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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Prefeitura de Niterói amplia programa Aprendiz Musical para o início de 2023


Jovens da rede pública de ensino estudam violoncelo em uma das turmas do módulo avançado Divulgação/Lucas Benevides


A partir do ano que vem, iniciativa contará com nova sede e oferecerá 7.500 vagas para alunos regularmente inscritos na rede municipal de ensino; bolsas de R$ 700 são oferecidas para quem se destaca nas aulas

Por Rafael Lopes

A prefeitura de Niterói confirmou a expansão do programa Aprendiz Musical para o início do ano letivo de 2023, com oferta de 7.500 vagas. Atualmente, o projeto que oferece aulas de violino, viola, violoncelo, flauta transversa, cavaquinho, violão e percussão, além de canto e coral, para alunos regularmente inscritos na rede municipal de ensino, conta com 2.100 alunos inscritos, sendo 1.900 na iniciação musical e 200 nos módulos avançados. A expectativa é que o total de alunos dos estágios dois e três, que fazem aulas de música além da grade curricular regular, chegue a 600. Para estes serão disponibilizadas bolsas de R$ 700.

Para isso, o prefeito Axel Grael informa que o imóvel da extinta ONG More Project, no Bairro Chic (Fonseca), está sendo utilizado provisoriamente como sede até a conclusão das obras do histórico casarão Norival de Freitas, no Centro, ficarem prontas.

— Acredito muito na educação e no esporte como caminhos para abrir novas perspectivas aos jovens. E este, sem dúvida, é um dos maiores projetos municipais do Brasil. E vamos inaugurar em breve a Casa Aprendiz, que vai ficar em frente ao Conservatório de Música de Niterói, nosso parceiro nessa jornada. Lá vamos contar com equipamentos mais modernos e salas para concertos. Mas o espaço do Fonseca continuará sendo usado pelo projeto— explica Axel.

Ainda de acordo com o prefeito, as novas reformulações do Aprendiz Musical também vão levar em consideração o apoio assistencial das famílias dos jovens que se inscreverem no programa. Além disso, está em estudo a implantação de aulas de reforço para o Enem, como forma de ajudar os alunos que queiram seguir carreira na música.

— Queremos ampliar a rede de apoio e trazer estas famílias para perto — diz.


Coordenador aprendiz

João Victor Reis, hoje com 32 anos, conheceu o programa aos 11, em abril de 2001, no mesmo ano em que o projeto foi iniciado. Na época, ele era morador da comunidade do Caramujo e aluno da Escola Municipal José de Anchieta, na mesma localidade, e entrou no programa para ter aulas de violino.

Agora, Reis é o novo coordenador do Aprendiz. Ele passou por todas as etapas: foi aluno, produtor e professor. Formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), ele agora quer levar para os participantes do Aprendiz a experiência que acumulou ao longo de sua trajetória.

— Antes do Aprendiz, nunca tinha visto um violino. Eu me lembro bem da primeira aula, no dia 2 de abril de 2001. Minha história com o violino começou assim. Ter sido aluno faz toda diferença. Consigo entender exatamente o que vai funcionar e o que não vai. Quero mostrar aos alunos que eles podem ir além do que existe ao redor deles. Quero fazer com que cada aluno do Aprendiz tenha consciência do que é entrar em um teatro, do que é frequentar um espaço público. O mais importante é formar cidadãos. O Aprendiz é um projeto social de inclusão e cidadania — destaca Reis.

Os estudantes interessados em participar das aulas de música podem se informa na direção das escolas sobre dias e horários das classes ou procurar um professor do Aprendiz. O primeiro estágio da iniciação musical, voltada para turmas do 3º e 4º anos, tem lições durante o horário escolar. Os alunos têm aulas de música uma vez por semana durante 50 minutos. Podem se inscrever estudantes de 10 a 23 anos.

Fonte: O Globo Niterói



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