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domingo, 18 de outubro de 2020

Entrevista ao O Globo Niterói: "Entre a nova e a velha, eu prefiro a boa política’, diz Axel Grael (PDT), candidato a prefeito de Niterói

 



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Hoje, o O Globo Niterói publicou as primeiras entrevistas com candidatos a prefeito de Niterói. Tive oportunidade de expressar algumas das minhas opiniões, propostas e compromissos para a continuidade da gestão do prefeito Rodrigo Neves.

Para saber mais sobre as minhas ideias e projetos para a nossa cidade, acesse www.grael12.com.br


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"Entre a nova e a velha, eu prefiro a boa política’, diz Axel Grael (PDT), candidato a prefeito de Niterói

Ex-secretário de Planejamento defende gestão de Rodrigo Neves, evita falar das denúncias contra o aliado e promete concluir obras prometidas

Leonardo Sodré

Axel Grael: candidato da situação diz que parte dos projetos da atual gestão foi prejudicada pela pandemia de Covid Foto: Divulgação/Leonardo Simplício



NITERÓI — Na edição impressa deste domingo (18) e nos dois próximos domingos, O GLOBO-Niterói publica entrevistas com seis candidatos à prefeitura. O critério para a escolha e a ordem das entrevistas foi baseado no tempo de TV de cada um: Axel Grael e Felipe Peixoto (no primeiro domingo, dia 18), Deuler da Rocha e Allan Lyra (dia 25) e Flavio Serafini e Juliana Benício (1/11).

Candidato da situação, ex-secretário de Planejamento defende o prefeito Rodrigo Neves, alvo de denúncias de corrupção. Afirma que a atual administração é “pautada pela lisura e pela retidão” e garante que, se eleito, concluirá projetos prometidos e não entregues.

O senhor defende a gestão de Rodrigo Neves, fez parte dela e diz que representa a continuidade, mas o prefeito é acusado pelo Ministério Público Estadual de articular repasses com empresários de ônibus para financiar sua última campanha, via caixa dois. Por que o eleitor deve acreditar que isso não acontecerá nesta campanha e que desvios serão combatidos em sua eventual gestão?

Porque fomos muito premiados em várias dimensões, tanto pela gestão quanto pela transparência. Nós tivemos, por três anos seguidos, a nota máxima na avaliação da Controladoria-Geral da União do Ministério Público Federal. Temos um Portal da Transparência com todas as informações sobre a administração pública, com contratos e qualquer tipo de ato administrativo do governo. Implantamos a Controladoria-Geral do Município, com concurso público superdisputado. Ninguém faria isso se a gestão não fosse pautada pela lisura e pela retidão. Os resultados refletem a boa gestão dos recursos.

Para concorrer à prefeitura, o senhor migrou do PV para o PDT e montou uma coalizão com outros 15 partidos. Esse movimento não afasta o eleitorado insatisfeito com a velha política?

O país optou por um modelo multipartidário. A gestão do Rodrigo Neves foi composta por vários partidos que fazem parte da aliança que está apoiando minha candidatura. Entre velha política e nova política, eu prefiro pensar na boa política. Em Niterói, fazemos a boa política, e os resultados comprovam.

Esta é sua primeira candidatura a um cargo eletivo como cabeça de chapa. A falta de experiência dificulta no diálogo com os vereadores?

Eu tenho filiação partidária desde a minha juventude. Fui presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente duas vezes, fui presidente do Instituto Estadual de Florestas, fui subsecretário de Meio Ambiente do Estado, sou servidor público de carreira e passei a minha vida toda na administração pública em cargos de direção. Isso é ter habilidade política, não é só concorrer a cargos eletivos. Sempre tive o convívio com a política. Nos últimos anos, eu conduzi muitas ações com a Câmara dos Vereadores, em audiências públicas, representando a prefeitura nos principais projetos que foram votados.

