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sábado, 27 de abril de 2019

Corredor de transporte da TransOceânica entra em operação



OPINIÃO:

ORGULHO E REALIZAÇÃO

Para mim, hoje foi um dia de alegria e realização por que entrou em operação definitivamente o Corredor Viário do BHLS TransOceânica, uma moderna solução de mobilidade que liga a Região Oceânica de Niterói ao Terminal Hidroviário de Charitas, através do Túnel Charitas-Cafubá. De Charitas, o sistema continua até o Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro de Niterói. 

A obra é esperada há 40 anos e passou por promessas de várias gestões, até que finalmente foi viabilizada pela Gestão de Rodrigo Neves. 

A TransOceânica foi concebida para suprir a Região Oceânica de uma solução de transporte coletivo de alta eficiência, com a concepção de desestimular os deslocamentos por automóvel. Para isso, optou-se pela modalidade do BHLS (Bus of High Level of Service), capaz de oferecer condições de competitividade com a opção do automóvel, devido à rapidez (pista exclusiva), conforto (carros de chassis baixos, climatizados), confiabilidade (pontualidade) e sem necessidade de transbordo, com conexão direta aos bairros.

Dimensionado para transportar 125 mil passageiros/dia, na fase atual, o sistema poderá ser redimensionado para atender a um público bem maior, caso haja demanda. A TransOceânica diminuirá o tempo médio de deslocamento em cerca de 30%.

O túnel Charitas-Cafubá, primeira entrega da TransOceânica e que completa dois anos de funcionamento agora em maio de 2019, conta com um Centro de Controle Operacional (CCO Túnel), que utiliza um sistema inteligente de monitoramento com equipamentos que informam, em tempo real, tudo que acontece em suas galerias. O sistema permite o rápido acionamento de órgãos de socorro e segurança em caso de necessidade. São 49 câmeras, seis painéis de mensagens, 80 interfones de emergência e 200 sinalizadores de evacuação de área.

O túnel conta ainda com monitoramento de poluentes 24h/dia e acionamento automático de turbinas de ventilação, além de gerador de energia elétrica para casos de interrupção de fornecimento regular.

Resultado de muito trabalho

Participei da TransOceânica desde a sua concepção. Em novembro e dezembro de 2012, antes mesmo do prefeito Rodrigo Neves tomar posse (em janeiro de 2013), preparei a proposta inicial e fui com o prefeito para Brasília, onde conseguimos incluir o projeto no PAC da Mobilidade, com a ajuda da presidente Dilma Rousseff e da ministra Miriam Belchior, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Foi o meu primeiro resultado de captação de recursos para Niterói, atribuição que o prefeito Rodrigo Neves me concedeu, com a criação do Escritório de Gestão de Projetos - EGP/NIT, instituído pela Lei 3023/2013, publicada em 23 de março de 2013, hoje vinculado à SEPLAG e ainda sob a minha coordenação.

Após a garantia dos recursos, acompanhei o planejamento e detalhamento do projeto junto com os arquitetos e urbanistas Verena Andreatta e Renato Barandier, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade. 

Coordenei a realização do licenciamento ambiental, com a realização do maior e mais complexo EIA/RIMA já realizado em Niterói e acompanhei a sua tramitação e aprovação junto ao Instituto Estadual do Ambiente - INEA. Cabe destacar que a TransOceânica foi concebida de forma a ter impactos urbanos, sociais e ambientais muito menores do que iniciativas similares, como os BRT´s da cidade do Rio de Janeiro. Houve menos desapropriações, o traçado da TransOceânica foi adaptado ao máximo ao tecido urbano e ao longo da sua extensão, foram implantadas novas praças, jardins e a arborização urbana foi ampliada e renovada. 

Dentre as medidas de gestão ambiental destacam-se o sistema de monitoramento da qualidade do ar, dos rios, os cuidados com os impactos sobre a biodiversidade e o trabalho de resgate arqueológico, cujos resultados estão agora expostos no Museu Arqueológico de Itaipu.

Depois, houve o longo período de implantação das obras, com os naturais transtornos causados à população, devido às intervenções diretamente na Estrada Francisco da Cruz Nunes. Acompanhamos todo o período de diálogo com a população e as intermináveis reuniões para ter certeza que tudo estava avançando da forma correta. 

Nesse período de implantação, cabe destaque o trabalho realizado pelas equipes da Secretaria Municipal de Obras, da EMUSA e do Consórcio TransOceânica. Nessa fase, um grande esforço foi empreendido pelos engenheiros Vicente Temperini e Lincoln Silveira. 

Na reta final, tivemos um esforço decisivo das equipes das empresas de ônibus que farão a operação da TransOceânica.

