizes.

As ações da Atletas pela Cidadania não se restringem ao Placar do Aprendiz. Em 2008, a organização contribuiu para a fundação do Fórum Nacional de Aprendizagem, que também é integrado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelas entidades que compõem o Sistema S, pelo Ministério do Trabalho e pelo Instituto Ethos, entre outros participantes. O objetivo desse fórum é tornar-se um espaço privilegiado de discussões sobre temas referentes à Lei do Aprendiz, de modo a facilitar o cumprimento da meta pelas empresas.

No final do ano passado, a Atletas pela Cidadania também ajudou a criar o Fórum Paulista de Aprendizagem. O foco nesse Estado se justifica porque é a unidade federativa que mais potencial tem para contratar aprendizes – 40% das vagas (320 mil) estão em São Paulo. Além disso, representantes da ONG viajaram por vários Estados brasileiros para, em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) nacional, sensibilizar os responsáveis pela gestão de pessoas nas empresas para a contratação de jovens aprendizes.

O Placar do Aprendiz é a ação mais ampla e intensiva em curso no país em favor de fazer as empresas cumprirem sua responsabilidade social com os jovens, contratando aprendizes. É uma prova de que nossos atletas podem ir muito além de recordes, “pedaladas” e medalhas. Podem exercer uma ação consciente para promover a cidadania e ajudar de fato a construir um país melhor.


Por Cristina Spera e Benjamin S. Gonçalves (Instituto Ethos).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Incêndio florestal no Morro dos Cabritos

Fogo nas encostas do Morro dos Cabritos, Lagoa, Rio de Janeiro. Foto de Fernando Quevedo, site do O Globo.


O site do Jornal O Globo publicou nesse domingo as fotos do lamentável incêndio florestal nas encostas do Morro dos Cabritos, na Lagoa, no Rio de Janeiro. Segundo declarações do prefeito Eduardo Paes, o incêndio foi mais um crime causado pela prática de soltar balões.
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A área era coberta por vegetação composta por um mosaico de Mata Atlântica, área reflorestada e por vegetação rupestre.
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O fogo é o principal responsável por perda de florestas no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Para combatê-lo, o Estado do Rio de Janeiro adquiriu um avião Airtractor, adquirido em 2001 e que chegou ao Brasil em 2003. O avião tinha fins exclusivos para combate a incêndios. A aeronave ficou mais tempo no hangar e foi raramente utilizada. Há algumas semanas, quando tentava-se finalmente coloca-la em uso, lamentavelmente a aeronave caiu, matando seus dois ocupantes.
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Na cenas mostradas pela televisão, verificamos que para combater o fogo o helicóptero do Corpo de Bombeiros utilizou água salobra da Lagoa Rodrigo de Freitas, captada em equipamentos do tipo "Bambi", um grande recipiente que fica pendurado ao helicóptero e que pode ser enchido de água e esvaziado sobre as chamas. O problema dessa prática é que o efeito da água salgada sobre a área afetada pelo fogo é quase tão lesiva, ou pior ainda que o fogo. Em encostas da Ilha Grande, onde há alguns anos foi utilizada a água salgada para combater incêndios próximo so Pico do Papagaio, a clareira nunca mais se recuperou.

sábado, 19 de junho de 2010

Constelação: Campeonato Europeu da Classe Star


O Campeonato Europeu da Classe Star, disputado em Viareggio, na Itália, terminou no último domingo, contando com uma participação recorde, com 132 barcos, de 26 países. Esses números e a notável qualidade técnica dos velejadores mostram por que a centenária classe Star ainda é considerada a mais competitiva das classes olímpicas.


O Campeonato foi disputado em condições difíceis, com ventos entre fracos e médios e muitas ondas. Diante do grande número de participantes, os organizadores optaram por manter todos os barcos na mesma flotilha e prepararam linhas de largada enormes, com cerca de 0,8 milha de comprimento e com três Comissões de Regatas.


Os campeões foram os alemães Johannes Polgar e Markus Koy. O Brasil terminou com três tripulações entre as 15 primeiras colocações, o que foi abaixo do nosso excelente resultado no Campeonato Mundial realizado em janeiro de 2010, no Rio de Janeiro, quando tivemos 4 tripulações entre os 10 primeiros. Os brasileiros melhores colocados foram Torben Grael e Marcelo Ferreira (8º), Robert Scheidt e Bruno Prada (9º) e Lars Grael e Ronnie Seifert, que terminaram em 13º lugar. Torben Grael e Robert Scheidt, já em ritmo de treinamento olímpico, inauguraram barcos novos. Outro participante de Niterói também foi motivo de orgulho e comemoração. Trata-se de Samuel Gonçalves, ex-aluno do Projeto Grael, que disputou o campeonato com Luiz André Reis, de Brasília. Tiveram boa atuação, tendo conquistado a 9ª colocação na 5ª regata. Terminaram em 56º lugar, ou seja, no meio da flotilha.


Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 19-06-2010.

Conflitos ambientais no litoral


Na semana em que foi inaugurada a CSA – Companhia Siderúrgica do Atlântico, o maior investimento privado no Brasil dos últimos 15 anos, uma outra notícia também chamou a atenção: um grande estaleiro, com investimentos de cerca de R$ 2,5 bilhões, que a empresa OSX planejava instalar em Biguaçu, na Grande Florianópolis, teve a sua licença ambiental negada definitivamente pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo o órgão ambiental, a implantação do estaleiro foi considerada excessivamente impactante para três unidades de conservação federais existentes nas imediações: a Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim, Estação Ecológica de Carijós e Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Independente do mérito do caso específico estaleiro de Biguaçu, o episódio mostra a necessidade que temos de definir urgentemente uma política de uso do litoral brasileiro.
Outros conflitos ambientais podem ser observados em diversos trechos dos mais de 8 mil km de litoral brasileiro. É o caso das baías de Sepetiba (onde se localiza a CSA) e da Guanabara (onde será implantado o COMPERJ), cujos investimentos em implantação mudarão completamente o padrão de uso destas áreas costeiras.
O problema é que a tomada de decisão sobre a implantação desses investimentos ainda é feita analisando-se individualmente cada empreendimento, como acontece no processo de licenciamento ambiental. Infelizmente, o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, instituído pela Lei 7.661/1988, pouco avançou e ainda estamos longe de ter o nosso com um ordenamento adequado.
Só com planejamento poderemos compatibilizar a necessidade de instalação de indústrias e da infraestrutura costeira que o Brasil tanto precisa, com a necessidade de proteção dos ecossistemas e de valorização das áreas turísticas, as praias de lazer etc.


Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 19/06/2010

Guanabara: a sociedade se mobiliza

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) uniu-se a diversas organizações públicas e privadas para formar uma parceria para a criação do Projeto “Baía Nossa de Guanabara”. A iniciativa tem o apoio do IBG – Instituto Baía de Guanabara, Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, Comitê Olímpico Brasileiro, Petrobras, Iate Clube do Rio de Janeiro, Federação de Pescadores e muitos outros. O objetivo do projeto é reunir esforços para construir um movimento da sociedade em defesa da Baía de Guanabara. O Projeto Grael, que desenvolve projetos em defesa da Baía de Guanabara, também participará da iniciativa. Para mais informações, acesse www.baianossadeguanabara.org

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 19/06/2010.

Superação ou circo???

Jessica Watson (16 anos), chega triunfante ao porto de Sydney, na Australia, após dar a volta ao mundo solitária e sem parar.
A americana, Abby Sunderland (16 anos), quebra do mastro em meio a uma tempestade interrompeu a aventura.

Laura Dekker (14 anos), da Holanda. Ainda luta para tentar o récorde, mas apesar do apoio da família, a sua pretenção foi barrada pela Justiça do seu país.
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Que récorde é esse?
A febre do momento no mundo náutico é a aventura de adolescentes que têm se lançado ao mar atrás da conquista do título da mais jovem velejadora a dar a volta ao mundo em solitário e sem paradas. Como a Coluna relatou na semana passada, a perigosa aventura quase fez uma vítima, a americana Abby Sunderland, de 16 anos, cujo barco teve o mastro quebrado enquanto enfrentava os rigores dos mares do sul, onde os ventos são muito fortes, as ondas são enormes e o frio é intenso. A jovem foi resgatada, mas o risco que correu a bordo do barco “Wild Eyes” está gerando muito debate e deveria provocar a reflexão de pais e autoridades.
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Desafio, notoriedade, dinheiro?
Uma das fortes molas propulsoras dessas aventuras é o dinheiro que há por trás, em publicidade, no lançamento de livros, na venda de direitos para documentários, palestras etc.
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Na procura do sucesso midiático, a segurança dessas jovens tem sido negligenciado e candidatas ao recorde, cada vez mais jovens, anunciam o início da sua jornada. As autoridades holandesas responsáveis por assuntos de crianças e adolescentes decidiram se posicionar contra as pretenções de uma velejadoras teen do país. Obtiveram na justiça a proibição para que a velejadora Laura Dekker, de 14 anos, nascida na Nova Zelândia, mas residente na Holanda, iniciasse a sua viagem. Para isso, tiveram que enfrentar os próprios pais de Dekker, que apoiam a empreitada da filha.
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Circo
O interessante de tudo isso é verificar como a disputa tem sido acompanhada pelo público e pela mídia. Enquanto a velejadora australiana Jessica Watson, também com 16 anos, conseguia completar a sua volta ao mundo com sucesso, todas as atenções estavam para a fracassada americana Sunderland, que quase perdeu a vida. O bem sucedido feito de Watson repercutiu muito menos do que o fracasso da concorrente americana. Ao que parece, para o circo que se formou em torno das aventureiras teen, uma história dramática deve vender mais do que o sucesso.
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 19/06/2010.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Conhecendo os botos: Projeto Grael recebe pesquisadores do MAQUA

