Acabamos de participar da Conferência das Partes - COP 28, da Convenção do Clima da ONU, realizada há poucos dias em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Um dos temas mais debatidos foram as evidências de que as mudanças climáticas não são um problema para o futuro, mas para o presente, ao se verificar a ocorrência recente de desastres climáticos nas mais diversas regiões do mundo, como por exemplo, as inundações na Europa, América do Norte e destruição da produção de alimentos pela seca em outras partes do planeta. No Brasil, verificamos uma seca histórica na região Amazônica, que secou os rios Solimões, Negro, Madeira etc. Enquanto isso, no sul do país, chuvas torrenciais vem custando vidas e causando grandes danos materiais. Ao mesmo tempo, a seca no Pantanal tem causado o descontrole de incêndios em vegetação com enormes danos à fauna, flora e aos ecossistemas.
Niterói tem feito a sua parte para proteger a população mais vulnerável e tem avançado para cumprir a sua responsabilidade para com o planeta.
Em 2013, Niterói começou um ambicioso programa de contenção de encostas, com investimentos de R$ 702.9 milhões, através de 146 contratos. Somando-se os investimentos em drenagem na cidade, os valores aplicados já ultrapassam 1 bilhão de reais na última década. Em 2023, a Prefeitura mantém 19 contratos de contenção de encostas, com investimentos de R$130,5 milhões.Em 2021, criei a primeira secretaria municipal do Clima do país e Niterói está na vanguarda das políticas climáticas locais, envolvendo as pastas do Clima e Defesa Civil.
Portanto, Niterói é uma das cidades que mais investe em resiliência no país e em ações climáticas locais. Após evidenciar um grande despreparo no traumático episódio do Morro do Bumba, em 2010, que comoveu a cidade, a partir de 2013, Niterói passou a estruturar a melhor Defesa Civil do Brasil e desenvolveu um programa de proteção às comunidades mais vulneráveis. Desenvolvemos um detalhado Mapa de Risco Geotécnico, que identificou as localidades de maior emergência para investimentos em contenção de encostas e drenagem, de forma a proteger as famílias em situação de risco.
Também cabe destaque a iniciativa formalizada em 2014 de criação do Programa Niterói Mais Verde, de proteção de áreas verdes da cidade, além da criação do Grupo Executivo de Proteção às Áreas Verdes - GECOPAV, que atua para evitar construções irregulares. Com essa iniciativa, Niterói já possui mais de 56% do seu território protegido por unidades de conservação, protegendo as suas florestas urbanas e evitando a ocupação de áreas de risco geotécnico.
Niterói desenvolve também um amplo programa de reflorestamento de encostas, com o objetivo de recuperar áreas degradadas, proteger e recuperar a biodiversidade, prevenir a erosão e garantir o conforto climático, prevenindo ilhas de calor.
Para proteger as suas florestas dos incêndios em vegetação, a Secretaria Municipal de Defesa Civil e Geotecnia e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade Niterói desenvolvem o programa Niterói Contra Queimadas, incluindo a formação de voluntários dedicados às ações de prevenção e de ajuda ao combate aos incêndios.
Importante lembrar que com os investimentos que tem sido realizados, a cidade já enfrentou chuvas mais intensas do que aquela registrada no episódio do Morro do Bumba, sem perdas de vidas humanas, mostrando os avanços na resiliência de Niterói.
Seguimos trabalhando para proteger a população de Niterói contra os riscos geotécnicos.
Axel GraelPrefeito de Niterói
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