Prioridade para sustentabilidade da Região Oceânica

A concepção da TransOceânica não foi o único investimento da Prefeitura de Niterói na Região Oceânica. Junto com a solução de mobilidade, foram feitos ou estão em execução investimentos de pavimentação, drenagem e requalificação de todos os bairros da região. 

Para complementar a TransOceânica e potencializar ainda mais os seus resultados, desenvolvi o Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável) e obtivemos os recursos de mais de R$ 300 milhões, junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), para complementar a obra do BHLS e do túnel, investir na infraestrutura urbana, implantar parques e preparar a despoluição dos sistema lagunar de Piratininga e Itaipu. Também faz parte do PRO-Sustentável, a implantação de 60 km do sistema cicloviário da Região Oceânica, cujas obras iniciam ainda em 2019 e serão concluídas em 2020. 

Cabe destacar que a presença da bicicleta é um dos destaques da TransOceânica que conta com ciclovias nas duas galerias do Túnel Charitas-Cafubá, paraciclos em todas as estações e, futuramente, terá bicicletários cobertos próximo a algumas estações. Ao longo de toda a extensão da TransOceânica, foram implantadas ciclovias, ciclofaixas ou ciclorotas, na própria via, ou em vias nas proximidades, onde o espaço disponível não era suficiente.

Portanto, a TransOceânica é uma grande conquista para Niterói e um passo decisivo na caminhada da cidade para a sustentabilidade urbana.

Parabéns a todos os profissionais que ajudaram a viabilizar a TransOceânica e parabéns ao prefeito Rodrigo Neves por ter liderado todo este processo.

Viva Niterói!

Axel Grael
Secretário
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão - SEPLAG
Prefeitura de Niterói




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Corredor de transporte da TransOceânica entra em operação





27/04/2019 - O corredor de transportes da TransOceânica entrou em operação neste sábado (27). A migração dos ônibus municipais para a pista exclusiva acontecerá de forma gradual. Nesta primeira fase, foram criadas três novas linhas, com ônibus automáticos no sistema BHLS (Bus of High Level of Service), que seguirão até o Centro de Niterói via túnel Charitas-Cafubá: Oceânica 1 (Piratininga x Centro), Oceânica 2 (Itaipu x Centro) e Oceânica 3 (Itaipu x Centro via Engenho do Mato).

Não haverá necessidade de baldeação, já que dos pontos finais (em Itaipu e Piratininga) até acessar a via expressa, os coletivos continuarão fazendo o itinerário atual, atendendo os passageiros nos pontos já utilizados.

Diferentemente do que ocorre no sistema BRT, os coletivos não trafegarão apenas no leito do corredor expresso. Os veículos têm portas dos dois lados para também circularem pelas ruas e avenidas que não contam com a via exclusiva. O valor da passagem, que atualmente é de R$ 3,90, será o mesmo das demais linhas municipais.

A população permanecerá atendida em todos os trajetos. As novas linhas Oceânicas, que seguirão até o Centro de Niterói, irão substituir as linhas 38 (Itaipu), 39 (Piratininga) e 39B (Piratininga x Charitas) e 38B (Itaipu x Charitas). Continuam em operação na Região Oceânica, sem passar pelo túnel Charitas-Cafubá, as seguintes linhas: 38A (Itaipu x Centro via Largo da Batalha), 39A (Piratininga x Centro via Largo da Batalha); 46 (Várzea das Moças x Centro via Largo da Batalha e Praia de Icaraí), 52 (Baldeador x Itaipu via Largo da Batalha) 54 (Sapê x Piratininga), 55A (Várzea X Piratininga). Apenas a linha 52A (Baldeador X Itaipu via túnel Charitas-Cafubá) sofrerá alteração. O novo trajeto será feito entre o Baldeador e Charitas. 







O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, ressaltou que a cidade é a única do Estado do Rio com esse modelo de transporte, e lembrou que o município tem a menor tarifa de Região Metropolitana e a frota mais climatizada do Rio de Janeiro, com 90% dos ônibus climatizados.

“O sistema BHLS é uma evolução do BRT, implantado na cidade do Rio. Niterói ficou muito tempo sem investimentos em infraestrutura. A operação do corredor possibilitará uma redução no tempo de viagem do usuário em cerca de 30%. Fizemos o nosso dever de casa, com planejamento, seriedade, gestão responsável, e conseguimos entregar o túnel Charitas-Cafubá em menos de dois anos. Já passaram mais de 25 milhões de veículos pelo túnel. São pessoas que ganharam mais tempo para ficar com as suas famílias”, disse o prefeito, ressaltando que a operação do corredor de transporte permitirá a migração de 44% do tráfego de ônibus municipais para a pista exclusiva.

