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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Inea amplia área de fiscalização para combater desmatamento




Rio de Janeiro (RJ) 19/06/2016 - Sinalização de trilha no Parque Estadual do Maciço da Pedra Branca - foto Reginaldo Pimenta/O Globo - Reginaldo Pimenta / 19/06/2018


POR GISELLE OUCHANA

Órgão detectou 580 irregularidades. Rio é o município com mais ocorrências

RIO - A partir de julho, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) aumentará em 42% a área de fiscalização no estado para combater o desmatamento. A decisão é motivada pelo projeto Olho no Verde, que detectou 580 pontos de supressão de vegetação e intervenções irregulares desde 2016, quando o monitoramento por geotecnologia começou. Desde então, sete mil quilômetros quadrados da Mata Atlântica, que cobrem 30% do Rio, são monitorados por satélites. A área fiscalizada chegará a dez mil quilômetros quadrados.

O Rio é o município mais atingido pelo desmatamento irregular, com 78 situações detectadas, seguido por Paraty, com 72 registros. Campos (35), Cachoeiras de Macacu (32), Silva Jardim (32), Rio Claro (29), Rio Bonito (25), Mendes (24), Nova Friburgo (23) e Mangaratiba (21) completam a lista das regiões mais afetadas.

No município do Rio, as ações ilegais ocorrem especialmente em bairros da Zona Oeste cortados pelo Maciço da Pedra Branca, como Recreio, Barra, Vargens, Jacarepaguá, Taquara e Campo Grande. O desmatamento ocorre sobretudo devido ao avanço de grandes empreendimentos e loteamentos. Nas áreas rurais, o crescimento dos pastos é o que mais prejudica a vegetação.

O objetivo do projeto é atingir o “desmatamento zero” — a perda de vegetação de, no máximo, cem hectares por ano, conforme estabelecido pela Fundação SOS Mata Atlântica, que combate o desmatamento há mais de 40 anos. Subsecretário de gestão ambiental da Secretaria de Ambiente do estado, Rafael Ferreira explica que a metodologia é a principal referência para alcançar esse objetivo.

— É o nosso parâmetro, a meta que queremos alcançar. Claro que pretendemos reduzir os números efetivamente, ou seja, não ter praticamente perda alguma. Mas usamos esse parâmetro para nos orientar e avaliar os efeitos do projeto — afirma, reforçando que placas viárias estão sendo instaladas informando o monitoramento nas áreas de preservação.


Fonte: O Globo













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