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terça-feira, 17 de abril de 2018

Pela 1ª vez na história, maioria dos alunos matriculados na Unicamp é da rede pública



Unicamp usará reserva estratégica para tentar equilibrar as finanças de 2017 (Foto: Unicamp )


Por G1 Campinas e região

Dos 3.248 inscritos neste ano, 50,3% concluíram o ensino médio na rede estadual de ensino; presença é maciça em cursos tradicionais, como Medicina (76,4%), Engenharia Elétrica (84,4%) e Ciências Econômicas (83,3%).

Pela primeira vez na história, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) tem maioria de alunos oriundos da rede pública matriculados nos cursos de graduação. Dos 3.248 inscritos neste ano, 1.635 concluíram o ensino médio na rede estadual de ensino, o que representa 50,3%. Destaque para a presença maciça desses estudantes em Medicina (76,4%), Engenharia Elétrica (84,4%) e Ciências Econômicas (83,3%).

Os números divulgados nesta segunda-feira (3) mostram a evolução da participação de alunos da rede pública nas fileiras da universidade. Em 2016, o índice foi de 47,6% do total de matriculados. No vestibular deste ano, a Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) registrou 73.498 candidatos.

Com o resultado, a Unicamp destaca o cumprimento da meta aprovada em 2013 pelo Conselho Universitário (Consu) para a inclusão social nos cursos de graduação, que estabeleceu que a universidade atingisse 50% de ingressantes oriundos da rede pública até 2017.

Sistema de bonificação

A implementação do Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS), que aplica um bônus às notas dos estudantes oriundos da rede pública, é apontado como responsável pela maior presença desses alunos na universidade.

A partir do vestibular 2016, os pontos do PAAIS passaram a valer também na 1ª fase. Até 2015, a pontuação era aplicada somente após a 2ª fase. Assim, todos os candidatos que fizeram o ensino médio integralmente em escolas públicas receberam, no vestibular deste ano, 60 pontos na 1ª fase e outros 90 pontos na 2ª fase.

Os candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos ou indígenas receberam além desses, outros 20 pontos na primeira fase e outros 30 pontos na segunda fase.
Cursos com maior presença de alunos da rede pública

Arquitetura e Urbanismo (N) - 23 (76,%)
Ciências da Computação (N) - 39 (70,9%)
Ciências Biológicas - Licenciatura (N) - 35 (77,8%)
Ciências Biológicas (I) - 27 (60%)
Ciências Econômicas (N) - 30 (83,3%)
Comunicação Social-Midialogia (I) - 20 (66,7%)
Educação Física (N) - 31 (62%)
Engenharia de Alimentos (N) - 25 (71,4%)
Engenharia de Controle e Automação (N) - 39 (76,5%)
Engenharia Elétrica (N) - 27 (84,4%)
Engenharia Química (N) - 30 (73,2%)
Farmácia (I) - 24 (60%)
Física - Licenciatura (N) - 33 (75%)
Geografia (N) - 21 (70%)
História (I) - 25 (62,5%)
Letras - Licenciatura (N) - 20 (66,7%)
Licenciatura Integrada Quimica/Física (N) - 20 (60,6%)
Matemática - Licenciatura (N) - 44 (62,9%)
Medicina (I) - 84 (76,4%)
Química Tecnológica (N) - 40 (88,9%)
Sistemas de Informação (I) - 26 (57,8%)
Tecnologia em Análise e Des. de Sist. (N) - 31 (67,4%)
Tecnologia em Construção de Edifícios (N) - 9 (64,3%)


Fonte: G1 








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