Na quarta feira, dia 16 de junho de 2010, o Projeto Grael recebeu a equipe do MAQUA/UERJ, grupo de pesquisadores sobre mamíferos aquáticos da UERJ. Os alunos aprenderam sobre a biologia e os esforços de proteção a estes simpáticos vizinhos na Baía de Ganabara.

Equipe do Maqua é recebida pelo oceanógrafo Vinicius Palermo, da equipe de meio ambiente do Projeto Grael.

Ensinando sobre os botos.

Plateia atenta


Anatomia dos botos

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Jabulani: eu torço pela África do Sul




EU TORÇO PELA ÁFRICA DO SUL.
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Calma, gente...!!!! Como os demais brasileiros, torcerei pela Seleção, mas também vou torcer muito pelo sucesso da Copa do Mundo da África do Sul. Torço para que o certame lembre ao mundo de que o sofrido e vilipendiado continente africano existe, que ajude o povo africano a se libertare do estereótipo negativo que carregam pesadamente, que convença o mundo que no continente há gente capaz de encantar tanto pela sua competência e capacidade de organização, como pela alegria de dançar, cantar e celebrar.
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É fascinante que um evento do porte da Copa do Mundo seja promovido sob a inspiração de um verdadeiro e legítimo herói-vivo: Nelson Mandela. Que o seu exemplo de liderança e perseverança, assim como o espírito da jabulani (“celebração”, no idioma nativo e também o nome da bola a ser usada na Copa), contagie o mundo!!!
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Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 12-06-2010.

Gincana Ecológica do Projeto Grael foi um sucesso

Alunos do Projeto Grael na limpeza da praia. Foto Fred Hoffmann.


Cerca de cem alunos do Projeto Grael recolheram um total de 393kg de lixo da Baía de Guanabara, na última quarta-feira, durante a Gincana Ecológica realizada em homenagem à Semana do Meio Ambiente. A atividade, que contou com o apoio da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), tem como foco o problema do lixo flutuante na Baía de Guanabara, tema prioritário dos programas ambientais do Projeto Grael. Munidos de luvas, crianças e jovens velejaram do Projeto Grael até a Praia do Morcego, onde encontraram uma grande quantidade de sacolas plásticas, garrafas pet e potes de margarina. Também foram recolhidos pneus, caixa de descarga, mochila, sapato, tamanco, lanterna, bonecas e até um pote de óleo lubrificante aberto e ainda com produto. A premiação será na quarta-feira.





Da Coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 12/06/2010.

Aldo Rebelo: sem noção...


Nessa semana, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB de SP), relator do projeto de lei de revisão do Código Florestal, apresentou oficialmente o seu relatório. E o resultado é péssimo. Descumprindo o que se espera de um relator - conciliar as visões e opiniões divergentes - o texto de Aldo Rebelo instiga um equivocado antagonismo entre ruralistas e ambientalistas e claramente toma partido de um dos lados: a primeira frase do documento dedica o trabalho aos agricultores.

Portanto, o relatório é tendencioso e provocativo, com um conteúdo xenófobo, antiambientalista e “ONG-fóbico”. Rebelo parte da falsa premissa que a salvação da agricultura brasileira está no avanço da fronteira agrícola sobre as florestas. Ora, o Brasil já tem a maior extensão de terras férteis e aptas para a produção agrícola no mundo. Por que então a ambição ruralista sobre as nossas áreas remanescentes de florestas, já tão raras na maior parte do país? O que a nossa agricultura precisa é de produtividade, extensão rural, capacitação, ciência, crédito, infraestrutura e planejamento.
Uma vez aprovada, dentre outros absurdos, a nova lei anistiará as multas dos desmatadores, dificultará as novas ações da fiscalização ambiental e “flexibilizará” o conceito das Reservas Legais e das APP’s – Áreas de Preservação Permanente, instrumentos do atual Código Florestal que protege as florestas protetoras de encostas, nascentes, margem dos rios etc. Ou seja, sob o argumento da defesa da produção agrícola, Rebelo não se importa que os agricultores e o restante do país fiquem ainda mais vulneráveis à erosão, às enchentes, aos deslizamentos de encostas e ao declínio dos mananciais.