A atual gestão prometeu obras que não saíram, como a reurbanização da Alameda São Boaventura e a revitalização de toda a orla das praias da Baía. Por que o niteroiense agora deve acreditar?

Temos investimento em todas as áreas. Nunca se investiu tanto na cidade de Niterói. A gestão gerou um acervo de propostas, e tivemos problemas em função da Covid. A obra da orla foi anunciada, o projeto foi concluído, estava tudo pronto para a licitação ser lançada, e aí veio a Covid. Não tínhamos mais as condições adequadas, porque a prioridade passou a ser o enfrentamento da pandemia.

O futuro prefeito assumirá ainda sob o impacto da pandemia. Se eleito, como enfrentará essa situação?

Agora, como qualquer outra cidade, temos que administrar a retomada da economia, para que a cidade volte a gerar os empregos. Nosso foco será na saúde e na economia. Estamos dedicando boa parte do nosso planejamento para esses próximos anos ao esforço de retomada da economia. Nenhuma cidade criou uma política de renda básica que atende metade da população. A capacidade de recuperação de Niterói vai ser muito maior que outras cidades, e isso nos torna mais competitivos para atrair investimentos.

Pretende municipalizar o Hospital Oceânico?

A equipe de saúde da prefeitura avalia, sim, a possibilidade de manter o hospital atendendo a demandas do município, mas isso será decidido mais adiante. Neste momento, o foco é dar atendimento aos pacientes com Covid.

Por quanto tempo pretende manter o Renda Básica municipal e o auxílio às pequenas empresas, com pagamento de parte dos funcionários e dos juros de empréstimos contraídos pelos empresários?

O Renda Básica vai ser mantido até que haja uma vacina. O programa de apoio às empresas também será mantido enquanto for essencial. O nosso planejamento com relação à retomada da economia está no fomento de algumas atividades que são capazes de gerar emprego rapidamente, como é o caso da construção civil e do comércio. Na construção civil, o maior fomentador é a prefeitura, que é quem mais contrata obras. Vamos manter isso. No comércio também. Em função de várias medidas, estamos conseguindo preservar os empregos, ajudando as empresas. Assumimos o compromisso de investir em projetos de infraestrutura nas comunidades. Vamos adotar também, como medida alternativa, uma moeda social para incentivar o comércio nas comunidades.

Como planeja solucionar os engarrafamentos nos acessos à Ponte Rio-Niterói?

A cidade não fica pronta nunca, você vai resolvendo problemas, e novos vão surgindo. Foi assim que fizemos o túnel (Charitas-Cafubá) e a (obra da Avenida) Marquês do Paraná. Apresentamos o compromisso de fazer a obra na Alameda (São Boaventura), que vai levar para lá uma qualidade de solução urbana parecida com a que fizemos na Marquês do Paraná, implantando ciclovias e enterrando fiação. Vai ter um terminal no Caramujo interligado com o (Terminal) João Goulart, no Centro. Vamos ampliar a malha cicloviária e trabalhamos em parceria com o governo francês numa solução de médio prazo que é o VLT, ligando Charitas e o Barreto ao João Goulart.

O senhor fará o VLT?

É possível fazer, mas é necessário que tenhamos as condições ideais para isso nos próximos anos. Como é um projeto que depende de uma PPP, a economia do país tem que melhorar para que tenhamos capacidade de investimento do setor privado.

A prefeitura diz que Niterói está próxima da universalização da rede de esgoto, mas todos os rios da cidade são poluídos. Como pretende resolver isso?

A universalização se refere à oferta da rede e ao tratamento de esgoto, mas para fazer com que os proprietários de cada imóvel façam a conexão correta à rede existem o programa da prefeitura, que é o Ligado na Rede, e o Se Liga, em parceria com o Inea, que faz uma rotina de inspeção de lote por lote para que se identifique o despejo irregular e se notifique o proprietário a fazer a ligação correta.

Fonte: O Globo Niterói





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