A via exclusiva para ônibus do sistema BHLS tem 9,3 quilômetros de extensão, 13 estações em 12 bairros e liga a Região Oceânica à Zona Sul de Niterói através do túnel Charitas-Cafubá. A obra, esperada há mais de 40 anos pelos niteroienses, irá reduzir o tempo de percurso em cerca de 30% e beneficiará 125 mil pessoas diariamente.

Rodrigo Neves lembrou que a Estrada Francisco da Cruz Nunes era uma via precária e registrava o maior índice de acidentes com vítimas em Niterói. “Hoje, a Francisco da Cruz Nunes é uma avenida, com iluminação de LED, galerias de macrodrenagem, paisagismo e calçadas”, enfatizou.

Neves explicou que esta é a maior obra de mobilidade urbana já realizada na história de Niterói, e contou que, na atual gestão municipal, já foram implantados na Região Oceânica mais de 20 quilômetros de ciclovia.

“A Região Oceânica vai ser a região mais ciclável da Região Metropolitana do Rio. Vamos chegar a 50 quilômetros até o fim de 2020”, afirmou.

O secretário municipal de Urbanismo, Renato Barandier, destacou ainda que o túnel Charitas-Cafubá, com ciclovias nas duas galerias, tem aprovação de 98% da população da Região Oceânica. Ele lembrou que todas as estações do BHLS contam com bicicletário.

“Além disso, as 13 estações do BHLS terão câmeras de segurança, painéis informando o tempo de chegada de cada ônibus, onde os usuários poderão acompanhar a localização dos coletivos no mapa. Este sistema mais moderno permitirá um salto de qualidade nos deslocamentos da população da cidade, especialmente para a Região Oceânica. Já na primeira fase, a migração dos ônibus das pistas de asfalto para o corredor exclusivo irá beneficiar não só quem anda de ônibus, mas também o trânsito de automóveis e outros veículos”, explicou.

Barandier ressaltou também que o município tem feito uma campanha de conscientização para evitar acidentes.

“Cerca de 40 pessoas atuam na divulgação do início da operação do corredor viário para informar a população sobre a circulação do BHLS e garantir a segurança dos usuários. Quinze mil panfletos foram distribuídos com dados da operação do moderno sistema de transporte coletivo. Também foram desenvolvidas campanhas de conscientização sobre o uso das faixas exclusivas de BHLS na internet. Trinta e seis agentes de trânsito da Nittrans atuarão em todo o percurso dos novos ônibus, em especial nas rotatórias e nos cruzamentos”, finalizou.

ESTAÇÕES BHLS

O corredor viário conta com 13 estações, sendo duas reguladoras e 11 intermediárias:

Estação Charitas
Estação Cafubá
Estação Lagoa de Piratininga
Estação Piratininga
Estação Maralegre
Estação Comércio Central
Estação Santo Antônio
Estação Vila São Pedro
Estação Morro da Peça
Estação Maravista
Estação Praça Central
Estação Boa Vista
Estação Engenho do Mato

FROTA BHLS

A nova frota conta com 43 ônibus automáticos com ar-condicionado. Os coletivos têm piso na altura do passeio público, quatro portas, sendo duas de cada lado (duas para o corredor viário e duas para paradas comuns). Os veículos são adaptados para o transporte de deficientes físicos. Cada ônibus tem capacidade para transportar 90 passageiros. A velocidade máxima permitida para os coletivos será de 40 km/h no corredor e 30 km/h nas estações.

NOVAS LINHAS DE ÔNIBUSÂ (Via túnel Charitas-Cafubá)

Oceânica 1 (Piratininga x Centro)
Oceânica 2 (Itaipu x Centro)
Oceânica 3 (Itaipu x Centro via Engenho do Mato)

LINHAS DE ÔNIBUS MANTIDAS

38A (Itaipu x Centro via Largo da Batalha)
39A (Piratininga x Centro via Largo da Batalha)
46 (Várzea das Moças x Centro via Largo da Batalha e Praia de Icaraí)
52 (Baldeador x Itaipu via Largo da Batalha)
54 (Sapê x Piratininga)
55A (Várzea X Piratininga)

LINHAS DE ÔNIBUS EXTINTAS

38 (Itaipu)
39 (Piratininga)
39B (Piratininga x Charitas)
38B (Itaipu x Charitas)

LINHA DE ÔNIBUS COM ALTERAÇÃO NO TRAJETO

52A (Baldeador x Itaipu via túnel Charitas-Cafubá)
Novo trajeto será feito entre o Baldeador e Charitas


Fonte: Prefeitura de Niterói









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