Enfim, há um consenso que o atual Código Florestal precisa ser aperfeiçoado, mas o resultado do trabalho do relator é um desserviço, que não ajuda absolutamente na construção de uma nova regra que seja exequível e abrigue os interesses comuns de uma agricultura eficiente e coerente com o sonho de um Brasil sustentável.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 12/06/2010.

sábado, 5 de junho de 2010

Violência contra o Código Florestal: veja o excelente artigo de Miriam Leitão no O Globo.



Miriam Leitão

Por que o Código Florestal tem que ser mudado? Dizem que é para ter mais área para a agricultura. Especialistas da USP lançarão um estudo mostrando que o Brasil tem 61 mil hectares de área já desmatada de alta e média produtividade agrícola e que não está sendo usada. Proteger topo de morro, encostas íngremes e mata ciliar é impossível ou a coisa sensata a fazer?

Na próxima semana, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresentará seu relatório de mudança do código florestal. O deputado, pelo que disse ao GLOBO no domingo, está convencido de que a lei não pode ser cumprida e que os produtores devem ter uma moratória de cinco anos para se adaptar a ela. A lei tem 50 anos. Meio século pelo visto não foi tempo suficiente para os produtores respeitarem a lei.

Se o deputado Aldo Rebelo não apresentar alguém que foi preso pelo “crime” de tirar uma minhoca da beira de um rio, então seu argumento contra o atual Código Florestal será apenas mais uma das suas caricaturas. Como é caricatural a ideia de que quem luta pela preservação do meio ambiente é contra o desenvolvimento do país ou está à serviço de potências estrangeiras.
O deputado Rebelo pelo que ele já disse sobre seu projeto demonstrou que ouviu apenas as razões de uma das partes. Fazer audiências públicas com pessoas que divergem só vale se for para ouvir e ponderar o que cada parte tem a dizer. Se é para considerar apenas o que uma parte disse, então o ritual é figuração.

Ele quer provar que a lei é radical, protege exageradamente o meio ambiente. Precisará convencer que em 1965 a consciência ambiental era uma obsessão radical do governo militar. Quer provar também que a lei atende a interesses de ONGs que teriam o interesse maligno de conspirar contra o desenvolvimento do Brasil.

Também será preciso convencer que os militares de então fizeram uma conspiração com as atuais ONGs para impedir o progresso brasileiro. Uma impossibilidade intertemporal; para não chamar de delírio.

A proposta de que se delegue aos estados o direito de fixar qual é a reserva legal que deve ser respeitada ou a delimitação das áreas de preservação permanente tem um precedente. Santa Catarina, depois da tragédias das chuvas em novembro de 2008, aprovou uma lei mais flexível. Foi uma decisão insensata depois de um aviso tão eloquente da natureza. As Áreas de Preservação Permanentes (APPs) não são um capricho da lei. São uma decisão racional: proteger as áreas mais frágeis como os topos de morros, terrenos mais inclinados, as matas ciliares dos rios, as encostas. No cenário das mudanças climáticas, com eventos mais extremos, ser mais permissivo pode ser contratar desastres.

Paulo Barreto, pesquisador sênior do Imazon, explica que além disso é inconstitucional ter uma lei estadual mais flexível que uma lei federal:

— A lei estadual só pode ser diferente se for para ser mais rigorosa. Além disso, baseado em que vai se flexibilizar? Dizem que vão ouvir a ciência. Vão ouvir a ciência conveniente. O que é necessário é ouvir amplamente os cientistas de diversas correntes e áreas sobre os riscos dessas mudanças.

Ele diz que ficou cansado de ir a audiências públicas em que deputados e senadores apareciam, falavam absurdos, e se retiravam sem ouvir os contra-argumentos às suas teses:

— Sonho com um debate que não seja enviesado, um processo baseado nas perguntas certas e mediado por profissionais em resolução de conflitos ou estadistas. A pergunta deveria ser: que código florestal precisamos para garantir a proteção e a produção? Os pontos polêmicos de cada questão deveriam ser objeto de estudos de especialistas.

O erro principal da mudança do Código Florestal é se basear na tese de que é preciso anistiar o que foi feito errado. Isso dá um sinal de que é bom desrespeitar a lei e que bobo é quem a respeita. Quem fez tudo direito será prejudicado quando seu vizinho que desrespeitou a lei for anistiado.

O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Jurupari traz indícios das mais variadas fraudes para desmatar espécies nobres da Amazônia. São crimes contra o meio ambiente, cometidos por fazendeiros em conluio com funcionários públicos. Há inclusive manipulação de dados de um sistema de georeferenciamento de propriedades montado por uma empresa privada, que faz o trabalho de forma terceirizada, para quatro estados: Mato Grosso, Pará, Maranhão e Rondônia. O que fazer diante desses crimes? Anistiá-los porque a lei é rígida? Mudar a lei? Dar mais cinco anos para que eles cumpram uma lei que está em vigor há 50 anos? Ou combater o crime e exigir o cumprimento da lei?

