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domingo, 15 de abril de 2018

NITERÓI MAIS VERDE: Engenheiro florestal coordena produção de mudas para recuperação de área degradadas em Niterói



COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

Meus parabéns ao engenheiro florestal Luiz Vicente Peres, meu colega de profissão, contemporâneo de turma (1977) na Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, (UFRRJ).

O trabalho desenvolvido no Horto da Clin tem sido fundamental para a viabilização do trabalho de reflorestamento de encostas e recuperação de ecossistemas em Niterói, que têm permitido que a cidade seja reconhecida como uma das cidades com maior percentual de área verde em região metropolitana.

Além do Viveiro da Clin, a Prefeitura de Niterói conta com o Horto de Itaipu e o viveiro de mudas que opera dentro do Horto do Fonseca.

Forte abraço Luizinho e que a sua dedicação continue a inspirar o esforço de fazer de Niterói uma cidade cada vez mais verde.

Axel Grael
Engenheiro Florestal
Secretário Executivo
Prefeitura de Niterói



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Engenheiro florestal coordena produção de mudas para recuperação de área degradadas em Niterói


Peres rega mudas no viveiro da Clin, em São Lourenço. - Brenno Carvalho / Agência O Globo


por Leonardo Sodré

Luiz Vicente Peres chefia equipe de 60 funcionários dedicada ao reflorestamento


NITERÓI - O aumento da temperatura ocasionado pelo aquecimento global que impacta diretamente no equilíbrio do meio ambiente e a nossa qualidade de vida tornou o ato de plantar uma árvore mais que um protocolo sustentável; virou quase que um obrigação para qualquer cidadão. Mas há quem encare isso como uma missão, como o engenheiro florestal Luiz Vicente Peres, que há 13 anos coordena um equipe de 60 pessoas na recuperação de encostas e áreas degradadas da cidade a partir da produção de mais de 90 espécies de mudas da Mata Atlântica no viveiro da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), em São Lourenço.

O empenho do engenheiro e de sua equipe levou Niterói a ser incluída na publicação “Florestas e cidades sustentáveis: histórias inspiradoras de todo o mundo”, divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em 21 de março. O documento, lançado para celebrar o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, cita como exemplo de recuperação da vegetação o Morro Boa Vista, uma área de 9,5 hectares no Bairro de Fátima, que recebeu 25 mil mudas de 50 espécies produzidas por eles.

— Foi um reconhecimento gratificante, porque é um trabalho que fazemos há anos, mas que demora muito para aparecer — considera Peres. — Nós começamos em 2005 com dez mil mudas e atualmente produzimos uma média de 150 mil num ciclo médio de seis meses.

ESPÉCIES FRUTÍFERAS

No viveiro da Clin, Peres coordena o plantio de sementes de pau-brasil, babosa-branca, aroeira, angico-vermelho, figueira da pedra, além de mudas de ipê-branco e roxo, açaí, jabuticaba e pitanga, entre outras espécies frutíferas. O local serve como base para o reflorestamento e arborização de regiões de mata e urbanas de Niterói. Todas as mudas são produzidas a partir de resíduos de poda feitas na cidade, já que este material é rico em nutrientes e serve para a produção de compostagem. Todas as embalagens usadas na produção são de recicláveis recolhidos pelos funcionários da Clin nas ruas, como garrafas pet, latas de óleo e embalagens de leite.

— A nossa intenção é sempre reaproveitar tudo para diminuir cada vez mais o impacto. Estamos em fase de implantação de um novo sistema de irrigação das plantas através de gotejamento de água da chuva que vamos captar através da cobertura de um galpão aqui da sede da Clin — adianta o engenheiro florestal.

Recentemente, Peres e sua equipe começaram a plantação de mudas de espécies medicinais, como a babosa, erva-cidreira, boldo e o capim-limão. Segundo o engenheiro, a intenção é indicá-las para a prevenção e o tratamento de doenças em comunidades carentes.

— Temos buscado esse conhecimento popular, mas sempre com a ajuda de acadêmicos da UFF, que nos auxiliam e até nos doam sementes. Para transmitirmos esse conhecimento, desenvolvemos mensalmente oficinas de fitoterápicos com técnicas de plantio e produção de chás para orientar os moradores de comunidades — explica Peres, que, com frequência, faz visitas guiadas pelo viveiro de mudas, motivo de seu orgulho.

Para conhecer o viveiro da Clin, na Rua Indígena 72, é preciso fazer agendamento pelo telefone 2620-2175. As visitas acontecem às terças e às quintas-feiras em dois turnos: das 8h às 10h e das 13h às 15h.

Fonte: O Globo Niterói



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