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domingo, 30 de junho de 2019

Com filmes brasileiros, UNESCO disponibiliza mostra online de cinema indígena



Crianças indígenas Kuna deslocadas por conta dos conflitos armados na Colômbia. Foto: ACNUR/ B.Heger


Realizado neste mês pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Festival de Cinema Indígena Online disponibilizou 92 produções audiovisuais que abordam a diversidade linguística e cultural das populações originárias. Com foco em obras feitas na América Latina e Caribe, a mostra conta com documentários brasileiros sobre os povos Kalapalo e Kawaiwete.

Realizado neste mês pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Festival de Cinema Indígena Online disponibilizou 92 produções audiovisuais que abordam a diversidade linguística e cultural das populações originárias. Com foco em obras feitas na América Latina e Caribe, a mostra conta com documentários brasileiros sobre os povos Kalapalo e Kawaiwete.

A iniciativa foi promovida em junho por ocasião da Semana da América Latina e Caribe, realizada dos dias 3 a 7 na sede da UNESCO, em Paris. O festival é parte das ações da agência da ONU para comemorar o Ano Internacional das Línguas Indígenas (2019).

O organismo das Nações Unidas lembra que os idiomas dos povos indígenas carregam competências e conhecimentos inestimáveis, permitindo que os falantes dessas línguas participem do desenvolvimento construtivo, dinâmico e criativo da sociedade. A UNESCO acredita que as línguas indígenas têm o potencial de beneficiar não apenas as populações locais, mas também a humanidade inteira.

O festival apresenta mais de 80 filmes de cineastas profissionais da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, El Salvador, México e Peru.

A seleção contempla uma variedade de idiomas indígenas, falados por entrevistados de documentários e personagens de ficção. Entre as línguas gravadas, estão o Damana (Povo Wiwa), Kamëntsá, Awápit, Namtrik (Povo Misak), Nasa yuwe, Mojeño Ignaciano, Chacobo, Chiquitano, Kalapalo, Matlatzinca, Tojolabal, Tojono, Otomí, Waorani, Movima, Machineri, Cavineño, Huasteco, Yaqui, Tseltal, Huichol, Qhas Qut Suñi Urus, Uru Chipaya, Moré, Tsimane, Ch’ol, Mayo, Purépecha, Seri, Cucapá, Weenhayek, Náhuatl, Nasa yuwe, Guaraní, Mosenten Beni, Kayabi/Kawaiwete, Millcayac, Matapi, Tinigua, Tehuelche, Guaná, Chaná, Uru uchumataqu, Tapiete, Awajún, Quechua, Amahuaca, Taushiro, Sapanish.

As produções discutem temas como o conhecimento indígena sobre o meio ambiente, educação, produção e consumo sustentáveis, preservação do patrimônio cultural e natural e o papel das mulheres indígenas. As obras estão disponíveis com legendas em inglês/espanhol.

Com o festival, a UNESCO quer reiterar que as línguas indígenas e os seus sistemas de pensamento representam uma fonte valiosa de conhecimentos para o desenvolvimento sustentável, a consolidação da paz e os processos de reconciliação nas sociedades. Esses idiomas, na visão da agência da ONU, trazem informações importantes para os contextos ambientais, educativos, econômicos, sociais e políticos.

Esses saberes também podem ser fonte de soluções originais para problemas contemporâneos como as mudanças climáticas, uma vez que os povos indígenas desempenham um papel central na preservação da natureza.

Confira as obras da mostra clicando aqui ou abaixo.


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