O Brasil está diante de uma encruzilhada importante. É grande produtor de alimentos. Será cada vez mais vulnerável às barreiras se continuar desmatando para produzir. Os grandes frigoríficos do Brasil não conseguiram em seis meses comprovar que seus fornecedores não estão desmatando, exigência do pacto contra o desmatamento. Ganharam mais seis meses de prazo. O Ministério Público começou uma forte campanha com filmes e áudios tentando sensibilizar o consumidor de carne produzida na Amazônia de que ele pode estar incentivando o desmatamento.

A encruzilhada é: apertar o cerco a quem pratica crime ambiental ou mudar a lei para beneficiar quem a descumpriu? Se for a segunda opção, o país tem que se perguntar até que ponto vai flexibilizar, porque, não sejamos ingênuos, novas concessões serão exigidas para anistiar novos crimes.


Verde Dia / Ver de dia: por um ambientalismo longe das sombras

Mico leão dourado: espécie salva da extinção.


Por um ambientalismo movido pelos sonhos e pela responsabilidade coletiva, não pelo pânico. Precisamos tirar o foco do discurso único da ameaça e do medo do futuro!!!

Comemora-se hoje o Dia Mundial do Meio Ambiente. Como sempre, a mídia repercutirá tragédias como o vazamento de óleo do Golfo do México (o maior acidente ambiental da história), as tentativas de desfiguração do Código Florestal ora em curso no Congresso Nacional, denúncias de poluição, entre outros crimes ambientais. Isso é muito importante e necessário, pois alerta para a grave dimensão dos problemas ambientais e chama a sociedade à ação. No entanto, preocupa-nos que a mensagem ambiental tenha, com freqüência, um tom apenas catastrofista e um forte conteúdo pessimista.

Não defendemos um otimismo cego e alheio aos problemas ou um ufanismo exagerado e ingênuo. O que nos opomos é a ênfase única no desastre, na destruição, na visão de um passado idílico que se perdeu e um futuro sempre sombrio. Mostrar também problemas ambientais que se resolvem, produz a mensagem para o público que a construção de um outro mundo é possível. Ou seja, boas notícias também podem ser mobilizadoras, tanto ou mais do que a tragédia. Os desafios ambientais são enormes, mas temos que enfatizar também que há uma marcha em curso para a construção de uma nova realidade, mais ambientalmente responsável e rumo à sustentabilidade do planeta. Precisamos promover um engajamento crescente de pessoas movidas por sonhos e não por pesadelos, comprometidas com a mudança e com o sucesso, para que a velocidade das mudanças se acelere.

Portanto, convido o leitor a ficar atento aos ataques ao Código Florestal no Congresso Nacional, ou torcer para a solução do desastre do Golfo do México, mas, acima de tudo, comemorar alguns feitos importantes, como por exemplo:
- nos últimos anos, o Brasil criou cerca de 50% das unidades de conservação criadas em todo o mundo;
- reduziu-se significativamente o desmatamento no Rio de Janeiro, bem como na Amazônia (embora as queimadas tenham aumentado);
- cresce a mobilização contra o problema do lixo;
- começam a surgir avanços na agenda climática mundial;
- avança a responsabilidade ambiental nas empresas
- e veículos não poluidores movidos a energia elétrica começam a sair das pranchetas para as ruas, a exemplo do que acontece na China. Naquele país, motocicletas elétricas já são uma realidade e são os únicos veículos permitidos no centro das grandes cidades, como a capital Pequim.

O mundo está salvo por causa disso tudo? Ainda não! Há muito ainda por se fazer, mas, há um crescente esforço em curso. O importante é que mais gente se engaje!!

Axel Grael


Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O fluminense, 05/06/2010.

Niterói Capital da Vela


Sob a liderança de Cesar Serrão, comodoro do Iate Clube Brasileiro, clubes náuticos e velejadores de Niterói começam a se mobilizar para fazer com que a cidade seja reconhecida como a Capital da Vela no Brasil. Nada mais justo. Niterói foi o berço da vela no Brasil, abrigando o iate clube mais antigo do país, justamente o Iate Clube Brasileiro. A cidade realiza competições de vela praticamente todo final de semana, é a terra de inúmeros campeões olímpicos, mundiais e brasileiros e tem a atividade náutica associada a sua história.

A notícia é ótima, pois vem de encontro a um longo esforço neste sentido, iniciado pela organização Companheiros das Américas, que integra esforços entre o estados do Rio de Janeiro e Maryland, nos EUA. A capital do estado de Maryland, Annapolis, é considerada a Capital da Vela nos EUA, e tem a sua economia impulsionada pela náutica. A condição de Capital da Vela oficial dos EUA, credenciou a cidade a receber o Hall of Fame do esporte da vela, o que traz para a cidade a expectativa de um crescente turismo motivado pelo apelo da vela.

