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sábado, 29 de junho de 2019

FAO firma parceria para proteger recursos naturais e povos da Amazônia



A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) firmaram nesta quarta-feira (26) uma nova parceria para trabalhar na conservação e na restauração dos recursos naturais na Amazônia. A cooperação entre os organismos prevê um diálogo permanente com as comunidades locais e os povos indígenas da região.


Vista aérea da Floresta Amazônica, próximo a Manaus (AM). Foto: Flickr (CC)/CIAT/Neil Palmer


A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) firmaram nesta quarta-feira (26) uma nova parceria para trabalhar na conservação e na restauração dos recursos naturais na Amazônia. A cooperação entre os organismos prevê um diálogo permanente com as comunidades locais e os povos indígenas da região.

O acordo das duas instituições lança as bases para fortalecer a gestão sustentável de uma área que é fundamental ao equilíbrio climático do mundo. A parceria vem acompanhada de um plano de ação para superar as brechas econômicas e sociais que persistem na Amazônia.

“Os desafios da região amazônica, como os de todos os outros ecossistemas de grande importância, são tanto de caráter ambiental, social e econômico, como cultural. A Amazônia sofre ameaças que vão desde a mudança do uso do solo e da terra, o desmatamento, a implementação de certas infraestruturas sem boas práticas até o comércio ilegal da fauna e da flora”, afirmou a secretária-geral da OTCA, Alexandra Moreira Lopez, durante a assinatura do acordo.

“Essa colaboração nos ajudará definitivamente a trabalhar em áreas muito importantes, como a gestão sustentável da floresta amazônica e de seus recursos hídricos.”

A especialista ressaltou ainda a importância de proteger um ecossistema “vasto e rico em recursos naturais”, sem esquecer que ele é habitado por 40 milhões de pessoas.

“Não podemos falar apenas de uma gestão de preservação dos recursos naturais, mas, necessariamente, também temos que falar do uso sustentável da sua biodiversidade e (falar) em gerar instrumentos e ferramentas para as economias dessa região”, disse Alexandra.

A especialista defendeu a criação de oportunidades para os moradores da Amazônia, a fim de diminuir as desigualdades que existem na região e em toda a América Latina. “O trabalho conjunto permitirá que sejamos criativos na geração dessas ferramentas e na melhoria das cadeias produtivas derivadas do fornecimento de produtos da floresta e dos recursos hídricos, incluindo os produtos pesqueiros e da aquicultura.”

O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, enfatizou a importância da cooperação internacional para a proteção da Amazônia e dos seus povos.

“Acredito que todos estamos de acordo com (o fato de) que, se não unirmos esforços, não conseguiremos preservar o patrimônio fundamental que a Amazônia representa nem conservar as tradições e modos de vida que permitiram que a biodiversidade do pulmão do planeta beneficiasse não apenas os oito países da bacia amazônia, como também toda a humanidade”, afirmou o chefe da agência da ONU.

A FAO tem uma ampla tradição de trabalho em questões de floresta, preservação dos recursos hídricos e do meio ambiente e apoio aos direitos dos povos indígenas. O organismo é uma das organizações convidadas a dar contribuições técnicas para a Assembleia Especial para a Região Pan-amazônica, realizada pelo Sínodo dos Bispos, encontro convocado pelo papa Francisco para outubro de 2019, no Vaticano.

A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é uma instituição intergovernamental formada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A entidade incentiva o desenvolvimento sustentável e a inclusão social na Amazônia.


Fonte: Nações Unidas no Brasil








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