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terça-feira, 4 de junho de 2019

SEMANA DE MEIO AMBIENTE DO PROJETO GRAEL: Ameaça ambiental é detectada na fauna da Baía de Guanabara



Na abertura da Semana de Meio Ambiente no Projeto Grael, nesta terça-feira (04), pesquisadores da UFF, UFRJ e UERJ apresentaram os resultados das suas pesquisas na Baía de Guanabara, trabalhos educacionais e resultados da cooperação de seus laboratórios de pesquisa com o Projeto Grael.

A Semana de Meio Ambiente do Projeto Grael tem como tema "O futuro em águas limpas" e tem foco no problema do lixo plástico no mar e a grande preocupação com os microplásticos. Estes também são os temas do trabalho ambiental realizado pelo Projeto Grael com os seus alunos.

Estiveram presentes e foram palestrantes na programação de hoje os seguintes participantes:

  • Comandante Marco Antônio Montes, presidente do Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael
  • Christa Grael, gerente executiva do Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael
  • Axel Grael, um dos fundadores do Projeto Grael
  • Thiago Marques, coordenador de Meio Ambiente do Projeto Grael
  • Halphy Rodrigues e Thiago Santana, da Concessionária Águas de Niterói
  • Adauri Souza e Alexandre Campos, do Instituto Baía de Guanabara - IBG
E os seguintes pesquisadores:
  • Prof. Eduardo Almeida - UFRJ, zoólogo e biólogo marinho, desenvolve pesquisas sobre a presença de microplásticos no organismo de crustácios e outros elementos da fauna na Enseada de Jurujuba e na Baía de Guanabara
  • Prof. Wilson Thadeu Valle Machado - UFF, doutor em geoquímica ambiental, apresentou estudos de contaminação por poluentes em organismos da Baía de Guanabara
  • Eng. Jossana Gomes - UFF, pesquisadora sobre a presença do lixo flutuante na Baía de Guanabara
  • Prof. Melanie Lopes da Silva, UFF, pesquisadora sobre a presença de lixo nas praias de Niterói e desenvolve trabalho com educação ambiental.
  • Prof. Fabio Hochleitner, do LAMCE/COPPE/UFRJ, meteorologista, pesquisador com Tese de Doutorado na área de Sensoriamento Remoto aplicado no monitoramento de microplásticos em suspensão na superfície do Oceano, em particular da Baía de Guanabara.
  • Márcio Cataldi, UFF, meteorologista e doutor em engenharia civil, é um dos mais próximos colaboradores do Projeto Grael, desenvolvendo conosco o programa Barco-Escola.

Na fase de perguntas, alunos, colaboradores do Projeto Grael e outros participantes da programação da Semana de Meio Ambiente debateram com os palestrantes sobre os temas apresentados.

O NOSSO AGRADECIMENTO AOS PALESTRANTES NO EVENTO E, ACIMA DE TUDO, A COLABORAÇÃO QUE TÊM DISPENSADO AO PROJETO GRAEL

Axel Grael
Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael



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Ameaça é detectada na Baía de Guanabara

Semana de Meio Ambiente realizada pelo Projeto Grael tem como tema “O Futuro em Águas Limpas” e conta com debates, oficinas, gincanas e outras atividades. Divulgação/Projeto Grael


Isabelle Villas Boas

Pesquisa revela a presença de microplásticos em siris analisados

Uma análise na Baía de Guanabara revelou que todos os siris analisados têm microplástico em seus organismos. O estudo, de pesquisadores da UFF e da UFRJ, foi apresentado na abertura da Semana do Meio Ambiente do Projeto Grael, que ocorreu na tarde desta terça-feira (4) na sede da instituição. Nesta semana, marcada pelo Dia Mundial do Meio Ambiente instituído pela ONU, comemorado nesta quarta-feira (5), a ideia do Projeto Grael é alertar e conscientizar a população.

“Está sendo realizada uma análise em quatro espécies de siris na Baía de Guanabara, tanto nos trechos que contemplam Jurujuba quanto Boa Viagem. Estamos observando as vias de entrada e analisando estômago e brânquias, que são os lugares onde o microplástico pode acumular. E nas análises preliminares, referentes somente aos trechos de Jurujuba, vimos que todos os siris analisados tinham microplásticos no organismo, com uma grande quantidade no estômago, especificamente. Esse microplástico é predominantemente formado por filamentos que acreditamos ser de linhas de pescas e tecidos de uso cotidiano”, declarou o pesquisador Eduardo Almeida.

De acordo com o pesquisador, o resultado preliminar do estudo – que está sendo desenvolvido há um ano e meio e deve ser finalizado até o final deste ano – é preocupante. Ele teme que outras espécies também já estejam contaminadas.

“Escolhemos os siris como um grupo inicial a ser estudado, mas a perspectiva é que outros animais também sejam analisados. É provável que sejam analisados mexilhões e outros organismos, que, além de serem importantes para o ambiente, também são consumidos pela população”, explicou.

Os microplásticos são pequenas partículas fragmentadas de plásticos, considerados por biólogos como um dos principais poluentes dos oceanos. Quando ingeridos por animais marinhos, podem, consequentemente, chegar até a cadeia alimentar dos humanos. Pesquisas apontam a presença de substâncias tóxicas e cancerígenas nos microplásticos, que são usados em produtos de beleza e higiene pessoal como esfoliantes e pastas de dente, por exemplo.

Dados da ONU revelam que aproximadamente 8 milhões de toneladas de plásticos chegam aos oceanos e representam uma média de 90% do lixo flutuante nos mares. A estimativa é que, até 2050, se o ritmo de poluição marinha não for desacelerado, será encontrado mais plástico do que peixes no oceano.

A Semana do Meio Ambiente tem como tema “O Futuro em Águas Limpas” e conta com debates, oficinas, gincana ecológica, caravana da ciência e ações educativas para o público em geral até o dia 7, de 8h às 17h. O Projeto Grael fica na Av. Carlos Ermelindo Marins, 494, em Jurububa.


Fonte: O Fluminense










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