Em junho de 2007, os Companheros das Américas trouxeram uma delegação da cidade de Annapolis, que incluía empresários, jornalistas, o presidente do Legislativo municipal e Bob Agee, o "City Administrator". Essa função de "Administrador da Cidade", é um profissional que é nomeado pelo prefeito da e que tem a função de gerir todas as secretarias. Corresponde a um CEO municipal e é uma das figuras mais importantes da cidade.

A referida delegação esteve em Niterói e entregou ao então prefeito de Niterói um "Memorando de Entendimentos", que na verdade era um oferecimento para ajudar a cidade de Niterói a trilhar o mesmo caminho de Annapolis e fazer da atividade náutica um indutor da economia e do desenvolvimento da cidade.

Na ocasião, tivemos pouca repercussão na administração municipal de Niterói, bem como dos próprios iate clubes. Por isso, louvamos a iniciativa do comodoro Cesar Serrão de empunhar essa bandeira. Que a ideia triunfe, para o bem da náutica, da geração de empregos e do futuro de Niterói!


Baseado em nota da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 05/06/2010.

Polêmica, mas cobiçada


Ainda recuperando-se de longa crise que parecia que a levaria à extinção, a mais antiga e tradicional competição da vela mundial - a America’s Cup, disputada há 159 anos - continua sendo uma fonte pródiga de polêmica e boataria. Seria isso uma vocação recente ou prova de vitalidade? A verdade é que a competição mantém o seu charme e ainda é considerada uma das mais atraentes e lucrativas competições do esporte mundial e, para afastar de vez a regata dos tribunais de justiça, onde esteve nos últimos anos, Russell Coutts afirma: “O episódio agora fica para a História. A America’s Cup volta a ter o seu foco no futuro”.

A última novidade nos bastidores é que uma cidade italiana estaria oferecendo 500 milhões de euros para sediar a próxima edição da competição, tirando-a da sua sede natural, que seria o Golden Gate Yacht Club, na Baía de São Francisco, EUA. Pela regra e pela tradição da Copa América, o anfitrião é sempre o detentor do troféu na ocasião. Portanto, o clube da Califórnia só deixaria de ser a sede da competição na hipótese improvável de abrir mão de fazê-lo em favor de algum outro porto. Velejadores americanos, no entanto, alertam que, mesmo sendo improvável, não é impossível. E já se mobilizam para impedir que as regatas saiam de águas americanas, onde não são disputadas desde 1995.


Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 05/06/2010.

Gincana Ecológica no Projeto Grael


Como parte da Semana do Meio Ambiente, o Projeto Grael realizará, quarta-feira (9), uma Gincana Ecológica. Alunos do turno da manhã e da tarde percorrerão a Enseada de São Francisco e recolherão o lixo flutuante. As equipes serão premiadas conforme os seguintes resultados: peso e volume de lixo recolhido, o lixo mais exótico e a escultura mais criativa a ser feita com o lixo recolhido. A iniciativa terá o apoio da CLIN.

Da coluna Rumo Náutico, de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 05/06/2010.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Leitor do Blog pergunta sobre o ambientalista pioneiro Marcello de Ipanema


O ambientalista Marcello de Ipanema.

Grael, gostaria de saber se você conhece o Marcello Ipanema e se possui algum contato. Quem vos fala é o Anderson, daqui de Niterói.

Abraços!

Anderson Porto

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Ola Anderson,

Marcello de Ipanema era historiador, geógrafo, filósofo, professor e por muitos anos foi membro do Conselho Estadual responsável pelo tombamento de bens históricos e culturais. Publicou livros e estudava a história da imprensa no nosso estado.
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Foi, ainda, um dos pioneiros do ambientalismo no nosso estado e no Brasil. Fundou e presidiu a FAMA - Federação das Associações do Meio Ambiente, quando eu tive a honra de conhecê-lo.
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Quando eu me iniciava como ambientalista, ainda aos 17 anos, organizei uma Regata de Protesto contra a poluição por óleo de sardinha, proveniente das fábricas de pescado de Jurujuba, em Niterói. Era 1980. Marcello de Ipanema, sempre solícito e atento às iniciativas em defesa do meio ambiente, me procurou e ofereceu ajuda. Esteve presente à manifestação, que reuniu cerca de 70 barcos que percorreram a orla da Enseada de São Francisco, com as velas ostentando inscrições de protesto, tais como: "Abaixo à poluição", "Salve a Baía de Guanabara", "Não aos tubarões da sardinha". Foi esta provavelmente a primeira manifestação ambientalista em defesa da Baía de Guanabara.
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Marcello, na ocasião, nos emprestou o seu "know how" e disse: "mobilize a imprensa!!!!" Seguimos a sua orientação. Além de outros veículos da imprensa de Niterói e do Rio, chamamos um certo programa de TV que acabara de iniciar. Chamava-se "Fantástico", da TV Globo. Para a nossa satisfação, eles vieram e deram uma boa publicidade à nossa causa.
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Depois do sucesso da "Regata de Protesto", Marcello Ipanema sugeriu que aquele grupo de jovens se organizasse em torno de uma organização ambientalista. Surgiu então, outubro de 1980, o MORE - Movimento de Resistência Ecológica, do qual fui um dos fundadores e seu primeiro presidente. Comigo, na fundação do MORE, estavam o ainda estudante de direito Hilário Alencar, o então estudante de biologia Eric Fischer Rempe e os jornalistas Jardel Azevedo Ferre e Luiz Antônio Mello.
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Era uma época de um ambientalismo engajado, de muitos sonhos e idealismo. Faziam parte da FAMA, além de Marcello de Ipenema, pessoas emblemáticas da luta ambiental no RJ, como Aristides Soffiatti (Campos), Radamés Marzullo (Magé), Ruth Christie (Rio), Anita Mureb (Araruama), Fernanda Colagrossi (Região Serrana), May Terrel (Maricá), etc.
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Infelizmente, como alguns da lista acima, Marcello de Ipanema já nos deixou. Faleceu em 1993 e deixou saudades. Ipanema e seus pares fazem muita falta ao movimento ambientalismo de hoje, mais partidarizado do que politizado, mais personalista do que altruísta, mais "profissional" do que sonhador...

Axel Grael.

Vide: http://axelgrael.blogspot.com/2009/12/serra-da-tiririca-e-lagoa-de-itaipu-sao.html

Congresso de RSE na Espanha oferece ótimas conclusões

Publicamos, a seguir, as interessantes conclusões do I Congresso Nacional de RSE (Responsabilidade Social Empresarial), realizado em Saragoza, na Espanha.
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1. La RSE forma parte del cambio que la sociedad está pidiendo a las estructuras económicas, empresariales y a las Administraciones Públicas.
2. La RSE es la búsqueda de la excelencia en todos los campos de la actividad empresarial con criterios de sostenibilidad. Sus objetivos últimos son la transparencia, la credibilidad y la confianza a través de comportamientos éticos en todas las actividades de la empresa.
3. La RSE engloba un amplio conjunto de actividades y estrategias, tanto internas como externas; no existe una única forma de ser empresa socialmente responsable.
4. La Administración pública debe intervenir en aquellos aspectos que favorezcan y estimulen la implantación de la RSE en PYMES y grandes empresas, sin olvidar el carácter voluntario de la misma. La apuesta de las Administraciones Públicas por la RSE redunda en beneficios no sólo para las empresas, sino también para toda la sociedad a la que sirven.
5. Un aspecto fundamental de la RSE en PYMES es el fomento de la interacción con los grupos de interés: las partes interesadas en el funcionamiento de la organización.
6. La RSE representa un valor añadido dentro de las actividades de la empresa. Por el contrario, el hacer las cosas mal en aspectos de responsabilidad social tiene un coste para la empresa. La RSE proporciona ventaja competitiva a la empresa que la incorpora a sus prácticas y cultura de empresa.
7. Las PYMES pueden y deben tener comportamientos socialmente responsables.
8. La cadena de valor de las estructuras empresariales constituye un camino de difusión e implantación de estrategias de RSE a las PYMES.
9. El mercado ofrece modelos y guías de actuación para orientar a PYMES a establecer sistemas de gestión de RSE. Cada empresa debe buscar su propio modelo de actuación y sus planes de gestión. Este proceso debe ser previo a la elaboración de los planes de sostenibilidad. Para ello, cada empresa debe reflexionar sobre su modelo sostenible.
10. La memoria de RSE es un instrumento que debe surgir de la gestión socialmente responsable de la PYME, lo que no debe incrementar los costes, sino apoyar la gestión.
11. La memoria de RSE puede constituir un vehículo de comunicación de la gestión socialmente responsable.
12. Debe evitarse que la memoria se realice sólo por imitación, y no sea útil.
13. Ante la triple crisis, ambiental, social y económica, se ha constatado la necesidad de crear un clima de diálogo y colaboración entre las ONGs y las empresas. Las ONGs son imprescindibles para diseñar los sueños, las empresas son imprescindibles para construirlos. El proceso que cada vez más empresas y ONGs están realizando va de la cooperación puntual a las alianzas estratégicas. El tiempo es ahora.
14. La colaboración con ONGs puede constituir otra herramienta de ejercer la RSE para las empresas.
15. La generación de beneficios tangibles a intangibles se produce por una gestión adecuada y un diálogo continuado con los grupos de interés, que permite anticiparse a las amenazas y aprovechar las oportunidades.
16. Hay que mejorar la comprensión de los conceptos de RSE desde el sistema educativo y los medios de comunicación. La aplicación de políticas de RSE debe hacerse desde la convicción, de otro modo no funcionará.
17. Contra y pese a la crisis, hay que reafirmar los valores de la RSE. Educación y cambio cultural son fundamentales, hay que adaptar los programas formativos desde la formación primaria hasta la universidad.
18. La universidad de 2015 ha de incluir el concepto de MODELO SOCIAL de Europa.
19. La RSE no constituye un seguro a todo riesgo, pero sí un instrumento para la gestión de la empresa imprescindible en el momento actual.
20. Los comportamientos éticos manifestados a través de la RSE son y serán un elemento clave de la sostenibilidad de cada empresa individualmente y del conjunto como elementos de la sociedad en la que se integra. Es necesario cambiar la forma de dirigir, gobernar y gestionar las empresas y los Estados para salir de la crisis ecónomica, de valores y de confianza. El cambio es urgente.
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1º Congreso Nacional de RSE. Zaragoza, 27 y 28 de mayo de 2010.
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Aviso aos Navegantes: a sigla PYMES, utilizada várias vezes acima, significa "Pequeñas y Medianas Empresas".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mundaú existe!!!! Ainda bem!!!!



Distrito de Mundaú, Município de Trairi, Estado do Ceará, Nordeste do Brasil
Bacia do Rio Mundaú, Corrente Sul Equatorial

Mais do que um endereço, os moradores do Mundaú querem mostrar que podem ser uma referência. É uma comunidade que corre atrás, que se organiza, pensa grande e ... trabalha para construir coletivamente o seu futuro.

Cansados do abandono, moradores do Distrito de Mundaú decidiram compensar a ausência do poder público juntando forças e organizando o Movimento Mundaú Existe. São professores (a maioria), pescadores, empresários, e lideranças comunitárias. Uma frente em defesa do lugar!

Mundaú é um local paradisíaco. Mar, vento, sol, praias, rio, dunas, mata atlântica, manguezal, pescadores/velejadores, barcos tradicionais com velas de tergal ou de "algodãozinho", muita sabedoria local.

Com a ajuda da ONG Embaixada Social, liderada pelos experientes e atuantes Johnson Sales e Edmar Jr, o Movimento Mundaú Existe promoveu um planejamento para gerar consensos em torno das prioridades para a comunidade. Dentre as prioridades de curto prazo, estabeleceram a vontade de implantar um programa voltado para o esporte da vela.

Em nome da comunidade, Johnson e Edmar que já conheciam o Projeto Grael, nos pediram ajuda. Precisamos de mais de um ano para conseguir compatibilizar agendas e dar o primeiro passo: visitar o local.

Conhecendo o local, constatamos que o Mundaú é "tudo de bom" para desenvolver-se um projeto náutico aos moldes do Projeto Grael:
  • Há uma tradição e uma vocação de vela (os pescadores usam barcos a vela para pescar e já realizam regatas com seus barcos)
  • Há uma valiosa cultura de maritimidade, viva e forte
  • O mar tem águas quentes e as praias são abrigadas dos rigores das ondas por linhas de recifes rochosos: boas condições de segurança.
  • Os ventos são quentes, constantes e fortes
  • Há grandes contingentes de crianças, jovens e adolescente, ávidos por oportunidades e novos desafios.
  • Acima de tudo, percebemos que há motivação e determinação.

O DESAFIO: agora, temos como desafio buscar meios e parcerias para viabilizar a implantação do Projeto Grael no local. Identificamos lugares com vocação para abrigar nossas atividade e podemos dizer que as condições são privilegiadas.

O momento é de colocar os sonhos no papel. Estamos animados.

MUNDAÚ EXISTE. Sorte do Brasil!!

Usufruindo as belezas e as amizades do Mundaú

Passeio no Rio Mundaú.

Christa no manguezal

Privilégio...!

José Edmar Jr e Johnson, da ONG Embaixada Social. Capacidade, articulação e dinamismo.

Christa e os nossos acompanhantes na visita às dunas.

Christa faz amizade nas dunas...

Paraíso: paisagens do Mundaú, Ceará.

Paraíso: dunas e palmeiras.

Manguezais do Rio Mundaú.

Próximo à foz do rio Mundaú.

O rio Mundaú esculpe as dunas.

Mata Atlântica entre as dunas.
Fotos de Axel Grael.

Barcos tradicionais de Mundaú

Marinheiros e barcos tradicionais de Mundau, Município de Trairi, Ceará.